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    Presidente da Câmara de Aveiro apresentou livro “A Sagres em Aveiro 2024” na Expo Osaka

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    O Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves, marcou presença esta sexta-feira (23 de maio), na Expo Osaka, a apresentar o livro “A Sagres em Aveiro 2024”, uma publicação da Câmara de Aveiro (CMA) que assinala a primeira presença do Navio-Escola Sagres em Aveiro, no Cais do Sal, em maio de 2024, no âmbito das comemorações do Dia da Marinha e no ano em que Aveiro foi a primeira Capital Portuguesa da Cultura.

    “A chegada do Navio-Escola Sagres ao centro de Aveiro foi uma operação ousada e inédita da Marinha e da Câmara, que mostrou a força e a determinação de um Povo que acredita na sua cidade e nos seus canais como palco de cultura, de inovação e de futuro. A Sagres foi recebida com enorme alegria por parte dos Aveirenses e a sua estadia, que será recordada durante vários anos pela população, fica agora registada em livro. Poder apresentar esta obra no Japão é uma honra e um tributo à dimensão universal desta embarcação e da ligação dos Portugueses e dos Aveirenses ao mar, fazendo-o no Pavilhão de Portugal que tem como tema Oceanos, Diálogo Azul”, afirma Ribau Esteves.

    “A Sagres em Aveiro 2024” evoca o simbolismo nacional do Navio-Escola Sagres, retrata o entusiasmo da população de Aveiro com o navio e demonstra a capacidade logística e cultural

    da cidade para acolher grandes embarcações em pleno coração urbano. Reúne ainda testemunhos de visitantes, autoridades civis e militares, bem como dados históricos sobre o navio e fotografias de uma semana de eventos que marcaram a cidade.

    O livro, com edição bilíngue (português/inglês), é promovido internacionalmente ao longo da Expo Osaka 2025 como parte da estratégia de afirmação cultural e turística de Aveiro, a partir do belo Pavilhão de Portugal, um dos mais relevantes sucessos da Expo. O livro vai ter uma sessão de apresentação pública na Feira do Livro de Aveiro que se realiza de 20 de junho a 6 de julho 2025.

    Na nota final da sua intervenção, o Presidente Ribau Esteves realçou a importância de Portugal apostar mais na utilização do Navio Sagres como embaixada promotora do País em todo o Mundo, assim como lembrou a importância e a urgência do investimento de recuperação do Navio Treino de Mar Creoula, para que volte a navegar na missão muito importante de proporcionar treino de mar a cidadãos civis, com operação da Marinha Portuguesa, promovendo a cultura marinheira e o gosto pelo Mar, que só a relação de vivência direta propicia.

    A presença do Presidente da Câmara de Aveiro em Osaka inseriu-se na agenda oficial da visita ao Japão da comitiva da Câmara de Aveiro, que incluiu já encontros institucionais e visitas em Tóquio e em especial na cidade de Oita, geminada com Aveiro desde 1978, e que prosseguiu com contactos de cooperação cultural e económica no contexto da Exposição Mundial.

    Louvado sejas? A Terra já não canta, chora

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    Vivemos tempos de ruído — climático, social, ético. Mas há um silêncio mais ensurdecedor: o da nossa resposta à agonia do planeta. A Terra chora — literalmente — sob os efeitos da predação sistemática que o modelo económico dominante insiste em mascarar de progresso. E enquanto isso, grande parte da sociedade observa com apatia civilizada, como se a catástrofe climática fosse um fenómeno externo, alheio e inevitável.

    A verdade é que não é inevitável. É induzida. É escolha.

    Em pleno século XIII, São Francisco de Assis ousou propor uma visão absolutamente revolucionária da relação entre o ser humano e o mundo natural. No seu Cântico das Criaturas, não se limita a louvar o Criador — louva também a criação, conferindo dignidade espiritual ao sol, à água, ao vento, ao fogo, aos animais e à própria Terra, a quem chama “irmã e mãe”. Esta não é apenas uma metáfora poética: é uma declaração de cosmologia ética e relacional.

    Hoje, essa visão profética revela-se um antídoto contra a lógica utilitarista que colonizou a nossa relação com o mundo natural. O que em Francisco era gratidão, em nós tornou-se apropriação. O que era reverência, converteu-se em domínio. De irmandade passámos à exploração. De comunhão à posse.

    Os eventos climáticos extremos que se multiplicam um pouco por todo o mundo — como as inundações devastadoras que recentemente atingiram o estado brasileiro do Rio Grande do Sul — são apenas o sintoma mais visível de uma doença mais profunda: a rutura espiritual e política entre a humanidade e o planeta que a sustenta. A crise ecológica é, acima de tudo, uma crise de relação. E, como tal, exige não apenas soluções técnicas, mas uma reconstrução simbólica e moral da nossa presença no mundo.

    Francisco não era ingénuo. Sabia que a verdadeira conversão começa no coração, mas não termina aí. A sua vida foi profundamente política, no sentido mais nobre da palavra: um gesto constante de resistência à lógica de poder, de acúmulo, de violência estrutural contra os mais frágeis — humanos e não-humanos.

    Na encíclica Laudato Si’, o Papa Francisco retoma esse legado e denuncia:

    “O ambiente humano e o ambiente natural degradam-se juntos, e não poderemos enfrentar adequadamente a degradação ambiental se não prestarmos atenção às causas que têm a ver com a degradação humana e social.” (LS, n.º 48)

    A questão climática, portanto, não pode ser tratada como uma abstração científica ou um capricho ideológico. Trata-se de uma questão de justiça intergeracional, de ética da responsabilidade e de sobrevivência da própria civilização.

    Por isso, não basta sensibilizar. É urgente politizar o debate ecológico.
    Desconfiar do greenwashing. Denunciar a hipocrisia das cimeiras internacionais que acumulam promessas e adiam compromissos.
    E mais: é urgente reconstruir uma espiritualidade ecológica que nos reconcilie com a Terra — não como recurso, mas como casa; não como propriedade, mas como sujeito.

    A juventude que hoje sai à rua em protesto, que ocupa escolas, que enfrenta tribunais e governos, representa o novo rosto desse franciscanismo radical. Um rosto laico, plural, informado — mas profundamente inspirado por aquele mesmo grito:
    “Esta nossa irmã geme por causa do mal que lhe provocamos.”

    Talvez já seja tarde para evitar muitos dos estragos. Mas nunca será tarde para agir com lucidez, com coragem e com responsabilidade histórica.
    Se São Francisco estivesse hoje entre nós, não estaria a contemplar passivamente as flores. Estaria a bater à porta dos ministérios, das empresas e das consciências. E talvez, mais uma vez, se fizesse ouvir primeiro entre os pobres, os animais e as árvores.

    A Terra já não canta.
    Mas ainda não se calou.
    A pergunta é: vamos continuar a ignorá-la?

    DO PÃO – Festival Internacional de Cinema documental em Albergaria-a-Velha

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    Albergaria-a-Velha vai receber, entre 28 de maio e 1 de junho, o único festival de cinema do mundo dedicado exclusivamente aos documentários sobre o pão. 

    Além da exibição de 30 filmes em diferentes espaços (Cineteatro Alba, Biblioteca Municipal e na Quinta da Boavista/Torreão) o Do Pão – Festival Internacional de Cinema Documental vai contar com vários workshops e apresentações de livros.

    Tendo nascido em estreita ligação com o Festival Pão de Portugal, que este ano decorre nos dias 30 e 31 de maio e 1 de junho, o Festival de Cinema abre uma dimensão internacional muito significativa e crescente. Este ano foram enviados 2785 filmes de 131 países, tendo o júri de seleção escolhido 23 filmes que se candidatam aos prémios de curta e longa-metragem.

    O Município de Albergaria-a-Velha atribui, como habitualmente, um prémio de 2000 euros para o melhor documentário de longa-metragem e 1000 euros para a melhor curta metragem.

    Os países que mais filmes inscreveram no festival de cinema documental foram o Irão com 256 filmes, o Brasil com 222, a Índia com 218, Espanha com 142, a Turquia com 121, a China com 103, Itália com 100, França com 99, Estados Unidos e Argentina, ambos com 86, e o Egito com 83 filmes. Portugal apresentou 74 filmes a concurso. São números que espelham bem a dimensão da atual produção mundial de cinema.

    Procurando uma complementaridade onde filmes, oficinas e livros possam estimular debates mais robustos, tenciona-se assim um encontro mais estimulante entre artes, ideias e públicos.

    O Festival Do Pão, que acontece desde 2016, é uma organização do Cine Clube de Avanca e do Município de Albergaria-a-Velha e conta com o apoio do ICA / Ministério da Cultura.

    Toda a programação pode ser consultada aqui.

    Câmara Municipal de Ílhavo assinala o Dia Mundial da Criança com espetáculos de circo para toda a família

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    Para celebrar o Dia Mundial da Criança, a Câmara Municipal de Ílhavo promove um fim de semana repleto de magia e diversão, com espetáculos de circo abertos a toda a comunidade.

    A iniciativa, desenvolvida em parceria com o Super Circo, terá lugar numa tenda especialmente montada no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, e contará com sessões de circo tradicional, sem animais, e dirigidas a público de todas as idades.

    Os espetáculos terão lugar nos dias 30 e 31 de maio e 1 de junho, com os seguintes horários: sexta-feira, 30 de maio, às 21h30; sábado, 31 de maio, às 15h00, 18h00 e 21h30; e domingo, 1 de junho, às 14h30, 16h30 e 19h00.

    Cada criança que frequente a educação pré-escolar, o 1.º ou o 2.º ciclo, em estabelecimentos de ensino da rede pública e privada do Município de Ílhavo, receberá, gratuitamente, um bilhete individual e um bilhete para um adulto acompanhante. A distribuição será assegurada pelas respetivas escolas.

    O Super Circo, companhia jovem e reconhecida pelo dinamismo e inovação dos seus espetáculos, apresentará um elenco diversificado de artistas, entre os quais acrobatas aéreos, equilibristas, ilusionistas, ginastas, malabaristas e palhaços, proporcionando um espetáculo pensado para encantar e envolver público de todas as idades.

    Através desta iniciativa, a Câmara Municipal de Ílhavo reforça o seu compromisso com a promoção da cultura e do bem-estar das crianças, proporcionando-lhes experiências enriquecedoras que contribuem para o seu desenvolvimento e felicidade.

    Castelo de Paiva vai acolher nos dias 30 e 31 de Maio a 18ª edição da Feira Social

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    A exemplo de anos anteriores, a Vila de Castelo de Paiva vai acolher, nos dias 30 e 31 de Maio, a 18ª edição da Feira Social, um evento dedicado ao sector social do concelho.

    Promovida pela edilidade paivense e pelo gabinete local da Rede Social, esta iniciativa, a exemplo de edições anteriores, pretende demonstrar e reconhecer a importância e o trabalho notável do sector social desenvolvido no concelho de Castelo de Paiva.  

    Nesta edição da Feira Social, o programa arranca na Sexta-Feira, dia 30 de Maio e contempla a partir das 15 horas, a actuação “A música que vinha de dentro da mina “, com o apoio da ADRIMAG, e um pouco mais tarde, demonstrações cinotécnicas, cavalos, veículos e serviços, com a participação da GNR e dos Bombeiros Voluntários de Castelo de Paiva, seguindo-se o habitual périplo pelos expositores das entidades presentes neste certame social.

    No espaço do Largo do Conde, a partir das 16 horas, acontece a realização de rastreios de saúde, seguindo-se as apresentações da APPACDM + CARPD, uma aula de zumba e uma sessão de show cooking, sendo que, durante a noite a animação musical estará a cargo da exibição do “BLG Band New Horizons”, Bruno Falcão e DL Joaquim Mendes.

    Já no Sábado, às 9 horas arranca o programa com aquecimento físico, seguindo-se a II Caminhada Cataventos com um percurso de 6 km pelas freguesias de Sobrado e S. Martinho, voltando a acontecer às 12h30 o Festival das Sopas, com a colaboração das IPSS locais, seguida com animação musical da ACUP.

    Durante a tarde haverá jogos tradicionais, e actividades infantis com insufláveis e pinturas faciais, e às 14h30 está marcada a participação do Rancho Infantil do Centro Social do Couto Mineiro do Pejão, PT Dance Academy, Companhia Girassol e uma demonstração de Taekondo, seguindo-se o “ Fogo Lento “ e uma exibição de Balão de Ar Quente, numa colaboração do Exército Português.

    A animação musical durante a noite, fica por conta das Camponesas de Real a partir das 20 horas, seguindo-se a Orquestra Ligeira da Academia de Música de Castelo de Paiva e um animado bailarico a partir das 22 horas, abrilhantado pelo Agrupamento Musical “Nova Dança”. 

    Dia Mundial da Criança assinalado com atividades lúdicas no Parque do Rio Ul e cinema de animação

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    No próximo domingo, 1 de junho, é o Dia Mundial da Criança, uma data que será assinalada em S. João da Madeira na segunda e na terça-feira, com atividades no Parque do Rio Ul, para o 1.º e 2.º ciclo, e com sessões de cinema, para o pré-escolar.

    Assim, no dia 2 de junho, a Câmara Municipal proporciona a centenas de crianças das escolas do 1.º ciclo do ensino básico um conjunto de atividades lúdicas no maior espaço verde da cidade, estando também marcado para esse equipamento municipal um programa dirigido ao 2.º ciclo, nesse caso a realizar no dia 3, com organização da PSP e colaboração da autarquia.

    Igualmente na terça-feira, o Município de S. João da Madeira oferece sessões de cinema no 8.ª Avenida às crianças do pré-escolar, que têm, assim, a possibilidade de assistirem ao filme de animação “Um gato com sorte”.

    O Dia da Criança assinalou-se pela primeira vez em 1950, por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de chamar a atenção para os problemas que as crianças então enfrentavam. 

    Neste dia, os estados-membros da ONU reconheceram que todas as crianças, independentemente da raça, cor, religião, origem social, país de origem, têm direito a afeto, amor e compreensão, alimentação adequada, cuidados médicos, educação gratuita, proteção contra todas as formas de exploração e a crescer num clima de Paz e Fraternidade.

    Um erro, no caso um crime, como o foi aquele que sucedeu há 25 anos no final da Taça no Jamor

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    Um erro, no caso um crime, como o foi aquele que sucedeu há 25 anos no final da Taça no Jamor, em que um adepto do Benfica atirou um very light que matou um adepto do Sporting e foi condenado, não justifica nada, ao contrário do que os revanchistas alegam. Hugo Inácio, nome do crápula, era, e julgo que ainda seja adepto do Benfica, que em 1998 acabaria por ser condenado a quatro anos de prisão. Fugiu da prisão em 2000 e só voltou a ser capturado em 2011, uma longa lista de crimes. Quando incorporado em claques, ainda aumentam o furor, a frustração pessoal, e que não pode nem deve desculpar outro erro, que dentro do campo foi ostensivamente perpetrado com o beneplácito da equipe de arbitragem. O que quer que seja, seja por vingança, ou sadismo pessoal é deplorável, mesmo miserável.

    Isso seria querer justificar o injustificável e não creio, em abono da verdade, da racionalidade e sobretudo da verdade desportivo, que aquilo que sucedeu há 25 anos, seja chamado ao caso, como já observei em comentários nas redes sociais, para justificar o que quer que seja que todos assistimos ontem.

    Não sou fanático, nem sequer perco muito tempo a tecer considerações ou fazer comentários sobre casos de futebol, um desporto que tem vindo a alienar gente séria, por razões que as sociedades actuais, exacerbadas como estão, são pródigas, mas que eu não encontro explicação razoável, lúcida, minimamente plausível. Uma coisa é a garra que as equipes entram em campo, imbuídas do espírito de vencer, outra é quererem vencer a qualquer preço.

    Os factos: O golo antecedido de uma pretensa falta, que o VAR, se fosse sério tinha alertado o árbitro, (golo esse validado de imediato pelo árbitro), instantaneamente, parando o jogo, (como deveria), viria a ser anulado. Com base no famigerado VAR…que o não viu e depois viu… numa disputa de bola entre dois adversários, em que o jogador do Benfica vai à bola para a interceptar, (TOCA NA BOLA), como se viu e o golo, que é lícito, é anulado!! Não, isto não é rigor, não é imparcialidade, não é sequer verdade desportiva e é pena. Depois temos então o grande caso do jogo, em que o jogador do Benfica, Andrea Belotti, é agredido de punho cerrado na cabeça, é pontapeado no dorso e o mesmo jogador, Matheus Reis, não satisfeito com as agressões, finaliza com um pontapé de ódio, espezinhando ostensiva e brutalmente, a cabeça do jogador do Benfica.

    Não é uma questão de perspectiva, opinião, narrativa, ou o que convir. São factos, acontecimentos e não condenar isso, é gravíssimo, é contribuir para a selvajaria em que se tornou a sociedade e o futebol. O que aconteceu, é, no meu e no entendimento de dois juristas com quem falei, tentativa de homicídio. Não estava sequer já a disputar a bola, o adversário estava caído no chão. Ora, o jogador do Sporting deveria ter sido expulso imediatamente e levar (haver vamos) com uma pena de suspensão no mínimo um ano, para não dizer irradiado. Ele ou qualquer outro com procedimentos semelhantes, seja qual for a cor das camisolas, seja qual for o clube, cá e em qualquer parte do mundo. O facto de haver uma disputa viril e a natural rivalidade entre duas equipes, não se pode aceitar e permitir a brutalidade, o ódio, a vergonhosa actuação quer dos jogadores, quer dos árbitros, eles mesmos, muitas vezes, como no caso deste final da Taça de Portugal, responsáveis pelo descambar das situações extremadas, sob pena, se o fizermos, estarmos a seguir o caminho errado do desporto. Não se admirem, consequentemente, que um dia alguém vá armado e dê um tiro no adversário, já faltou mais!!!

    Maio é o mês do azulejo em Ovar!

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    A Cidade de Ovar gosta de ser chamada de Museu Vivo do Azulejo, e com muita propriedade, devido à quantidade, à diversidade e à excelência das fachadas do edificado com azulejos do sec XIX e XX.

    Um património que tem merecido atenção da Autarquia, e que, fruto da sua atividade, vai contribuído para a recuperação azulejar, alguns degradados com o acumular dos anos.

    Vale a pena visitar a Cidade, embora, seja pena, não haver uma rota do Azulejo, devidamente identificada, para quem nos visita no dia a dia e aos fins de semana.

    É que, não é só na Cidade que o património azulejar é rico, mas…um pouco por todo o Município, com magníficos exemplares, um pouco por todo o lado.

    A Igreja de Válega, e a de Cortegaça, são dignas de uma visita!

    MAS, OVAR NÃO É SÓ AZULEJO,

    É uma pena, que se deixe degradar as Fontes de Ovar, algumas delas já numa fase de muito difícil recuperação.

    E, é uma pena que os turistas que nos visitam através do azulejo, não tenham oportunidade de olhar para um património conservado, um património de história, com muita história dum passado, que infelizmente não é cuidado nem conservado!

    A Fonte da Arruela , outrora Fonte dos Namorados, é, hoje, um retrato vivo da decadência do deplorável abandono, a que as autarquias das últimas décadas a condenaram em particular, e às Fontes de Ovar no geral.

    E digo deplorável, porque esse abandono traduz uma enorme falta de respeito, um insulto ao património dum povo, que é de todos, e que nos foi legado pelo povo vareiro do passado!

    Uma Terra que não honra as memórias do passado, não é digna da memória do presente.

    Admiro os azulejos da minha Cidade…

    Mas fico estupefacto com o Jardim da minha infância, conhecido por Jardim das Rosas, em plena zona nobre da Cidade, que, dava cor à Casa Museu Júlio Dinís, e que hoje…fruto do desmazelo de quem tem a obrigação de cuidar desta Cidade, tem arcos, mas já não tem rosas, ou as que tem, as poucas que tem, não chegam para cobrir os arcos , porque o Jardim das Rosas…já quase não tem rosas!!!!

    UMA IDENTIDADE, QUE SE VAI PERDENDO AOS POUCOS,

    Fruto dum progresso, das coisas que os autarcas consideram prioritárias, e que vão transformando uma Cidade que era única, numa qualquer Cidade igual a tantas outras!

    UMA TERRA DE PESCADORES E DE MAR!

    Desses pescadores e homens do mar, que cantavam , sem orquestra, mas apenas com o barulho dos seus remos, e que, com mar manso, toda a praia os ouvia:

    “Bendito e loivado seja

    Ó Santíssimo Sacramento da Eucaristia” …cantavam os da proa!

    E o coro, formado pelos homens da ré, cantavam:

    “Do fruto da Virgem, ó Santa Maria

     Ó Santa Maria, ó Mãe de Deus ,

     Levai-me pró céu

     Quando eu morrer!!!

    QUE TERRA ESTA, CUJA HISTÓRIA E IDENTIDADE, TÃO TRATADA E IGNORADA, TEM SIDO!!!!!!!

    Gaza: O Grito Silenciado das Crianças

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    A infância deveria ser território inviolável. Mas em Gaza, ela foi reduzida a escombros, poeira e silêncio. As crianças, que deviam correr nas ruas, aprendem a rastejar entre destroços. A guerra não lhes deu tempo para crescer.

    Segundo os dados mais recentes das Nações Unidas, mais de 14.000 crianças podem morrer nas próximas 48 horas se a ajuda humanitária continuar bloqueada. Não se trata de um exagero retórico. Trata-se de uma contagem real, feita com a frieza dos números e o peso da urgência. Crianças com febre, desidratadas, com infecções que, noutro lugar, seriam tratadas com um simples antibiótico. Em Gaza, são sentença de morte.

    As imagens que nos chegam são insuportáveis: crianças desnutridas, com a pele colada aos ossos, com os olhos perdidos no vazio. Não há leite. Não há pão. As poucas padarias ainda de pé deixaram de produzir. A farinha, quando aparece, custa mais que o salário de uma semana. A ajuda humanitária está parada a escassos quilómetros da fronteira – por decisão de quem prefere a fome à justiça.

    Hospitais deixaram de o ser. São agora campos de espera – pela dor ou pela morte. Mais de 30% das amputações a crianças têm sido realizadas sem anestesia. A anestesia acabou. A luz também. Mas o sofrimento, esse, multiplica-se a cada bombardeamento, a cada noite em que a ajuda não entra.

    Foi com esse pano de fundo que, há meses, lançámos uma petição pela libertação imediata das crianças da Faixa de Gaza. Não foi um gesto simbólico. Foi um apelo. Um clamor. Uma tentativa – ainda que pequena – de resgatar a dignidade humana.

    Porque nenhum ser humano pode considerar-se civilizado se aceita em silêncio o que se passa em Gaza. Porque uma criança com sede não é um dano colateral. É uma acusação contra o mundo.

    É tempo de agir. É tempo de assinar.

    Assina aqui a petição:

    https://chng.it/libertem-as-criancas-de-gaza

    A história não perdoará os que viraram a cara.
    Mas ainda pode lembrar os que, mesmo tarde, disseram basta.

    Celebrar Portugal – O “Ius Impérie” ou “Jus Impérie” de Portugal.

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    1. O “Ius Impérie” ou “Jus Impérie” de Portugal.

    Portugal é, como sabemos, a nação que há mais tempo tem as suas fronteiras definidas no mundo ocidental, desde o século XII, tendo a aquisição da sua soberania diversas datas, consoante a perspetiva com que se olha para o assunto.

    1125. Quando em Zamora, Afonso Henriques, se armou cavaleiro na catedral, havendo mesmo quem defenda que tal acto só os Reis o praticavam.

    A verdade é que a armação de cavaleiro, na tradição medieval, podia ser feita por qualquer simples cavaleiro, porque dotado de “fons honorum militae” (fonte de honra militar) e sabe-se que desde muito cedo os filhos dos nobres eram armados cavaleiros pelos pais ou pelos perceptores.

    É difícil imaginar que nem Egas Moniz, nem qualquer dos muitos barões portucalenses o tivessem feito. Agora indiscutível é o significado, mais do que o simbolismo, desse acto, foi claramente uma afirmação de vontade, copiando até seu primo Afonso II, que o fizera também no ano anterior, e diria mesmo, tendo como principal destinatário, sua mãe, D. Teresa, mais do que seu primo o Rei de Leão e Castela. Veremos porquê, mais á frente.

    Claro que isto contraria a tese, preconizada pela sociedade histórica para a Independência de Portugal, liderada por José Ribeiro e Castro, quando dizem que as comemorações dos 900 anos de Portugal no próximo dia 8 de junho, com uma conferência em Zamora, é para celebrar o “a primeira manifestação da vontade de vir a ser senhor de  um Reino independente”, considerando-a pois o “ab initio” de Portugal.

    1128. Foi neste ano, a 1 de Julho, ou  a 24 de Junho, depende do calendário utilizado, respectivamente, (é de admitir que tendo sido registado na obra “Anais de D. Afonso , Rei dos Portugueses”, escrita por um cónego regrante de Santa Cruz de Coimbra, em 1185, e a Bula Papal a impor o calendário gregoriano ser de 1583, que a data a considerar seja o calendário juliano, 1 de julho portanto)  quando D. Afonso Henriques derrotou sua mãe e respectivo “amante” o Galego Fernão Peres de Trava, um poderoso Conde da Galiza, na batalha de São Mamede, (a história clássica, insiste em classificar a relação de D. Teresa com o Galego, como uma relação de “amantes” apodo que se dá a quem é adúltero, mas a verdade histórica é que D. Teresa era já viúva de seu marido, logo, quando muito seria uma relação “colorida”, pelo que é muito injusto dela se dizer amante de seja quem for).

    O historiador João Paulo Oliveira e Costa, na edição da revista “Sábado” de 7 de maio de 2025, conclui que “esta batalha marca o início de Portugal autónomo (…) Afonso Henriques governou sem ter de pedir instruções a Afonso II”. É isso mesmo? Veremos.

    1139. A apologia que foi com a batalha de Ourique, nesta data, até hoje, impossível de a localizar geograficamente, onde D. Afonso Henriques terá derrotado o exército de cinco Reis Mouros, e aí tendo sido aclamado Rei, pelos seus guerreiros e irmãos de armas, a que se junta outro dado de difícil, senão impossível de confirmar, foi Afonso ter avistado um sinal divino, sob a forma de cruz nos céus, como que anunciando-lhe que Deus estaria consigo.

    Imagino que se por uma qualquer eventualidade um OVNI sobrevoasse o exército de D. Afonso Henriques, o fenómeno fosse visto e entendido de acordo com a mentalidade da época … mas, e tudo no campo das hipóteses, poderia também ser o tal sinal divino, enfim, são tudo meros exercícios especulativos.

    Penso que a real importância deste episódio, verdadeiro ou não, foi dar base á pretensão do estatuto régio, ou seja, na tradição medieval, a qual se manteve até aos dias de hoje, o Rei só é Rei se aclamado pelo seu povo, sem aclamação não temos Rei. Obviamente que o seu “povo” pode ser o seu exército, isso tanto bastou, para Afonso se autodeclarar “Rex”.

    1143. Já a data de 5 de outubro deste ano, foi quando se assinou o Tratado de Zamora, entre D. Afonso Henriques e seu primeiro Rei Afonso VII de Leão e Castela, Galiza e Toledo (era, pois, soberano de vários reinados), reconhece D. Afonso Henriques como Soberano do Reino de Portugal, e D. Afonso Henriques aceita. Rex, pois de Portugal, mas não, ainda, inteiramente independente, pois seu primo Afonso VII, já tinha sido proclamado, nas cortes de Leão, a 4 de julho de 1135, Imperador de toda a Hespanha, e por maioria de razão englobando Portugal.

    Mas se por um lado D. Afonso I, de Portugal, validava o Tratado e Zamora, por outro procurou alguém “maior” que o Imperador seu primo, na figura do Papa, quiçá aconselhado pelo Arcebispo de Braga, D. João Peculiar, muito próximo da Cúria Romana e com vasta experiência diplomática. É então encarregue de entregar a missiva de D. Afonso Henriques, titulada “Claves Regni Coelorum” (Chave dos Reinos do Céu), numa alusão bíblica de Jesus a Pedro, citado em Mateuis 16:19, e pela qual o Rex Portugalensis se declarava vassalo do Santo Padre. Com essa jogada táctica removia qualquer pretensão secular a seu primo Imperador.

    O Papa a quem se dirigiu D. Afonso Henriques, foi Inocêncio II, junto de quem Bernardo de Claraval, primo do Pai de D. Afonso I, tinha muita influência, e certamente não seria estranho ás diligências a favor de D. Afonso Henriques, afinal todos eles oriundos do povo Germânico – Bargundos (borgonheses, da borgonha, assim chamados por se terem fixado, os Bargundos, naquela região do que hoje é frança).

    Tal não espantaria, uma vez que o ideário de um Reino Templário (e não só, também foi o mentor de uma Cavalaria Templária) foi gizado por Bernardo de Claraval, o qual viria a corporizar-se no Reino de Portugraal.

    Porém, quando a “Clavis Regni Coelorum” chegou a Roma, já Inocêncio II havia falecido, tendo-lhe sucedido o Papa Lúcio II, que expede uma Bula “Devotionem Tuam” (a tua devoção), a qual não satisfazendo, no imediato, a pretensão do Rex de Portugal, a mantém, porém, em “banho maria” reconhecendo a D. Afonso Henriques o prestígio de um excelente guerreiro da cruz. O conturbadíssimo Papado de Lúcio II, fruto de uma época de cismas na igreja, não lhe deixou margem de manobra para outros assuntos que não a manutenção e reforço do poder papal.

    1176. É preciso esperar pelo Papa Alexandre III, que com a Bula “Manifestis probatum” reconhece “de jure” o Reino de Portugal, “de facto” e D. Afonso como seu Rei, e coloca o Reino de Portugraal sob a sua tutela pessoal. Estatuto semelhante de que gozavam os Cavaleiros Tempreiros (Templários), e que dá pelo nome de “liberdade romana”. Assim, quer D. Afonso Henriques, quer a Ordem do Templo, ficavam na directa e pessoal dependência do Papa, e não, como erradamente muitos avançam, da igreja.

    1116. Mas gosto de avançar esta outra data pois após a morte do Conde D. Henrique em 1112, pai de D. Afonso Henriques, D. Teresa, assumiu o lugar do marido na condução dos destinos do Condado Portucalense, e em 1116 ela passa a, não só intitular-se, mas a assinar todos os documentos da sua chancelaria como “Regina” (rainha em latim), numa clara afirmação de independência do Condado, na senda do que já o seu falecido marido sonharia, e que seu filho, tanto como ela, desejava.

    Não julgo ser mera coincidência, a formação da Ordem dos Cavaleiros Templários, em 1118, a estâncias de Bernardo de Claraval, primo do Conde D. Henrique, uma vez que a visão de Bernardo, para conter o avanço muçulmano sobre a europa, passava por criar uma zona tampão entre África e a Europa, na Península Ibérica, daí o reino de Portugraal, cristão, até porque, por cá, já a mulher de seu falecido primo Conde D. Henrique, se intitulava Rainha, e foi mesmo ela quem fez as primeira doações aos Templários, ainda estes não tinham sido oficializados em Concilio. O resultado, deste projecto grupal (Bernardo de Claraval, Conde D. Henrique, Regina D. Teresa, D. Afonso Henriques, D. João Peculiar, D. Gualdim Pais, Mestre Procurador do Templo, em Portugal, cuja lealdade ao seu Rei foi impoluta e imprescindível, entre outros), está á vista.

    Datas, pois para todos os gostos. Numa visão mais formal, 1148, quando o primo reconheceu D. Afonso Henriques como Rex, e 1176, quando o Papa promulgou a Bula, fazendo o mesmo, não passam de duas formalidades, diria, notariais, quer de uma chancelaria régia, quer da chancelaria da Cúria romana, que mais não fizeram do que reconhecer uma situação de facto, que era a independência do Condado Portucalense, pois quer com a Regina D. Teresa, quer com D. Afonso Henriques, o “ius impérie” sobre o território do condado era já efectivamente exercido, quer pela mãe, como por D. Afonso Henriques, quando a substitui, pela força. Ora isto leva-nos á constatação de Portugal exercer, de facto, o seu “Ius Imperie” á pelo menos 909 anos.

    Celebremos, isso, orgulhosamente.

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