Exposição “Da ria à serra | Portas daqui e dali” do artesão António José Brandão.

Data:

No próximo dia 9 de maio, domingo, pelas 16H, a COMUR-Museu Municipal recebe a inauguração da exposição “Da ria à serra | Portas daqui e dali”, que reúne miniaturas em madeira do artesão António José Brandão.

A mostra pode ser apreciada até ao final do mês de maio, no horário de funcionamento do museu.

DA RIA À SERRA | PORTAS DAQUI E DALI

A construção de portas em madeira, resulta do que os olhos do artesão veem e retêm, por aqui e por ali, nas voltas de bicicleta pelo burgo e também dos passeios de moto (outra paixão), por sítios um pouco mais longe.

O gosto por trabalhar a madeira sempre existiu, mas tornou-se viciante nos últimos meses. Com a pandemia e o confinamento, António José Brandão foi forçado a ficar em casa. Começou a reciclar umas caixas e a fazer casas para pássaros. Depois, ao rever as fotografias que vai tirando por aqui e por ali, saltaram à vista as muitas e diferentes portas em madeira que encontra por todo o lado e que o encantam. Na Murtosa e também em Estarreja, encontrou algumas com, certamente, mais de cem anos. Aqui, mesmo à nossa porta.

Constatou que, por Portugal fora, há o mesmo tipo de portas antigas em diversas localidades e que as podemos encontrar, inclusive, noutros países. Começou por fazer um quadro com uma porta, na seguinte acrescentou outro pormenor, depois este e aquele detalhe; ao fazer uma, tinha logo outra na cabeça; era preciso decidir as cores e escolher os tecidos, acrescentar mais uma rede de mosqueiro numa, um gradeamento noutra. Enfim, um entusiasmo crescente e possibilidades sem fim!

A exposição mostra, pela primeira vez, o talento e a sensibilidade do artesão António José Brandão, o nosso “Tozé da Caixa”.

ANTÓNIO JOSÉ BRANDÃO, por ele próprio.

 

O que vos vou contar são as palavras de alguém que nasceu no segundo mês do ano de 1967, no Hospital de Salreu, e que, com uma esperança enorme no futuro, própria de um jovem de 22 anos, chega, em 1989, no autocarro da Autoviação da Murtosa, à Praça de Pardelhas, para começar a aprender um “ofício para a vida”(era assim naquela altura). Hoje, e depois de ter tido o privilégio raro de poder trabalhar 31 anos, sempre no Concelho da Murtosa, sinto-me ainda mais honrado por viver há 27 anos neste cantinho de “borda de água” de que gosto muito.

Se na terra onde nasci fui e sou o filho do Albino e da Cininha, irmão da Cristina, tio do Rui e cunhado do Manuel Almeida, na Murtosa tornei-me apenas no “Tó Zé da Caixa”, nome simples com que me identifico e que ostento com orgulho pelo seu significado, que é tão só todo o carinho das pessoas da terra que, assim, me batizaram.

Atendendo ao exposto e porque já são mais os anos a residir aqui do que em Salreu, penso que já posso reclamar, com toda a propriedade, o título de cidadão da Murtosa.

Redação
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