Mais
    Início Site Página 12

    Câmara de Aveiro atribui mais de um milhão de euros em apoios a associações no âmbito do PMAA 2025

    0

    O Executivo Municipal deliberou aprovar a atribuição de apoios financeiros a um total de 91 Associações do Município, no âmbito do Programa Municipal de Apoio às Associações (PMAA) para o ano de 2025.

    Os apoios abrangem 25 entidades da área cultural, 40 entidades da área social, 16 associações de jovens, escutismo e organizações não-governamentais sem fins lucrativos com intervenção cívica e/ou educativa, 2 associações na área da saúde e 8 associações de pais.

    O montante global dos apoios – distribuídos entre Apoio à Atividade Regular e Apoio ao Investimento – ultrapassa 1 milhão de euros, totalizando 1.010.953 euros.

    A CMA destaca o impacto positivo do PMAA no desenvolvimento das atividades das Associações Locais, bem como na melhoria das suas condições de funcionamento.

    O Executivo Municipal deliberou ainda aprovar as minutas dos Contratos-Programa de Apoio à Atividade Regular e dos Protocolos de Cooperação Financeira para o Apoio ao Investimento nas áreas Social, Cultural, Recreativa, Patrimonial, Juvenil, Escutista, Cívica, Educativa, de Saúde e de Apoio às Associações de Pais para o ano letivo 2024/2025.

    A assinatura dos contratos terá lugar em data a anunciar brevemente.

    Câmara de Aveiro lança concurso público para edifício de apoio às Piscinas e Recinto de Feiras de Cacia

    0

    A Câmara Municipal de Aveiro (CMA) aprovou, em reunião de Executivo Municipal, a abertura do concurso público para a empreitada de construção do novo edifício de apoio às Piscinas e Recinto de Feiras de Cacia, pelo valor base de 2.181.972,35€ e um prazo de execução previsto de 540 dias.

    O projeto visa dotar de Cacia de um equipamento que permita qualificar o seu centro urbano, com a construção de um edifício com duas funções: a função de mercado, com lojas e bateria sanitária, e a função de balneário e bateria técnica da piscina descoberta existente que vai ser profundamente qualificada.

    Integra também o projeto a qualificação do espaço exterior entre a Linha do Norte e a Avenida Fernando Augusto de Oliveira, para usos polivalentes como parque de estacionamento e área de eventos, integrando também uma operação de arborização e de renovação da iluminação pública.

    Viver no outro lado da luta

    0

    Quem passa pela Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas, em Lisboa, encontra todos os dias uma imagem que fere a dignidade de um Estado de Direito. Homens, mulheres e crianças em fila desde a madrugada, à espera de um lugar, de um atendimento, de uma oportunidade de legalizar a sua vida em Portugal. A espera, por vezes sem garantia de atendimento, torna-se o símbolo de uma burocracia que já não responde ao país que temos, nem ao país que queremos ser.

    Este cenário não é novo. Tem sido denunciado por associações, por jornalistas e por quem passa e não consegue olhar para o lado. Mas continua. E a persistência do problema revela que não se trata de um episódio pontual ou de uma falha operacional, mas de uma desorganização estrutural do atendimento consular interno e, mais profundamente, da forma como o Estado português tem vindo a tratar os seus imigrantes: como problema, quando são parte da solução.

    Conheço de perto a realidade da Direção-Geral dos Assuntos Consulares. Fui assessor no Ministério dos Negócios Estrangeiros e trabalhei com muitos dos seus quadros. Sei do esforço, do sentido de missão e da qualidade técnica que ali existe. Mas sei também que não basta a boa vontade dos profissionais. É preciso dotar os serviços de meios humanos e materiais, sim, mas sobretudo de um modelo que sirva a realidade atual e não a de há vinte anos.

    Defendo, por isso, que o Estado português adote um sistema de marcação por agenda para os serviços consulares em território nacional, à semelhança do que já se faz no SNS ou em alguns serviços das finanças. O cidadão, nacional ou estrangeiro, deve poder agendar o seu atendimento por via digital, telefónica ou presencial, sem ter de enfrentar uma fila à porta de um edifício público como quem mendiga por um direito básico. Esta medida permitiria organizar o fluxo de pessoas, proteger os mais vulneráveis e tornar o serviço mais previsível e transparente. Não se trata de inovação radical, mas de bom senso administrativo e respeito pelo tempo e pela dignidade de cada um.

    É certo que a migração coloca desafios. Mas não é menos certo que Portugal precisa de imigração para enfrentar o inverno demográfico e revitalizar setores fundamentais da economia. O que está em causa não é um favor que se faz a quem chega. É o cumprimento de um dever por parte de quem acolhe. A forma como tratamos os nossos imigrantes revela o grau de maturidade das nossas instituições. E, neste momento, o que se vê à porta da DGACCP é indigno de um país europeu, democrático e civilizado.

    Viver no outro lado da luta é saber o que significa esperar horas em pé, com uma criança ao colo, sem saber se haverá resposta. É carregar na pele o peso da incerteza e, ainda assim, acreditar que vale a pena tentar. Portugal deve estar à altura dessa esperança. Não com discursos, mas com soluções. E a marcação por agenda é uma das mais simples, eficazes e humanas que podemos aplicar já. A questão é saber se queremos mesmo resolver o problema — ou se nos habituámos à vergonha de o ignorar.

    A Europa está em Marcha para a Guerra

    0

    Ursula von der Leyen manda os Europeus apertar o Cinto… e o Gatilho!

    A Europa está em polvorosa! A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pegou nas suas trombetas mediáticas e anunciou ao mundo que é hora de trocar o pão pela pólvora. Num discurso épico — e sem direito a perguntas, porque quem questiona é inimigo da “verdade” e dos valores da União Europeia —, a líder germânica em Bruxelas apressa-se a apresentar o plano “Rearmar a Europa”, um ambicioso projeto que promete mobilizar 800 mil milhões de euros para a defesa do continente; pressa esta para que se criem factos que contrariem entabular conversações. Porque, afinal, nada une mais os povos do que uma boa guerra, evitando para isso conversações sérias.
    A ideia é simples: enquanto os cidadãos apertam o cinto para pagar a crise energética e a inflação, os Estados-membros vão abrir os cordões à bolsa para comprar tanques, mísseis e drones. E, claro, não podia faltar um extra de 150 mil milhões de euros em financiamento para os 27 países da UE, porque nada diz melhor “solidariedade europeia” como gastar dinheiro em armas em vez de hospitais ou escolas.
    Portugal, sempre na vanguarda da obediência, já contribuiu com 700 milhões de euros para a causa bélica e agora prepara-se para desembolsar mais 300 milhões. Afinal, quem precisa de investir em saúde ou transportes quando se pode ter um caça F-16 a sobrevoar o Algarve?

    Enquanto isso, os media, em perfeita sintonia com os funcionários de Bruxelas, continuam a tocar a música da guerra num ritmo de verdades e mentiras. A narrativa, cuidadosamente construída desde a Conferência de Munique em 2007, ignora a Ucrânia como cavalo de Troia moderno, manipulado por oligarcas internacionais, EUA, EU, NATO e Inglaterra. As tentativas de paz de figuras como Donald Trump são descartadas como irrelevantes, porque, convenhamos, quem quer paz quando se pode ter uma boa guerra para distrair as massas e encher os bolsos dos que se alinham atrás do Reino Unido?

    Von der Leyen, com a sua retórica marcial, apela aos europeus para deixarem de viver… para viverem a guerra. Mobilizem-se soldados, roubem-se citadinos e aldeões! – parece ser o lema não oficial. E, se alguém ainda duvida da seriedade do plano, basta lembrar que até os fundos de Coesão — sim, aqueles que deviam reduzir as desigualdades regionais — podem ser desviados para comprar armas. Prioridades, não é? Já se conta que dos fundos de reforma alemã foram desviadas verbas para a Ucrânia.

    A respeito da Ciência da Burrice: num mundo onde “burros mandam em homens de inteligência”, como diria o poeta António Aleixo, talvez a burrice seja mesmo uma ciência. E, se for, a Europa está prestes a doutorar-se com louvor. Enquanto os cidadãos comuns se perguntam como vão pagar as contas do gás e os alimentos que compram, os líderes europeus garantem que o futuro está em… mais armas.
    Resta saber se, no final desta marcha bélica, só sobrará algo mais do que dívidas e cinzas. Mas, os deuses do olimpo Bruxeliano, asseguram que teremos um continente “seguro e resiliente”…

    Artes em Itinerância regressa a Santa Maria da Feira com concertos imperdíveis e espírito transformador

    0

    De junho a setembro, Santa Maria da Feira volta a vibrar com o Artes em Itinerância. Um ciclo gratuito que junta Carolina de Deus & Banda Sinfónica de Jovens de Santa Maria da Feira, Bispo, Ivandro, Cifrão & Vasco Alves e Van Zee. Grandes nomes da música nacional, jovens talentos e comunidades locais num roteiro cultural que aposta na descentralização, inclusão e energia criativa da juventude.

    O ciclo Artes em Itinerância regressa com força redobrada, levando grandes nomes da música nacional aos quatro cantos do concelho. Este ano, o ciclo volta a reforçar a sua identidade colaborativa com parcerias estratégicas: Festival da Juventude de ArgoncilheFestival da Juventude SMF e Arrifest de Arrifana. Três forças que unem esforços para tornar a cultura ainda mais acessível, jovem e descentralizada.

    Ao ar livre, gratuito e com programação pensada especialmente para o público entre os 12 e os 30 anos, mas aberto a todos, o Artes em Itinerância promete momentos inesquecíveis de músicadança e encontro comunitário.

    No Parque de Lazer de Argoncilhe, no dia 7 de junho, às 22h00, atua Carolina de Deus, uma das vozes mais promissoras da nova pop portuguesa, que, desta vez, se junta à força local da Banda Sinfónica para uma fusão inédita entre tradição e contemporaneidade.

    Bispo apresenta-se no Parque da Cidade de Lourosa, no dia 11 de julho, às 22h30. Nome incontornável do hip-hop português, traz a sua escrita direta e consciente num concerto que promete fazer tremer o recinto.

    No dia 12 de julho, às 21h30, o mesmo palco recebe Cifrão & Vasco Alves, numa performance que começa com a linguagem expressiva da dança e culmina, às 22h30, com os ritmos urbanos de Ivandro, um dos nomes mais ouvidos da nova geração.

    O espetáculo integra o resultado final do workshop intensivo de Criação Coreográfica, conduzido por Cifrão & Vasco Alves, de 6 a 12 de julho, no ICC – Centro de Criação. Um laboratório criativo onde jovens a partir dos 15 anos vão explorar movimento, improvisação e criação coletiva. A participação é gratuita, mediante seleção por vídeo (solo de30 segundos a um minuto). As candidaturas decorrem de26 de maio a 13 de junho, até às 17h00, através do formulário: https://forms.gle/vevevRx5Y9vSkfRM8

    Cabe a Van Zee encerrar este ciclo musical no Parque de Lazer da Azenha, em Arrifana, no dia 19 de setembro, às 22h00. Dono de uma estética musical inovadora e urbana, Van Zee é presença obrigatória nos palcos nacionais e regressa ao contacto com o público que o viu crescer.

    O Artes em Itinerância não é apenas uma mostra artística. É transformação social em movimento. Porque a cultura é de todos e está mais próxima do que nunca.

    Auto Padrões já abriu na zona industrial com serviço de oficina e venda de carros

    0

    Luis Almeida acaba de abrir mais um investimento na zona industrial dos padrões, em Sever do Vouga, juntando assim o stand de venda de carros e uma oficina de reparação automóvel.

    O Aveiro TV foi conhecer o espaço e falou com o seu proprietário sobre os serviços que pretende prestar aos seus clientes neste novo espaço.

    O jornalismo regional digital é o primo pobre da imprensa de quem os políticos (não) gostam

    0


    Não é de agora que a imprensa regional digital sempre foi vista de outra forma pela classe política nacional e até mesmo regional. Com alguma desconfiança, com algum descrédito e nunca valorizando o papel deste tipo de plataformas.

    Há mais de 20 anos que se anuncia o fim do papel e a chegada de um novo rei ao mundo da comunicação. O digital é uma realidade bem apregoada desde o início deste século e quase todos os órgãos de comunicação tem forte presença na rede. Aliás, mais de metade da receita publicitária mundial está concentrada nas plataformas digitais, através de anúncios e ou vídeos publicitários. Portugal não passa ao lado desta realidade e o crescimento no digital é diretamente proporcional ao decréscimo dos títulos em papel e não há forma de se inverter esta tendência. Os jornais já vendem uma fração do que vendiam há 10 anos, muitos apostam já em novas formas digitais de levar aos seus leitores as notícias e pressionam-se os players políticos para direcionar uma parte dos apoios para o digital, através de diversas comparticipações. E muito bem, não fosse o facto de os apoios irem quase sempre para os mesmos. Os nacionais sempre estiveram à frente dos apoios estatais, deixando para os regionais algumas migalhas. Os nacionais sempre foram buscar milhões ao erário público para apoiarem as suas edições em papel, seja em forma de subsídio ou compra de publicidade.

    “Mereciam ou não estes senhores do governo, serem mergulhados em alcatrão a ferver, cobertos de penas de galinha e irem em desfile pelas capitais de distrito?”

    Os regionais, mesmo em papel, ficaram sempre “a ver navios”, como diz o povo, excetuando-se o porte pago, que mesmo assim era alvo de sucessivos cortes, quando os governantes pretendiam cortar 2 ou 3 milhões ao apoio, para depois irem comprar espaços nos títulos nacionais. Como exemplo e para terem uma ideia, o governo prepara-se para custear metade das assinaturas digitais dos jornais nacionais. Os regionais ficam de novo “a ver os navios passar”. É ou não é uma medida cobarde e desprovida de isenção por parte da classe política? Mereciam ou não estes senhores do governo, serem mergulhados em alcatrão a ferver, cobertos de penas de galinha e irem em desfile pelas capitais de distrito?

    Continuando esta linha de raciocínio, e analisando-se mais medidas que estão a ser preparadas, a imprensa regional e também digital vai de novo levar ainda mais pela tabela. Se em 2024 havia um vislumbre de uma luz ao fundo do túnel, em 2025 é para esquecer. A palavra de ordem é mesmo acabar ou não apoiar o jornalismo regional. Luís Montenegro está muito chateado com a imprensa, depois da forma como o trataram na campanha, e vai de certeza retaliar, com o arquivamento de algumas medidas que já foram estudadas pelos seus ministros e que agora vão hibernar. O problema é que os grandes acabam por terem sempre soluções. Basta aumentarem a dívida ao banco e pagam as contas sem grande dificuldade. Um dia se estourarem, a conta passa para todos nós. Os pequenos, esses coitados, têm de ter 2 empregos para sustentar a carolice de ser jornalista regional e custear assim os encargos da plataforma de notícias e da atividade jornalística. Mas por muito que o nosso PM esteja chateado com a imprensa, ele sabe que não tem estrutura para ombrear com os grandes grupos económicos, pois um dia poderão ser seus clientes (de novo), e então, o nosso PM não tem escolha, senão atacar os mais fracos e vulneráveis, para apaziguar, de alguma forma, a sua indisposição e alguma cólera refreada que deve ter ainda dentro de si.

    “Todos juntos chegamos a 11 milhões de portugueses cá dentro e a mais 2 ou 3 milhões lá fora. Está na hora de darmos espaço nas nossas plataformas à reivindicação de melhores condições…”

    A revolta no mundo do regional (e digital também) começa a crescer e está na hora das associações do setor se mexerem e fazerem o seu trabalho. Esquecerem os subsídios que têm, abdicarem de algum luxo e segurança conseguido nos últimos anos e irem para a luta. Todos juntos chegamos a 11 milhões de portugueses cá dentro e a mais 2 ou 3 milhões lá fora. Está na hora de darmos espaço nas nossas plataformas à reivindicação de melhores condições ou pelo menos uma equiparação justa aos nacionais, sob pena de cada vez sermos menos e um dia o país poder acordar com meia dúzia de órgãos nacionais ao soldo dos interesses políticos e mercantilistas.

    Separados somos pequenos, juntos somos enormes. Já vamos tarde, mas hoje é sempre melhor que o ontem e o amanhã.

    Presidente da Câmara de Aveiro apresentou livro “A Sagres em Aveiro 2024” na Expo Osaka

    0

    O Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves, marcou presença esta sexta-feira (23 de maio), na Expo Osaka, a apresentar o livro “A Sagres em Aveiro 2024”, uma publicação da Câmara de Aveiro (CMA) que assinala a primeira presença do Navio-Escola Sagres em Aveiro, no Cais do Sal, em maio de 2024, no âmbito das comemorações do Dia da Marinha e no ano em que Aveiro foi a primeira Capital Portuguesa da Cultura.

    “A chegada do Navio-Escola Sagres ao centro de Aveiro foi uma operação ousada e inédita da Marinha e da Câmara, que mostrou a força e a determinação de um Povo que acredita na sua cidade e nos seus canais como palco de cultura, de inovação e de futuro. A Sagres foi recebida com enorme alegria por parte dos Aveirenses e a sua estadia, que será recordada durante vários anos pela população, fica agora registada em livro. Poder apresentar esta obra no Japão é uma honra e um tributo à dimensão universal desta embarcação e da ligação dos Portugueses e dos Aveirenses ao mar, fazendo-o no Pavilhão de Portugal que tem como tema Oceanos, Diálogo Azul”, afirma Ribau Esteves.

    “A Sagres em Aveiro 2024” evoca o simbolismo nacional do Navio-Escola Sagres, retrata o entusiasmo da população de Aveiro com o navio e demonstra a capacidade logística e cultural

    da cidade para acolher grandes embarcações em pleno coração urbano. Reúne ainda testemunhos de visitantes, autoridades civis e militares, bem como dados históricos sobre o navio e fotografias de uma semana de eventos que marcaram a cidade.

    O livro, com edição bilíngue (português/inglês), é promovido internacionalmente ao longo da Expo Osaka 2025 como parte da estratégia de afirmação cultural e turística de Aveiro, a partir do belo Pavilhão de Portugal, um dos mais relevantes sucessos da Expo. O livro vai ter uma sessão de apresentação pública na Feira do Livro de Aveiro que se realiza de 20 de junho a 6 de julho 2025.

    Na nota final da sua intervenção, o Presidente Ribau Esteves realçou a importância de Portugal apostar mais na utilização do Navio Sagres como embaixada promotora do País em todo o Mundo, assim como lembrou a importância e a urgência do investimento de recuperação do Navio Treino de Mar Creoula, para que volte a navegar na missão muito importante de proporcionar treino de mar a cidadãos civis, com operação da Marinha Portuguesa, promovendo a cultura marinheira e o gosto pelo Mar, que só a relação de vivência direta propicia.

    A presença do Presidente da Câmara de Aveiro em Osaka inseriu-se na agenda oficial da visita ao Japão da comitiva da Câmara de Aveiro, que incluiu já encontros institucionais e visitas em Tóquio e em especial na cidade de Oita, geminada com Aveiro desde 1978, e que prosseguiu com contactos de cooperação cultural e económica no contexto da Exposição Mundial.

    Louvado sejas? A Terra já não canta, chora

    0

    Vivemos tempos de ruído — climático, social, ético. Mas há um silêncio mais ensurdecedor: o da nossa resposta à agonia do planeta. A Terra chora — literalmente — sob os efeitos da predação sistemática que o modelo económico dominante insiste em mascarar de progresso. E enquanto isso, grande parte da sociedade observa com apatia civilizada, como se a catástrofe climática fosse um fenómeno externo, alheio e inevitável.

    A verdade é que não é inevitável. É induzida. É escolha.

    Em pleno século XIII, São Francisco de Assis ousou propor uma visão absolutamente revolucionária da relação entre o ser humano e o mundo natural. No seu Cântico das Criaturas, não se limita a louvar o Criador — louva também a criação, conferindo dignidade espiritual ao sol, à água, ao vento, ao fogo, aos animais e à própria Terra, a quem chama “irmã e mãe”. Esta não é apenas uma metáfora poética: é uma declaração de cosmologia ética e relacional.

    Hoje, essa visão profética revela-se um antídoto contra a lógica utilitarista que colonizou a nossa relação com o mundo natural. O que em Francisco era gratidão, em nós tornou-se apropriação. O que era reverência, converteu-se em domínio. De irmandade passámos à exploração. De comunhão à posse.

    Os eventos climáticos extremos que se multiplicam um pouco por todo o mundo — como as inundações devastadoras que recentemente atingiram o estado brasileiro do Rio Grande do Sul — são apenas o sintoma mais visível de uma doença mais profunda: a rutura espiritual e política entre a humanidade e o planeta que a sustenta. A crise ecológica é, acima de tudo, uma crise de relação. E, como tal, exige não apenas soluções técnicas, mas uma reconstrução simbólica e moral da nossa presença no mundo.

    Francisco não era ingénuo. Sabia que a verdadeira conversão começa no coração, mas não termina aí. A sua vida foi profundamente política, no sentido mais nobre da palavra: um gesto constante de resistência à lógica de poder, de acúmulo, de violência estrutural contra os mais frágeis — humanos e não-humanos.

    Na encíclica Laudato Si’, o Papa Francisco retoma esse legado e denuncia:

    “O ambiente humano e o ambiente natural degradam-se juntos, e não poderemos enfrentar adequadamente a degradação ambiental se não prestarmos atenção às causas que têm a ver com a degradação humana e social.” (LS, n.º 48)

    A questão climática, portanto, não pode ser tratada como uma abstração científica ou um capricho ideológico. Trata-se de uma questão de justiça intergeracional, de ética da responsabilidade e de sobrevivência da própria civilização.

    Por isso, não basta sensibilizar. É urgente politizar o debate ecológico.
    Desconfiar do greenwashing. Denunciar a hipocrisia das cimeiras internacionais que acumulam promessas e adiam compromissos.
    E mais: é urgente reconstruir uma espiritualidade ecológica que nos reconcilie com a Terra — não como recurso, mas como casa; não como propriedade, mas como sujeito.

    A juventude que hoje sai à rua em protesto, que ocupa escolas, que enfrenta tribunais e governos, representa o novo rosto desse franciscanismo radical. Um rosto laico, plural, informado — mas profundamente inspirado por aquele mesmo grito:
    “Esta nossa irmã geme por causa do mal que lhe provocamos.”

    Talvez já seja tarde para evitar muitos dos estragos. Mas nunca será tarde para agir com lucidez, com coragem e com responsabilidade histórica.
    Se São Francisco estivesse hoje entre nós, não estaria a contemplar passivamente as flores. Estaria a bater à porta dos ministérios, das empresas e das consciências. E talvez, mais uma vez, se fizesse ouvir primeiro entre os pobres, os animais e as árvores.

    A Terra já não canta.
    Mas ainda não se calou.
    A pergunta é: vamos continuar a ignorá-la?

    DO PÃO – Festival Internacional de Cinema documental em Albergaria-a-Velha

    0

    Albergaria-a-Velha vai receber, entre 28 de maio e 1 de junho, o único festival de cinema do mundo dedicado exclusivamente aos documentários sobre o pão. 

    Além da exibição de 30 filmes em diferentes espaços (Cineteatro Alba, Biblioteca Municipal e na Quinta da Boavista/Torreão) o Do Pão – Festival Internacional de Cinema Documental vai contar com vários workshops e apresentações de livros.

    Tendo nascido em estreita ligação com o Festival Pão de Portugal, que este ano decorre nos dias 30 e 31 de maio e 1 de junho, o Festival de Cinema abre uma dimensão internacional muito significativa e crescente. Este ano foram enviados 2785 filmes de 131 países, tendo o júri de seleção escolhido 23 filmes que se candidatam aos prémios de curta e longa-metragem.

    O Município de Albergaria-a-Velha atribui, como habitualmente, um prémio de 2000 euros para o melhor documentário de longa-metragem e 1000 euros para a melhor curta metragem.

    Os países que mais filmes inscreveram no festival de cinema documental foram o Irão com 256 filmes, o Brasil com 222, a Índia com 218, Espanha com 142, a Turquia com 121, a China com 103, Itália com 100, França com 99, Estados Unidos e Argentina, ambos com 86, e o Egito com 83 filmes. Portugal apresentou 74 filmes a concurso. São números que espelham bem a dimensão da atual produção mundial de cinema.

    Procurando uma complementaridade onde filmes, oficinas e livros possam estimular debates mais robustos, tenciona-se assim um encontro mais estimulante entre artes, ideias e públicos.

    O Festival Do Pão, que acontece desde 2016, é uma organização do Cine Clube de Avanca e do Município de Albergaria-a-Velha e conta com o apoio do ICA / Ministério da Cultura.

    Toda a programação pode ser consultada aqui.

    Subscrição anual

    [variable_1] de [variable_2] subscreveu o Aveiro TV.  Clique para subscrever também!