De 18 a 20 de julho, o Chefs on Fire regressa a Aveiro para a sua terceira edição, integrado na programação oficial do Festival dos Canais. Organizado pela LOHAD, em co- produção com a Câmara Municipal de Aveiro, o maior festival gastronómico de cozinha no fogo da Europa volta a transformar o jardim do Parque Infante D. Pedro num espaço intimista que celebra a criatividade gastronómica, ao som da melhor música portuguesa.
Nos pratos de carne, participam João Magalhães, do Pata Gorda, que cruza o espírito de tasco com a técnica moderna; Miguel Peres, fundador do Pigmeu, distinguido com um Sol Repsol e defensor da sustentabilidade alimentar; e Ricardo Costa, chef executivo do The Yeatman, premiado com duas estrelas Michelin e três Sóis Repsol.
Na categoria de peixe, estarão presentes Cristiano Barata, do Mercantel, com sabores locais cozinhados a fogo; Tiago Bonito, do Palacete Severo, vencedor do prémio Chefe Cozinheiro do Ano; e Francisco Nogueira, do Tricky’s, conhecido pela sua abordagem irreverente à tradição portuguesa.
Na vertente vegetariana, Rafaela Ferreira, do Exuberante, traz uma cozinha vibrante com raízes em Viseu; João Saloio, do restaurante Mãe, apresenta uma reinvenção criativa da gastronomia portuguesa; e João Guedes, do Flora, guia o seu projeto de Viseu com base na natureza e já soma um Sol Repsol.
Nas sobremesas, marcam presença Verónica Dias, do Brites, com pastelaria honesta e de fermentação natural; Ana Patrícia Correia, fundadora da Marupiu
e distinguida com o Prix au Chef Pâtissier pela Academia Internacional de Gastronomia; e Claiton Ferreira, chef executivo de pastelaria do Sala de Corte, premiado como “Passionate Pastry Chef” em 2024.
12 chefes e 6 concertos numa experiência única entre a ria e os canais
Quem quer que maltrate psicologicamente o seu parceiro também está exercendo um abuso indireto
Quem quer que maltrate psicologicamente o seu parceiro, que chantageia, deprecia, humilha e aniquila a auto-estima, também está exercendo um abuso indireto, mas hediondo, contra os seus próprios filhos. Porque ser testemunha constante de um relacionamento tóxico transforma as menores em vítimas primárias em tristes repositórios de um legado emocional marcado por sequelas, às vezes irreversíveis.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fórum Econômico Mundial (FEM), as doenças mentais já são as principais causas de incapacidade para o trabalho no mundo. Muitos deles, por mais curiosos que pareçam, têm origem em relações tóxicas ou abusivas e no impacto psicológico que têm sobre a pessoa. Por sua vez, indicadores como stress pós-traumático, depressão, transtornos de ansiedade, dor crônica, asma e até mesmo diabetes são marcas silenciosas e persistentes desse tipo de vínculo disfuncional.
As instituições sociais e de saúde apontam a necessidade de “capacitar” as vítimas deste tipo de abuso físico ou psicológico no casal e não as estigmatizar. Com “capacitar”, referem-se a fornecer a essas pessoas, homens ou mulheres, recursos adequados e estratégias de enfrentamento para se reavaliarem psicológica e emocionalmente, e serem reintegrados mais tarde a suas vidas normais.
No entanto, o que é frequentemente negligenciado, esquecido ou deixado de lado é a figura das crianças que, desde muito cedo, testemunharam dinâmicas tão nocivas, nessas atmosferas tóxicas. Interiorizaram silenciosamente cada átomo, cada gesto, som, choro, palavra e cada lágrima derramada em suas mentes quentes e inocentes sem saber muito bem que impacto isso pode ter em suas vidas amanhã.
Testemunhar um relacionamento tóxico também nos torna vítimas
“Não, eu nunca levantei minha mão contra meus filhos ou contra meu parceiro. Esta é certamente uma reação infelizmente comum entre os agressores ou executores de que o abuso psicológico, onde nenhuma marca, onde nenhum soco evidenciando cada prejuízo sofrido cada violação e actos ilícitos realizados em privado e o microcosmo de uma casa.
No entanto, por mais curioso que pareça, o facto de não haver um golpe ou ferida óbvia, torna a situação ainda mais complexa. Nestes casos, as vítimas, longe de verem esse comportamento como um abuso óbvio, tendem a se culpar.
Não podemos esquecer que, como explicou Piaget em sua teoria do desenvolvimento cognitivo da criança, entre 2 e 7 anos elas mantêm essa abordagem egocêntrica onde o mundo gira em torno de sua pessoa. Portanto, a criança sentirá que a dor do pai ou da mãe, como os gritos ou brigas, é o resultado de algo que ela própria deve ter causado de alguma forma.
Portanto, é importante ter em mente, no coração de qualquer relacionamento tóxico onde há crianças, que elas também são vítimas. Não importa que elas estejam atrás de uma porta e que não vejam nada, não importa que elas ainda não saibam andar, ler, pedalar uma bicicleta ou dizer o nome das constelações que aparecem à noite antes. As crianças sentem e escutam, as crianças interpretam o mundo à sua maneira e, portanto, poucas coisas podem ser mais devastadoras para a infância do que crescer em um ambiente cujo substrato emocional é tão patológico, tão devastador.
Às vezes, essa relação tóxica é encorajada pelos dois membros do casal. Há pessoas incapazes de construir um ambiente de estabilidade psíquica e emocional. São perfis caracterizados por aquelas oscilações onde carinho e agressividade, proximidade e chantagem criam um tecido altamente disfuncional para si, e especialmente para as crianças que moram com o casal.
Existem muitos tipos de relacionamentos abusivos, em muitas formas e em qualquer escala social. No entanto, as verdadeiras vítimas nesses labirintos afectivos são as crianças. Porque construir sua própria identidade em um contexto marcado por abuso muitas vezes faz com que o ponto de partida para o ciclo de violência seja recomeçado. Não podemos esquecer que as pessoas tendem a repetir os padrões psicológicos e comportamentais conhecidos.
É comum que longe de sobreviver à relação tóxica dos pais, se tornem – possivelmente – novas vítimas ou novos executores porque projectam essa mesma linguagem afectiva. Para amortecer esse impacto e o ciclo de abuso em si, precisam, portanto, de mecanismos adequados. É necessário que as crianças que testemunharam essas dinâmicas recebam apoio social e terapêutico, juntamente com seus pais.
Porque se há algo que todas as crianças e adolescentes merecem, é a possibilidade de viver em um ambiente não violento. É serem capazes de fazerem o bem por meio de uma educação baseada na coerência e no respeito e, acima de tudo, pela proximidade dos pais sábios nos afectos, habilidosos no amor.
Quem faz a lei que conheça os serviços e a fila
Nos últimos meses, a política migratória portuguesa tem sofrido alterações significativas. Novos critérios para a concessão de vistos, mudanças na Lei da Nacionalidade, reforço de exigências documentais e o anúncio de deportações em larga escala são medidas que apontam para um redesenho do regime de acolhimento e permanência em território nacional. Algumas destas decisões têm fundamento político e legal. Outras respondem à crescente pressão da realidade. Mas há um princípio que continua ausente do debate público: antes de legislar, é indispensável avaliar se os serviços do Estado têm capacidade para executar o que se aprova em Conselho de Ministros.
A Direção-Geral da Administração da Justiça (DGACCP), por exemplo, viu-se, no início deste ano, sobrecarregada com pedidos urgentes de registo criminal por parte de imigrantes a quem foram exigidos novos documentos para completar os seus processos. Resultado: filas durante horas, dezenas de pessoas a acampar à porta das instalações, funcionários sob pressão e um ambiente de total imprevisibilidade.
Situação semelhante se viveu — e continua a viver — nas conservatórias de registos. Com a entrada em vigor das novas regras da nacionalidade, e o prazo-limite para beneficiar do regime anterior, centenas de pessoas passaram dias e noites nas filas para garantir que entregavam o seu processo a tempo. Estima-se que existam atualmente mais de 700 mil pedidos pendentes, com os serviços de registo a trabalharem no limite da sua capacidade, e muitos sem o número suficiente de funcionários especializados para responder a esta sobrecarga.
A estas dificuldades acresce um novo dado: o Governo anunciou, por via do Ministério da Presidência e da Administração Interna, a intenção de identificar e deportar cerca de 40 mil imigrantes em situação irregular. A medida, que levanta legítimas questões jurídicas e operacionais, não foi acompanhada de qualquer explicação sobre os meios humanos, logísticos ou diplomáticos que o Estado dispõe para a concretizar. Em que prazos? Com que recursos? Em articulação com que países de origem? Até agora, apenas o silêncio.
Este tipo de abordagem cria um desfasamento perigoso entre a decisão política e a realidade administrativa. Os serviços do Estado, já fragilizados por anos de suborçamentação e falta de pessoal, não podem ser constantemente surpreendidos por medidas que implicam uma reformulação completa dos procedimentos sem preparação prévia.
A criação da AIMA (Agência para a Imigração e Mobilidade) devia ter respondido a esta urgência de reorganização. Mas os constrangimentos informáticos, a escassa articulação com os serviços de registo e justiça, e a ausência de formação adequada colocaram em evidência os limites de uma mudança anunciada antes de ser construída.
O problema não reside, necessariamente, nas metas políticas. Reside na ausência de um planeamento consequente. Antes de legislar, é necessário perguntar: os serviços que vão executar estas normas estão preparados? Têm os meios humanos? Têm formação adequada? Dispõem de sistemas compatíveis? Conhecem a dimensão real do impacto?
Trata-se, no fundo, de um princípio básico de bom governo: a responsabilidade legislativa não termina com a publicação de um diploma. Começa aí. Sem meios, sem previsão, sem articulação, a melhor das intenções transforma-se numa fonte de frustração social e institucional. E quando o cidadão se depara com a lentidão do atendimento, com o silêncio dos serviços, com a duplicação de procedimentos ou com a falta de respostas, não culpa o funcionário que o atende: culpa o Estado — e com razão.
Governar não é apenas decidir. É garantir que há estrutura para cumprir. O que temos visto é, por vezes, o contrário: decide-se primeiro e só depois se avalia o impacto — quando já é tarde.
É por isso que vale a pena recordar: quem faz a lei, que conheça os serviços e a fila. Não por demagogia. Mas para compreender que, sem reforço técnico, sem formação, sem planeamento e sem respeito pela capacidade dos serviços, não há política migratória, por mais bem-intencionada que seja, que consiga produzir justiça, integração ou eficácia.
Moisés Matos Braz é o candidato à Junta de Freguesia de Cacia pela IL
Natural de Aveiro e residente no Paço, é estudante de Engenharia Informática Aplicada na ESTGA – Universidade de Aveiro, onde também concluiu a sua formação como técnico superior em programação de sistemas de informação.
É trabalhador-estudante, com experiência profissional em áreas como os sistemas de informação, a restauração e a construção civil — um percurso que reflete a realidade de muitos jovens portugueses.
É também músico, com uma forte ligação à cultura e à criatividade como motores do desenvolvimento pessoal e comunitário.
Moisés representa uma nova geração de cidadãos ativos, que acreditam numa política local feita com proximidade, competência e responsabilidade.
No mês de julho Ovar vai estar em festa
Hoje, vou aproveitar esta minha coluna semanal, para vos fazer um convite especial.
PERDOEM-ME,
Mas sou de Ovar, tenho uma paixão enorme por esta Terra, e , quando há “ coisas “boas para anunciar, fico com um normal orgulho.
De facto, neste mês de Julho, há motivos muito especiais para cá virem, porque em Julho Ovar está em Festa-
NESTE FIM DE SEMANA,
Hoje e amanhã…o Festa vai encher o Parque Urbano da Cidade, com os Sons da Lusofonia!
Há iniciativas durante o dia todo, e…iniciativas para todos, desde os mais novitos, aos de mais idade!
NOS DIAS 24, 25, 26 e 27,
O Jardim do Garrett, vai-se encher de gastronomia, doces, artesanato e espetáculos…das 10H às 24 H.

É O FESTIVAL DO PÃO DE LÓ DE OVAR.
Uma boa altura para virem à cidade, almoçarem ou jantarem boa gastronomia, verem artesanato, e claro…comprar um Pão de Ló de Ovar!
São as festas da Cidade de Ovar, comemorando o seu Feriado Municipal, e o seu santo Padroeiro o S. Cristóvão.
Como produtor desse doce único, o 6º Melhor Doce do Mundo,
CONVIDO-VOS A TODOS A VIREM A ESTA CIDADE MARAVILHOSA.
Pão de Ló de Ovar, uma broa confecionada à base de ovos, sobretudo gemas, farinha e açúcar, cozida em forma de barro.
A massa de cor amarela é muito fofa, daí a designação de “Ló”, sendo o exterior de textura bem húmida, conhecida como “ o pito ”, uma característica muito particular e diferenciadora deste nosso tesouro gastronómico.
Com Indicação Geográfica protegida, é um bem público europeu, conforme decreto da União Europeia de 24 Agosto de 2016.
Tem o prémio de Europa Exceleence Enogastromic e European Tradicional Industry.
Aproveite, caro leitor, para visitar as nossas Praias, Monumentos, Património…e a nossa Floresta!
EM JULHO VENHA A OVAR,
Porque Ovar, não é só o Carnaval!
João Noronha Lopes junta benfiquistas este sábado em Mira
A candidatura de João Noronha Lopes à presidência do Sport Lisboa e Benfica promove este sábado, 12 de julho, um encontro com os benfiquistas em Mira, no âmbito do programa de proximidade com os sócios e adeptos em todo o território nacional.
A iniciativa decorre entre as 12h00 e as 18h00, no Parque Varandas de São Bento, e conta com a presença de Vítor Paneira, antigo capitão do Benfica e um dos rostos mais emblemáticos do projeto liderado por João Noronha Lopes.
Este encontro visa proporcionar um espaço de diálogo direto com os associados, permitindo a partilha de ideias, preocupações e sugestões sobre o presente e o futuro do clube. Será também uma oportunidade para dar a conhecer algumas linhas do programa de João Noronha Lopes.
A candidatura “Benfica Acima de Tudo” convida todos os benfiquistas a participar neste momento de escuta e partilha e reafirma o compromisso com um Benfica mais transparente, ambicioso e próximo dos sócios.
João Noronha Lopes vai continuar, este mês, a percorrer o país.
Depois de Vila Nova de Famalicão, agora Mira. Segue-se Vila Franca de Xira, Quarteira e Lisboa, tudo ainda durante este mês de julho.
CMA reforça apoio a associações para a realização de eventos desportivos
A Câmara Municipal de Aveiro continua a reforçar o seu compromisso com a promoção da inclusão e da prática desportiva no concelho, através do apoio a iniciativas de relevante interesse municipal.
No âmbito do Programa Municipal de Apoio às Associações, foram aprovadas as candidaturas para a realização do Torneio de Natação Adaptada Cidade de Aveiro, promovido pelo Sporting Clube de Aveiro, e da prova Aveiro City Race 2025, dinamizada pelo Clube de Orientação de Estarreja
O Torneio de Natação Adaptada “Cidade de Aveiro”, tem como objetivo fomentar a igualdade de oportunidades e a integração social. Esta iniciativa insere-se na estratégia do Município de incentivo à inclusão através do desporto, apoiando ações que promovam a participação de pessoas com deficiência em atividades desportivas.
A prova Aveiro City Race 2025 visa promover a modalidade de Orientação junto da população e valorizar o espaço público da cidade, colocando Aveiro no mapa nacional e internacional da modalidade.
Ambos os eventos contribuem para a dinamização do território, incentivando a participação de diferentes públicos em modalidades desportivas acessíveis, inclusivas e com forte ligação à comunidade.
Câmara de Aveiro abre novo concurso para reabilitação do Museu de Aveiro/Santa Joana
O Executivo Municipal deliberou aprovar a abertura de um novo procedimento por concurso público para a requalificação do Museu de Aveiro / Santa Joana, pelo valor base de 5.618.000€ e um prazo de execução de 540 dias.
O procedimento anteriormente aberto não teve seguimento, uma vez que a única proposta apresentada, não cumpria os preceitos legais para ser considerada válida. Neste sentido, a CMA solicitou ao projetista uma nova revisão dos custos da intervenção.
No quadro da boa gestão do Museu de Aveiro / Santa Joana – que a CMA assumiu através de transferência de competências em 2015 e de forma definitiva a partir de 2022 – e após os devidos estudos técnicos e elaboração de projeto, ficou patente a premência desta intervenção, já que o plano inicial de obras levado a cabo entre 2006 e 2008, por parte da Direção Regional de Cultura do Centro, só concluiu a primeira fase.
A empreitada vai ocorrer na qualificação da Zona Histórica, da Igreja e do Antigo Claustro, incidindo muito em especial na correção de múltiplas patologias já identificadas desde a última intervenção, há 16 anos, nomeadamente de entrada de água / humidade pelas coberturas e paredes, melhorando de forma muito relevante as condições de eficiência energética do edifício.
A intervenção assenta no princípio de intrusão mínima, mas necessária, por forma a que não seja posta em causa a integridade do património edificado e criando condições de base para posteriores intervenções, nomeadamente de restauro da talha dourada da Igreja de Jesus.
Carta de Filipe I sobre o Prior do Crato está em leilão e Portugal ignora
Está em leilão em Londres, até 10 de julho, uma carta régia de 1588 assinada por D. Filipe I de Portugal (Filipe II de Espanha), dirigida ao duque de Medina‑Sidonia, comandante da malograda Armada Invencível. Trata-se de uma ordem de captura contra D. António, Prior do Crato — o último símbolo da resistência portuguesa à dominação filipina e da luta pela independência nacional.
O documento, de valor estimado em mais de 300 mil libras (cerca de 350 mil euros), integra um conjunto de instruções militares secretas. Nele, o rei usurpador ordena a prisão de D. António, então exilado, temido por Madrid e ainda reconhecido por muitos portugueses como legítimo herdeiro de D. Sebastião. Esta carta é uma peça rara, um testemunho material de um capítulo dramático da nossa História — e, mais uma vez, o Estado português deixa-a escapar sem qualquer manifestação de interesse.
Já no mês passado denunciei, também neste jornal, a inacreditável passividade do Governo quando foi leiloado o documento de D. Manuel I que atribuía a Vasco da Gama o título de Conde da Vidigueira. Um dos documentos fundadores da nossa expansão ultramarina foi ignorado. Agora, assiste-se ao mesmo silêncio cúmplice perante um documento que representa o esforço castelhano de esmagar a identidade portuguesa.
É legítimo perguntar: onde está a ministra da Cultura? Ou melhor — estará mais empenhada nas suas outras pastas? Desporto e Juventude parecem concentrar toda a sua atenção, enquanto a Cultura, perdida entre comunicados protocolares, vai sendo deixada para trás. A tutela cultural não pode ser tratada como adereço político. Precisa de liderança, visão e, acima de tudo, ação.
A ausência de estratégia do Estado português na preservação do seu património documental é sintoma de um problema mais profundo: não valorizamos a nossa História. E quem não valoriza o passado, abre caminho para a perda do futuro. Estes documentos — como a carta de Filipe I — não são meras relíquias de arquivo. São símbolos de quem fomos, sinais de quem somos, fundamentos do que podemos ser.
Enquanto outros países compram, preservam e exibem os seus marcos históricos com orgulho, Portugal assiste, inerte, à dispersão da sua memória por coleções privadas no estrangeiro.
Hoje é a ordem de prisão contra o Prior do Crato. Ontem foi a carta de D. Manuel a Vasco da Gama. E amanhã? Continuaremos a fingir que não tem importância?
A História não é entretenimento. É identidade. E identidade que se abandona é pátria que se dissolve.
Hugo Nunes é o candidato do Bloco de Esquerda à presidência da Junta de Freguesia de Esgueira
Ativo em diversas causas sociais e políticas no concelho de Aveiro, tem participado em ações de voluntariado, tanto na freguesia de Esgueira como no concelho de Aveiro, com especial atenção às questões da justiça social, da inclusão e da defesa do espaço público. Defende uma gestão transparente e participada da freguesia, onde as decisões tenham em conta as reais necessidades das freguesas e dos fregueses, sem deixar ninguém para trás.
Tem representado o Bloco de Esquerda na Assembleia de Freguesia de Esgueira ao longo do atual mandato, onde tem sido voz crítica e propositiva em temas como a habitação, os direitos sociais, a mobilidade, a proteção ambiental e os espaços públicos. Rejeita o assistencialismo e defende políticas de apoio social baseadas em direitos e no serviço público.
Quer que Esgueira seja uma freguesia inclusiva, onde todas e todos possam viver com dignidade, com políticas públicas que promovam a igualdade, espaços públicos cuidados e habitação acessível. A sua candidatura afirma o compromisso com uma freguesia mais justa, mais verde, mais democrática e verdadeiramente inclusiva.