A programação do Cineteatro Messias para a temporada de janeiro a julho de 2025 está recheada de propostas de qualidade, com espetáculos imperdíveis de música, teatro, musicais infantis e até stand-up comedy, com Luana do Bem. Sobem ao palco cantores como Manel Cruz, Rita Guerra e Samuel Úria, destacando-se também os tributos a Sakamoto, Amy Winehouse e Milton Nascimento. O festival Termómetro passa, nesta temporada, pelo Cineteatro Messias, assim como nomes grandes do teatro português, como Benedita Pereira e Diogo Infante.
“O nosso objetivo continua a ser duplo: trazer Cultura ao nosso concelho e valorizar a Cultura produzida no nosso concelho”, afirma António Jorge Franco, presidente da Câmara Municipal da Mealhada.
“Apresentamos um conjunto de propostas de excelência, cumprindo com o nosso propósito de trazer a maior diversidade cultural ao nosso concelho, oferecendo aos nossos munícipes a possibilidade de ver grandes produções e captando novos públicos, posicionando a Mealhada como um centro de cultura na região”, sublinha Filomena Pinheiro, vice-presidente da Câmara Municipal da Mealhada, referindo que o investimento para esta temporada é de 80 mil euros.
“O cartaz é orientado para o público concelhio mas muito para atrair novos públicos”, conclui, referindo que, no último ano, passaram pelo Cineteatro Messias cerca de 20 mil espectadores.
A música está em destaque na programação do semestre do Cineteatro Messias. O concerto de Ano Novo, com o trompetista internacionalmente reconhecido, Luís Martelo, deu o mote a uma série de grandes espetáculos, da música clássica ao rock ou ao jazz.
A 8 de fevereiro, o Cineteatro Messias apresenta o espetáculo “Sakamoto 1996”, o tributo a um dos mais aclamados compositores do panorama internacional. A sua música continua a ser celebrada e a inspirar públicos de todas as gerações, com bandas sonoras icónicas que criou para filmes como “O Último Imperador”, “Merry Christmas Mr. Lawrence” ou “O Monte dos Vendavais”. Neste espetáculo todas as músicas serão acompanhadas por obras de vídeo arte, concebidas para este projeto por João Vasco, pianista, fotógrafo e videasta que integra o trio deste espetáculo, ao piano, juntamente com Pedro Lopes, ao violino, e Fernando Costa, ao violoncelo.
A 15 de fevereiro, Rita Guerra celebra o Dia dos Namorados com um concerto intimista, no qual a cantora apresentará um “best of” dos temas mais emblemáticos da sua carreira, alguns deles reconhecidos como canções das nossas vidas.
Ainda no panorama musical, segue-se, a 8 de março, um nome grande da música portuguesa: Manel Cruz, conhecido pelos projetos “Ornatos Violeta”, “Foge Foge Bandido”, “Pluto” e “Supernada”. Nome incontornável e figura carismática que, desde os anos noventa, se tem afirmado como uma personalidade de culto no rock português, Manel Cruz promete um espetáculo emocionante e irreverente, com o público a poder cantar a plenos pulmões as suas letras icónicas.
O fim de semana de 12 e 13 de abril volta a ser de música. Primeiro, com o tributo a Amy Whinehouse a relembrar o percurso da artista e o seu contributo para a música soul, jazz e R&B. Com Ally Garrido na voz, Romero Araújo, na guitarra, Bony Godoy, no baixo, Corey Smith nas teclas, Ricardo Silva, no saxofone e Leo Tomich, na bateria. No dia 13 de abril, o Cineteatro Messias recebe a 29.ª edição do Festival Termómetro, criado em 1994 pelo radialista Fernando Alvim, que revelou inúmeras bandas, como Ornatos Violeta, Capicua, Ana Bacalhau, David Fonseca, Noiserv ou Richie Campbell.
Ainda em abril, a 26, sobe ao palco Samuel Úria, que apresentará o enigmático espetáculo “2000 A.D”, uma abordagem poética e musical ao ano 2000, que se traduz em nove temas memoráveis, registos da invulgaridade criativa de Samuel. Em palco, como lhe é reconhecido, as suas canções ganham nova dimensão: se os novos temas têm na coesão que os liga um dos seus pontos fortes, a sua mistura com as composições comprovam estarmos perante o mais interessante cantautor do século XXI.
No dia 31 de maio realiza-se o habitual espetáculo de lançamento do Meajazz & Blues 2025. Luke Winslow King, guitarrista, multi-instrumentista, cantor, compositor e letrista americano, conhecido pelo seu trabalho de slide guitar, traz a sua sonoridade até à Mealhada, numa mistura entre o blues, o jazz e o folk.
Se é com música que a temporada inicia, é também com música que termina, a 5 de julho. O concerto “Viva Milton Nascimento” será de celebração da obra e da vida do cantor, compositor e instrumentista brasileiro, reconhecido mundialmente como um dos mais influentes e talentosos músicos da música popular brasileira e mundial, vencedor de cinco Grammy. Com Norton Daiello, no baixo e direção artística, Roberto Freitas, na bateria, produção e direção artística, Tuka Moura, na voz e guitarra, Fernando Esteves, na guitarra, Pablo Lapidusas, no piano, Carlos Poubel, na percussão e Matt Lester, nos sopros.
Teatro e Stand-up Comedy
A programação conta com a peça “Telhados de Vidro”, a 17 de maio, protagonizada por Benedita Pereira, Diogo Infante e Tomás Taborda. A história de uma jovem professora que recebe a visita inesperada de Tomás, um homem mais velho e um carismático e bem-sucedido empresário, cuja mulher faleceu recentemente. À medida que a noite avança, os dois tentam perceber porque é que o seu relacionamento, outrora apaixonado, terminou abruptamente. Acabam por se envolver numa perigosa batalha de ideologias opostas e de desejos recíprocos. Uma produção Teatro da Trindade Inatel.
Luana do Bem é a convidada para divertir o público mealhadense, dia 10 de maio, com o seu peculiar stand-up comedy. A humorista descreve as aventuras, as mentiras e as questões existenciais responsáveis por este estado de coisas, e “tenta persuadir-nos a seguir o seu conjunto particular de crenças, num espetáculo que pode ou não ser o princípio de uma seita”.
Destaque para os espetáculos infantis
O público infantojuvenil já ganhou presença na programação do Cineteatro Messias. Neste semestre, conta com quatro produções bem distintas. O Musical infantil “O Principezinho”, da obra de Antoine de Saint-Exupéry, uma das mais belas fábulas para todas as idades, sobe ao palco dia 22 de fevereiro, numa produção para toda a família.
A 29 de março, a companhia Plateia D’Emoções apresenta “O Livro da Selva”, musical infantil em que o espectador poderá desfrutar de uma das aventuras mais emocionantes e ternas das histórias tradicionais. A história de como uma criança cresce na selva rodeada de animais, aprendendo a distinguir o bem do mal, enquanto tenta descobrir quem é e que lugar ocupa no mundo. Uma viagem cheia de música, jogos e aventuras.
O Corcunda de Notre Dame apresenta-se em cena dia 27 de abril, também em formato de musical infantil, com muita cor e ação, com vários atores em palco, adereços e cenários. Um espetáculo para maiores de três anos que aborda temas como a inclusão, a justiça, a diferença entre o amor e a amizade, a empatia, a exclusão, o bullying e a xenofobia.
A 24 de maio, a Plateia D’Emoções volta a apresentar-se em palco com a poderosa história de Anne Frank. Num espetáculo para maiores de 12 anos, o espetáculo percorre as páginas do diário da jovem alemã que amadureceu num anexo secreto, entre 1942 e 1944. Uma abordagem singular sobre a jovem num período tão negro da nossa história, que questiona se aquele período será assim tão distante dos dias que hoje vivemos.
Exposições e acolhimentos
A estratégia de oferecer ao público grandes produções nacionais e de acolher as produções das companhias locais continua a ser uma aposta do Executivo Mealhadense. Assim, para este semestre estão programados espetáculos diversos de música, teatro ou dança, como sejam o 3.º aniversário da Filarmónica de Luso, o espetáculo “Sem Raízes”, da Aguarela de Memórias, a Gala Escolíadas ou o espetáculo de fim de ano da Academia de Dança do Hóquei Clube da Mealhada. (Ver programa)
As exposições marcam também esta casa de cultura. De fevereiro a junho, a galeria do Cineteatro Messias recebe “Arte em ação 5+5”, de Catarina Rodrigues, que une a fotografia, a dança e a escrita; “O que ficou por dizer – a censura na cultura e nas artes • 1936 – 1974”, exposição de fotografia cedida pela Sociedade Portuguesa de Autores que recorda o que foi a censura e “25 de Abril: parece que foi ontem – oito olhares, duas gerações”, exposição fotográfica que assinala os 40 anos do 25 de Abril, juntando oito fotógrafos de duas gerações. Em maio recebe “Pensando em traços”, de Fábia Pina, que, através da pintura, explora temas como o autoconhecimento, a empatia, a liberdade de expressão, a resiliência e o respeito pela diversidade; e em junho, recebe a mostra de fotografia “Grupo Fantasma”, de Mariana Viegas, uma reflexão sobre memória, cumplicidade e o poder universal das imagens na compreensão da nossa passagem pelo mundo.
O Cineteatro Messias continuará a apresentar cinema as sessões de cinema, às sextas-feiras, sábados (21h30) e domingos à tarde (16h00).
