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    “Um Futuro com Todos” inicia apresentação das Listas às Freguesias

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    “Um Futuro com Todos” inicia apresentação das Listas às Freguesias
    “Um Futuro com Todos” inicia apresentação das Listas às Freguesias

    A candidatura do PS à Câmara Municipal de Aveiro, liderada por Alberto Souto, iniciou o seu ciclo de apresentação das listas às Juntas de Freguesia, com a lançamento de João Morgado como candidato à liderança da Junta de Freguesia de Eixo e Eirol, no passado fim de semana, seguindo-se a apresentação do candidato de S. Jacinto já no próximo dia 30.

    Em dois momentos, em Azurva (na sexta-feira) e em Eixo (no sábado), Alberto Souto e João Morgado apresentaram à comunidade um compromisso eleitoral que devolva aos lugares da freguesia depois de quatro anos de estagnação, a integridade do território e o seu desenvolvimento; novas centralidades e espaços de vivência comunitária; novas dinâmicas culturais e desportivas; a recuperação e reabilitação de estruturas, equipamentos e de bairros; bem como novos arruamentos que permitam renovar acessibilidades e melhorar a mobilidade.


    Os candidatos à Câmara Municipal de Aveiro e à Junta de Freguesia de Eixo não deixaram de destacar que com Alberto Souto na presidência da autarquia os princípios da autonomia democrática e institucional das Freguesias serão para respeitar e valorizar, através da consolidação e do fortalecimento da descentralização e delegação de competências que o quadro normativo e legislativo impõe e que a relação de proximidade entre o Executivo Municipal e o Executivo das Juntas de Freguesia exige e promove.


    João Morgado que liderou a Junta de Freguesia entre 2013 e 2021, regressa com vontade redobrada de recuperar o trabalho interrompido há quatro anos, “não por uma mera decisão política, mas com um compromisso por algo maior: cuidar e garantir o bem da Freguesia”.


    Alberto Souto realçou o dinamismo, a motivação e a energia com que esta candidatura arranca para esta fase final da campanha eleitoral, com a esperança que os projetos e as ideias que são apresentadas permitirão um Futuro melhor e diferente para o Município e para as Freguesias, com e para todos: cidadãos, associações, empresas e entidades que dinamizam Aveiro.


    Para a Freguesia de Eixo e Eirol, para os seus cinco lugares como um todo territorial e como um todo comunitário que envolva os fregueses de forma justa e equitativa, João Morgado e Alberto Souto comprometeram-se em terminar o que ficou por concluir, desde há 20 anos: da rede de saneamento à segurança rodoviária e a mobilidade pedonal e ciclável; com a criação de duas praias fluviais, em Eixo e em Eirol (junto ao Parque da Balsa, em Eixo, e ao Parque das Merendas de Eirol); como novos espaços públicos de vivência social e comunitária e de dinâmicas culturais e desportivas que permitam às Associações desenvolver e partilhar as suas atividades em Azurva, Eirol e Carcavelos; com a promoção da Área de Acolhimento Industrial Eixo-Oliveirinha que fixe empresas e pessoas e traga maior dinamismo económico à Freguesia; como novos arruamentos que minimizem as dificuldades de acessibilidade aos lugares e permitam uma integridade e continuidade territorial; com mais iluminação que garanta mais segurança e permita que as pessoas usem e vivam o espaço público.
    Com as candidaturas de Alberto Souto à presidência da Câmara Municipal de Aveiro e de João Morgado à Junta de Freguesia de Eixo os cidadãos serão ouvidos, as suas necessidades e preocupações serão assumidas. As pessoas serão sempre a prioridade. Com ação, ambição, ideias e projetos consistentes será possível devolver a esperança aos aveirenses e construir um futuro sólido, com todos, para Aveiro.

    Candidato do BE à Câmara propõe criação do Parque Natural da Ria de Aveiro

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    João Moniz
    João Moniz

    O candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Aveiro, João Moniz, defende a criação do Parque Natural da Ria de Aveiro, à semelhança do que já existe na Ria Formosa, como medida essencial para proteger o património natural e cultural da região e garantir um modelo de desenvolvimento sustentável.

    “A Ria de Aveiro é um dos maiores tesouros naturais do nosso país. É uma zona húmida de importância internacional, integrada na Rede Natura 2000 e com áreas classificadas pela Convenção de Ramsar. Abriga centenas de espécies de aves, anfíbios, peixes e mamíferos, e sustenta comunidades humanas que, desde sempre, viveram em estreita ligação com os seus ecossistemas. Mas este património encontra-se hoje sob forte ameaça: poluição industrial e agrícola, proliferação de espécies invasoras, pressão urbanística, alterações climáticas e falta crónica de meios para proteger o território. É também um espaço imaterial que dá unidade à identidade colectiva de toda uma região. É na relação com a Ria que os Aveirenses se definem culturalmente.”

    Segundo João Moniz, “esta nova classificação permitirá gerir de forma integrada e coerente as áreas já protegidas, como a Zona de Proteção Especial da Ria de Aveiro, o Sítio de Conservação do Rio Vouga, a Pateira de Fermentelos ou a Reserva Natural das Dunas de São Jacinto, e alargar essa proteção a zonas ainda não classificadas. No lugar do atual espartilhamento administrativo, fragmentação burocrática e sobreposição de jurisdições, existirá uma estrutura única com escala e capacidade de gestão e implementação de políticas numa lógica de co-gestão entre administração central, autarquias da região, associações ambientais e outras entidades regionais.”

    O candidato acrescenta: “Avançar com o Parque Natural significa inverter a perda de biodiversidade e alinhar Portugal e a Região de Aveiro com a Estratégia Europeia de Biodiversidade 2030, que exige que 30% do território esteja protegido. Mas significa também dar uma resposta séria à crise climática, preservando zonas de sequestro de carbono e reforçando a resiliência da região face à subida do nível do mar.”

    Para a candidatura do Bloco de Esquerda, as vantagens são claras: a criação do Parque Natural permitirá uma melhor proteção dos ecossistemas, garantindo a sua conservação para as gerações futuras; promoverá uma valorização económica sustentável, assente no turismo de natureza, na investigação científica e numa agricultura de baixo impacto; possibilitará a criação de empregos qualificados ligados à gestão e recuperação dos ecossistemas; e reforçará a identidade cultural e comunitária, já que a Ria não é apenas natureza, mas também modo de vida, cultura popular e património imaterial.  

    O candidato recorda que “durante a legislatura de 2019-2022, o Bloco de Esquerda apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução com este objetivo. A proposta foi aprovada por todas as forças políticas, exceto pelo PSD que votou contra e pela IL que se absteu. No entanto, a CIRA, então presidida por Ribau Esteves, voltou a assumir-se como um obstáculo ao rejeitar a iniciativa. Ficou assim evidente quais são as suas prioridades: em vez de defender a conservação da natureza, opta por favorecer a desordem administrativa, a especulação imobiliária e a exploração predatória do território.”

    E conclui: “Em 2025 temos que ultrapassar este impasse.  A criação do Parque Natural da Ria de Aveiro é, em suma, uma aposta no futuro e um desígnio maior que poderá unir toda a região, as suas comunidades e autarquias.”

    [Link para a publicação original: https://www.facebook.com/photo?fbid=24761383803466722&set=a.1156177321080702]

    32 anos do Programa Ronda da Caridade da LBV

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    32 anos do Programa Ronda da Caridade da LBV
    32 anos do Programa Ronda da Caridade da LBV

    O Programa Ronda da Caridade da LBV completa 32 anos de ação em Portugal a 3 de setembro.

    A data será assinalada a partir de 29 de agosto, nesta noite, este programa tem uma ementa especial, massa com frango e alguns “miminhos” para as pessoas que forem atendidas durante o itinerário pelas ruas da cidade do Porto. A partir das 22h00, os voluntários saem da sede da LBV, à Rua Rodolfo de Araújo, 120. No dia 3 de setembro, dia de aniversário, uma atenção especial na entrega do lanche matinal, entre as 09h30 e as 10h30 nas instalações da LBV das cidades do Porto e Lisboa.

    Na capital, a data é também assinalada durante o Programa Ronda da Caridade noturno de 5 de setembro que assinala também uma parceria com a Trivalor, que há 10 anos mantém uma colaboração ativa com a LBV. Nesta noite, a Trivalor colabora com o conteúdo oferecido durante o percurso desta ação da LBV, pelas ruas de Lisboa e a LBV prepara prendas a serem entregues na comemoração dos 32 anos do Programa Ronda da Caridade.

    Foi na cidade do Porto que, a 3 de setembro de 1993, os voluntários do “colete amarelo”, como são conhecidos, iniciaram a ação de percorrer as ruas da cidade, durante a noite, com o objetivo de levar conforto emocional, material e alimentar a quem, seja por que razão for, esteja a dormir na rua.

    Segundo o Inquérito de Caracterização das Pessoas em Situação de Sem-Abrigo para o ano de 2023, da Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (ENIPSSA), no final de 2023 existiam mais de 13.000 pessoas nesta situação em Portugal.

    Estes são alguns dos motivos que levam a esta situação: inexistência de retaguarda familiar, desavenças familiares, vícios, desemprego, pobreza, incapacidade de pagamento de um local para habitação. Sendo esta última uma realidade que tem aumentado também para famílias que se encontram com dificuldades socioeconómicas.

    A ação do Programa Ronda da Caridade mantém-se com as caraterísticas iniciais e sempre disponível para encaminhar e orientar quem procura sair da situação de sem-abrigo, orientação que pode ser obtida através do Técnico de Serviço Social da instituição.

    D. Álvaro de Sande, o herói general português que regressou de Istambul

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    D. Álvaro de Sande, o herói general português que regressou de Istambul
    D. Álvaro de Sande, o herói general português que regressou de Istambul

    D. Álvaro de Sande nasceu numa família nobre portuguesa ligada à casa dos condes de Atouguia. Cresceu num ambiente marcado pela tradição militar e pelo serviço à Coroa. A sua carreira iniciou-se no exército de Carlos V, onde combateu nas campanhas contra os protestantes na Alemanha. Estas experiências forjaram-lhe a disciplina e a coragem, reputação que acompanharia toda a sua vida.

    Em 1560 integrou a expedição de Djerba, destinada a conter o avanço otomano no Mediterrâneo. A frota cristã foi derrotada pela marinha turca numa batalha histórica, considerada uma das maiores derrotas navais europeias antes de Lepanto. D. Álvaro sobreviveu à derrota, mas foi feito prisioneiro e levado para Istambul, onde permaneceu encarcerado na Torre de Yedikule durante vários anos. O cativeiro expôs-o a condições duras, mas não quebrou a sua determinação nem a sua fidelidade à fé e à Coroa.

    O regresso à Península Ibérica trouxe-lhe finalmente reconhecimento. Filipe II recebeu-o com distinção, valorizando a sua experiência e coragem. O rei concedeu-lhe títulos e responsabilidades, incluindo cargos de confiança que demonstraram a sua confiança em D. Álvaro. Esta valorização não se limitou a elogios formais: o general assumiu funções de governo, destacando-se como governador interino do Ducado de Milão entre 1571 e 1572, posição de grande prestígio e responsabilidade.

    A carreira de D. Álvaro prolongou-se por diversas campanhas militares ao serviço da Monarquia Hispânica. Participou ativamente em operações nos Países Baixos, Itália e no Mediterrâneo, consolidando a sua reputação de estratega competente e leal. A sua experiência nas guerras europeias permitiu-lhe compreender a complexidade política e militar do império ibérico em expansão.

    Além do serviço militar, D. Álvaro desempenhou um papel diplomático importante. O seu regresso de Istambul tornou-se exemplo do valor do resgate negociado entre monarquias, evidenciando a importância da diplomacia e do prestígio pessoal na política do século XVI. O reconhecimento de Filipe II garantiu-lhe não apenas honra, mas também influência junto do rei e da corte.

    A trajetória de D. Álvaro de Sande recorda que a História não se escreve apenas com vitórias ou títulos conquistados em batalha. A grandeza de um homem reside também na forma como enfrenta a adversidade, mantém a honra e transforma experiências difíceis em prestígio. Portugal pode olhar para este fidalgo como exemplo de coragem, resiliência e serviço ao país, mesmo nos tempos mais complexos e perigosos da sua História.

    O Etnográfico de Albergaria organizou o seu 40º Festival Internacional de Folclore – DVD

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    O 40º Festival Internacional de Folclore, organizado pelo Grupo Folclórico e Etnográfico de Albergaria-a-Velha decorreu no dia 16 de agosto, na Alameda 5 de Outubro, reunindo em palco 4 grupos folclóricos convidados mais o da casa, sendo um deles originário de Espanha.

    Pelas 16h os grupos foram recebidos na Biblioteca Municipal de Albergaria, onde decorreu a habitual cerimónia de boas-vindas e troca de lembranças, seguindo-se o jantar nas instalações da União Desportiva e Cultural de Mouquim.

     Os grupos iniciaram o seu desfile por volta das 21.30h, sucedendo à atuação da escola de concertinas de Mouquim, que atuou durante 30 minutos, reunindo o agrado de todos o que foram assistir a este evento.

    A alameda encheu-se de muitos apreciadores do folclore, bem como muitos emigrantes, que permaneceram até ao final da noite.

    Definhamento Demográfico

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    Definhamento Demográfico
    Definhamento Demográfico


    Um dos grandes problemas do nosso País é o envelhecimento da população e, infelizmente, a conjuntura que vivemos impede a maioria dos casais jovens de constituir família. Por outro lado, felizmente, tem aumentado significativamente o número de pessoas que vivem para além dos 80 anos, sendo também uma das razões para o caos que se vive no SNS.

    A nossa realidade é preocupante e, se nada for feito para contrariar esta tendência demográfica, é posta em causa a sustentabilidade da Segurança Social e, consequentemente, hipotecamos o nosso futuro, ou então ficamos completamente reféns do recurso à mão de obra de imigrantes.

    Confrontados com a circunstância atrás referida, não estamos minimamente preparados para cuidar de quem cuidou de nós. O ritmo de vida de hoje não permite à maioria das famílias acolher devidamente os mais velhos e dar-lhes a devida atenção, por outro lado, o Estado não oferece as alternativas necessárias, sejam lares de idosos ou apoios financeiros para as famílias que queiram e possam cuidar dos mais velhos nos seus domicílios.

    Este é um problema sério que continua a ser ignorado. Os lares existentes são manifestamente insuficientes e, hoje em dia, as famílias com rendimentos limitados veem-se confrontadas com grandes dificuldades para dar a dignidade merecida aos seus familiares mais velhos.

    A agravar este panorama preocupante, temos um nível de pensões baixíssimo que, muitas vezes, nem permite aos pensionistas comprar a medicação de que necessitam. É injusta, é desumana e indigna a forma como tratamos os mais velhos e isso deve corar-nos a todos de vergonha, enquanto sociedade.

    Que País é este em que uma grande parte dos idosos sobrevive com imensas dificuldades, em muitos casos sem ter quem os acolha com a dignidade que se impõe e que com frequência são vistos como um “peso” na sociedade, fazendo-os mesmo sentir que já cá estão a mais!

    Por outro lado, os jovens saem de casa dos pais tardiamente e a grande maioria não tem sequer condições para ter uma casa, pois os valores salariais pagos em Portugal são incompatíveis com a aquisição de habitação pelos valores de mercado praticados e também com o arrendamento. Ora, um jovem casal ao deparar-se com as dificuldades em obter independência, como um tecto para viver, não pode equacionar ter filhos, por muito que o deseje. Todos sabemos os custos que criar uma criança acarreta para os pais e a falta de incentivo por parte do Estado às famílias mais jovens.

    Um dos maiores problemas do País, é o desequilíbrio demográfico que tem de ser combatido com medidas eficazes. A classe política tem passado ao lado deste problema, talvez porque não gere grandes votos e só pensem o País a muito curto prazo, mas não há mais tempo a perder! Não podemos continuar a menosprezar os mais velhos e a ignorar os mais novos, tornando-nos numa sociedade envelhecida, desprovida de valores e sem qualquer esperança no futuro.

    Urge inverter a curva demográfica, dando condições de vida dignas aos mais velhos e incentivando os casais novos que queiram constituir família, só assim, evitamos este definhamento demográfico que nos deve preocupar a todos.

    Os grandes incêndios da História do nosso Portugal

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    Os grandes incêndios da História do nosso Portugal
    Os grandes incêndios da História do nosso Portugal

    Portugal vive dias difíceis. O verão de 2025 ficará marcado como um dos mais negros da nossa memória recente, com mais de 2% do território nacional reduzido a cinzas. A cada chama que avança, sentimos que a História regressa — não como lição, mas como maldição. E se recuarmos no tempo, percebemos que os grandes incêndios sempre acompanharam a trajetória deste país, como uma sombra persistente que nos recorda a nossa fragilidade diante da natureza e da imprevidência humana.

    Não é apenas de fogos florestais que falamos. A História regista, em Portugal, incêndios urbanos devastadores, capazes de arrasar cidades inteiras e deixar marcas que demoraram séculos a sarar.

    Em 1384, no cerco de Lisboa durante a crise de 1383-1385, a Mouraria ardeu quase por completo. Não foi apenas a guerra contra Castela, mas também a fome, a peste e a desorganização de uma cidade sitiada que alimentaram o fogo. Lisboa, tantas vezes palco de tragédias, conheceu cedo o drama das chamas descontroladas.

    Já em 1423, novo golpe: um grande incêndio devastou a zona ribeirinha da capital, junto à Rua Nova dos Ferros, onde o comércio pulsava. Perderam-se arquivos, mercadorias e casas. O coração mercantil da cidade ficou paralisado, numa altura em que Portugal se lançava às descobertas marítimas.

    No interior, também Coimbra conheceu a sua tragédia. Em 1663, em plena Guerra da Restauração, um fogo gigantesco consumiu a baixa da cidade. Ardeu património, perderam-se alfaias agrícolas e o povo ficou mais pobre, enquanto o país lutava pela independência.

    Lisboa voltaria a conhecer o horror em 1 de novembro de 1755. O terramoto destruiu a cidade, mas foi o incêndio que se seguiu — alimentado por velas, fogões e armazéns inflamáveis — que completou a tragédia. Durante dias, o fogo devorou o que restava de igrejas, palácios e casas, num cenário apocalíptico que traumatizou a Europa inteira. Foi a maior catástrofe natural e humana da nossa História.

    O Porto também não escapou. Em 1874, um incêndio na Ribeira destruiu armazéns de vinho e mercadorias, deixando centenas de desalojados e ferindo gravemente o comércio da cidade. O Douro viu a sua riqueza transformada em cinzas, e a memória desse fogo ainda ecoa nas crónicas oitocentistas.

    Mais perto de nós, o Chiado ardeu em 1988. Lisboa assistiu, em direto e em choque, a uma tragédia que consumiu lojas históricas, palácios pombalinos e símbolos culturais. O país inteiro acompanhou os bombeiros, impotentes diante de chamas que só a genialidade posterior de Álvaro Siza Vieira conseguiu transformar em renascimento. Ainda hoje, quem passa pelo Chiado sente a cicatriz desse agosto de há 37 anos.

    Depois veio o ano terrível de 2017. Em junho, o incêndio de Pedrógão Grande matou 66 pessoas e deixou feridos mais de duas centenas. Famílias inteiras foram apanhadas nas estradas pela violência das chamas, numa tragédia que expôs como nunca as falhas do Estado, a ausência de prevenção e a vulnerabilidade das populações. Foi o incêndio mais mortífero da nossa História democrática e permanece como uma ferida aberta na consciência nacional.

    E chegamos ao presente. Em 2025, não é uma rua, nem uma praça, nem um bairro que arde. É o país. O inimigo já não é o fogo urbano, mas o fogo florestal, multiplicado pela seca, pelas alterações climáticas e pela falta de prevenção que repetidamente denunciamos mas nunca corrigimos. Perde-se o território, perdem-se aldeias, perde-se o trabalho de gerações. É uma guerra desigual contra a natureza, mas também contra a nossa própria inércia.

    Portugal tem uma História feita de glórias e tragédias. Os grandes incêndios recordam-nos que, sem memória e sem responsabilidade, estamos condenados a repetir a destruição. Arderam cidades, arderam armazéns, arderam bairros. Agora arde o país. E a pergunta impõe-se: vamos deixar queimar também o futuro?

    O Alasca é territorialmente o maior Estado da federação americana

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    O Alasca, territorialmente o maior Estado da federação americana
    O Alasca, territorialmente o maior Estado da federação americana

    O Alasca, territorialmente o maior Estado da federação americana, com 1.7 milhões km2 (se fosse um país seria o 17º em território, atrás de Portugal com a plataforma continental que seria o 16º), e populacionalmente é o mais pequeno Estado da federação americana, com pouco mais de 730 mil habitantes, (mais coisa menos coisa que a população dos concelhos de Lisboa e Loures), foi palco para um encontro histórico, a vários títulos, como se percebeu pela enorme ansiedade gerada em todo o planeta, pela circunstância de nada mais nada menos colocarem frente a frente o Presidente dos Estados Unidos, e o Presidente da federação Russa.

    A escolha do local, foi muito além de uma mera curiosidade, a vários títulos, desde logo por distar do País convidado apenas uns 4 km, fazendo lembrar ao mundo o quão próximos são, territorialmente, os Estados Unidos e a Federação Russa, por via da proximidade entre duas ilhas, separadas pelo inclemente mar de bering, uma pertencendo á Federação Russa, sendo o seu ponto a este – Diomedes grande – e outra pertencendo aos Estados Unidos da América, sendo o seu ponto mais a oeste – Diomedes pequena, distando entre si apenas 3,8 km.

    Outra “separação” entre ambos os territórios é o fuso horário, cujo diferencial são 21 horas, e se Putin estiver na ilha Diomedes grande, da Federação Russa, e telefonar para Trump estando este na ilha Diomedes pequena, nos Estados Unidos da América, pode-se afirmar, com toda a segurança científica, que Putin falou para o passado, e Trump falou para o futuro, em razão do fuso horário que faz com que numa ilha seja o “ontem” e na outra seja o “amanhã”.

    Até 2012, no inverno, com o congelamento das águas, era possível ir de uma ilha á outra sobre o gelo sólido. As alterações climáticas impuseram mudanças drásticas e deixou de haver congelamento dada a elevação das temperaturas. Agora a travessia só de barco ou de avião, não só entre estas ilhas, como para se aceder a todo o Alasca.

    Acredita-se que se Putin tem as unhas roídas, uma ou outra é por conta do Alasca, pois este já foi território Russo, no século XIX, mas uma enorme dificuldade financeira nos cofres do Czar, levaram a Rússia a vender aquele território, por uns míseros7,2 milhões de dólares, em 1867. De resto os Estados Unidos da América, formaram-se, por recurso á compra de vários territórios, hoje estados da federação, dos quais o Alasca é um dos exemplos.

    Assim, esta reunião de trabalho entre estes líderes mundiais acontece num território que faz parte da história de ambos os países, o que nos leva a pensar que provavelmente ambos se sentiram “em casa”. Em mais nenhum outro lugar do planeta isso seria possível.

    Para Trump, acresce ainda ser duplamente em casa, é não só em solo americano, como ainda por cima, é num Estado Republicano, cujo governador Mike Deleavy, é seu correligionário. Enfim vale o que vale.

    Mas a importância do Alasca, e por maioria de razão não ser inteiramente inocente esta a escolha para uma reunião de trabalho, entre potências, como a americana e a russa, é a proximidade do local ao círculo polar ártico.

    O interesse pelo ártico começou com a Alemanha Nazi, mesmo antes da II Grande Guerra Mundial. Recentemente forma descobertas resquícios de bases secretas nazis no ártico. Esta base tinha por missão fundamentalmente elaborar boletins meteorológicos vitais para a guerra, tanto para a Alemanha Nazi como para os aliados. Os teóricos da conspiração iam mais além e defendiam existirem outros interesses no ártico, relacionados com a presença alienígena no nosso planeta. Himmler, o todo poderoso líder das SS tinha um particular fascínio por essa temática e não só.

    Porém atualmente o interesse pelo ártico é fomentado por alterações climáticas que induzem ao degelo das calotes, o que viabilizaria duas rotas comerciais, encurtando o tempo de transporte, entre a Ásia e a Europa, pela passagem do Noroeste que atravessa as ilhas do ártico canadiano, e a rota do mar do Norte, ao longo da costa Russa, tornando-se uma alternativa ao canal do Suez. Dito de outra maneira, era como repristinar a epopeia marítima portuguesa, que encurtou o tempo entre a Europa e o Oriente, pela via marítima natural, algo que nenhuma outra nação conseguiu igualar até hoje.

    Para além desta possibilidade de rotas alternativas, somam-se ainda as reservas energéticas que se pensa existirem no ártico, intocáveis ao longo de milénios.

    Atento aos países que disputam este tabuleiro ártico – Rússia, Canadá, Estados Unidos da América, China e Países Nórdicos – as duas maiores potências nucleares do mundo, escolherem como local de reunião o Alasca, convoca, quase obrigatoriamente, a suspeição de não ser inocente a escolha.

    Este encontro entre Trump e Putin, vem mostrar aos apologistas do isolamento a que este último estaria votado, que afinal isso é uma ilusão, pois para estes apologistas não bastava ver nos BRICS e na organização para a Cooperação de Xangai, que reúne 10 países asiáticos e orientais, “peso” suficiente para a Rússia se sentir acompanhada no plano internacional.

    Aliás a Ucrânia foi o leitemotiv para os países do ocidente, se desmultiplicarem em declarações inflamadas sobre a pouca importância da Rússia, no plano militar, económico e geoestratégico, banindo-a do estatuto de grande potência, durante os últimos 3 anos.

    O “murro no estômago” nas lideranças ocidentais, com a entrada em cena de Trump, foi tal que espalhou o pânico, na Inglaterra, França, Alemanha, Canadá etc. Trump encara Putin como um “igual”, e isso é um sapo difícil de engolir.

    A Humilhação a que sujeitou Zelensky, na sala oval, na Casa Branca, foi uma certidão disso mesmo passada por Trump, ao mundo.

    Hoje, a Rússia não está isolada no mundo, como até é o centro das atenções do Mundo, e Putin, desembarcando no Alasca é uma afirmação dessa condição, á vista de todos.

    E o que nos mostraram as imagens desse desembarque?

    Trump aguarda Putin, a quem lhe estenderam uma passadeira avermelha, na maior base militar que tem no Alasca, e mostra-se tão ansioso e tão entusiasmado que ao ver a figura do Presidente da federação Russa, dá um pulinho e bate palmas, qual miúdo aguardando pelo chupa-chupa preferido.

    Um aperto de mão parece coisa simples, mas é uma arte, desde logo de intimidação ou de demonstração de quem é o “boss”, e Trump sabe isso, e por essa razão quando estica a mão e a aperta ao interlocutor ele dá um puxão na sua direcao vigoroso, provocando um ligeiro desequilíbrio ao seu interlocutor, puxando-o na sua direcao, como quem diz, “o patrão aqui sou eu”.

    Com Putin, não o fez, numa clara demonstração de respeito, ou medo reverencial, ou ambas. Consequentemente o palco principal ficou para Putin.

    Putin, inclina-se ligeiramente sobre Trump, e diz algumas palavras, certamente não em cirílico, seu idioma natal, mas para quem domina o inglês, alemão, espanhol, e ucraniano, certamente foi fácil exprimir-se no único idioma que Trump domina, o inglês. Esta ligeira inclinação exprime à-vontade suficiente para entrar no “inner circle”, espaço reservado, de Trump, e é uma forma de afirmação de “domínio” comportamental. Mais uma.

    Enquanto caminham, o circunspecto Trump, e Putin, visivelmente satisfeito, de forma algo descontraída, aquilo só faltava darem as mãos como em tempos vimos Trump e Macron fazê-lo, (outros tempos pois Macro, para Trump não passa de um bom rapaz, mas que não conta para nada), Trump, numa tentativa de agarrar a narrativa, chama a atenção para Putin que olha para o céu, e o que viu prendeu-lhe mesmo a atenção pelo interesse que demonstrou, ao ver uma formação de aviões, em sobrevoo, os mesmos que bombardearam o Irão – era a vez de Trump, subliminarmente, dizer “tás a ver foi com eles que pus o Irão na linha”. Terá Putin pensado “Mind games, fiz a mesma coisa á coitada da Ângela Merkel”, numa ocasião em que a chanceler alemã visitou Putin, este sabendo da sua fobia por cães, mandou colocar os seus maiores cães (enormes) na sala onde recebeu Merkel, e esta fez um esforço enorme para controlar a sua fobia o medo a cães, terá mesmo confessado a amigos mais tarde.

    Chegados á um pequeno palco, Putin subiu o lance de escadas, com alguma desenvoltura, já Trump faz um esgar de esforço físico, quem sabe cogitando “estes idiotas esqueceram-se de por aqui um corrimão como nos aviões”. Ele agarra-se sempre ao corrimão do avião.

    De frente para os jornalistas é perfeitamente audível uma esganiçada jornalista lançando a provocadora pergunta “senhor Putin, quando deixa de matar civis?”, Putin olha para ela com vontade de retorquir, “quando vocês deixarem de apoiar quem mata civis na Palestina”, mas … não é estúpido, finge que não percebe e com gestos parece dizer que não ouve, e ignora-a. Olimpicamente.

    Numa sala, Trump e Putin, mais as respectivas comitivas, e uma plêiade de jornalistas quase pugilando pela melhor foto, pela melhor audiofonia, encaram a multidão de profissionais da comunicação social. Mais uma vez a linguagem corporal grita a sua mensagem: Trump ar sério, pensativo, compenetrado mesmo, com as pernas em diametria, paralelas entre si, e as mãos juntas formando como que um triângulo. Demonstra desconforto.

    Putin, tem as pernas abertas formando um ângulo quase a 45º, demonstra domínio do ambiente que o rodeia. A tal jornalista esganiçadamente audível, volta a repetir a mesma pergunta, várias vezes, a resposta do visado foi olimpicamente igual á que já tinha dado – ignorou-a.

    Ele há jornalistas assim, pouco interessados em dar notícia, o que pesa mais é dar espetáculo. Com tantas perguntas que podia fazer, só se lembrava daquela provocação.

    Depois lá foram as comitivas reunir e tratar dos assuntos do mundo, entre os quais a Ucrânia, mas quase apostava que não foi o prato principal … isto eu a achar.

    Na conferência final pós reuniões de trabalho, pouca coisa se ficou a saber, mas do pouco que se sabe as principais conclusões vão ser partilhadas primeiro com a Ucrânia e a Europa, disseram-no ambos, e Putin até reforçou esperar que a Ucrânia e Europa devem encarar as propostas de forma positiva.

    Trump, deixou cair o tom de ameaças que fizera antes do encontro, e andou ali ás voltas com palavras de ocasião e parabenização, anunciando que iriam ser chamados ao processo a Ucrânia e amigos, indicando novos encontros.

    Putin, sagaz, lança a última estocada interrompendo Trump, sugerindo “next time in Moscow”. Brilhante. Se for em Moscovo, é quase certo que Zelensky não se atreverá a ir lá, o seu povo não o perdoaria. Putin é isso que quer porque nutre pelo Presidente da Ucrânia um profundo e genuíno desprezo.

    Já Trump não tem nenhuma margem de manobra, visto que é natural, depois de se realizar em solo americano a primeira reunião de trabalho, que a segunda seja em solo russo, a bem da coerência.

    Muita água irá correr por baixo das pontes, mas que vem bomba grossa, lá isso parece que sim.

    Veremos.

    O Etnográfico de Albergaria organizou o seu 40º Festival Internacional de Folclore

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    O 40º Festival Internacional de Folclore, organizado pelo Grupo Folclórico e Etnográfico de Albergaria-a-Velha decorreu no dia 16 de agosto, na Alameda 5 de Outubro, reunindo em palco 4 grupos folclóricos convidados mais o da casa, sendo um deles originário de Espanha.

    Pelas 16h os grupos foram recebidos na Biblioteca Municipal de Albergaria, onde decorreu a habitual cerimónia de boas-vindas e troca de lembranças, seguindo-se o jantar nas instalações da União Desportiva e Cultural de Mouquim.

     Os grupos iniciaram o seu desfile por volta das 21.30h, sucedendo à atuação da escola de concertinas de Mouquim, que atuou durante 30 minutos, reunindo o agrado de todos o que foram assistir a este evento.

    A alameda encheu-se de muitos apreciadores do folclore, bem como muitos emigrantes, que permaneceram até ao final da noite.

    Feira de Artes e Ofícios de Aveiro chegou ao final

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    A feira de Artes e Ofícios, que termina agora, é uma organização da associação Barrica, com sede em Aveiro, e abriu portas no dia 1 de agosto.

    O certame contou com vários espaços de exposição, em que diariamente os artesãos foram expondo o seu artesanato, bem como houve diversos workshops ao final de semana.

    Aos domingos a programação contou com momentos musicais, de grupos convidados.

    Mensalmente, a Barrica organiza uma feira de artesanato, com o apoio da Câmara Municipal de Aveiro, em que pode encontrar dezenas de artesãos e milhares de artigos únicos e originais.

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