O Bloco de Esquerda de Aveiro, pela voz do seu candidato à Câmara Municipal, João Moniz, reagiu aos mais recentes dados sobre o número de candidaturas ao concurso nacional de acesso ao ensino superior, denunciando o impacto dos custos da habitação e da degradação das condições de vida no acesso à educação.
Segundo João Moniz, “conforme noticiado esta semana, registaram-se apenas 49.595 candidaturas ao concurso nacional de acesso ao ensino superior 2025/26, o valor mais baixo desde 2018 e quase 9.000 inscrições a menos que no ano anterior.” Para o candidato bloquista, estes números “são mais um indicador do agravamento geral das condições de vida no nosso país, em que os crescentes custos da habitação se tornaram o fator mais preponderante dessa deterioração, pela força que exercem nas carteiras das famílias.”
O candidato acrescenta que “não podemos aceitar que o preço da habitação, e outros custos associados ao ensino, passem a constituir um crivo de acesso à educação. É o sinal de uma sociedade e de uma economia que não respondem às necessidades reais das pessoas: é a erosão de um serviço universal e da coesão social.”
Sublinhando a importância da Universidade de Aveiro para a cidade e para a região, João Moniz afirmou ainda que “tendo em conta a importância da Universidade para todo o tecido social e económico do município, a CM Aveiro deve olhar com preocupação para estas tendências.”
João Moniz defende mudanças claras nas políticas locais: “em termos gerais, a CM Aveiro tem de dar uma volta de 180 graus às suas políticas de habitação e de urbanismo mas isso já está assente.” No entanto, salientou também um problema institucional: “no plano mais restrito, [a CM Aveiro] deve cessar a guerrinha mesquinha e de baixo nível nas relações institucionais com a Universidade de Aveiro. Não é aceitável que duas das principais instituições do concelho estejam de costas voltadas, instigadas por um presidente de Câmara que vive mal com a independência institucional e a partilha de poder.”
Para o candidato do Bloco de Esquerda, a normalização das relações entre as duas instituições deve ser o ponto de partida para uma resposta articulada: “a partir da normalização dessas relações, a CM Aveiro deve ser o principal parceiro da Universidade no seu plano de aumento da capacidade de alojamento de estudantes deslocados em residências públicas.”
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