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    Câmara de Águeda garante financiamento de 10,2 milhões de euros para projetos nas zonas ribeirinhas


    A Câmara Municipal de Águeda conseguiu a garantia de financiamento para vários projetos com intervenção nas zonas ribeirinhas do concelho e que totalizam um apoio, ao abrigo de diferentes programas europeus, na ordem dos 10,2 milhões de euros.

    O valor maior, de 4,5 milhões de euros, respeita ao projeto da dragagem da Pateira de Fermentelos. Trata-se de uma intervenção ambiental de grande importância que decorre no âmbito da nova entidade regional “Ria Viva” (sucessora da Polis Litoral Ria de Aveiro).

    O projeto representa uma intervenção abrangente, essencial para a saúde ecológica da Pateira e para a valorização ambiental, social e económica da região. Com a Declaração de Impacte Ambiental aprovada, este é um ponto de viragem que permitirá o arranque real da obra ainda este ano.

    “Estão preparadas todas as peças procedimentais para avançarmos com o concurso público”, declarou Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, acrescentando que são obras realizadas através de protocolo de colaboração técnica e financeira com o Ministério do Ambiente.

    Reduzir o assoreamento e melhorar a qualidade da água, criando um espelho de água funcional para pesca, lazer e biodiversidade; combater os jacintos-de-água, em complemento aos esforços da Câmara de Águeda que já avançou com aquisição de uma nova ceifeira aquática; preservar e reforçar a biodiversidade, com atenção especial a peixes migradores e avifauna são objetivos do projeto que prevê ainda possibilitar novos usos turísticos recreativos, dinamizando rotas pedonais, cicláveis e infraestruturas nas margens (embora estas intervenções sejam complementares e já se encontrem em curso).

    Novo Projeto LIFE

    O Município de Águeda integra também a nova fase do Projeto LIFE, designado de LIFE Revive, que terá um financiamento de mais de 4 milhões de euros, sucede ao LIFE Águeda, decorrerá durante cinco anos, contará com novos parceiros e terá uma intervenção nos rios de Águeda.

    A par destas estão ainda previstas ações de educação e sensibilização ambiental, ações de formação e capacitação, recreações históricas, sistemas de monitorização da qualidade da água, divulgação e comunicação, entre outras.

    Sob a coordenação da Universidade de Évora, ao Município de Águeda e de Mora, associam-se agora os Municípios de Arcos de Valdevez, Figueiró dos Vinhos e Ponte de Lima, Universidade de Santiago de Compostela, mantendo-se ainda a Aqualogus.

    No âmbito do projeto LIFE Revive, estão programadas intervenções nos rios Águeda, Alfusqueiro, Vouga e Cértima, incidindo sobre as chamadas “pressões hidromorfológicas”, ou seja sobre as alterações nos rios causadas por barragens, dragagens ou outras obras. O projeto tem como objetivo criar soluções inovadoras e integradas para reduzir esses impactos e melhorar a saúde ecológica dessas áreas.

    As principais ações do LIFE REVIVE incluem: testar novas formas de restaurar a ligação entre diferentes trechos do rio; criar um método inovador para controlar plantas aquáticas invasoras; acelerar a recuperação dos habitats e reforçar populações de peixes indicadoras da qualidade ambiental; propor caudais mais naturais nas descargas de barragens; e formar profissionais e facilitar a replicação das soluções noutras regiões do país.

    “Mais uma vez, na linha do que tem sido a nossa atuação, iremos, com este projeto, usar métodos práticos e inovadores para apoiar uma gestão sustentável dos ecossistemas ribeirinhos, em linha com as orientações e metas ambientais, nacionais e europeias”, sublinhou Jorge Almeida.

    Rio Vouga e Marnel

    Outro projeto que tem uma verba alocada, através do Fundo Ambiental, é a intervenção no Rio Vouga e Marnel. Para já tem disponível um total de 1,7 milhões de euros e será executado pela Câmara Municipal de Águeda. Trata-se de uma intervenção que abrange desde o Rio Marnel e até à Casa dos Rios, na Aguieira (Valongo do Vouga), bem como o Rio Vouga, desde a interseção com o Rio Marnel até à interseção com o Rio Caima.

    “É uma intervenção ambiciosa, de renaturalização desta zona ribeirinha, à imagem do que temos vindo a fazer no concelho”, defendeu Jorge Almeida, salientando que esta é uma prioridade para “garantir a preservação ambiental, promover o equilíbrio ecológico e a valorização de toda esta área”.

    São, conclui, “ótimas notícias” referentes a obras e projetos “que nos vêm capacitar ainda mais para 2026, ano em que somos Green Leaf, em que vamos demonstrar o que de bem fazemos e como a natureza pode ser (e é) aliada da comunidade e motor de desenvolvimento sustentável”.

    Para Jorge Almeida “a recuperação e renaturalização das margens, a remoção de espécies invasoras, a criação de habitats naturais e a promoção da continuidade fluvial não só devolvem vida aos ecossistemas, como reforçam a resiliência climática e criam novas oportunidades de lazer e educação ambiental”.

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    Redação
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