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    Montanhas Mágicas estendem tapete ao primeiro evento exclusivo para bicicletas elétricas

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    Desafio turístico-desportivo de três dias arranca no próximo fim de semana e prolonga-se por 280 km, em 14 etapas que mais parecem competir pela medalha de ouro de melhor paisagem…

    Habituámo-nos a vê-las pelas ruas das maiores cidades, sobretudo, a furar o trânsito ou a fintar peões pelos passeios de cimento, mas as bicicletas elétricas terão, dentro de dias, num idílico cenário natural, o primeiro evento turístico-desportivo inteiramente dedicado aos e-bikers portugueses.

    O eMTB Grand Tour rolará pela Grande Rota das Montanhas Mágicas (GR60) de 8 a 10 de junho próximos, ao longo 280 quilómetros que levarão os participantes – privilegiados – a passar por um Geoparque Mundial da UNESCO, quatro Zonas Especiais de Conservação da Rede Natura 2000 e seis joias do roteiro das Aldeias de Portugal. Isto subindo e descendo as encostas das serras da Freita, Arada, Arestal e Montemuro, as mesmas que permitem sentir a frescura dos rios Douro, Vouga, Paiva, Bestança, Caima e Teixeira. Cursos de água que nutrem vales e bosques de encantar e, na peugada, serviram de berço a um património humano e histórico únicos.

    E é a este território ímpar repleto de paisagens arrebatadoras e biodiversidade – onde pulsa, com a habitual calma campestre, uma imensa riqueza geológica, arqueológica e cultural – que a Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Serras de Montemuro, Arada e Gralheira (ADRIMAG), agregadora dos sete municípios parceiros na organização do evento, está agora a fazer justiça. Ao desenhá-lo como um destino incontornável na área do cycling, ou seja,aliando desporto e turismo de aventura em prol das economias locais.

    Arouca, Castelo de Paiva, Cinfães, Castro Daire, São Pedro do Sul, Sever do Vouga e Vale de Cambra são os sete concelhos na rota da eMTB Grand Tour. Que 14 etapas permitirão conhecer, numa viagem que o coordenador da ADRIMAG, João Carlos Pinho, não tem dúvidas em catalogar de “emocionante e sensorial”.

    A aventura far-se-á em forma de passeio, e não tem interesses competitivos. Na eMTB Grand Tour as medalhas são outras. Feitas de “experiências memoráveis”. Daquelas que permitem transformar as oportunidades de superação física e mental em momentos de prazer.

    O eMTB Grand Tour é, pois, um evento de BTT, de “aventura, desafio e lazer, de caráter não competitivo”, que se destina à fruição da sua “mais recente infraestrutura turístico-desportiva” de envergadura: a Grande Rota das Montanhas Mágicas.

    A GR60 “salvaguarda o respeito pelos valores naturais e culturais do território, observando os princípios de sustentabilidade emanados pela Carta Europeia de Turismo Sustentável, no âmbito da qual se encontra classificada desde 2013”, recorda o responsável da ADRIMAG.

    A participação no Grand Tour (permitida a pessoas com idade igual ou superior a 18 anos) obriga à utilização de bicicleta BTT com assistência elétrica (e-bike), sendo recomendadas bicicletas de suspensão total, com bateria de 500wh, no mínimo, ou superior. E é obrigatória a utilização de equipamento de segurança adequado à prática da modalidade (capacete, óculos e luvas).

    Os ciclistas, por outro lado, têm de utilizar um dispositivo de navegação por GPS ou smartphone com App para o mesmo efeito, e por forma a garantir autonomia suficiente para realizar a prova.

    O evento inclui serviços de transferes, alimentação, segurança e outros serviços complementares relacionados com o parqueamento, carregamento, lavagem e manutenção das bicicletas. A reserva e pagamento do alojamento é da responsabilidade dos participantes. A organização responsabiliza-se pelos transferes de e para os alojamentos, apenas nas noites de 8 para 9 (domingo) e 9 para 10 (segunda) de junho, e apenas de e para os alojamentos oficiais do evento.

    A eMTB Grand Tour, recorde-se, esteve para realizar-se em 2024, mas a vaga de incêndios de setembro fez adiar a estreia para quando estivessem reunidas todas as condições de segurança e de fruição do circuito com a qualidade que o destino merece.

    Sobre a ADRIMAG:

    Com sede em Arouca, a ADRIMAG é uma ADL – Associação de Desenvolvimento Local, que se dedica, há mais de 30 anos, à gestão e implementação de programas comunitários e nacionais, tendo por fim defender o património endógeno; desenvolver e incentivar o turismo rural; empreender e apoiar iniciativas culturais; dar suporte às atividades artesanais e etnográficas; ajudar o escoamento de produtos endógenos; contribuir para a animação do espaço rural; promover a formação profissional e desenvolver contactos com organismos e entidades que atuam nas áreas de interesse.

    Saneamento da Feira recebe Selo nacional de qualidade

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    A INDAQUA Feira recebeu o Selo de Qualidade para o serviço de saneamento de águas residuais ao consumidor. A distinção foi atribuída pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos que, no final do ano passado, tinha já premiado a qualidade da água da rede pública de Santa Maria da Feira.

    3 de junho de 2025 – Estes são os prémios mais importantes e aguardados no setor das águas. Anualmente, a entidade reguladora atribui Selos de Qualidade que mostram quais as empresas que, no ano anterior, tiveram melhor desempenho.

    Nos prémios revelados esta semana, relativos ao desempenho em 2024, a INDAQUA Feira recebeu o Selo que distingue a qualidade do serviço de águas residuais prestado neste concelho. O serviço contempla a gestão de 1057 km de redes, 8 estações de tratamento (ETAR) e 129 estações elevatórias de águas residuais.

    Este Selo junta-se a um outro, também relativo a 2024, e já anunciado pela ERSAR no final do ano passado. Esta segunda distinção reconhece a qualidade exemplar da água para consumo humano, que, neste concelho, tem um índice de segurança de 99,85%.

    “Ao longo dos anos, a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, tem realizado, juntamente com a INDAQUA Feira, importantes avanços nas redes de água e saneamento, para que cheguem a mais feirenses. Para além disso, estes serviços garantem elevada qualidade aos consumidores, tal como provam estas distinções do regulador, que, com grande satisfação, vemos serem atribuídas no nosso concelho”, afirma Amadeu Albergaria, Presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.

    “Para a INDAQUA Feira é muito importante este reconhecimento por parte de uma das entidades mais relevantes do setor da água português. Continuaremos a trabalhar para transmitir toda a confiança aos consumidores, garantindo uma gestão sustentada na eficiência ao longo de todo o ciclo urbano da água”, avança Daniel Cardoso, Diretor Geral da INDAQUA Feira.

    A atribuição dos Selos de Qualidade da ERSAR é feita por um júri especializado, que tem em conta dois tipos de critérios. Por um lado, uma análise quantitativa com base em indicadores e dados de qualidade. Por outro, uma “avaliação qualitativa tendo em conta aspetos relacionados com a governança, cumprimento das obrigações legais, conduta perante o regulador e ocorrências significativas com impacto na prestação do serviço”, como anuncia a própria ERSAR.  

    Em Águeda exposição sobre Tuvalu é “grito de alerta” sobre alterações climáticas

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    “Águeda é um concelho produtor de arte e cultura, mas também tem no ambiente e sustentabilidade uma das suas principais âncoras de ação, uma preocupação no seu quotidiano com algo que é tão sensível para o povo de Tuvalu”, disse Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, sábado, na receção ao Governo do Tuvalu, a propósito da inauguração de uma exposição “Museu de Arte Contemporânea do Tuvalu”, promovida pelo Município de Águeda e que alerta para a problemática das alterações climáticas.

    Esta exposição é um “grito de alerta” para as consequências das alterações climáticas e procura ser uma voz artística que mais do que exibir a fragilidade de Tuvalu, um Estado formado por nove ilhas e que está a desaparecer em consequência da subida dos níveis do mar, pretende colocar, mais uma vez, na ordem do dia a discussão sobre este tema.

    A inauguração da exposição contou com a presença de Maina Vakafua Talia, ministro do Interior, Mudanças Climáticas do Tuvalu, acompanhado por Shiv Shankar Nair, Embaixador do Ministério das Relações Exteriores de Tuvalu, (embaixador para as alterações climáticas na UNESCO e na UNFCC).

    “Estamos de braços abertos para vos receber e estreitar ainda mais as nossas relações, sejam culturais ou outras”, declarou Jorge Almeida, salientando a parceria com a Universidade de Aveiro, também presente na sessão, com quem foi estabelecido um elo científico para promover ações de mitigação dos efeitos causado pela subida do mar no Tuvalu.

    Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Águeda, salientou que “Tuvalu é um exemplo de resistência e resiliência, que quer preservar a sua história e cultura; Águeda está, com esta exposição, a dar um contributo para que essa história e memória perdurem”.

    O Município de Águeda, “através da arte e das residências artísticas, assim como das parcerias que tem estabelecido e de todo um trabalho em rede com vários países”, tem vindo a chamar a atenção para estas problemáticas. Esta exposição é um contributo “para que Tuvalu tenha uma voz”.

    Certo de que “as ações de cada um de nós fazem a diferença”, Edson Santos destaca o trabalho que o Município de Águeda tem feito, nomeadamente nas escolas, de alerta e sensibilização para as questões da preservação e sustentabilidade ambiental, sublinhando que o exemplo de Tuvalu evidencia que “tudo pode ter um fim se não mudarmos o nosso comportamento”.

    Alerta internacional

    “Esta exposição significa muito para nós”, começou por dizer Maina Talia, frisando que pretende ser uma montra da sua resiliência. “As alterações climáticas estão a impactar a nossa forma de viver, a estrutura física da ilha, no sentido de que estamos a perder terra para o mar, mas também desafia a nossa forma de viver e a espiritualidade da ilha”, declarou.

    Esta exposição é, neste sentido, mais do que uma forma de exibir a cultura de Tuvalu, uma oportunidade para “estar no cenário mundial e afirmar, perante a comunidade internacional, que temos um problema que está além do nosso alcance e da nossa capacidade de resposta”.

    A exposição é a uma expressão artística que alerta que Tuvalu “está a sofrer com algo que não causou”, sublinhando a necessidade de preservar o futuro e de dar um sentido de continuidade à ilha.

    Refira-se que a comitiva era composta ainda por Paula Cardoso (deputada na Assembleia da República) e Artur Silva, (Vice-Reitor da Universidade de Aveiro), que se aliou a esta iniciativa, unindo “a sustentabilidade, a arte e a ciência ao serviço de um bem maior, de colocar na ordem do dia as alterações climáticas e alertar as pessoas para o que está a acontecer”, disse.

    Com curadoria de Alex Côté e Paulina Almeida, e com obras de 22 artistas nacionais e internacionais, esta mostra, patente no antigo Instituto da Vinha e do Vinho, resulta de uma colaboração entre o Conseil des Arts de Montréal (Canadá), a Câmara Municipal de Águeda, a Universidade de Aveiro e o Governo de Tuvalu – Ministério da Cultura, Ambiente e Alterações Climáticas.

    Esta exposição nasce como um farol – um espaço onde a criação contemporânea se entrelaça com a urgência do presente e a imaginação do futuro. Pretende ser um território simbólico, inspirado num pequeno arquipélago do Pacífico que resiste ao desaparecimento, e que aqui é reinventado como lugar de arte, pensamento e transformação.

    A exposição estará patente ao público até ao dia 13 de julho de 2025

    As visitas poderão ser feitas: durante a semana, mediante marcação através dos contactos do Centro de Artes de Águeda (CAA), através do e-mail: [email protected]; aos fins de semana, entre as 14h30 e as 18h30.

    Sónia Madaíl é candidata à presidência da Junta de Freguesia de Aradas pelo PS

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    Sónia Madaíl é a candidata à presidência da Junta de Freguesia de Aradas pelo PS.

    Filha da terra, vê nesta freguesia “um grande potencial” e quer “fazer um trabalho de proximidade, juntos de todos, sem exceção”.

    Sónia Aires esteve sempre envolvida nas dinâmicas e associações da freguesia.

    O PS refere ainda que conta com ela para ser parte de “Um Futuro com Todos!”

    António Cura adere à comissão de honra da candidatura de Alberto Souto à Câmara de Aveiro

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    Licenciado, Mestre e Doutorado em Direito, seguiu a carreira académica e é nela que se tem destacado ao longo dos anos. António Alberto Vieira Cura, é Professor Associado na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e Investigador no Instituto Jurídico da mesma instituição. Antes disto, e também na UC, desempenhou igual cargo no Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX.

    Ao currículo de docente juntam-se as passagens pelo Instituto Superior Bissaya Barreto (Coimbra) e pela Universidade Lusófona do Porto. Nesta última foi também Investigador na Faculdade de Direito e Ciência Política.

    Fora da academia, o Prof. Doutor António Alberto Vieira Cura foi Vogal do Conselho Superior da Magistratura, designado pela Assembleia da República, e é também autor de vários livros, como “Organização Judiciária Portuguesa” e “Direito Romano – Casos Práticos Resolvidos”

    Alberto Souto refere que é uma honra contar com o seu apoio à nossa candidatura. Juntos, vamos construir “Um Futuro com Todos!”.

    CDS-PP anuncia QUIMA como candidato à Junta de Freguesia de Albergaria-a-Velha e Valmaior

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    A Concelhia do CDS-PP de Albergaria-a-Velha anuncia, com enorme satisfação, a candidatura de Joaquim Manuel de Barros Pinto da Silva, mais conhecido por Quima, à Presidência da Junta de Freguesia de Albergaria-a-Velha e Valmaior, nas próximas eleições autárquicas de 2025.

    Natural de Luanda, Angola, residente no Lugar das Frias, Quima tem 51 anos, foi professor na Escola Secundária de Albergaria-a-Velha e exerce funções como designer gráfico e responsável de produção da empresa PROKURA, na zona industrial do concelho.

    Com um percurso de vida fortemente ligado à comunidade, Quima destaca-se pelo envolvimento no movimento associativo local. Foi dirigente e treinador das camadas jovens do SC Alba durante mais de 10 anos, integrou, no passado, a direção da Associação Humanitária Mão Amiga (AHMA) e, atualmente, exerce funções como coordenador técnico de basquetebol no Clube Desportivo de Campinho.

    Esta candidatura reflete um compromisso profundo com a melhoria da qualidade de vida da população, com uma visão centrada nas necessidades reais das pessoas, na eficiência dos serviços de proximidade e na valorização do espaço urbano e rural da freguesia. Quima defende “uma freguesia organizada, cuidada e próxima dos cidadãos, onde se promova o bem-estar, a inclusão e a qualidade de vida.”

    Com um estilo próximo e energia contagiante, Quima representa uma candidatura realista, profundamente enraizada no território e na sua dinâmica associativa. O CDS-PP de Albergaria-a-Velha apresenta esta candidatura com total confiança nas qualidades humanas, profissionais e cívicas do candidato, certo de que saberá liderar este projeto com responsabilidade, determinação e pragmatismo, tendo as pessoas como prioridade.

    PSD e Iniciativa Liberal unem-se para vencer as próximas autárquicas em Albergaria-a-Velha

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    uma nova coligação PSD/IL em Portugal!

    A coligação “Albergaria em Primeiro” junta PSD e Iniciativa Liberal na disputa pela autarquia de Albergaria-a-Velha. Sara Quinta, advogada e atual líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal, é o rosto principal da lista e concorre ao lugar de Presidente da Câmara Municipal do concelho.

    “Precisamos de um projeto de futuro para a Albergaria-a-Velha e esta coligação representa essa vontade. Conhecemos o território, conhecemos as pessoas e está na hora de olhar para a frente, porque não precisamos de continuar presos no passado”, reforça Sara Quinta, que encabeça a coligação PSD/IL.

    Os dois partidos acordaram os termos da coligação e disputam em conjunto uma autarquia que está nas mãos do CDS-PP desde 2013. A coligação “Albergaria em Primeiro” é, aliás, o único caso no país onde PSD e Iniciativa Liberal se unem em alternativa ao CDS-PP, sublinhando a urgência de uma mudança local que rompa com o ciclo de estagnação vivido no concelho.

    Prestes a começar a corrida autárquica o país vai-se definir politicamente para os próximos anos

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    Agora que acabou a corrida eleitoral das legislativas, outra começa, muito mais local e muito mais visceral. As autárquicas mexem muito mais com as nossas tripas, coração e cérebro do que qualquer outra eleição.

    Este ano e pela conjuntura política, vamos todos tentar acertar e talvez falhar, sobre como se vai comportar o mapa autárquico em vigor.  De certeza que vai ser um excelente ano para as empresas de sondagens, apenas por 3 pequenos (grandes) detalhes. O PS está na chamada rua da amargura e tão cedo não se recupera, o CHEGA sendo a segunda maior força política do país, vai pela primeira vez (já foi mais, mas esta é a doer) testar o seu eleitorado local, enquanto que o PSD e o CSD/PP vão tentar andar entre os pingos da chuva, pois a AD foi a força política a crescer mais, diretamente proporcional à queda do PS e aguardam que a esgrima se faça entre o que resta do PS e o irrequieto CHEGA que pretende acabar o que começou, que é tirar mais alguns pontos ao PS, pois a restante esquerda está muito esquelética, e ganhar câmaras, consolidando o seu eleitorado.

    “Mesmo com Marcelo Rebelo de Sousa a protelar a data de irmos a votos, para ver se o PS vai remendando alguns furos na estrutura e ganhar assim algum tempo, o facto é que vão ser precisos pelo menos 2 anos para o PS fazer as pazes com o seu eleitorado…”

    Mas vamos por partes:

    O PS devido ao desaire já anunciado antes das legislativas, fruto do maior erro de Pedro Nuno Santos em querer ir de novo a eleições, está neste momento sem eira nem beira. Carlos César faz o que pode, mas tão cedo o partido não irá afirmar uma liderança consistente e forte. Mesmo que José Luís Carneiro (ou outro candidato) tome posse rapidamente, não tem tempo até às autárquicas de reconstruir este partido. Mesmo com Marcelo Rebelo de Sousa a protelar a data de irmos a votos, para ver se o PS vai remendando alguns furos na estrutura e ganhar assim algum tempo, o facto é que vão ser precisos pelo menos 2 anos para o PS fazer as pazes com o seu eleitorado, que viu fugir, essencialmente para o CHEGA e para a AD. Ora, sabemos perfeitamente que quem é de esquerda, por norma e numa situação normal, não vota à direta, nem tão pouco à extrema-direita. O contrário também é verdade. Mas de facto, isso aconteceu, e só nos informa que estamos perante um ciclo político anormal, e que o povo quer enviar um recado à esquerda. Não foi só o PS que afundou, mas sim quase todos os partidos à esquerda, livre exceção ao LIVRE, que conseguiu manter-se e até mesmo crescer alguma coisa. O PS e desde há 12 anos, tem tido sempre a maioria das câmaras em Portugal (em 2021 ganhou 148). Neste momento, com diversos Presidentes de Câmara do partido a serem impedidos de se recandidatarem, e muitos valores a fugirem para outros partidos, não é fácil fazer futurologia. Cheira-me que o PS vai levar um tombo, ou não. Tudo depende do CHEGA, pois, a direita tradicional deverá manter o que tem. Mas já lá vamos.

    Na segunda parte, falemos do CHEGA.

    Sendo um partido muito recente, não tem ainda tempo de fidelizar o seu eleitorado. Falo das massas, aqueles que lhe deram os 60 deputados. O CHEGA terá, certamente, capacidade para eleger de 12 a 18 deputados, num ciclo político normal, pois os portugueses estão habituados a esta alternância entre partidos, a chamada bipolarização, e não vão arriscar num regime que poderá fazer muito bem, ou muito mal. Ou seja, um regime de incerteza. E depois, quem conhecemos de valor que está no CHEGA? Sim, alguns nomes com algum destaque, mas na maioria dos casos, vemos pessoas que não estão de todo preparadas para assumir cargos de gestão governamental. E os portugueses sabem disto. E alguns votaram CHEGA justamente para dar um cartão amarelo ao PS e à esquerda. Não foi ao sistema, porque senão a AD não teria crescido tanto, e convém registar que foram quem mais cresceram nas últimas eleições. Ressalve-se que o CHEGA venceu a esquerda, não o sistema.

    André Ventura e a sua comissão de gestão das autárquicas devem andar com os nervos à flor da pele. As autárquicas serão as eleições que das duas uma, ou acabam de vez com o PS e remete-o para números impensáveis, e o CHEGA começa a pintar o mapa autárquico com os seus executivos, ou o CHEGA não é relevante no panorama local, tudo se mantém e os que advogam que o voto no CHEGA tem sido e apenas de protesto provam o seu ponto de vista. Por estes motivos, André Ventura não vê com bons olhos estas eleições. Não pode. O CHEGA precisa de tempo para consolidar, pois cresceu muito rápido, e não estou a ver candidatos de peso que se aproximem do CHEGA para assumirem candidaturas às câmaras municipais. As autárquicas são umas eleições muito pessoais e ou unipessoais, sendo preciso haver solidificação eleitoral, ligações muito fortes entre candidatos e eleitores e o CHEGA ainda não chegou lá. Se André Ventura perder as autárquicas, será o começo do fim para o CHEGA e a normalização do sistema político bipolar. Este filme já passou em muitos países e o que chama à atenção é o crescimento do populismo, porque encaixa perfeitamente na revolta das pessoas, mas na altura certa ninguém quer atirar o país para um sistema político e para políticos que pouco se sabe, que poucas provas deram à sociedade e assim arriscar algumas conquistas de abril, que são e nomeadamente a liberdade, o SNS e as pensões, pedras basilares da nossa sobrevivência.

    Por último, o PSD, o CDS e o PSD+CDS

    “Nem mesmo os diversos escândalos do nosso PM parece abalar a coligação. Sem maioria, vamos ter mais do mesmo deste futuro governo, ou seja, políticas ao centro/centro-esquerda…”

    Se analisarmos que a AD foi a coligação que mais cresceu nas últimas eleições legislativas, comparativamente a 2024, pode-se antever alguma estabilidade de votos. Estando a guerra política concentrada entre o CHEGA e a esquerda, o PSD sozinho, ou coligado com o CDS, vai tentar manter ou mesmo crescer o nº de câmaras. Estes dois partidos estão quase a fazer as pazes com um eleitorado que prejudicaram bastante, no tempo de Passos Coelho, e vão assim consolidando as suas bases. Nem mesmo os diversos escândalos do nosso PM parece abalar a coligação. Sem maioria, vamos ter mais do mesmo deste futuro governo, ou seja, políticas ao centro/centro-esquerda, e mais uma vez Montenegro não vai conseguir executar o que deseja, virar o país mais à direta, cortando direitos fundamentais, e dando ao privado o manjar dos deuses. Não. Luís Montenegro não teve maioria, não pode governar como bem lhe apetecer. E não havendo entendimento com o CHEGA, vamos ver muitas vezes a Assembleia Nacional a governar por decreto. O que quer dizer que vamos continuar a desbaratar muito dinheiro mal gasto, e daqui até setembro, a AD vai continuar a crescer, e isso vai-se refletir certamente no resultado das autárquicas. Com esta luta entre a esquerda e o CHEGA, basta à AD e aos seus partidos recolher algum do espólio que vá sobrando dessas batalhas, para irem estabilizando as suas bases e crescendo alguma coisa.

    Em suma, acredito que vão ser umas eleições bem interessantes, politicamente esclarecedoras e decisivas também para o PS e o CHEGA. Ou o PS recupera ou o CHEGA consolida-se. Vai tudo girar à volta disto. Tudo o mais é cenário eleitoral.

    Os restantes partidos, embora merecendo todas as honras na minha escrita, saem fora do âmbito e do objetivo que pretendo para este artigo. Certamente, falarei deles em futuros artigos e analisarei com mais alguma profundidade a sua trajetória.

    Festival dos Canais regressa a Aveiro de 16 a 20 de julho

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    Organizado pela Câmara Municipal de Aveiro (CMA), o Festival dos Canais está de regresso para mais cinco dias de arte e cultura, realizando-se entre os dias 16 e 20 de julho. O evento celebra este ano a sua décima edição e voltará a encher Aveiro de música, teatro, dança, novo circo, instalações artísticas, atividades para crianças e outras propostas que prometem transformar o quotidiano da cidade, sempre com entrada gratuita.

    Entre os destaques desta edição, conte-se novamente com espetáculos sobre a água, entre os quais o marcante The Weight of Water, da companhia Panama Pictures, dos Países Baixos, que junta dança, circo e música ao vivo para promover uma reflexão sobre os tempos atuais e a relação com o meio ambiente. Uma parábola sobre o aquecimento global com seis intérpretes e uma plataforma flutuante para ver no Canal Central, junto às comportas, nos dias 19 e 20 de julho.

    Na música, o primeiro nome revelado é o de Dino D’Santiago, figura central da música portuguesa, que tem trabalhado a tradição cabo-verdiana com a marca contemporâneo da eletrónica global. Uma atuação marcada para o arranque do evento, no dia 16 de julho, no palco maior do Festival dos Canais, instalado no Cais da Fonte Nova.

    No campo das estreias, o espetáculo verde/claro, de Rui Queiroz de Matos, é o primeiro exemplo, sendo também uma encomenda do Festival dos Canais. Trata-se de uma criação com marionetas que celebra a natureza na sua escala mais íntima e questiona os espetadores sobre como seria a vida se os seres humanos tivessem apenas uns milímetros de altura. Para ver todos os dias do Festival, com quatro apresentações diárias.

    O Festival dos Canais voltará a contar com a participação da comunidade em algumas das suas atividades, sendo disso exemplo a Fanfarra dos Canais, um dos ex-libris do evento, formação musical itinerante que todos os anos conta com elementos recrutados através de uma open-call. Este ano não será exceção, estando para breve a abertura de inscrições.

    As crianças e as famílias voltarão a ser brindadas com diversas propostas, tendo para isso o espaço Jardim das Brincadeiras, um recinto acolhedor e divertido, na Baixa de Santo António, com espetáculos e atividades inventivas.

    Como tem acontecido nos últimos anos, o Festival dos Canais irá contar com um pop- up do Chefs On Fire, evento gastronómico que convida chefs de renome a cozinhar em fogo lento, celebrando as origens da cozinha. Quatro chefs irão apresentar as suas criações, entre 18 e 20 de julho, ao almoço e ao jantar, em momentos que irão incluir concertos de vários músicos reconhecidos. Reservas já disponíveis através de chefsonfire.com.

    A programação completa do Festival dos Canais será apresentada em breve e ficará também disponível em https://festivaldoscanais.pt/

    Aveiro celebra a Festa Arte Nova de 7 a 10 de junho com uma programação cultural intensa

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    A Câmara Municipal de Aveiro (CMA) promove, entre os dias 7 e 10 de junho, a Festa Arte Nova, com um programa diversificado que assinala o Dia Mundial da Arte Nova, celebrado a 10 de junho, em paralelo com o Dia de Portugal.

    Integrada na rede europeia Réseau Art Nouveau Network, da qual Aveiro faz parte, esta celebração visa promover o espírito e as manifestações do movimento Arte Nova em todas as suas expressões. A programação insere-se no projeto Nova Arte Nova, com epicentro no Museu Arte Nova, e propõe atividades que destacam a presença deste estilo arquitetónico e decorativo na cidade.

    Espetáculos e Performances

    O programa abre no dia 7 de junho (sexta-feira) com o espetáculo de rua “Pennyfly”, pela Companhia Marimbondo, às 11h00 e 16h00. Um imponente veículo e uma dupla inspirada nos anos 20 animarão o roteiro Arte Nova com música, sapateado e números de equilíbrio.

    Ainda no dia 7, pelas 21h30, o Pátio do Museu Arte Nova acolhe a performance “Jazz Me”, por The Jazz Shakers. O espetáculo recria a energia dos loucos anos 20, com uma troupe de bailarinos em trajes vintage que dançam ao som da Belle Époque.

    No domingo, 8 de junho, às 16h00, o grupo Dixie Gang apresenta um concerto temático no Pátio do Museu Arte Nova, inspirado nos cruzeiros fluviais do Mississípi, evocando o ambiente musical do início do século XX.

    Cinema e Documentários

    A segunda-feira, 9 de junho, será dedicada à imagem e ao cinema. Pelas 18h00, serão exibidos dois documentários no Museu Arte Nova:

    “A Arte Nova em Aveiro”

    Um documentário de Alexandre Humbert sobre o projeto europeu Arte Nova. Nova EUtopia, que acompanhou artistas em residência, incluindo em Aveiro, numa reflexão contemporânea sobre a influência da Arte Nova nas artes e arquitetura atuais.

    Segue-se, às 19h00, a sessão “Da Sombra para a Cor. O Nascimento do Cinema”, com exibição de filmes que retratam o espírito da Belle Époque. Às 21h30, o museu recebe o Recital de Piano “Reflexos Sonoros em Tons de Cor”, por Inês Filipe, que propõe uma viagem sonora por paisagens emotivas, explorando as múltiplas tonalidades expressivas do piano.

    Visitas Guiadas e Ateliers

    Durante os quatro dias da Festa, serão promovidas diariamente duas atividades fixas:

    Visita guiada “As Cores da Arte Nova” – às 10h00, com ponto de partida no Museu Arte Nova. Uma visita dialogada pelos edifícios emblemáticos do movimento em Aveiro, com enfoque especial nas cores utilizadas.

    Atelier “Brincar com a Cor – Apanhador de Sonhos” – às 15h00, também no Museu Arte Nova. A atividade tem limite de 20 participantes por ordem de chegada.

    Informações Adicionais

    O programa completo da Festa Arte Nova está disponível em: https://www.cm- aveiro.pt/visitantes/eventos/festa-arte-nova/festa-arte-nova-2025

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