Mais
    Início Site Página 26

    Aliança Mais Aveiro reage às posições de Alberto Souto sobre a casa sede da CERCIAV

    0
    Aliança Mais Aveiro
    Aliança Mais Aveiro

    A Candidatura Aliança Mais Aveiro, face às notícias públicas e às posições assumidas pelo candidato do Partido Socialista, acerca do projeto de expansão do Conservatório de Aveiro e da demolição da casa antiga sede da CERCIAV, vem comunicar a seguinte posição:

    1. A Aliança Mais Aveiro lamenta que o candidato do Partido Socialista, não tenha elevação e respeito democrático pela legitimidade do atual Executivo Municipal, legitimidade essa conferida pelo voto dos Aveirenses e para um mandato que vigorará até Outubro;
    2. A Aliança Mais Aveiro lamenta que o candidato do Partido Socialista, Alberto Souto, tenha optado por uma conduta de judicialização da discussão política em Aveiro, querendo, sem mandato e sem legitimidade, impedir a gestão do Executivo Municipal em exercício;
    3.  A Aliança Mais Aveiro, lamenta e repudia veementemente que o candidato do Partido Socialista, na tentativa de obter algum ganho político, falte à verdade à população, no que respeita ao projeto de expansão do Conservatório de Música de Aveiro;
    4. Das duas uma, ou o candidato do PS, por incúria e impreparação, desconhece o projeto que foi amplamente discutido e trabalhado entre o Município de Aveiro e o Conservatório, o que é grave, ou então está devidamente informado, conhece o projeto em causa, mas decidiu omitir deliberada e intencionalmente à população com o único objetivo de eventualmente obter algum ganho político, o que é ainda mais grave;
    5. Tem, o candidato do PS repetidamente enganado a população, afirmando na sua página Facebook “A necessidade de uma sala para dança do Conservatório não implica a demolição de um dos últimos exemplares de casa tradicional portuguesa da escola Raul Lino. Com outras opções de arquitetura a casa pode preservar-se e a sala ser construída.”
    • Ora, a bem da verdade, importa esclarecer:
    1. O projeto em causa, foi a solução encontrada em conjunto pelo Executivo liderado pelo Eng.º Ribau Esteves e pelo Conservatório, para dar resposta à manifesta falta de instalações e que permitam ao Conservatório desenvolver e potenciar ainda mais a sua reconhecida e nobre atividade, criando melhores condições de aprendizagem para os seus alunos;
    1. O projeto contempla não uma sala para dança, como irresponsavelmente, o candidato do PS quer fazer passar, mas sim, uma ala composta por três estúdios para a dança, com 120 m2 cada, duas salas para aulas de percussão, sala de apoio, dez estúdios para estudo, balneários, zonas técnica e entrada do Conservatório com condições de acesso para pessoas de mobilidade reduzida;
    1. É uma obra que obteve a concordância plena do Conservatório e que dá resposta as suas necessidades e reivindicações de anos,
    1. É uma infraestrutura capital para potenciar ainda mais o excelente trabalho desenvolvido pelo Conservatório e que permitirá aumentar em mais de 300 o número de alunos; e ainda potenciar o Município de Aveiro com mais espaços culturais de grande polivalência e qualidade;
    • Por outro lado, aquela casa, pela informação prestada pela Câmara Municipal e pelo Conservatório de Aveiro, além de obstar à desejada ampliação do Conservatório, e apesar de ser arquitetonicamente interessante, não reúne condições para ser reabilitada, nem é classificada pelas entidades competentes como património histórico e arquitetónico de reconhecido valor;
    • Além de que o candidato do PS, durante os 8 anos em que foi Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, podia ter classificado aquela casa como um elemento histórico de interesse, o que não fez, tendo ainda demonstrado bem a sua preocupação com o património histórico da cidade, ao demolir várias casas com interesse histórico pelo menos igual ou superior à referida casa;
    • O candidato da Aliança Mais Aveiro, Luís Souto Miranda, como reconhece o candidato do PS, tem obra feita na defesa do património da cidade, enquanto Presidente da ADERAV, da qual ainda faz parte, pois conseguiu salvar o monumento nacional Igrejas de S. Francisco e de Sto. António, numa forte campanha pública e junto de várias entidades com obtenção de fundos europeus para a recuperação;
    • Ao contrário, e nos anteriores mandatos do candidato Alberto Souto, aquele rico património municipal contou apenas com a total indiferença da governação PS, acentuando a sua degradação,
    1. A Aliança Mais Aveiro e em particular o seu candidato Luís Souto Miranda, não recebe lições de defesa e promoção do património municipal do candidato do PS;
    • A Aliança Mais Aveiro estará sempre empenhada na defesa e promoção do património do município de Aveiro;
    • Mas também defendemos a cultura, a educação artística, a história do Conservatório de Aveiro e o reforço da sua potencialização na criação de talento e na qualidade de excelência para os seus alunos, que merecem o nosso empenhamento e apoio efetivo;
    • Aos políticos exige-se respeito democrático e um combate político com sentido de responsabilidade e sempre alicerçado na verdade e não na omissão estratégica de certos factos que só visam desinformar os cidadãos, com o único interesse de obter ganhos políticos;
    • Na política, não pode, nem deve, valer tudo.

    Aveiro, 30.07.202

    A Direção da Candidatura da Aliança Mais Aveiro

    SC Beira-Mar apresenta o plantel este domingo dia 3 de agosto

    0
    SC Beira-Mar - Futebol: Apresentação do plantel já no domingo!
    SC Beira-Mar - Futebol: Apresentação do plantel já no domingo!

    Este domingo, 3 de agosto, todos os caminhos vão dar ao Estádio Municipal de Aveiro – Mário Duarte!

    Com a época quase a dar o pontapé de saída, é hora de apresentarmos o nosso plantel e staff que vai competir no Campeonato de Portugal (Série B) em 2025/2026.

    Domingo, a partir das 16 horas, no Estádio Municipal de Aveiro – Mário Duarte, a “Paixão Aurinegra” volta a sentir-se e a manifestar-se das bancadas para o campo.

    Esta será a oportunidade de conhecermos a nova indumentária da época e que promete não deixar ninguém indiferente! Acredite! Temos novidades!

    O jogo de preparação entre o SC Beira-Mar e a AD Sanjoanense (Liga 3) fecha o nosso programa e, também, a pré época da nossa equipa que, já no fim de semana seguinte, em Anadia, arranca a temporada com coragem e determinação!

    Bacalhau da Noruega On Tour segue para Oliveira de Azeméis

    0
    Bacalhau da Noruega On Tour segue para Oliveira de Azeméis
    Bacalhau da Noruega On Tour segue para Oliveira de Azeméis

    A food truck da segunda edição do Bacalhau da Noruega On Tour vai marcar presença nas Festas de La Salette, em Oliveira de Azeméis, nos próximos dias 7 e 8 de agosto, onde estará a oferecer pratos de degustação em que o bacalhau é a estrela.

    Esta iniciativa, promovida pelo Conselho Norueguês das Pescas (Norwegian Seafood Council), foi lançada em 2024 e o seu claro sucesso manteve a continuidade da ação criada com o objetivo aproximar ainda mais o Bacalhau da Noruega dos consumidores portugueses, mostrando que, para além das receitas tradicionais tão apreciadas, é possível saborear este produto de forma mais leve, moderna e adaptada aos dias quentes de verão celebrando, desta forma, a versatilidade do bacalhau.

    A food truck do Bacalhau da Noruega On Tour estará junto à Azemad, entre as 16h00 e as 22h00 de ambos os dias, altura em que os visitantes poderão provar gratuitamente, Tostas com lascas de Bacalhau da Noruega, Bacalhau da Noruega confitado com pó de espinafres, Espinheta de Bacalhau da Noruega, Bacalhau da Noruega frito com chutney de manga e até perguntar à chefe como podem fazer estas receitas em suas casas.                                                        

    Todos os detalhes do Bacalhau da Noruega On Tour, localizações e horários, são partilhados nas redes sociais do Bacalhau da Noruega: Instagram e Facebook.

    João Moniz critica Luís Souto Miranda pelo legado do seu partido na habitação

    0
    João Moniz
    João Moniz

    João Moniz, candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Aveiro, acusa PSD/CDS e PS de terem contribuído ativamente para a crise da habitação no concelho.

    A propósito da recente proposta do PS de subarrendar casas no mercado para dar resposta às listas de espera e aos pedidos de habitação social, João Moniz afirma que “esta é uma medida de quem recusa intervir no mercado e uma proposta deste género só poderá ser de caráter transitório, pois subsidiar a procura pode representar um alívio momentâneo para uma família específica, mas, a médio prazo, teria o efeito inevitável de aumentar ainda mais o preço das rendas”.

    Apontando também responsabilidades ao atual executivo PSD/CDS, liderado por Ribau Esteves e agora representado por Luís Souto Miranda, o candidato do Bloco questiona: “onde tem estado Luís Souto Miranda quando o Bloco de Esquerda leva, nos órgãos em que tem representação, propostas para mais construção de habitação a custos controlados ou para que o município mobilize fundos do Estado central para esse fim? Onde estava o candidato do PSD/CDS quando a autarquia vendeu terrenos públicos, onde se podia ter edificado habitação a custos controlados, à especulação imobiliária?”

    Para João Moniz, “Luís Souto Miranda pode até sentir vergonha do legado do seu partido no que toca à habitação, mas esse é também o seu legado. E que legado é esse? O executivo do PSD recusou fazer a carta municipal da habitação e recusou aceder a dinheiro público do PRR para resolver o problema.”

    O candidato do Bloco lembra que “a crise da habitação ganhou total centralidade na campanha. Nem sempre foi assim, apesar de a subida incomportável dos preços não ser de agora.” E aponta as causas de fundo: “o que as candidaturas do PSD e do PS escondem é que foi precisamente o modelo económico e urbanístico que ambos defendem que nos trouxe até aqui: venda de terrenos públicos para habitação de luxo e a recusa em expandir a habitação pública ou em ter qualquer política pública de habitação. É este paradigma que tem de ser invertido.”

    [Ligação para as declarações do candidato do Bloco de Esquerda: https://www.facebook.com/photo?fbid=24534253689513069&set=a.1156177321080702]

    Esta Sexta-Feira Amigos do Cáster vão devolver à Natureza aves selvagens recuperadas

    0
    Esta Sexta-Feira Amigos do Cáster vão devolver à Natureza aves selvagens recuperadas
    Esta Sexta-Feira Amigos do Cáster vão devolver à Natureza aves selvagens recuperadas

    Será já na tarde desta Sexta-Feira, dia 1 de Agosto, a próxima actividade de contacto com a vida selvagem, promovida pelos Amigos do Cáster.

    Como temos feito regularmente, iremos devolver à Natureza aves selvagens que foram recuperadas pelo “hospital” de espécies encontradas feridas, do CERVAS – o Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens do Parque Natural da Serra da Estrela.

    Esta iniciativa é adequada para famílias, e sempre do especial agrado dos mais novos. Será uma oportunidade para ver de muito perto espécies de aves selvagens: em edições anteriores desta actividade pudemos devolver à Natureza espécies como o mocho-galego, a coruja-das-torres, o açor, o milhafre-preto ou a garça-vermelha.

    Para além do contacto com a Natureza, poderá ficar a saber mais sobre as espécies, as ameaças que enfrentam, e as acções que deve tomar quando encontrar um animal selvagem em situação de fragilidade.

    Tal como temos feito todos os anos, associamo-nos às Comemorações da Juventude da Câmara Municipal de Ovar, que, durante todo o mês de Agosto, irão proporcionar diversas actividades culturais, desportivas, de formação e de lazer, em vários locais do concelho.

    O encontro está marcado para as 16h30, na confluência entre a entre a Rua do Poder Local e a Rua da Regedoura, em Válega (GPS: 40°49’35.7″N 8°36’14.8″W).

    A participação é livre, aberta a todos/as e não sujeita a inscrição!

    Confirmar ou não, através de ADN, o corpo de D. Afonso Henriques ?

    0
    Dom afonso henriques
    Dom afonso henriques

    No coração da cidade de Coimbra, o silêncio solene do Mosteiro de Santa Cruz guarda, há mais de oito séculos, o túmulo daquele que foi o fundador da nacionalidade portuguesa: D. Afonso Henriques. Ali, sob a pedra trabalhada do Renascimento, repousa, segundo a tradição, o primeiro Rei de Portugal. Mas até que ponto podemos afirmar, com o rigor que a História e a ciência exigem, que os restos ali depositados pertencem, de facto, ao homem que em Ourique se proclamou Rei e em Zamorra garantiu a autonomia do novo reino?

    A tradição é clara. Desde 1185, ano da sua morte, que se sabe ter sido Afonso Henriques sepultado na igreja do mosteiro que ele próprio beneficiara generosamente, e onde repousavam já vários membros da primeira linhagem régia. As crónicas medievais, a documentação monástica e a contínua veneração da sua memória sempre apontaram Santa Cruz como o seu destino final. A dignidade do local, a simetria com o túmulo de seu filho D. Sancho I e o cuidado com que, em 1530, por ordem de D. João III, os dois corpos foram trasladados para os actuais túmulos de mármore, reforçam a convicção de que estamos perante os verdadeiros ossos do fundador.

    Porém, a História também se faz de interrogações. E uma delas ecoa hoje com particular acuidade: temos provas irrefutáveis? A resposta, por mais desconfortável que seja, é: não, ainda não.

    Nunca se procedeu, em época contemporânea, a uma abertura do túmulo que permitisse análises forenses ou genéticas. O receio de profanar a memória do rei fundador, a delicadeza ética do acto e o risco de um escândalo mediático num país sensível à sua herança simbólica sempre travaram qualquer tentativa. E compreende-se: a dignidade dos mortos não pode ser tratada como mera curiosidade científica, sobretudo quando o morto em questão é o símbolo maior da fundação de Portugal.

    Contudo, a ciência moderna oferece-nos hoje ferramentas que não existiam no passado. A análise de ADN mitocondrial, as comparações osteológicas e a datação por carbono 14 poderiam esclarecer definitivamente a identidade dos restos mortais. Em Espanha, por exemplo, investigações semelhantes permitiram confirmar com grande grau de probabilidade a identidade dos restos de Cristóvão Colombo, em Sevilha. Em França, as análises ao coração de Luís XVII puseram fim a dois séculos de especulação.

    Importa, pois, ponderar: não seria do interesse da História de Portugal, e até da própria preservação da memória de D. Afonso Henriques, que se fizesse essa verificação? Não para alimentar voyeurismos necrológicos ou alimentar polémicas frívolas, mas para honrar com verdade aquele que sempre foi identificado como o fundador da nossa independência.

    Em 2006, o historiador António Borges Coelho afirmou que não haveria razões para duvidar da autenticidade do túmulo, dada a coerência da tradição e a ausência de qualquer indício de erro. Por outro lado, estudiosos como José Mattoso ou João Gouveia Monteiro têm sublinhado o carácter simbólico do lugar e a sua função como espaço de memória colectiva, uma função que não deve ser dilacerada por uma abordagem tecnocrática desprovida de sensibilidade.

    Talvez a resposta esteja no equilíbrio. A abertura do túmulo de D. Afonso Henriques deveria ser ponderada com o máximo rigor, discrição e acompanhamento científico e ético, sob supervisão do Estado, da Igreja, da comunidade científica e de representantes da cultura portuguesa. Só assim se poderia proceder a uma eventual identificação definitiva, capaz de dar à nossa memória o que a verdade pode oferecer: a paz da certeza.

    Porque a História não é só feita de glória. É feita de conhecimento. E conhecer, mesmo o que repousa sob a pedra, é também uma forma de homenagear.

    Iryna Skulska é a candidata do BE à Junta de Freguesia de São Bernardo

    0
    Iryna Skulska é a candidata do Bloco de Esquerda à Junta de Freguesia de São Bernardo
    Iryna Skulska é a candidata do Bloco de Esquerda à Junta de Freguesia de São Bernardo

    Iryna Skulska, 44 anos, investigadora científica na área da gestão florestal, é a primeira candidata do Bloco de Esquerda à Junta de Freguesia de São Bernardo. Tem centrado a sua investigação na governança e gestão dos terrenos comunitários – os baldios – em Portugal Continental, estudando o seu papel na resiliência aos incêndios, no desenvolvimento rural e na valorização dos bens comuns.

    É especialista em Ecologia Florestal (Universidade Técnica Nacional da Ucrânia) e mestre em Engenharia do Ambiente (Universidade de Aveiro). Desenvolve projetos ligados à gestão sustentável de recursos naturais, educação ambiental, ciência cidadã, silvicultura de base comunitária e combate ao abandono da gestão florestal. O seu trabalho incide também sobre vários riscos florestais, incluindo os incêndios.

    A candidata tem no aumento do preço da habitação, na falta de transportes públicos na freguesia e no mau ordenamento de mobilidade na freguesia as suas principais preocupações. Da sua atividade profissional e cívica traz ainda várias preocupações ambientais e de desenvolvimento sustentável e de integração e não discriminação de imigrantes.

    Natural da Ucrânia, é residente há vários anos em São Bernardo. É sócia da Associação de apoio ao imigrante em Aveiro e ativista nesta área.

    O Humor que impede o voto nos moderados

    0
    Votar
    Votar

    Ricardo Araújo Pereira declarou, em mais um episódio do “programa cujo nome estamos impedidos de dizer”, que tanto lhe faz se ganha a esquerda ou a direita. Se ganha a esquerda, fica bem com a sua consciência. Se ganha a direita, paga menos impostos. Disse-o com o ar banal de quem já não habita o país real, de quem observa o povo com uma sobranceria tão polida quanto bem remunerada.

    Aquilo que Ricardo confessou, sem vergonha nem sentido de responsabilidade, revela uma vida à margem da luta política, embora beneficie de todos os seus resultados. É o homem que comenta o jogo com sarcasmo, mas nunca entrou em campo. Representa a elite que já não sente nada porque tem tudo.

    Durante anos, construiu uma carreira a gozar com os chavões do discurso político, os seus lugares-comuns e os seus vícios. Com o tempo, substituiu esses chavões pelos seus próprios. “Isto é gozar com quem trabalha” tornou-se não apenas o nome de um programa, mas também o lema de uma geração inteira que desistiu de pensar o país. Riem-se dos partidos, dos políticos, dos debates, das propostas. Riem-se dos que ainda acreditam na democracia como esforço coletivo. Fingem depois espanto quando André Ventura cresce.

    O modo como trata o debate dos pequenos partidos é particularmente revelador. Todos os anos, anuncia que esse é o seu dia preferido da campanha, o “dia mais feliz do ano”. Para ele, trata-se de um desfile de excentricidades, um buffet de bizarrices que alimenta sketches fáceis e memes de fim-de-semana. Essa abordagem contribui para a asfixia de qualquer hipótese de alguém novo entrar no sistema político com seriedade. Mesmo os que tentam fazer diferente, pensar diferente ou propor soluções são esmagados por uma troça que tudo nivela por baixo. Nada escapa ao escárnio. Tudo é ridículo por definição.

    Surge então o espanto quanto ao apodrecimento do sistema. Questiona-se porque ninguém novo entra, porque são os mesmos de sempre permanecem ou porque o discurso antipolítico vence. Os chavões utilizados por Ricardo e os seus companheiros, mesmo embrulhados em ironia e boas intenções, poderiam ser ditos por qualquer populista de extrema-direita. A ideia de que todos os políticos são iguais, que ninguém presta, que o país é uma anedota, que o voto é irrelevante e que os ricos ganham sempre serve de música de fundo para os ouvidos do Chega. Funciona ainda como pano de fundo ideal para o seu crescimento.

    Se repararem, ultimamente, Ventura raramente critica os humoristas. Compreende que precisa deles. Eles preparam o terreno e normalizam o cinismo. Tornam aceitável a descrença e habituam o país à ideia de que nada deve ser levado a sério. Instalam a lógica do espetáculo como substituto da vida democrática. No meio da confusão, aparece o populista com uma frase simples, direta, sem ironia. Nesse momento, o humor cede à brutalidade e perde.

    Ao declarar que tanto lhe faz quem governa, porque de uma forma ou de outra sai sempre a ganhar, Ricardo Araújo Pereira anuncia que já não acredita na política como ato moral. Afirma implicitamente que já não distingue entre ser cidadão e ser consumidor. Reduz a participação cívica à contabilidade do saldo bancário. Lança o caos e sai de mansinho…

    Existe, no entanto, uma diferença. Há sempre uma diferença entre quem luta e quem se ri, entre quem arrisca e quem comenta, entre quem acredita e quem desistiu. A democracia começa a morrer quando até os mais inteligentes desistem de pensar. Quando o povo se torna apenas matéria-prima para o riso fácil, instala-se o vazio. Uma democracia que vive a gozar com quem trabalha não tarda a ser substituída por um regime que trabalha contra quem ri.

    A extrema-direita cresce também por causa disto. Porque os seus adversários acham que basta fazer troça. Porque os humoristas que dizem combatê-la vivem num mundo onde o riso substituiu a coragem. Porque quem tem palco, mas recusa a responsabilidade de o usar com seriedade, transforma-se em mais uma engrenagem da máquina que finge criticar.

    Ricardo pode continuar a rir. Quem vive cá fora, no entanto, não está a achar graça nenhuma.

    Galitos superam provas no Complexo Olímpico de Piscinas de Coimbra

    0
    Equipa do galitos
    Equipa do galitos

    705 atletas em representação de 96 clubes participaram nestes Campeonatos Nacionais, prova essa que decorreu no fabuloso Complexo Olímpico de Piscinas de Coimbra, de 24 a 27 de Julho e destinada aos escalões de Juvenis, Juniores e Seniores.

    O Galitos / Bresimar, com um 15 atletas, conseguiu obter 7 Títulos Nacionais, 2 Medalhas de Prata, 4 Medalhas de Bronze (13 Medalhas no total), 5 novos recordes regionais e participação em várias Finais com obtenção de 32 novos recordes pessoais.

    Os novos campeões nacionais e medalhados:

    Zoe Nunes – 2 Títulos Nacionais Juvenil aos 50 e 100 Livres, 1 medalha de prata aos 50 Mariposa e Bronze aos 100 Mariposa.

    Tiago Brandão – 1 Título Nacional Júnior aos 50 Mariposa e Medalha de Prata aos 100 Mariposa.

    Estafeta Feminina – 4×100, 4×200 Livres e 4×100 Estilos – Campeãs Nacionais Juvenis – Leonor Jesus / Raquel Ré / Zoe Nunes / Sofia Vasconcelos.

    Estafeta Masculina – 4×100 Estilos Júnior – Campeões Nacionais – Rodrigo Meireles / Nuno Anjos / Tiago Brandão / Vicente Vale.

    -Sofia Vasconcelos – 1 Medalha de Bronze Juvenil aos 100 Livres. -Raquel Ré

    – 1 Medalha de Bronze Juvenil aos 50 Bruços.

    – Estafeta Junior Mista – 4×100 Estilos – Medalha de Bronze – Joana Santos / Nuno Anjos / Tiago Brandão / Matilde Miranda.

    Os restantes atletas participantes, Maria Almeida, Maria Paixão, Carlota Santos e Leonor Mendes também estiveram em bom nível alcançando algumas finais e alguns recordes pessoais.

    Uma palavra de apreço a todos estes nadadores e sua equipa técnica pelo seu esforço e pelo seu comportamento exemplar em prova e pelos resultados obtidos.

    Técnicos: Mário Ferreira e Samuel Daniel. Delegados: Paulo Gomes Rodrigues e Paulo Rodrigues e Fisioterapeuta: Gino Caetano.

    Resultados totais: https://live.swimrankings.net/47117/

    Candidato do BE a Aveiro defende metro de superfície Aveiro-Ílhavo

    0
    João Moniz do Bloco de Esquerda
    João Moniz do Bloco de Esquerda

    João Moniz, candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Aveiro, denuncia mais um fim de semana marcado pelo “caos no trânsito de acesso às praias, na A25 entre Aveiro e a costa”, e aponta responsabilidades à inação dos executivos municipais da região.

    Para o candidato bloquista, “esta infeliz tradição de verão da nossa região é fruto da incapacidade institucional de autarcas como Ribau Esteves e os seus congéneres em Ílhavo de desenvolverem e implementarem políticas intermunicipais de mobilidade”, nomeadamente, o desenvolvimento de um metro de superfície que una os vários territórios do Baixo Vouga. Uma infraestrutura que, como afirma, “alivie grande parte do trânsito que agora existe quer na A25, quer na EN109”.

    João Moniz lembra que “Ribau Esteves foi, durante anos a fio, presidente da CIRA e nada fez para avançar este dossiê, mesmo num contexto de evidente proximidade político-partidária entre os vários executivos camarários da região”. E critica o facto de que, em vez de apostar no reforço do serviço público de transportes, “a região entregou o serviço de transportes públicos, o principal instrumento de políticas públicas na área da mobilidade, a empresas privadas, ficando privada desse instrumento”. Sublinha ainda que “o seu sucessor no PSD/CDS, Luís Souto Miranda, opta pelo mesmo caminho de inação activa”.

    O candidato recorda também que, “aquando das decisões que levaram à construção da linha de mercadorias para o porto de Aveiro, o Bloco de Esquerda defendeu que a mesma fosse mista, levando também passageiros às zonas residenciais e às praias”. A realidade, diz, “está a demonstrar que foi uma oportunidade perdida e um investimento que podia ter sido melhor aproveitado”.

    Para o Bloco de Esquerda, a solução passa por um novo paradigma de cooperação intermunicipal. “No próximo ciclo autárquico, os municípios da região têm mesmo de se sentar à mesa para encontrar soluções intermunicipais para os desafios que a região enfrenta, seja na mobilidade, seja noutras matérias de elevada relevância, como a proteção e gestão do nosso património natural ou a gestão de resíduos.”

    Como primeiro passo, João Moniz defende que “esse novo paradigma […] pode e deve ser um metro de superfície que una Aveiro e Ílhavo, numa lógica intermodal, articulada com o transporte coletivo rodoviário, ferroviário e fluvial, servindo para aliviar os principais fluxos de tráfego, bem como as carteiras das pessoas que vivem e trabalham na região”.

    ×
    Subscrição anual

    [variable_1] de [variable_2] subscreveu o Aveiro TV.  Clique para subscrever também!