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    InícioOpiniãoMaio é o mês do azulejo em Ovar!

    Maio é o mês do azulejo em Ovar!

    A Cidade de Ovar gosta de ser chamada de Museu Vivo do Azulejo, e com muita propriedade, devido à quantidade, à diversidade e à excelência das fachadas do edificado com azulejos do sec XIX e XX.

    Um património que tem merecido atenção da Autarquia, e que, fruto da sua atividade, vai contribuído para a recuperação azulejar, alguns degradados com o acumular dos anos.

    Vale a pena visitar a Cidade, embora, seja pena, não haver uma rota do Azulejo, devidamente identificada, para quem nos visita no dia a dia e aos fins de semana.

    É que, não é só na Cidade que o património azulejar é rico, mas…um pouco por todo o Município, com magníficos exemplares, um pouco por todo o lado.

    A Igreja de Válega, e a de Cortegaça, são dignas de uma visita!

    MAS, OVAR NÃO É SÓ AZULEJO,

    É uma pena, que se deixe degradar as Fontes de Ovar, algumas delas já numa fase de muito difícil recuperação.

    E, é uma pena que os turistas que nos visitam através do azulejo, não tenham oportunidade de olhar para um património conservado, um património de história, com muita história dum passado, que infelizmente não é cuidado nem conservado!

    A Fonte da Arruela , outrora Fonte dos Namorados, é, hoje, um retrato vivo da decadência do deplorável abandono, a que as autarquias das últimas décadas a condenaram em particular, e às Fontes de Ovar no geral.

    E digo deplorável, porque esse abandono traduz uma enorme falta de respeito, um insulto ao património dum povo, que é de todos, e que nos foi legado pelo povo vareiro do passado!

    Uma Terra que não honra as memórias do passado, não é digna da memória do presente.

    Admiro os azulejos da minha Cidade…

    Mas fico estupefacto com o Jardim da minha infância, conhecido por Jardim das Rosas, em plena zona nobre da Cidade, que, dava cor à Casa Museu Júlio Dinís, e que hoje…fruto do desmazelo de quem tem a obrigação de cuidar desta Cidade, tem arcos, mas já não tem rosas, ou as que tem, as poucas que tem, não chegam para cobrir os arcos , porque o Jardim das Rosas…já quase não tem rosas!!!!

    UMA IDENTIDADE, QUE SE VAI PERDENDO AOS POUCOS,

    Fruto dum progresso, das coisas que os autarcas consideram prioritárias, e que vão transformando uma Cidade que era única, numa qualquer Cidade igual a tantas outras!

    UMA TERRA DE PESCADORES E DE MAR!

    Desses pescadores e homens do mar, que cantavam , sem orquestra, mas apenas com o barulho dos seus remos, e que, com mar manso, toda a praia os ouvia:

    “Bendito e loivado seja

    Ó Santíssimo Sacramento da Eucaristia” …cantavam os da proa!

    E o coro, formado pelos homens da ré, cantavam:

    “Do fruto da Virgem, ó Santa Maria

     Ó Santa Maria, ó Mãe de Deus ,

     Levai-me pró céu

     Quando eu morrer!!!

    QUE TERRA ESTA, CUJA HISTÓRIA E IDENTIDADE, TÃO TRATADA E IGNORADA, TEM SIDO!!!!!!!

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    Rui Catalão
    Rui Catalão
    Conhecido empresário ovarense, atualmente eleito para a Assembleia de Freguesia de Ovar, é uma pessoa muito defensora das suas origens, tradições e cultura.

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