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    Pedro Lobo incorre em crime de desobediência civil e coima de meio milhão de euros

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    pedro amadeu lobo
    pedro amadeu lobo

    O Aveiro TV, no dia 4 de outubro, avançou com a notícia de que a CNE (Comissão Nacional de Eleições) tinha advertido Pedro Amadeu Lobo para retirar os cartazes ilegais que a câmara colocou, já depois do anúncio das eleições autárquicas, bem como retirar todos os anúncios feitos nas redes sociais sobre estes projetos, ou noutras plataformas de divulgação.

    Cartaz a anunciar uma obra futura ainda sem projeto, aprovação ou orçamento.

    Em causa está a colocação de 7 outdoors que violam claramente a lei, sendo considerado publicidade institucional enganosa. Ao atual Presidente da Câmara espera-o um processo de desobediência civil por não ter retirado ainda os cartazes, e uma coima que pode superar o meio milhão de euros. A lei define entre 15 mil e 75 mil euros, cada infração, o que pode atingir os 525 mil euros, embora depois com o cúmulo jurídico, poderá ficar-se pelos 225 mil euros. O Regime Geral das Contra-ordenações (RGCO), indica que a coima das várias contraordenações praticadas pela mesma pessoa não pode ultrapassar o triplo do montante máximo da que seria aplicável à infração mais grave. Estas coimas são emitidas a título pessoal e não da câmara municipal.

    Anúncio de um campo de paddel
    Anúncio de um campo de paddel no centro da vila ainda em fase de ideia/sonho

    O despacho da CNE, a que a nossa redação teve acesso, centra-se essencialmente em que estes cartazes representam ideias futuras e não obras que estejam a decorrer ou já nalguma fase avançada. O atual Presidente da Câmara sonha de noite com uma obra e manda logo fazer um cartaz a anunciar esse sonho, mas sem nada ainda que o sustente (projeto, aprovação ou orçamento). De referir que estes cartazes mandados fazer e aplicar, das ideias/sonhos de Pedro Amadeu Lobo, custaram milhares de euros ao município, que certamente dariam para pagar um médico particular em cada freguesia, que não tem medicina de proximidade, e das 9 freguesias, falamos em 6 desprotegidas (Sever, Couto e Talhadas têm assistência médica).

    A CNE já notificou Pedro Amadeu Lobo, e mesmo que este usasse o seu direito de recurso e apelasse para o Tribunal Constitucional, à data desta notícia, já foram ultrapassados todos os prazos para a remoção dos cartazes ilegais e todos os prazos previstos para a finalização deste processo, mesmo com recursos. O Aveiro TV sabe que Pedro Amadeu Lobo não vai mandar retirar os cartazes antes do final das eleições, que acontece já a 12 de outubro.

    Outra ideia/sonho para a reabilitação do Largo da Igreja.

    TRANSCRIÇÃO DO DESPACHO DA CNE NA ÍNTEGRA:

    «1. No âmbito das eleições gerais dos órgãos das autarquias locais, foram apresentadas várias participações relativas à realização de publicidade institucional, pela Câmara Municipal de Sever do Vouga, em violação da Lei, alegando a afixação de vários outdoors.

    2. Notificado para se pronunciar, o visado respondeu, em síntese, que:

    – Os outdoors em causa têm carater informativo;

    – As obras de ampliação do centro de saúde, que constam do outdoor em causa, foram já objeto de inúmeras publicações, quer nas redes sociais, quer no boletim informativo, quer em assembleia municipal. Este outdoor veio divulgar, por outra via, um facto que era já do conhecimento geral;

    – O contrato de financiamento, para execução da referida obra, foi assinado em fevereiro de 2025, tendo sido divulgada essa conquista para o concelho;

    – Este processo ficou a aguardar maior disponibilidade dos serviços, tendo a empresa contratada demorado várias semanas a concluir os trabalhos, sendo que as estruturas foram montadas há cerca de dois meses;

    – Junta comprovativo do pedido de orçamento, contrato celebrado no âmbito do PRR para execução da obra em causa, o boletim municipal onde foi comunicada a sua execução e publicação na página/conta “Município de Sever do Vouga” do Facebook, sobre a “Requalificação do Centro de Saúde de Sever do Vouga”;

    – Refere disponibilidade para, no imediato, proceder à retirada das telas.

    COMPETÊNCIA DA CNE

    3.  Compete à CNE assegurar a igualdade de oportunidades de ação e propaganda das candidaturas. Nas palavras do Tribunal Constitucional «[a] CNE desempenha um papel central de ‘guardião’ da regularidade e legalidade democráticas dos procedimentos eleitorais da República Portuguesa» (cf. Acórdão n.º 509/2019).

    Neste âmbito, «(…) o Tribunal Constitucional tem reconhecido, por referência à alínea d) do n.º 1 do artigo 5.º da Lei n.º 71/78, de 27 de dezembro («Assegurar a igualdade de oportunidades de ação e propaganda das candidaturas durante as campanhas eleitorais») que a CNE é competente para […] impedir a prática de atos por entidades públicas que favoreçam ou prejudiquem uma candidatura em detrimento ou vantagem de outra. A CNE atua, pois, na garantia da igualdade de oportunidades das candidaturas e da neutralidade das entidades públicas perante as ações […] destinadas a influenciar diretamente o eleitorado quanto ao sentido

    de voto, ainda que as mencionadas ações ocorram em período anterior ao da campanha eleitoral.» (cf. Acórdão n.º 461/2017).

    ENQUADRAMENTO LEGAL

    4. As entidades públicas e os seus titulares estão obrigados a especiais deveres de neutralidade e de imparcialidade no decurso dos processos eleitorais, i.e., a partir da marcação da data da eleição (que ocorreu a 14-07-2025), sendo-lhes vedado que pratiquem atos que de algum modo favoreçam ou prejudiquem uma candidatura ou uma entidade proponente em detrimento ou vantagem de outra, sob pena de violação dos deveres previstos no artigo 41.º da Lei Eleitoral dos Órgãos das Autarquias Locais (LEOAL), e, consequentemente, da prática do crime punido nos termos do artigo 172.º da mesma Lei.

    Decorrente dos deveres de neutralidade e imparcialidade referidos, a partir da publicação do decreto que marque a data das eleições, é proibida a publicidade institucional por parte dos órgãos do Estado e da Administração Pública de atos, programas, obras ou serviços, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, nos termos do artigo 10.º, n.º 4, da Lei n.º 72-A/2015, de 23 de julho, sob pena da prática da infração contraordenacional punida nos termos do artigo 12.º, n.º 1, da mesma Lei. Assim, logo que publicado o decreto que fixa a data da eleição, incumbe ao titular do órgão do Estado ou da Administração Pública, por sua iniciativa, determinar a remoção de materiais que promovam atos, programas, obras ou serviços e/ou suspender a produção e divulgação de formas de publicidade institucional até ao dia da eleição (cf. Nota Informativa sobre Publicidade Institucional, em https://www.cne.pt/sites/default/files/dl/eleicoes/2025_al/docs_geral/2025_al_publicidade-institucional.pdf).

    Relativamente aos meios de difusão, devem considerar-se incluídos todos os serviços ou meios que, habitualmente, são adquiridos para publicidade, mesmo que já façam parte do património da entidade pública (como outdoors, etc.) ou que sejam realizados por serviços da entidade pública (como imprensa institucional, departamentos internos de comunicação ou redes sociais) (acórdãos do Tribunal Constitucional n.ºs 461/2017 e 201/2025).

    ANÁLISE DOS FACTOS

    5. No âmbito do Processo n.º 128, está em causa a afixação de um outdoor com o logótipo e denominação da Câmara Municipal de Sever do Vouga, com imagens de um projeto e inscrições. Desconhece-se a data em que o outdoor foi afixado. Contudo, a pronúncia do visado, datada de 07-08-2025, refere que se encontra na disponibilidade “para, no imediato, proceder à retirada das telas”, do que se conclui que a mesma ainda se encontrava afixada em data posterior à marcação da data da eleição, que ocorreu a 14-07-2025, pelo que já era aplicável a proibição de publicidade institucional.

    A mensagem veiculada através do outdoor não permite aos destinatários usufruírem do serviço ali divulgado, não fornece datas específicas para tal e, tratando-se de obra não concluída, não reveste caráter útil e informativo. Acresce que, apelando ao investimento na saúde, ao “futuro” e às vantagens do novo serviço público (“mais espaço”, “conforto” e “melhor serviço”), pretende veicular uma imagem dinâmica do Executivo, sendo, por essa via, enaltecedora.

    6. No âmbito do Processo n.º 215, está em causa a afixação de um outdoor com o logótipo e denominação da Câmara Municipal de Sever do Vouga, com imagens de um projeto e as inscrições. Desconhece-se a data em que o outdoor foi afixado. A participação, remetida em 22-08-2025, indica que, nessa data, o outdoor ainda se encontrava afixado, logo, em data posterior à marcação da data da eleição, que ocorreu a 14-07-2025, pelo que já era aplicável a proibição de publicidade institucional.

    A mensagem veiculada através do outdoor não permite aos destinatários usufruírem do serviço ali divulgado, não fornece datas específicas para tal e, tratando-se de obra não concluída, não reveste caráter útil e informativo. Acresce que, referindo-se a “um novo espaço de lazer”, pretende veicular uma mensagem que reflete uma atitude proativa da Câmara Municipal na promoção da qualidade de vida dos munícipes.

    7. No âmbito do Processo n.º 362, está em causa a afixação de cinco outdoors, verificando-se o seguinte:

    7.1. Outdoor com o logótipo e denominação da Câmara Municipal de Sever do Vouga, com imagens de um projeto e inscrições. Desconhece-se a data em que o outdoor foi afixado. Contudo, a pronúncia do visado, datada de 12-09-2025, refere que se encontra na disponibilidade “para remover as informações”, do que se conclui que o mesmo ainda se encontrava afixado em data posterior à marcação da data da eleição, que ocorreu a 14-07-2025, pelo que já era aplicável a proibição de publicidade institucional.

    A mensagem veiculada através do outdoor não divulga informação objetiva com utilidade para os destinatários, até porque se reporta a obra por iniciar. Acresce que a “homenagem” a que ali se pretende aludir, favorece a associação da Câmara Municipal a uma imagem positiva, referindo que vem “lembrar” e “honrar”, logrando veicular uma mensagem enaltecedora da obra a realizar.

    7.2. Outdoor com o logótipo e denominação da Câmara Municipal de Sever do Vouga, com imagens de um projeto e uma inscrição. Desconhece-se a data em que o outdoor foi afixado. Contudo, a pronúncia do visado, datada de 12-09-2025, refere que se encontra na disponibilidade “para remover as informações”, do que se conclui que o mesmo ainda se encontrava afixado em data posterior à marcação da data da eleição, que ocorreu a 14-07-2025, pelo que já era aplicável a proibição de publicidade institucional.

    A mensagem veiculada através do outdoor não divulga informação objetiva com utilidade para os destinatários, até porque se reporta a obra por iniciar. Acresce que a “reabilitação” ali prometida, ao visar a beneficiação do património municipal, associada a imagens de um projeto, poderá induzir nos munícipes uma maior recetividade e adesão à entidade identificada como promotora, isto é, à Câmara Municipal.

    7.3. Dois outdoors com o logótipo e denominação da Câmara Municipal de Sever do Vouga, com imagens de um projeto e inscrições. Desconhece-se a data em que o outdoor foi afixado. Contudo, a pronúncia do visado, datada de 12-09-2025, refere que se encontra na disponibilidade “para remover as informações”, do que se conclui que o mesmo ainda se encontrava afixado em data posterior à marcação da data da eleição, que ocorreu a 14-07-2025, pelo que já era aplicável a proibição de publicidade institucional.

    A mensagem veiculada através do outdoor não divulga informação objetiva com utilidade para os destinatários, até porque se reporta a obra por iniciar. Acresce que veicula uma mensagem enaltecedora da atuação do Executivo Camarário, pela sua dinâmica e proatividade na realização de obra, reforçada pela utilização de linguagem que extravasa a mera informação, designadamente com termos alusivos à “valorização” ou à construção do “futuro”.

    7.4. Outdoor com o logótipo e denominação da Câmara Municipal de Sever do Vouga, com imagens de um projeto e inscrições. Desconhece-se a data em que o outdoor foi afixado. Contudo, a pronúncia do visado, datada de 12-09-2025, refere que se encontra na disponibilidade “para remover as informações”, do que se conclui que o mesmo ainda se encontrava afixado em data posterior à marcação da data da eleição, que ocorreu a 14-07-2025, pelo que já era aplicável a proibição de publicidade institucional.

    A mensagem veiculada através do outdoor não permite aos destinatários usufruírem do serviço ali divulgado, não fornece datas específicas para tal e, tratando-se de obra não concluída, não reveste caráter útil e informativo. Acresce que, apelando ao investimento na saúde, ao “futuro” e às vantagens do novo serviço público (“mais espaço”, “conforto” e “melhor serviço”), pretende veicular uma imagem dinâmica do Executivo na obra em curso, sendo, por essa via, enaltecedora.

    8. Incumbe ao titular do órgão do Estado ou da Administração Pública, por sua iniciativa, determinar a remoção de materiais que promovam atos, programas, obras ou serviços e/ou suspender a produção e divulgação de formas de publicidade institucional, até ao dia da eleição. Caso contrário, a norma é violada por omissão, como refere o Tribunal Constitucional no Acórdão n.º 545/2017.

    No que concerne ao momento da divulgação, para efeitos da proibição legal, é irrelevante se os materiais publicitários foram encomendados, produzidos ou colocados antes da publicação do decreto que marque a data da eleição, devendo a entidade pública abster-se de usar tais materiais desde esta publicação e até ao termo do dia da eleição (acórdãos do Tribunal Constitucional n.ºs 545/2017 e 591/2017).

    O conteúdo dos outdoors não é de “grave e urgente necessidade pública” que torne imperiosa a sua publicitação e permita o seu enquadramento na exceção à proibição, pelo que constitui publicidade institucional proibida.

    9. Face ao que antecede, a Comissão delibera:

    a) No exercício da competência conferida pela alínea d) do n.º 1 do artigo 5.º da Lei n.º 71/78, de 27 de dezembro, e no uso dos poderes consignados no n.º 1 do artigo 7.º da mesma Lei, notificar a Câmara Municipal de Sever do Vouga, na pessoa do seu Presidente, para que promova a remoção, no prazo de 24 horas, dos outdoors acima indicados, sob pena de incorrer na prática do crime de desobediência previsto e punido pela alínea b) do n.º 1 do artigo 348.º do Código Penal;

    b) Remeter certidão do presente processo ao Ministério Público, ao abrigo do n.º 3 do artigo 203.º da LEOAL, uma vez que, tratando-se de infração contraordenacional cometida por eleito local em exercício de funções, compete ao juiz da comarca a aplicação da respetiva coima.

    c) Advertir a Câmara Municipal de Sever do Vouga, na pessoa do seu Presidente, para que, até ao final do processo eleitoral em curso, se abstenha de realizar, sob qualquer forma, publicidade institucional proibida pela norma do n.º 4 do artigo 10.º da Lei n.º 72-A/2015, de 23 de julho, bem como que recolha/remova qualquer material ou conteúdo que contenda com aquela proibição.

    Da alínea a) da presente deliberação cabe recurso para o Tribunal Constitucional, a interpor no prazo de um dia, conforme o disposto no n.º 2 do art.º 102.º-B da Lei n.º 28/82, de 15 de novembro.»

    A importância das Autárquicas

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    A importância das Autárquicas
    A importância das Autárquicas

    Estamos no período eleitoral para as eleições autárquicas que decorrerão a 12 de outubro. É um tempo de muitas obras feitas à pressa, muito alcatrão nas estradas e de muitas limpezas que pecam por tardias. Iniciou-se a campanha porta a porta com as comitivas a percorrerem as ruas das freguesias, veem-se sorrisos em rostos habitualmente sisudos e há sempre quem prometa tudo e mais alguma coisa para alcançar votos das pessoas menos atentas. Mas nem todos conseguem fazer o porta a porta tranquilamente, pois sujeitam-se a ouvir o que não querem e, muitas vezes, optam por aparecer apenas uns minutos para tirar umas fotografias e não terem a maçada de ouvir as críticas ao seu mandato.

    Este contexto já é habitual em ano de eleições, mas as pessoas estão cansadas de promessas vãs e já não acreditam que um candidato prometa fazer agora o que não foi capaz de fazer nos últimos 12 anos, por exemplo. As pessoas estão fartas desta forma de fazer política e agora dificilmente acreditam nos candidatos que se apresentam a votos.

    Confrontados com esta triste realidade, alguns optam por apresentar as suas candidaturas como independentes, julgando que dessa forma convencem as pessoas de que são diferentes. Em muitos casos, dizem-se independentes, mas na verdade têm até acordos negociados com partidos políticos e dirigentes partidários em lugares cimeiros das suas listas, ou seja, são candidaturas partidárias encapotadas que se apresentam como independentes.

    Na verdade, o que conta são os projetos e as pessoas que dão a cara pelos projetos, mais do que qualquer ideologia política ou sigla partidária. Em eleições autárquicas os eleitores têm a vantagem de conhecer minimamente os candidatos e a oportunidade de saber mais acerca deles, é uma circunstância diferente de outras eleições e é importante que as pessoas analisem o perfil dos candidatos, as equipas que os acompanham e os seus programas. Só assim, poderão decidir em consciência.

    Dito isto, as eleições que se aproximam são muito importantes e devem merecer especial atenção de todos, pois são os autarcas que vão ser eleitos que terão a missão de exercer uma política de proximidade que interfere na qualidade de vida das suas comunidades. Sim, hoje em dia, os autarcas têm muito mais poder devido às delegações de competências, como são exemplos a área da saúde ou da educação, e por essa mesma razão, as suas decisões têm maior impacto na vida das pessoas.

    A escolha é sempre da responsabilidade dos eleitores, por isso é importante que todos participem nas escolhas para o seu município, votando nas candidaturas da sua preferência e exigindo compromissos em vez de promessas.

    A descredibilização da classe política tem que ser combatida no terreno e são os autarcas que podem encabeçar esse combate, prometendo apenas o que podem cumprir e apresentando programas que sejam assumidos como um contrato com os seus concidadãos, não podendo faltar à palavra dada. Só assim podemos travar esta onda de descontentamento com os políticos e acabar com a velha máxima de que são todos iguais.

    Esta é a hora de se dizer que não, não são todos iguais! Há quem encare a política como uma missão que visa servir a sua comunidade e a sua Terra, uma missão nobre e temporária, sem objetivos obscuros ou qualquer dependência financeira do cargo a que se candidatam, só assim se pode contribuir para dignificar a classe política e consequentemente atrair para a vida política mais gente que acrescente valor.

    CNE adverte Pedro Amadeu Lobo para retirar outdoors ilegais no concelho de Sever do Vouga

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    Pedro Amadeu lobo
    Pedro Amadeu lobo

    A CNE (Comissão Nacional de Eleições), advertiu Pedro Amadeu Lobo, Presidente da Câmara municipal de Sever do Vouga, para a retirada imediata de todos os outdoors ilegais presentes no concelho, e que estão identificados nos processos movidos pela CNE, com os nºs 128, 215 e 362.

    O AveiroTV teve acesso a deliberação da reunião plenária de 30 setembro desta comissão, em que foi deliberado, no exercício da competência conferida pela alínea d) do n.º 1 do artigo 5.º da Lei n.º 71/78, de 27 de dezembro, e no uso dos poderes consignados no n.º 1 do artigo 7.º da mesma Lei, notificar a Câmara Municipal de Sever do Vouga, na pessoa do seu Presidente, para que promova a remoção, no prazo de 24 horas, dos outdoors, sob pena de incorrer na prática do crime de desobediência previsto e punido pela alínea b) do n.º 1 do artigo 348.º do Código Penal.

    Em causa está a colocação de 7 outdoors que violam claramente a lei, sendo considerado publicidade institucional enganosa.

    O CNE diz mesmo que “o conteúdo dos outdoors não é de “grave e urgente necessidade pública” que torne imperiosa a sua publicitação e permita o seu enquadramento na exceção à proibição, pelo que constitui publicidade institucional proibida.”

    A Comissão adianta ainda que em relação à maioria dos outdoors, “a mensagem veiculada através do outdoor não permite aos destinatários usufruírem do serviço ali divulgado, não fornece datas específicas para tal e, tratando-se de obra não concluída, não reveste caráter útil e informativo. Acresce que, apelando ao investimento na saúde, ao “futuro” e às vantagens do novo serviço público (“mais espaço”, “conforto” e “melhor serviço”), pretende veicular uma imagem dinâmica do Executivo na obra em curso, sendo, por essa via, enaltecedora.”

    O processo segue agora para o Ministério Público para que ao abrigo do n.º 3 do artigo 203.º da LEOAL, uma vez que, tratando-se de infração contraordenacional cometida por eleito local em exercício de funções, compete ao juiz da comarca a aplicação da respetiva coima.

    Foi feita ainda uma advertência que citamos de seguida, “Advertir a Câmara Municipal de Sever do Vouga, na pessoa do seu Presidente, para que, até ao final do processo eleitoral em curso, se abstenha de realizar, sob qualquer forma, publicidade institucional proibida pela norma do n.º 4 do artigo 10.º da Lei n.º 72-A/2015, de 23 de julho, bem como que recolha/remova qualquer material ou conteúdo que contenda com aquela proibição. “

    Sim, apoio Gouveia e Melo à Presidência da República

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    Gouveia e melo
    Gouveia e melo

    Haverá tempo, ainda muito tempo, para falar das suas qualidades, do seu pensamento e da interpretação que faz da função presidencial.

    Será importante, na minha ótica, escrever algumas palavras, sobre o porquê da candidatura de Gouveia e Melo, ser tão mal acolhida por uma classe política dominante, nas últimas 5 décadas.

    GOUVEIA E MELO,

    É uma personalidade independente dos partidos e das corporações, e , sendo eleito Presidente da República, tem toda a independência para exigir aos partidos políticos, mais eficiência na governação e na ação, e muito mais sentido de interesse nacional na implementação das reformas, que, são cada vez mais necessárias, até como ação fundamental, no surgimento e no crescimento de radicalismos e extremismos.

    A verdade, é que retirando Ramalho Eanes, todos os Presidentes, vieram de percursos políticos e de lideranças partidárias.

    OS PARTIDOS, GOVERNAM MAIS PARA SI PRÓPRIOS,

    E muito pouco para os cidadãos, pouco preocupados com a criação de mais riqueza, e a justa aspiração dos cidadãos na distribuição dessa mesma riqueza.

    PORQUE OS PARTIDOS CONVIVEM TÂO MAL, COM GOUVEIA E MELO?

    Um homem que serviu Portugal durante mais de 40 anos, sem dependências partidárias, ou outras, e eficiente ao longa da sua vida nas missões que lhe foram confiadas.

    Vejamos algumas afirmações de Gouveia e Melo:

    “Não estou a ver que Portugal tenha de ser um país pobrezinho, um país de coitadinhos, um país periférico. Todos temos de lutar “

    (Nascer do Sol – Agosto de 2024

    “Tem de haver uma classe média forte, para afastar as pessoas dos extremismos.”

    (Correio da Manhã, Abril de 2024)

    “O centro político, deve ser forte e encontrar soluções.”

    (DN – Maio de 2024)

    “O nosso país tem muitos problemas que tem de resolver. O que é perigoso é a simplificação das soluções. Há forças políticas que advogam soluções muito simplificadas, que podem ser perigosas em termos de execução.”

    (Noticias Magazine – Dezembro de 2021)

    “ Não tenho nada contra o poder político, acho que é uma causa nobre “

    (Correio da Manhã -Dezembro de 2021

    PORQUE TÊM ALGUNS ATORES POLÍTICOS,

    Tanto medo de Gouveia e Melo?

    Seria bom que todos nós meditássemos sobre isso!

    Alguém de bom senso, por mínimo que seja, acredita que possa existir numa estrutura militar, alguma tentação de subversão da ordem pública?

    Alguém acredita, que uma Constituição da República possa ser alterada, sem que, para o efeito, não haja uma ampla maioria de 2/3, que abra uma reflexão de revisão futura?

    MAS TÊM MEDO DE QUÊ?

    Nunca o Almirante Gouveia e Melo se manifestou contra o respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos.

    Bem antes pelo contrário…

    Gouveia e Melo, tem tido manifestações públicas que visam um grande reforço dos direitos fundamentais, na sua plenitude…seja na habitação, na saúde, na justiça, na educação ou na cultura, porque sem estes direitos fundamentais, em boa verdade, os cidadãos nunca terão os seus direitos como garantidos e como parte ativa da sua plena cidadania.

    E porque não voltar a Lisboa dos meus tempos idos

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    E porque não voltar a Lisboa dos meus tempos idos

    CAFÉS DE LISBOA (part1)

    O Café Restaurante Vavá na Av de Roma cruzamento com a Av EUA não sendo um dos meus cafés de eleição, mesmo porque nunca fui muito dado a cafés e conversas circunstanciais, sempre por lá parava pelo menos uma vez por semana. Outros foram a Grãfina e o Nova Iorque, um em frente do outro, no final da avenida dos EUA, lado Campo Grande.

    O Vavá nasceu em 1958, criado por uma dupla de gerentes, dois irmãos, Petrónio e Luís Gonzaga. Irmãos que apenas se pareciam no apelido, e igualmente na gentileza, dado que um era basto volumoso, de presença imponente, arrastando por detrás do balcão uma bonomia ruborizada, enquanto o outro, mais discreto e aprumado, ia deslizando delicadamente pelo mesmo balcão. Às vezes em simultâneo, outras revezando-se no comando das operações.

    O Vavá que eles idealizaram era um espaço enorme, que abrangia o que ainda hoje lhe compete, e ainda o que o Banco BPI agora ocupa adquirindo o espaço, julgo que ainda por lá estará. O Vavá não era apenas o dobro, em extensão, à superfície, mas ainda possuía uma extensa cave, onde se encontrava uma, (na época), muito disputada sala de bilhares.

    A decoração inicial produziu o milagre que ainda hoje perdura, apesar de pouco restar dela presentemente. Mas todo o recinto ganhava um ar acolhedor e recolhido, com as madeiras de um castanho-escuro, os maples de couro, igualmente de castanho-escuro, colados juntos às paredes, circulando todo o espaço. Mesas e cadeiras a condizer e um balcão que dividia a sala em duas, sem as tornar isoladas, como hoje acontece, pela intromissão de uma parede que não fazia parte da estrutura original.

    A iluminação era dourada, discreta, difusa, pequenos candeeiros desciam do tecto sobre as mesas, o ambiente era intimista, o que terá seduzido a clientela destas avenidas novas, que iam surgindo lentamente por estes lados.

    Não muito longe do cruzamento da Avenida de Roma com a Avenida dos EUA, nesta praça onde se encontram frente a frente o Vavá e o Luanda, começavam as quintas e os quintais, viam-se rebanhos de ovelhas e cabras e cultivavam-se as couves.

    Do Areeiro à Avenida do Brasil, a Avenida de Roma era o exemplo da modernidade em Lisboa. Aqui se vinham descobrir as novidades, na moda, nos usos e costumes. Os quarteirões encheram-se de jovens de novas profissões: publicidade, moda, canção, cinema, televisão, aviação, arquitectura, decoração, etc.

    Mas, por detrás dessas luxuosas avenidas novas, existiam novos bairros de habitação social que contribuíam igualmente para o aparecimento de uma população diferente e diversificada.

    Foram esses os frequentadores habituais do Vavá nesses primeiros anos. Foram eles que criaram o estilo da casa e impuseram um tom.

    Aberto até de madrugada (fechava às duas da manhã), permitia a criação de tertúlias espontâneas, de amigos e conhecidos que todas as noites ali se reuniam para falar e discorrer sobre os mais variados temas, com a política sempre como prato de resistência.

    A proximidade da Cidade Universitária criava outra clientela, maioritariamente irreverente e interventiva. Os alunos que vinham estudar para a capital escolhiam quartos de abrigo perto das faculdades. Este era outro potencial cliente, que o Vavá logo aglutinou. A contestação universitária que eclodiu em pleno durante a crise académica de 1962 foi dispersando pólos de inquietação. Os cafés eram centros de estudo, mas igualmente focos de rebelião, onde se discutia e se organizava a revolta.

    Muitos escritores têm relembrado, em saborosos textos, tertúlias célebres ao longo das décadas. Não vem ao caso historiar, mas Lisboa esteve bem provida destes locais de referência obrigatória, e não há certamente quem ignore o papel do Martinho da Arcada, da Brasileira do Chiado, do Nicola, do Café Gelo, do Monte Carlo, do Ribadouro, de tantos e tantos outros. Escritores e pintores deixaram marca num local, actores e encenadores eram habituais noutros, os cinéfilos reuniam-se sobretudo no antigo VaVá, mesas pegadas com cançonetistas e baladistas dos idos de 60, e, antes do 25 de Abril, políticos e “gente do reviralho”, como então eram chamados os opositores ao regime, apareciam um pouco por todo o lado, acumulando funções na maioria dos casos.

    Não havia ainda televisão em doses industriais, para agarrar audiências pelos processos mais singulares; não havia internet, chats, blogues ou Facebook; não havia ainda Betas, VHS ou DVDs para se verem os filmes em casa; não havia concertos rocks todos os dias, nem espectáculos a toda a hora; não havia as drogas pesadas a influir negativamente nos horários dos donos dos cafés, que se querem ver livres de tão ingratos clientes, e fecham muito mais cedo; não havia a ameaça da violência urbana que apesar de tudo pesa sobre o comportamento de muita gente que prefere a segurança do lar à incerteza das ruas; nem havia, sobretudo, estes mercantis balcões de agora, onde as pessoas tomam apressadamente café, enquanto outras comem sofregamente uma sopa e pastelinhos de bacalhau, bifanas ou mesmo “pratinhos” de feijoada à transmontana, antes de regressarem ao seu balcão no centro comercial ou à secretária no escritório.

    O Vává foi mudando com os anos, deixando sempre saudades do velho Vává, de sofás de cabedal castanho encostados às paredes, de luz difusa e discreta, de acolhedor conforto. Por lá paravam o Villas-Boas, o Pedro Bandeira Freire, o João Maria Tudela, o Fernando Tordo, o Paulo de Carvalho, o Carlos Mendes e tantos outros, alguns deles agora já acompanhados das respectivas e respectivos, com a prole a gatinhar por entre mesas e cadeiras, ganhando já, se calhar, o mesmo “vício” de ali se encontrarem no futuro; por ali passam também personagens bisonhas de tristes recordações, ali ficam suspensas memórias efémeras ou persistentes. De entre as muitas figuras já mencionadas, não posso deixar de referir o Manuel Maria Carrilho, sorumbático como só ele, lendo o seu jornal, geralmente sozinho, sem grandes conversas com a restante plebe, sempre com aquele seu ar de superioridade que o caracteriza. Era ali que se discutia o presente do cinema, do xadrez, da televisão e da canção portugueses, ali se debateu o futuro da TAP, ali se comentava, à segunda-feira, os “roubos” dos árbitros, etc

    Os cafés de Lisboa tendem a desaparecer, salvo algumas excepções e os que restam são já sombras de um passado que procuramos apesar de tudo manter vivo, contra a arremetida das leis inexoráveis do comércio, da cobiça dos bancos, do poder da televisão, da proliferação de bares e discotecas. São, aliás, os bares e as discotecas que, de certa forma, vieram a ocupar o lugar desempenhado pelos cafés, reunindo tertúlias de amigos, agora ao som da música de momento

    A última grande transformação do Vavá data de 2017, quando a empresa Petrónio e Gonzaga, Lda foi comprada aos anteriores proprietários pelos sócios Pedro Ferreira e João Simões. O café restaurante sofreu uma profunda remodelação, mantendo e reabilitando o espólio artístico. A inauguração aconteceu a 21 de Julho de 2017 e, não muito depois, a casa foi considerada “Loja com História” pela Câmara Municipal de Lisboa.

    Estranha homenagem a um jogador brasileiro que aparece a dar nome a um café restaurante no cruzamento da av. de Roma com a dos EUA, em Lisboa. “Vavá” era mesmo o nome por que era conhecido Edvaldo Izídio (Recife, 12 de Novembro de 1934 – Rio de Janeiro, 19 de Janeiro de 2002), jogador brasileiro de futebol, bi-campeão mundial nas copas de 1958 e 1962, conhecido também por “peito de aço”. Nascido no Recife, Pernambuco, foi como avançado da selecção brasileira bicampeão mundial nas campanhas da Suécia (1958) e do Chile (1962). Iniciou a sua carreira no Sport de Recife, transferiu-se depois para o Rio de Janeiro (1952), para jogar no Vasco, passou pelo Atlético de Madrid, Palmeiras, América do México, San Diego, dos EUA, e Portuguesa do Rio. Conquistou dois campeonatos cariocas pelo Vasco da Gama e um paulista, pelo Palmeiras, além das duas Copas do Mundo pela selecção.

    Morreu aos 67 anos, na Clínica São Victor, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, após internamento por três dias com insuficiência cardíaca, e enterrado no Cemitério do Catumbi.

    Numa época em que no Brasil havia Pelé e Garrincha, por quê optar por Vavá?

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    Câmara da Mealhada aprova requalificações de centros de saúde por ajuste direto

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    Câmara da Mealhada aprova requalificações de centros de saúde por ajuste direto 1
    Câmara da Mealhada aprova requalificações de centros de saúde por ajuste direto 1

    A Câmara da Mealhada aprovou, em reunião de Executivo Municipal, a contratação das requalificações do Centro de Saúde da Pampilhosa e do Centro de Saúde da Mealhada. Para ambos, foram, anteriormente, lançados concursos públicos que ficaram desertos, o que motivou a contratação através da figura do ajuste direto.

    O facto dos primeiros concursos não terem tido qualquer concorrente motivou a procura de uma outra solução para a requalificação dos centros de saúde, obras apoiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), motivou a procura de soluções que garantam a execução das obras.

    Assim, o Executivo aprovou a contratação, por ajuste direto, da requalificação do Centro de Saúde da Mealhada à entidade Canas – Engenharia e Construção, pelo valor de 2,2 milhões de euros, com o prazo de execução de 240 dias. Já a requalificação do Centro de Saúde da Pampilhosa foi será contratado à empresa BERAFA, Lda, por 720.500,00€, com um prazo de execução de 180 dias.

    Os dois avisos do PRR contemplam, além das unidades da Mealhada e da Pampilhosa, a requalificação do Centro de Saúde do Luso, com 377.200 euros, cuja obra já está a decorrer. Um outro aviso do PRR contempla a construção de um novo equipamento, na Vacariça, com um financiamento de 702.168 euros, cuja construção avançará no início de outubro.

    Novo concurso para Requalificação da Pampilhosa Baixa

    A Câmara da Mealhada aprovou ainda o lançamento de novo concurso para a Requalificação da Pampilhosa Baixa – Fase 1, após o primeiro concurso ter ficado deserto. Com o preço base de 1,6 milhão de euros e um prazo de execução de um ano, a intervenção pretende requalificar o espaço público nas suas várias vertentes, quer ao nível dos trajetos motorizados e pedonais, quer como espaço de convívio e fruição, promovendo a circulação pedonal, a criação de espaços seguros e confortáveis para todo o tipo de mobilidade e paralelamente, melhorar as condições de circulação motorizada e de estacionamento de veículos.

    Universidade de Aveiro discute Soluções Urbanas Inteligentes em Evento Internacional

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    Universidade de Aveiro discute Soluções Urbanas Inteligentes em Evento Internacional
    Universidade de Aveiro discute Soluções Urbanas Inteligentes em Evento Internacional

    Com uma longa e reconhecida história de liderança e participação em projetos financiados por diversas fontes, a Universidade de Aveiro estabeleceu-se como um ator-chave na concretização de metas sociais e na melhoria da vida dos cidadãos. O trabalho de muitos investigadores da instituição foca-se consistentemente em impulsionar a mudança de políticas e em aprimorar a mobilidade tanto em áreas urbanas quanto rurais. Este compromisso com a inovação e o impacto social foi totalmente demonstrado quando a Universidade de Aveiro, especificamente o Departamento de Engenharia Mecânica, co-organizou o primeiro Evento de Troca de Experiências do projeto RESONANCE – Postes inteligentes como impulsionadores de comunidades ecológicas e energeticamente eficientes, focado em soluções inteligentes para uma melhor mobilidade e uma maior qualidade de vida. O evento, intitulado “Abordagem Inovadora para a Descarbonização: Como os Postes Inteligentes Aprimoram a Eficiência Energética Urbana e Reduzem as Emissões”, reuniu parceiros do projeto e partes interessadas para partilhar conhecimento e discutir melhorias de políticas para a criação de ambientes urbanos sustentáveis, nomeadamente para discutir e compreender soluções de “Luminária tradicional a Plataforma de Luminária Inteligente, explorando a evolução da infraestrutura urbana através de postes de iluminação inteligentes sem comprometer o ambiente urbano.

    O fórum decorreu de 16 a 17 de setembro de 2025 e foi realizado em Coimbra, Portugal. O evento de dois dias, co-organizado pelo Parceiro Líder do Projeto Interreg Europa RESONANCE, a CIM-Coimbra Região, e pelo PP02, a Universidade de Aveiro, reuniu parceiros do projeto e várias partes interessadas, incluindo decisores políticos, representantes de municípios, académicos, empresas privadas de postes de iluminação inteligentes e representantes da empresa nacional de eletricidade. Este encontro foi concebido para ser um evento de lançamento da cooperação inter-regional dentro do Projeto RESONANCE, para conhecer pessoalmente os parceiros e, claro, para partilhar conhecimento e discutir melhorias de políticas para a criação de ambientes urbanos sustentáveis. Estamos muito satisfeitos que todos os parceiros do projeto puderam participar presencialmente e ter esta oportunidade de mostrar o que tem sido feito na Região Centro no que diz respeito a promover e implementar novas tecnologias para a iluminação pública, sempre com o objetivo em mente de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, a sua perceção de segurança e, ao mesmo tempo, fornecer dispositivos e sensores nos postes de iluminação que melhoram e simplificam a vida dos cidadãos.

    O fórum foi dividido em dois dias, com discussões inspiradoras, seja através de workshops, visitas de estudo ou sessões interativas. No primeiro dia, o evento começou com as boas-vindas de Jorge Brito, secretário executivo da CIM-Coimbra Região. Em seguida, Eloísa Macedo, investigadora da Universidade de Aveiro, apresentou a temática do projeto e os resultados técnicos esperados, que se baseiam em quatro pilares principais: Iluminação Pública Inteligente Adaptativa, Rede de Carregamento de Veículos Elétricos (VE), Monitorização Ambiental e Gestão Inteligente do Tráfego. A tarde contou com uma visita de estudo à Rede de Iluminação Pública Inteligente de Coimbra. Os participantes aprenderam sobre o projeto de grande escala da cidade para substituir 23.027 luminárias por tecnologia LED. A visita incluiu um passeio pelo centro de Coimbra para ver instalações de LED em luminárias históricas e uma ida à Quinta de S. Jerónimo para demonstrar um sistema integrado de iluminação inteligente e carregamento de VE. A discussão focou-se na poupança de energia, na redução dos custos de manutenção e nas funcionalidades inteligentes, como a monitorização em tempo real e a recolha de dados.

    O segundo dia começou com uma sessão técnica, em que destacamos a presença e partilha de conhecimento de Paulo Valente da SmartLampPost, realçando como os postes de iluminação pública são uma plataforma ideal para serviços de cidade inteligente como sensores, CCTV e carregadores de VE. A sua apresentação demonstrou a evolução dos postes de iluminação pública da “Era da Funcionalidade” para a “Era do Poste Inteligente”. Luis Tiago Ferreira da E-Redes discutiu uma visão holística para a infraestrutura urbana inteligente, enfatizando que “a infraestrutura inteligente só se torna útil quando suporta a ação inteligente”. A E-Redes, enquanto principal Operador de Rede em Portugal, gere 2,7 milhões de luminárias e está a trabalhar para que todos os postes de iluminação sejam 100% LED e controlados remotamente até 2027.

    A primeira sessão interativa teve a forma de um World Café Workshop. Esta atividade foi preparada pela Universidade de Aveiro e envolveu os participantes a dividirem-se em pequenos grupos mistos para identificar áreas piloto nos seus municípios para instalar e testar postes inteligentes. Esta sessão visou explorar potenciais casos de uso e desafios de integração para planos de ação regionais. A tarde iniciou-se com uma mesa redonda sob a temática “Policy Clinic Workshop”: Superando Barreiras para a Implementação de Infraestruturas Inteligentes. A sessão incluiu representantes de entidades decisoras e cada representante parceiro, e foi moderada por Eloísa Macedo da Universidade de Aveiro. A discussão focou-se em temas-chave, como barreiras à implementação, o papel dos instrumentos de política, governança e colaboração, financiamento e investimento, monitorização e avaliação, e o futuro da infraestrutura urbana inteligente. Por fim, uma outra sessão interativa focou-se no “Policy Clinic Workshop: Adaptando Instrumentos de Política Regionais”, também organizado pela Universidade de Aveiro. Neste workshop, os parceiros foram agrupados por região para usar um “Policy Action Canvas” para identificar lições-chave do evento e fazer um brainstorming de ações concretas para iniciar o processo de melhoria de políticas ao regressar a casa. O evento demonstrou com sucesso o potencial inovador de transformar a iluminação pública numa rede inteligente multifuncional para abordar desafios urbanos como o alto consumo de energia, a iluminação pública ineficiente e a poluição do tráfego. As discussões e workshops lançaram as bases para a colaboração futura, a identificação de boas práticas e a implementação de soluções do mundo real em cada uma das regiões envolvidas no Projeto RESONANCE.

    O evento demonstrou a liderança da Universidade de Aveiro em investigação aplicada para o benefício social. O Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade, através do seu centro de investigação TEMA (Centro de Tecnologia Mecânica e Automação), tem demonstrado foco na abordagem de desafios societais-chave, incidindo em fabricação sustentável e tecnologias para o bem-estar. O trabalho da universidade em projetos relacionados com mobilidade urbana e rural e infraestrutura de cidade inteligente é particularmente notável. A investigação da universidade nestas áreas é fundamental para melhorar a eficiência energética, abordar o congestionamento do tráfego e mitigar a poluição. Ao co-organizar este fórum internacional, a Universidade de Aveiro reafirmou a sua posição como uma pioneira em projetos de ponta e inspiradores. As sessões interativas não só facilitaram a troca de conhecimento, mas também demonstraram o compromisso da universidade com resultados tangíveis e orientados para políticas. Esta abordagem garante que a investigação e a inovação se traduzem em soluções para o mundo real que melhoram a qualidade de vida, a segurança e a sustentabilidade das comunidades. A dedicação da Universidade de Aveiro em fornecer uma plataforma para a colaboração entre a academia, o setor público e as empresas privadas garante que o seu trabalho tem um impacto amplo e duradouro nos objetivos regionais e europeus para um futuro mais verde e mais conectado.

    Filme Criadores de ídolos chega aos cinemas

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    FILME CRIADORES DE ÍDOLOS CHEGA AOS CINEMAS
    FILME CRIADORES DE ÍDOLOS CHEGA AOS CINEMAS

    Produzido pelo Cine Clube de Avanca e Filmógrafo, o novo filme de Luís Diogo estreia esta quinta-feira, dia 18 de setembro, nos cinemas portugueses.

    Filmado na Trofa e também em Castelo Branco, o filme é protagonizado por José Fidalgo, Ricardo Carriço, Rafaela Sá, Virgílio Castelo, Oceana Basílio,  lideram o elenco de CRIADORES DE ÍDOLOS, o novo thriller de Luís Diogo que estreia nas salas portuguesas esta quinta-feira, 18 de setembro. Intenso e provocador, promete surpreender os espetadores e lançar debate em torno de questões atuais e universais.

    A história acompanha Sofia, que descobre que o pai e o avô pertencem à misteriosa “Ordem dos Criadores de Ídolos”, uma sociedade secreta que, ao longo da História, esteve ligada à morte de figuras como John F. Kennedy, Elvis Presley, Marilyn Monroe ou James Dean — personalidades transformadas em ícones intemporais após a sua morte. Convencidos de que os ídolos são indispensáveis para inspirar e transmitir valores nobres numa sociedade cada vez mais fútil, os membros da Ordem não hesitam em criá-los a qualquer preço. Determinada a ser a primeira mulher a integrar a organização, Sofia vê-se perante um dilema moral: planear a morte de uma celebridade e convertê-la num novo ídolo.

    Com um registo que alia o dinamismo de uma narrativa envolvente à singularidade de uma visão autoral, CRIADORES DE ÍDOLOS combina drama e suspense, e levanta questões fundamentais sobre o papel das figuras de referência na sociedade, a luta das mulheres pela igualdade e a pertinência — ou utilidade — da mentira. O filme conta ainda com a participação do ator e cantor Diogo Lima, que se junta a um elenco de grande talento.

    CRIADORES DE ÍDOLOS abriu oficialmente o Fantasporto 2025 e esteve no AVANCA 2025, onde foi premiado em ambos os festivais, contando já com outros reconhecimentos internacionais, nomeadamente o prémio de Melhor Longa-Metragem no Cobb International Film Festival, nos Estados Unidos.

    Produzido com o apoio do Município da Trofa, de Castelo Branco, do ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual e do Avanca Film Fund, CRIADORES DE ÍDOLOS chega esta quinta-feira aos cinemas portugueses, distribuído pela NOS Audiovisuais.

    FeMA regressa em 2025 para dar palco à nova geração de músicos de Aveiro

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    Depois do sucesso da primeira edição, em 2023, o FeMA – Festival de Músicos de Aveiro regressa este ano para continuar a sua missão: valorizar os artistas do distrito de Aveiro e dar espaço a quem, tantas vezes, não tem palco para mostrar o seu trabalho.

    Com concertos distribuídos por várias localidades — incluindo Aveiro, Aradas, Oliveira de Azeméis e Bustos — o FeMA 2025 volta a apostar no talento local, na diversidade de estilos e na energia criativa que caracteriza a região.

    Num distrito que conta com uma forte tradição musical e uma universidade reconhecida nacionalmente pela qualidade do seu curso de música, o festival surge como resposta à falta de oportunidades para músicos independentes e projetos autorais.

    Organizado pelo Aveiro Cult, o FeMA pretende ser mais do que um evento: é uma campanha viva pela música local, integrada no movimento #AveiroMereceMaisMúsica, que procura sensibilizar a comunidade e as instituições para a importância de criar mais espaços e oportunidades para os artistas.

    As inscrições iniciaram nesta segunda-feira, dia 15/09, através do formulário que está no site e nas redes sociais do Aveiro Cult.

    A programação completa será divulgada em breve, prometendo várias noites de descoberta e celebração da música feita em Aveiro.

    Mais um Burgerfest

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    Mais um Burgerfest
    Mais um Burgerfest

    A CARNEIRADA

    Os rebanhos, grupos mais ou menos homogéneos de animais, são um agregado de indivíduos, independentemente da espécie em causa, cuja capacidade para lidar com coisas simples está ao nível do cérebro de uma mosca, por essa razão, porque têm de ser guiados, há sempre um líder que os demais seguem cegamente, sem questionar, sem pensar, apenas seguem a direcção do líder, isto é, comummente, conhecido como “a carneirada”.

    A espécie humana, tradicionalmente tida como a única racional, logo no topo da pirâmide das espécies vivas, dotada de racionalidade, capaz de lidar com problemas complexos, aprender com erros e evoluir, criando tecnologia em seu proveito, está perigosamente próxima do axioma da “carneirada”.

    Vejamos três singulares exemplos, escolhidos ao acaso, cujo denominador comum é serem contemporâneos da mesma semana:

    1. BürgerFest vs BurgerFest

    A comissão permanente da Assembleia da República (para quem não sabe esta é o órgão em exercício nas férias do plenário, de molde a não paralisar a actividade parlamentar nas férias da Assembleia da República), submeteu à apreciação o “Projecto de Resolução nº 273/XVII/1º”, para deslocação do Presidente da República à Alemanha, a convite do seu homólogo (portanto uma visita oficial), incluindo a participação na “burgerfest” em Berlim (SIC). Isto no primeiro parágrafo do projecto de Resolução.

    No segundo parágrafo consta o assentimento à pretendida viagem do Presidente da república nos seguintes termos “dar assentimento à deslocação (…) Incluindo a participação na “burgerfest”.

    A palavra “burgerfest” está grafada por duas vezes da mesma forma, no projecto de resolução, cuja autoria é dos serviços do Parlamento, e o seu responsável máximo é o senhor Presidente da Assembleia da República, razão pela qual a assina, nos exactos termos em que se encontra e aqui damos nota.

    Consequentemente, nem os serviços do Parlamento, nem o senhor Presidente da Assembleia da República, se deram conta que a resolução apresentada à Comissão, visava dar assentimento à presença do senhor Presidente da República num FESTIVAL DO HAMBURGUER, pela singela razão de que a tradução de “burgerfest” em português é “Festival do hambúrguer”.

    Este assentimento para Marcelo participar num festival do hambúrguer, gerou indignação por parte do líder da oposição, cujo vídeo demonstrando esse descontentamento virilizou.

    Alguém mais atento, foi ao site da Presidência da República, e lá consta o anuncio do convite para participar não na “burguerfest” que o projecto de resolução anunciava, mas sim na “BürgerFest” (festa do cidadão em português).

    Percebeu-se, pois, que os senhores deputados foram enganados, pelo projeto de resolução validado pelo Presidente da Assembleia da República, por uma tradução errada. E com isso levou ao engano de quem se manifestou contra ela.

    Que reacção foi multiplicada até à exaustão pelos órgãos de comunicação social e opinadores do costume?

    O erro da tradução validado pelo Presidente da Assembleia da República? a incompetência dos serviços da Assembleia da República?

    Não … as baterias de descredibilização foram direccionadas para o líder partidário que se insurgiu com um assentimento para participação do mais alto magistrado da nação num festival de hambúrguer, induzido que foi em erro por terceiros.

    O ódio que alguns nutrem por este líder partidário, é tal, que a carneirada nem quer saber quem falhou, porque falhou, e com que objectivo existiu a falha, o que interessa mesmo é “malhar no gajo”. Porque sim. É a vitória da acefalia militante. É pena.

    2. Espelho meu, quem fez mais viagens do que eu?

    O mesmo líder da oposição, ainda na senda da sua indignação das múltiplas viagens do Senhor Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, terá afirmado que ele já tinha realizado mais de 1.500 viagens, à custa do erário público português.

    Essa afirmação não resistiu ao escrutínio das viagens realizadas pelos seus antecessores, assim distribuídas:

    Cavaco Silva, realizou 26 viagens à custa do contribuinte português;

    Ramalho Eanes, realizou 28 viagens à custa do contribuinte português;

    Jorge Sampaio, realizou 45 viagens à custa do contribuinte português;

    Mário Soares, realizou 48 viagens à custa do contribuinte português;

    Marcelo Rebelo de Sousa, realizou 161 viagens à custa do contribuinte português, até agora porque ainda não acabou o seu mandato.

    A conclusão de que o actual Presidente da República “bateu” todos os seus antecessores somados, é óbvia.

    Ora este número fica muito aquém das 1.500 viagens, mas tanto bastou para a “carneirada” valorar muito mais o lapso da desconformidade do número, e obliterar o cerne da questão, essa sim da maior importância: o uso e abuso das viagens oficiais pelo actual Presidente da República.

    Que sociedade é esta que não se incomoda por ver a Presidência da República transformada numa agência de viagens, à custa do contribuinte português, e sobretudo sem se perceber o benefício que dessas viagens se retirou?

    Já nem comparo com as viagens realizadas por António Oliveira Salazar, a quem se atribui zero viagens, senão ainda sou rotulado como “saudosista”.

    3. O assassínio de Charlie Kirk

    Confesso que até ao fatídico dia do assassinato deste americano nunca tinha ouvido falar dele.

    Influente figura nos Estados Unidos da América, especialmente junto dos jovens norte-americanos, dele se diz ter sido mentor do movimento MAGA (make America great Again), uma das traves mestras do retorno de Donald Trump à Presidência dos estados unidos da América, palestrante, com convicções de direita e católico, entre os vários projectos de sucesso, um deles haveria de o condenar à morte.

    Na verdade, convicto que o debate de ideias é, entre pessoas civilizadas, o melhor meio de discussão política, promoveu um conjunto de debates em público por todo o País, tendo o do Utah sido fatídico, pois ali seria assassinado com um tiro no pescoço, perante o horror de milhares de estudantes presentes no evento.

    Eliminar, a tiro, quem pensa diferente é brutalmente grotesto e medieval, e tanto seria quanto baste para ficar horrorizado com o sucedido, independentemente de se gostar do jovem assassinado, ou não, das suas ideias, das sus apologias, e projectos.

    Mas verdadeiramente abismal, literalmente porque nos coloca à beira do abismo, é uma sociedade, que se diz democrática, a americana, e ter jovens do calibre e formação daqueles que entrevistados por alguém, que julgo ser um dos muito influencers que polvilham as redes, e à pergunta sobre o que pensavam sobre o assassínio de Charlie Kirk, responderam coisas do género “alguém tinha de o fazer…” ou “era uma pessoa nojenta” e coisas do género.

    E serão estes jovens os líderes do futuro … não augura nada de bom, e assemelham-se muito a aprendizes de Tomás de Torquemada, o inquisidor mor espanhol, do sécuko XV, que chacinou sem dó nem piedade todos quanto não pensavam como ele, e dele se diz que num só dia matou 600 pessoas.

    É arrepiante, a desumanidade desta carneirada.

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