O desrespeito pelos Feirenses é evidente quando o atual executivo do PSD opta pela privatização do direito universal à água, que resulta em custos avultados para os munícipes sem que as famílias mais desfavorecidas possam usufruir de uma tarifa social automática.
Em Santa Maria da Feira a Água e o Saneamento estão entregues à gestão da INDAQUA – Indústria e Gestão de Água, S.A. A INDAQUA pratica uma das tarifas mais caras do país e a mais cara do distrito de Aveiro. Recentemente, foi noticiado num canal de televisão que a INDAQUA em Santa Maria da Feira cobra um valor 6 vezes superior ao pago no concelho da Moita. A discrepância de 65 euros (Moita) para 419 (SMF) referente a 180 metros cúbicos de água é gritante.
Acresce que, para além de não garantir o acesso igualitário a estes serviços básicos, a atuação da INDAQUA pauta-se por uma atitude persecutória para com os Feirenses.
Desde a primeira hora estivemos contra esta concessão. Para responder a este flagelo o Bloco de Esquerda propõe para estas autárquicas:
1. a remunicipalização durante este novo mandato da Água;
2. a aplicação de uma tarifa social automática que abrangerá bem mais de 10.000 famílias e garantirá uma redução de 50% no preço da água;
3. a aplicação do tarifário de famílias numerosas para agregados com 4 ou mais membros, garantindo o acesso à quantidade de água mínima indispensável ao custo mais baixo;
4. o fim das taxas de ligação e o fim da taxa de disponibilidade;
5. a remunicipalização do serviço de recolha de resíduos, garantindo que todo o concelho tem acesso a este serviço a tempo e horas e de forma igual;
6. a realização e fixação dos exames de qualidade da água das fontes de todo o concelho.
7. a total cobertura da rede no espaço de dois anos.