Quantas mortes terão de ocorrer nos lares para que o Governo tome medidas?

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A Distrital de Aveiro do PSD questiona o Governo sobre o estado dos Cuidados Primários de Saúde e das Respostas Sociais no distrito e reclama o regresso à testagem em força à Covid temendo o descalabro nas IPSS.

A estrutura liderada por Salvador Malheiro afirma que as IPSS`s “navegam sozinhas” e que o país esqueceu a testagem depois das férias, do regresso ao trabalho e às escolas.

“Se se fizessem rastreios à Covid-19, massivamente, nas respostas sociais, nomeadamente nas destinadas à Terceira idade, teríamos uma realidade pandémica bem diferente do quadro atual. Parece-nos que não há interesse do Governo em conhecer e enfrentar a realidade atual, tomando preventiva e ativamente as medidas adequadas”.

O PSD conclui que é necessário ação e voltar ao combate do início da pandemia.

“Quantas mortes terão de ocorrer nos lares de idosos para que o Governo tome as medidas adequadas e seja solidário com as IPSS´s?”

Lembra que um pouco por todo o distrito há inúmeras Extensões de Saúde e respetivas Unidades de Saúde Familiar, e até alguns Centros Saúde, que foram encerradas por força do isolamento profilático e que a suposta reabertura não passou do papel.

“Não entendemos, nem aceitamos, porque encerraram e ainda não entraram em funcionamento aqueles equipamentos, essenciais à saúde dos utentes, à prevenção e combate da doença, assim como ao controlo diário da evolução e deteção de eventuais casos e focos de Covid-19. Os utentes do distrito de Aveiro não têm encontrado, na generalidade dos equipamentos do Serviço Nacional de Saúde aqui existentes, uma resposta cabal para os seus mais diversos problemas de saúde e, sabemos, nem aos profissionais que aí trabalham foram asseguradas as melhores condições de trabalho e segurança”.

O PSD diz que há sinais preocupantes com as sucessivas denúncias e “muitas ocorrências” com degradação do estado de saúde por falta de atendimento presencial e falta de meios de diagnóstico.

“Como se já não bastassem os adiamentos irresponsáveis de consultas, cirurgias, exames e tratamentos, temos agora diagnósticos e terapias mal determinados por falta de atendimento e acompanhamento médico presencial e por uso e abuso de consultas por telefone”.

A denúncia diz que uma “inspeção profunda” poderia mesmo concluir que haverá “casos de agravamentos irremediáveis de doença que se terão tornado fatais e terão antecipado a morte para dezenas de utentes que aguardavam ou esperavam uma resposta adequada do Serviço Nacional de Saúde”.

Questiona ainda a articulação de serviços entre os serviços distritais do Instituto de Segurança Social e da Administração Regional de Saúde do Centro.

“Num dia comunicam às instituições que podem abrir as respostas sociais, noutro mandam encerrá-las porque falta uma autorização que ninguém tem coragem para emitir. As Técnicas de Acompanhamento do Centro Distrital de Aveiro dizem que a emissão da autorização é competência da Autoridade de Saúde, em sentido inverso, as Delegadas de Saúde dos Centros de Saúde dizem que a autorização é competência do Centro Distrital de Segurança Social!!! Ninguém se entende”.

Redação
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