Mais
    Início Site Página 15

    O dia em que Lisboa enganou Hitler

    0
    O dia em que Lisboa enganou Hitler
    O dia em que Lisboa enganou Hitler

    Lisboa na primavera de 1944 era um palco onde a neutralidade oficial escondia um turbilhão de segredos, encontros clandestinos e jogos de inteligência que podiam mudar o rumo da guerra. As ruas da Baixa fervilhavam com diplomatas, espiões, refugiados e agentes de várias nacionalidades, todos movimentando-se em silêncio numa cidade que, embora distante do conflito direto, se tornou um dos centros neurálgicos do maior conflito do século XX.

    No meio desse cenário, um homem magro, de bigode fino, parecia mover as peças com uma calma desconcertante. Chamava-se Juan Pujol García. Para os alemães ele era o agente Arabel, para os britânicos o lendário Garbo. Este espião duplo não comandava exércitos nem liderava batalhas, mas criou uma rede fictícia de agentes que alimentava o comando nazi com informações cuidadosamente fabricadas.

    Garbo sabia que a desinformação era uma arma poderosa e usava-a com mestria. Inventava agentes com histórias verossímeis, profissionais, localizações estratégicas e até pequenos detalhes pessoais que tornavam os seus relatórios praticamente impossíveis de contestar. As mensagens partiam muitas vezes de Lisboa, através de transmissões codificadas por rádio, e misturavam factos verdadeiros com dados falsos, enganando os alemães a cada passo.

    Nas semanas que antecederam o Dia D, Garbo enviou uma mensagem fundamental. Nela afirmava que tinha chegado atrasado para avisar sobre o verdadeiro ataque aliado, mas que o que os alemães estavam a ver em Normandia não passava de uma distração. O desembarque real, dizia com firmeza, seria muito mais ao norte, em Pas-de-Calais. Essa informação chegou a Berlim e foi aceite como verdadeira, levando o alto comando alemão a manter as suas divisões Panzer longe das praias onde, de facto, os Aliados se preparavam para atacar.

    Na madrugada do 6 de junho, as forças aliadas invadiram as praias de Omaha, Utah, Gold, Juno e Sword, enfrentando feroz resistência, mas beneficiando do erro de cálculo do inimigo, induzido por Lisboa e o espião que sabia como jogar o jogo da mentira.

    Enquanto isso, na capital portuguesa, a identidade de Garbo era um mistério para a maioria. Uns diziam que ele era apenas um espanhol comum, vivendo discretamente entre traduções e contactos em cafés. Outros suspeitavam que por trás daquele homem simples se escondia algo muito maior. Só após o fim da guerra é que a verdadeira dimensão da sua missão foi revelada e com ela o papel crucial que Lisboa desempenhou.

    Esta história mostra que, apesar de Portugal se manter oficialmente neutro durante a Segunda Guerra Mundial, a sua capital foi um dos centros estratégicos da espionagem mundial. Lisboa acolheu encontros secretos, serviu de base para transmissões cifradas e tornou-se palco de manobras que influenciaram diretamente os destinos dos exércitos em combate.

    O Dia D foi uma das maiores operações militares da história, mas poucos sabem que uma parte fundamental do sucesso dos Aliados teve origem nas ondas de rádio que saíam discretamente de Lisboa. A cidade, muitas vezes vista apenas como um ponto de passagem, mostrou que podia ser muito mais: um lugar onde a inteligência e a astúcia venceram, mesmo quando os canhões ainda não tinham disparado.

    Esta é a memória de um momento em que o silêncio da capital portuguesa contribuiu para enganar Hitler e, de certa forma, ajudar a salvar o mundo.

    A revista que Hitler mandava distribuir em Portugal

    0

    Entre 1941 e 1943, durante os anos mais sombrios da Segunda Guerra Mundial, Portugal, país oficialmente neutro, tornou-se território de penetração de uma sofisticada operação de propaganda nazi. Chegavam por comboio, vindos de Paris, milhares de exemplares da edição portuguesa da revista Signal, publicada com o título SINAL. Eram cuidadosamente distribuídos por livrarias, quiosques, cafés, embaixadas e entidades selecionadas, com especial atenção a oficiais, jornalistas, padres, empresários e figuras influentes.

    A revista era produzida em Berlim e impressa em França, com tiragens controladas e uma qualidade gráfica invulgar para a época. As capas surgiam frequentemente a cores, numa altura em que tal ainda era um luxo reservado a poucas publicações internacionais. As fotografias mostravam soldados alemães bem fardados, cidades organizadas, desfiles, tecnologias avançadas, operárias sorridentes. Não havia cadáveres, nem campos de concentração, nem ruínas. Havia uma imagem trabalhada da Alemanha como potência moderna, limpa, racional, invencível. Era este o retrato que a máquina de propaganda do Terceiro Reich pretendia projetar junto dos portugueses, e que muitos acolhiam com interesse.

    A operação era coordenada a partir da Legação Alemã em Lisboa, sob a direção do chanceler Wilhelm Klein e executada no terreno por Kurt Zehntner, adido de imprensa e agente cultural alemão. Este último assumia a responsabilidade de receber os volumes, gerir a distribuição, controlar os pagamentos e remeter os lucros para Berlim. Tudo funcionava com uma precisão germânica. A propaganda era tão disciplinada como o exército que representava.

    Estima-se que tenham sido distribuídos cerca de 15 mil exemplares em Portugal ao longo dos dois anos em que a revista circulou. O número é significativo, considerando o contexto da época. A neutralidade portuguesa não impediu que a SINAL fosse permitida e até discretamente incentivada pelas autoridades. A censura do Estado Novo, embora vigilante, deixava passar esta publicação sem grande resistência. A estética e o conteúdo encaixavam-se bem nos ideais da ordem, da disciplina e da autoridade que o regime salazarista cultivava. A Alemanha era observada com uma certa admiração técnica e cultural, mesmo que o seu autoritarismo fosse excessivo aos olhos de Lisboa.

    O impacto da SINAL não deve ser subestimado. Embora Portugal não tenha aderido politicamente ao Eixo, a revista representou uma tentativa clara de ganhar terreno ideológico junto da elite portuguesa. Não se tratava de doutrinar de forma direta, mas de introduzir uma visão do mundo. Uma visão em que a Alemanha liderava, a modernidade era inseparável da força, e o progresso surgia associado à obediência e à ordem. O método era subtil, quase inofensivo na aparência, mas profundo na intenção.

    A força da revista residia precisamente na sua capacidade de disfarçar a propaganda sob uma aparência de modernidade editorial. Os leitores não se sentiam manipulados, mas informados. Não percebiam que o conteúdo era cuidadosamente filtrado para ocultar a brutalidade do regime nazi. A beleza gráfica servia para mascarar a violência política.

    Hoje, um exemplar da SINAL é uma peça de estudo. Permite observar como a propaganda se transforma com o tempo, como se adapta ao meio onde é inserida e como pode operar mesmo em contextos oficialmente neutros. A presença desta revista em Portugal é mais do que uma nota de rodapé. É uma evidência de que a Segunda Guerra não se travou apenas nos campos de batalha, mas também nas ideias, nas imagens, nas palavras impressas. E que o nosso país, mesmo mantendo-se à margem do conflito armado, não esteve imune às tentativas de influência por parte de um dos regimes mais perigosos do século XX.

    A história da SINAL em Portugal recorda-nos que a propaganda mais eficaz não é a que se impõe, mas a que se insinua. E que, em tempos de guerra, a neutralidade pode ser apenas uma aparência.

    “Os filmes das nossas terças” traz “criadores de ídolos” ao teatro aveirense

    0

    Na terça-feira, dia 14 de outubro, às 21h30, o Teatro Aveirense acolhe mais uma sessão de “Os Filmes das Nossas Terças”, com a exibição do filme CRIADORES DE ÍDOLOS. A sessão será enriquecida pela presença do realizador Luís Diogo e da protagonista Rafaela Sá, que se juntarão ao público para apresentar o filme e participar num breve encontro.

    Produzido pelo Cine Clube de Avanca e Filmógrafo, o novo filme de Luís Diogo foi filmado na Trofa e também em Castelo Branco.
    Os atores Rafaela Sá, José Fidalgo, Ricardo Carriço, Virgílio Castelo, Diogo Lima e Oceana Basílio, entre outros, lideram o elenco de CRIADORES DE ÍDOLOS. Intenso e provocador, o filme lança um debate em torno de questões atuais e universais como o papel das figuras de referência na sociedade, a luta das mulheres pela igualdade e a pertinência — ou utilidade — da mentira.

    A história acompanha Sofia, que descobre que o pai e o avô pertencem à misteriosa “Ordem dos Criadores de Ídolos”, uma sociedade secreta que, ao longo da História, esteve ligada à morte de figuras como John F. Kennedy, Elvis Presley, Marilyn Monroe ou James Dean — personalidades transformadas em ícones intemporais após a sua morte. Convencidos de que os ídolos são indispensáveis para inspirar e transmitir valores nobres numa sociedade cada vez mais fútil, os membros da Ordem não hesitam em criá-los a qualquer preço. Determinada a ser a primeira mulher a integrar a organização, Sofia vê-se perante um dilema moral: planear a morte de uma celebridade e convertê-la num novo ídolo.

    CRIADORES DE ÍDOLOS abriu oficialmente o Fantasporto 2025 e esteve no AVANCA 2025, tendo sido premiado em ambos os festivais, o filme conta igualmente com outros reconhecimentos internacionais, nomeadamente o prémio de Melhor Longa-Metragem no Cobb International Film Festival, nos Estados Unidos.

    Produzido com o apoio do Município da Trofa, de Castelo Branco, do ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual e do Avanca Film Fund, CRIADORES DE ÍDOLOS é a quarta longa-metragem de Luís Diogo. O realizador esteve sempre presente no Teatro Aveirense aquando da exibição de cada um dos seus filmes anteriores, tendo anteriormente realizado uma curta metragem neste teatro da cidade de Aveiro.

    Como habitualmente, o preço do bilhete é de 4€, permitindo um  desconto de 50% com o Pack de outubro. A sessão de cinema conta com o apoio do ICA / Ministério da Cultura, Juventude e Desporto  e do Município de Aveiro, sendo uma produção e curadoria da Plano Obrigatório.

    “Criadores de ídolos” vence prémio de melhor longa-metragem no great lakes international film

    0

    A longa-metragem CRIADORES DE ÍDOLOS, do realizador português Luís Diogo, foi distinguida com o prémio de Melhor Longa-Metragem na 19.ª edição do Great Lakes International Film Festival, que decorreu entre 25 de setembro e 11 de outubro, em Erie, na Pensilvânia (EUA).
    A vitória do filme português ganha especial destaque por ter superado produções internacionais de grande visibilidade, entre as quais “Gunner”, protagonizada por Morgan Freeman.

    O filme, cujo título internacional é Idolmakers, confirma a maturidade artística de Luís Diogo, conhecido por títulos como Pecado Fatal (2013) e Uma Vida Sublime (2018). Fiel ao seu estilo de humor corrosivo e análise social incisiva, o realizador explora em CRIADORES DE ÍDOLOS o modo como se constroem e destroem figuras públicas num ecossistema mediático dominado pela superficialidade, pelo voyeurismo e pela ânsia de notoriedade.

     “Este prémio é uma honra e uma confirmação de que é possível fazer cinema em Portugal com ambição e qualidade. É também um reconhecimento do trabalho de toda a equipa que acreditou neste projeto desde o início”, afirmou Luís Diogo, reagindo à distinção.

    Fundado em 2002, o Great Lakes International Film Festival é um dos mais antigos e respeitados festivais de cinema independente da região dos Grandes Lagos, nos Estados Unidos. O evento tem vindo a afirmar-se como uma plataforma de descoberta de novas vozes e de promoção de cinema autoral proveniente de todo o mundo.

    A distinção de CRIADORES DE ÍDOLOS reforça a presença internacional do cinema português, que tem vindo a conquistar crescente atenção em festivais fora da Europa.

     “O público norte-americano reagiu de forma muito positiva ao filme, o que mostra que as histórias que contamos em Portugal podem ter impacto e significado universal”, acrescentou o realizador.

    Entre a ironia e a crítica mordaz, CRIADORES DE ÍDOLOS confirma Luís Diogo como uma das vozes mais consistentes e provocadoras do cinema português contemporâneo — um autor que continua a usar o cinema como espelho da sociedade e campo de reflexão sobre a identidade, o poder e a manipulação mediática.

    CRIADORES DE ÍDOLOS foi produzido com o apoio do Município da Trofa, de Castelo Branco, do ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual e do Avanca Film Fund.

    Nova fase na obra de requalificação do Núcleo Central de Esgueira

    0

    Prossegue a bom ritmo e de acordo com o planeado, a obra de requalificação do Núcleo Central de Esgueira, com a abertura de uma nova fase de trabalhos entre a Rua de Bento de Moura e a Rua General Costa Cascais (até à rotunda sobre o viaduto da Avenida Europa).

    A esta nova etapa corresponde a necessidade de reorganização do trânsito na envolvente, com a implementação de um circuito de desvio pela Rua e Travessa das Cardadeiras (junto ao Cemitério de Esgueira) e que se encontra devidamente sinalizado.

    A requalificação do Núcleo Central de Esgueira representa um novo investimento da Câmara Municipal de Aveiro de aproximadamente 1 milhão de euros para requalificar e promover a melhoria dos espaços urbanos, valorizar os espaços verdes e potenciar novas dinâmicas e vivências desta zona do Município.

    A CMA agradece a compreensão dos cidadãos residentes e automobilistas pelos constrangimentos causados e pede a melhor colaboração a todos para que possam evitar esta área da Cidade e do Município nas suas deslocações.

    Prossegue assim o investimento regular distribuído por todo o Município, devidamente planificado e com sustentabilidade financeira, visando a conservação das infraestruturas rodoviárias existentes e a qualificação do espaço público, gerindo bem a opção de cumprirmos os compromissos que assumimos.

    Câmara de Aveiro prepara ano letivo com reforço do “A” das Artes na Estratégia

    0

    Após o sucesso das edições anteriores, as “Residências Artísticas STEAM” regressam ao parque escolar aveirense, com o objetivo de promover o desenvolvimento de conteúdos artísticos com recurso à metodologia STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts & Mathematics), envolvendo artistas, docentes e alunos no mesmo projeto criativo.

    As candidaturas para as “Residências Artísticas STEAM” estão abertas até ao dia 17 de outubro. Trata-se de uma iniciativa Aveiro Tech City que se propõe ligar o setor criativo e cultural ao trabalho desenvolvido pela Câmara Municipal de Aveiro (CMA), no âmbito da estratégia de Educação STEAM, que tem vindo a ser implementada nas escolas do Município.

    A iniciativa destina-se a entidades (individuais ou coletivas) do setor criativo e cultural, com sede ou residência num dos 11 municípios da Região de Aveiro, e será desenvolvida, mais uma vez, em colaboração e cooperação com a Cidade Finlandesa de Oulu (Cidade Europeia da Cultura em 2026). A entidade selecionada receberá um apoio financeiro de quatro mil euros. As candidaturas devem ser efetuadas em formato digital, através do email [email protected].

    A entidade selecionada para integrar esta ação pedagógica e criativa será divulgada após 31 de outubro, seguindo-se, entre novembro de 2025 e maio de 2026, a implementação do projeto com todos os envolvidos. A apresentação dos resultados finais realizar-se-á no mês de junho de 2026.

    Conservatório de Música de Aveiro | indeferimento da providência cautelar

    0

    A Câmara Municipal de Aveiro recebeu a notificação do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro da Juiz do processo com a decisão de indeferimento da providencia cautelar interposta pelo Dr. Alberto Souto na qual peticionava a suspensão dos atos da Câmara Municipal que visam demolir as velhas construções existentes (antigas instalações da CERCIAV).

    O concurso público de empreitada de reabilitação e ampliação do Conservatório de Música de Aveiro foi publicado ontem na plataforma ACINGOV.

    Com a demolição das referidas construções será possível ampliar o Conservatório de Música de Aveiro construindo uma ala nova para a área de formação em Dança, salas de estudo individual e um novo hall de entrada com condições de acessibilidade universais, através de escada e elevador.

    Município de Aveiro integra a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea

    0

    O Município de Aveiro viu aprovada a sua candidatura à Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC), uma plataforma nacional de referência dedicada à promoção da criação e difusão da arte contemporânea em Portugal.

    A aprovação foi formalizada através da Secretaria de Estado da Cultura, datado de 9 de outubro de 2025, na sequência do parecer técnico favorável emitido pelos serviços da Direção-Geral das Artes (DGArtes).

    A candidatura apresentada pelo Município de Aveiro, sob a liderança da Divisão de Cultura e Turismo, envolveu a integração de sete unidades museológicas (Museu de Aveiro / Santa Joana; Galeria da Pedra; Museu da Cidade; Museu Arte Nova; Galeria da antiga Capitania do Porto de Aveiro; Estação e Galeria Morgados da Pedricosa) na RPAC, refletindo a clara aposta estratégica na valorização da arte contemporânea, na dinamização cultural do território e na promoção do acesso democrático à cultura.

    Estas unidades museológicas, que compõem os Museus de Aveiro, apresentam uma estrutura polinucleada, com gestão integrada, programação articulada e uma missão centrada na criação, mediação e valorização da arte contemporânea.

    A integração na RPAC constitui um importante reconhecimento do trabalho contínuo do Município de Aveiro no domínio das artes e da cultura, contribuindo ativamente para a descentralização e mediação cultural, a coesão territorial e a mobilidade de públicos e artistas.

    A Rede Portuguesa de Arte Contemporânea tem como objetivo reforçar a articulação entre estruturas culturais em todo o país, promovendo o desenvolvimento sustentável dos territórios através da cultura e das artes.

    O Município de Aveiro congratula-se com esta aprovação e reafirma o seu compromisso com políticas públicas culturais consistentes, participativas e inclusivas, que promovem a democratização do acesso à arte contemporânea e assumem a cultura como eixo estratégico de desenvolvimento local.

    Aveiro é atualmente depositária de uma parte significativa da Coleção de Arte Contemporânea do Estado e tem vindo a estabelecer parcerias regulares com instituições de referência no setor, como a Fundação de Serralves, a Fundação Cupertino de Miranda e a Fundação Arpad Szenes / Vieira da Silva.

    Esta adesão à RPAC reforça o posicionamento de Aveiro no panorama nacional da arte contemporânea, numa altura em que se concretiza um dos seus mais extraordinários e excelentes projetos culturais: a criação do Museu de Arte Cerâmica Contemporânea, que será instalado no antigo edifício da Biblioteca Municipal, e cuja abertura marcará uma nova etapa na afirmação de Aveiro como cidade da cultura e da arte contemporânea.

    Restauro do Monumento de João Afonso de Aveiro em curso

    0

    A Câmara Municipal de Aveiro deu início ao processo de restauro da escultura de João Afonso de Aveiro, localizada na Praça do Rossio, no centro da cidade.

    A intervenção contempla a reprodução escultórica da peça desaparecida (parte da espada) na sequência de um ato de vandalismo, e está a cargo de uma equipa especializada em conservação e restauro, com o acompanhamento técnico da Câmara Municipal estando em curso a produção do molde para a reprodução.

    Com um prazo de execução estimado entre seis a oito semanas, a intervenção representa um investimento de 4.380 euros (acrescido de IVA), e começa após um longo período de consulta ao mercado para se conseguir uma empresa com experiência e competência técnica adequadas à especificidade da intervenção e com disponibilidade para a sua execução.

    Da autoria de Euclides Vaz, o monumento homenageia João Afonso de Aveiro, figura destacada da história local e nacional, ligado aos Descobrimentos Portugueses, oferecido pelo Ministério das Obras Públicas e inaugurada pelo então Presidente da República, o Almirante Américo Tomás, o âmbito das Festas do Milenário de Aveiro, em 1959.

    A Câmara Municipal de Aveiro devolve, assim, ao monumento a sua condição original, apelando à consciência cívica de todos os cidadãos, sublinhando a importância da preservação e valorização do património público, bem como do respeito pelos espaços que são de todos e para usufruto de todos.

    Operação marítimo-turística com motores elétricos em janeiro de 2026

    0
    barcomoliceiroeletrico__4__1_1024_2500
    barcomoliceiroeletrico__4__1_1024_2500

    Com a operação do Moliceiro Rossio, da empresa Incrível Odisseia, que se encontra a navegar com motor elétrico e devidamente certificado, com total sucesso operacional desde novembro de 2024, temos a confirmação técnica e operacional dos outros ganhos desta aposta, nomeadamente de que é possível realizar sem recorrer a carregamentos adicionais durante o dia, toda a operação em ocupação máxima de passageiros e em número máximo viagens diárias, o que comprova a funcionalidade e inclusivamente demostra uma autonomia sem reabastecimento superior aos motores de combustão (com depósitos de 25 litros).

    Este e outros aspetos técnicos são já do conhecimento de todos, por partilha feita por iniciativa da Incrível Odisseia e de empresas que produzem e comercializam os motores elétricos deste tipo.

    Constatamos assim não existir qualquer dificuldade ou obstáculo técnico ou operacional para a eletrificação total dos motores dos Moliceiros e Mercantéis a operar nos Canais Urbanos da Cidade e da Ria de Aveiro, relembrando a obrigação de todos os operadores marítimo-turísticos de substituição integral dos motores de combustão por motores elétricos até 31 de dezembro de 2025, recordando-se que, o incumprimento desta obrigação  implica a perda imediata do direito de uso privativo e da licença de operação, com consequente proibição de navegação e de exercício da atividade a partir de 1 de janeiro de 2026.

    A Câmara Municipal de Aveiro oficiou ontem as empresas operadores marítimo-turísticas, fazendo-o hoje publicamente, relembrando a necessidade e a importância do cumprimento de uma obrigação de operação de licença, e o contributo de todos para que Aveiro continue a ser motivo e origem de boas notícias ocupando um lugar único e cimeiro em termos nacionais e internacionais no que diz respeito à sustentabilidade e respeito pelo ambiente, com os devidos e diferenciados benefícios para o turismo de qualidade.

    ×
    Subscrição anual

    [variable_1] de [variable_2] subscreveu o Aveiro TV.  Clique para subscrever também!