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    Cancro do Pulmão tira 12 vidas por dia em Portugal

    Neste Dia Mundial do Cancro do Pulmão, o Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (GECP) chama a atenção para uma dupla realidade: apesar dos números alarmantes que continuam a marcar esta doença, em Portugal, os avanços nos tratamentos estão a mudar de forma significativa o percurso de muitos doentes. Sem descurar a urgência de reforçar a prevenção e o diagnóstico precoce, pilares fundamentais no combate ao cancro do pulmão, o GECP destaca que, hoje, mais do que nunca, e graças aos progressos notáveis na abordagem e no tratamento desta doença, há motivos para acreditar que acabaremos por conseguir tornar esta entidade numa doença crónica.

    Todos os dias, 14 portugueses recebem o diagnóstico de cancro do pulmão e, diariamente, 12 vidas são perdidas para esta doença silenciosa. Só em 2023, o cancro do pulmão foi responsável por 4.490 mortes em Portugal, um número recorde que reflete uma tendência crescente e alarmante. A região Norte do país é particularmente afetada, concentrando 36% da mortalidade associada a esta doença. 

    O tabaco mantém-se, ainda hoje, como o principal fator de risco para o cancro do pulmão, estando associado a cerca de 80 a 85% dos casos diagnosticados. Esta realidade torna a prevenção absolutamente crucial. O aumento da prevalência do tabagismo entre as mulheres e o início cada vez mais precoce do consumo explicam, em parte, o crescimento alarmante da mortalidade feminina por cancro do pulmão nos últimos anos.

    Apesar da gravidade do cenário, o GECP sublinha que há razões para otimismo. Nos últimos anos, a medicina de precisão evoluiu de forma notável, oferecendo várias opções de tratamento mais eficazes. As principais abordagens atuais incluem as terapias alvo e a imunoterapia. De acordo com Daniela Madama, membro da Comissão Científica do GECP, “a medicina de precisão veio revolucionar o tratamento do cancro do pulmão, trazendo terapêuticas cada vez mais eficazes, menos agressivas e melhor toleradas, que permitem a muitos doentes viver mais tempo e com melhor qualidade de vida, mesmo nos estádios mais avançados da doença.” Acrescenta que, “atualmente, conseguimos oferecer opções de tratamento personalizadas, ajustadas às características biológicas de cada tumor, e isso está a ter um impacto real na redução da mortalidade e na qualidade de vida dos doentes.” Reflexo direto destes avanços é o facto de, nos últimos 20 anos, se ter verificado uma diminuição da mortalidade prematura associada ao cancro do pulmão em Portugal, passando de 37,3% em 2003 para 27,7% em 2023, nas pessoas com menos de 65 anos.

    Neste dia, o GECP destaca também a recente notícia sobre o avanço dos dois projetos-piloto de rastreio do cancro do pulmão, uma medida há muito aguardada pela comunidade médica e científica. “Para nós, esta decisão foi recebida com enorme satisfação e esperança. É um passo fundamental para que possamos detetar a doença mais cedo, quando as hipóteses de tratamento eficaz e de cura são muito maiores”, sublinha a especialista em Pneumologia. 

    Para assinalar o Dia Mundial do Cancro do Pulmão, o GECP partilha nas suas redes sociais o vídeo “O Cancro do Pulmão em Portugal”, uma mensagem de sensibilização que alerta para a realidade desta doença, os seus sintomas e os números preocupantes que continuam a registar-se no nosso país. Mas, acima de tudo, este vídeo transmite uma mensagem de esperança, mostrando que os avanços na prevenção, no diagnóstico e nos tratamentos podem mudar o rumo do cancro do pulmão e oferecer uma nova perspetiva a milhares de doentes e às suas famílias.

    Sobre o cancro do pulmão:

    O cancro do pulmão é dos cancros mais frequentes no Mundo, sendo o principal fator causal o tabaco. Em 2022, em Portugal, foram diagnosticados mais de 5 mil novos casos de cancro do pulmão, representando a terceira neoplasia mais frequente. É a principal causa de morte por doença oncológica e estima-se que, em Portugal, tenha sido responsável por 5.077 mortes em 2022.

    Sobre o GECP:

    O Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão surgiu no ano 2000 como resultado de uma ampla necessidade de juntar esforços na promoção do conhecimento em Oncologia Pulmonar. Reúne um grupo multidisciplinar de profissionais de saúde que têm como foco o doente com cancro do pulmão, mantendo estreitas ligações com outros grupos e sociedades científicas, universidades e organizações da sociedade civil.

    https://linktr.ee/gecpulmao

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