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    O filho mais velho de D. Afonso Henriques que não foi Rei mas que batalhou como um herói

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    O filho mais velho de D. Afonso Henriques que não foi Rei mas que batalhou como um herói e repousa ao lado do pai
    O filho mais velho de D. Afonso Henriques que não foi Rei mas que batalhou como um herói e repousa ao lado do pai

    A História oficial celebra D. Afonso Henriques como o fundador do reino, o guerreiro da independência, o herói da reconquista. Mas raramente nos fala do homem que o acompanhou até à morte e que jaz ao seu lado, no mesmo túmulo, no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Falo de D. Pedro Afonso, o seu filho mais velho, nascido da sua relação com Flamula Gomes, uma nobre da corte. Ilegítimo, sim, mas reconhecido, formado na guerra e na diplomacia, e, em muitos momentos, tratado como herdeiro natural. Nunca foi rei — mas lutou como tal. E morreu esquecido por quase todos, salvo pelo pai, que quis que repousasse consigo.

    Pedro Afonso destacou-se desde cedo nos círculos do poder. Era inteligente, culto, conhecedor do direito e das práticas administrativas europeias, e cedo foi encarregado de gerir propriedades, apoiar fundações monásticas e acompanhar expedições militares. Mas o momento em que brilhou com mais fulgor foi na conquista de Silves, em 1189, onde liderou, com bravura, uma ala das forças portuguesas, em colaboração com os cruzados germânicos que então se encontravam em Lisboa. Silves era uma das mais importantes cidades muçulmanas da península, e a sua tomada foi uma das grandes vitórias da reconquista portuguesa. Pedro Afonso desempenhou um papel fulcral na operação, embora os louros oficiais tenham sido todos atribuídos ao seu meio-irmão, o rei D. Sancho I.

    O conflito entre Pedro Afonso e D. Sancho não foi um detalhe de bastidores, mas um choque de legitimidades. Pedro era o mais velho e sentia-se, com razão, preparado para liderar. Sancho era o herdeiro legítimo, filho do casamento régio com D. Mafalda de Sabóia, e teve sempre a protecção das instituições eclesiásticas e diplomáticas. Pedro Afonso foi afastado da corte, recolheu-se nas suas terras no centro do país e dedicou-se à fundação de mosteiros, à administração local e à consolidação do património da Coroa.

    Apesar do exílio interno a que foi condenado, Pedro Afonso nunca deixou de servir o reino. A sua proximidade à causa monástica, em particular à Ordem de Cister, contribuiu para a fundação de Alcobaça e de outros centros que marcaram profundamente a identidade medieval portuguesa. Mais do que um bastardo guerreiro, Pedro foi também um homem de visão, de cultura e de fé. Deixou descendência, incluindo o seu filho Fernão Pires, documentado em várias fontes da época, o que faz de Pedro Afonso uma peça-chave para qualquer investigação genética sobre os primeiros reis de Portugal.

    E aqui está o ponto decisivo: Pedro Afonso está sepultado no mesmo túmulo de D. Afonso Henriques. Estudos arqueológicos e históricos indicam a presença de dois corpos no interior da arca tumular, hoje visitada por milhares de portugueses e turistas todos os anos. Um será o do rei fundador. O outro, tudo indica, é o de Pedro Afonso. Pai e filho, unidos em vida e em morte, mas separados pela memória histórica. Um é exaltado nos livros e nos monumentos. O outro permanece sem nome, sem estátua, sem reconhecimento.

    É por isso que abrir o túmulo de D. Afonso Henriques não é um capricho académico, nem um gesto de profanação. É um acto de justiça. Um dever para com a ciência, para com a verdade e para com a nossa identidade nacional. A análise de ADN aos restos mortais — de ambos — permitiria confirmar, com rigor, a identidade do primeiro rei de Portugal e esclarecer definitivamente o que tantas vezes se disse sem prova. Mais ainda: permitiria, através da descendência documentada de Pedro Afonso, como Fernão Pires, estabelecer conexões genéticas que hoje a ciência já pode fazer com precisão e respeito.

    Se países como Inglaterra, França ou Espanha não hesitaram em aplicar as técnicas da arqueogenética aos seus reis, por que continua Portugal prisioneiro do mito da inviolabilidade absoluta? Não é preferível sabermos com certeza onde repousa o nosso primeiro rei? E não será também tempo de resgatar da sombra aquele que, sendo seu filho primogénito, deu tudo pela fundação do reino e morreu fora da História — mas ao lado do pai?

    Antes de termos uma conta nas redes sociais os adolescentes também se mantinham ocupados

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    Antes de todos nós termos uma conta nas redes sociais, os adolescentes também se mantinham ocupados
    Antes de todos nós termos uma conta nas redes sociais, os adolescentes também se mantinham ocupados

    E nessa época, o que nós pais mais temíamos, era que os nossos filhos, por estarem na rua, se perdessem dos valores apreendidos no seio do lar, entre pais e avós unidos pelo carinho, afecto e o respeito, no dia a dia do crescimento juntos. Contudo, naquelas antigas saídas dos adolescentes, podem se ter sucedido numa peripécia de coisas, experiências sem futuro, mas o que eles estavam fazendo era espontâneo, sentido, testando habilidades e tendo sucesso e falhando em montanhas de pequenas interações em tempo real.

    Todos nós já percebemos, embora continuemos a encarar isso como um efeito da evolução da nossa espécie, que as redes sociais têm um impacto extremamente negativo na saúde mental de todos nós e muito particularmente na saúde mental dos adolescentes. Na depressão, ansiedade, solidão, má imagem corporal, entre variadíssimas outras que a ciência ainda irá escrutinar.

    Quando uma adolescente chega a casa após um dia de aulas, o que seria suposto ver e ter, era um sorriso da mãe e do pai, um abraço de satisfação e carinho, mas o que verdadeiramente observa é a mãe e o pai debruçados sobre o monitor do PC, casos há, em que a mãe, passando todo o dia no computador a ver reality shows como o BigBrother, nem o rosto dá para ver, quando a filha chega a casa. Inacreditável, mas é um triste facto. Daí, vem o mau exemplo, o que leva a que a filha se refugie no seu próprio espaço e aí se mantenha tempos infinitos, na sua viagem pelo perigoso mundo exterior. A falta de uma auto estima sólida, bem alicerçada numa cumplicidade com uma mãe atenta e dedicada, pode ser a culpada pela vulnerabilidade de uma adolescente desenvolver de forma saudável, a sua segurança emocional.

    Os adolescentes passam, “queimam” horas infindáveis procurando no exterior moldarem o seu carácter e a sua personalidade, ao arrepio do que deveria ser a obrigação dos progenitores, envolvidos nos seus dramas e dilemas e descurando a proximidade, o carinho e o afecto. Casos há, que chegam ao desplante de reclamarem que os filhos não se preocupam em dar carinho e afecto, subvertendo a ordem natural da maturação de um adolescente em formação. Eles esperam, obviamente, receber mais do que dar, faz parte da aprendizagem o desenvolvimento dos sentimentos, mas que os pais, mesmo aqueles com mais instrução académica e com isso um pouco mais de “bagagem”, parecem estarem alheados. Sem receberem, jamais aprenderão a desenvolver a reciprocidade do dar, do devolver.

    As novas tecnologias, especialmente os smartphones, trouxeram grandes mudanças nos relacionamentos entre pais e filhos. Os adolescentes actualizam os seus “feeds”, partilham o que leem e ouvem e sentem, de uma forma pouco natural na essência da natureza humana, de que não estão sozinhos. Se uma mãe envolvida nas suas atribulações não der importância, não se esforçar por encontrar outra forma de socialização para a sua filha, será certo e sabido que está a passar ao lado dos momentos mais importantes na convivência, crescimento e maturação da filha. Nem adianta arranjar desculpas pela sua incapacidade de saber contornar o problema, se não houver uma vontade e um compromisso sério de desviar as atenções dos adolescentes para os verdadeiros prazeres da vida, interação pela socialização real, em lugar do online.

    Quando o telemóvel substitui as horas de convívio no seio familiar, quando o telemóvel está presente nos momentos mais íntimos dos adolescentes, na ida à casa de banho, até à hora de irem para a cama, muitas das vezes retirando o tempo ao descanso físico e cerebral, teremos em perspectiva um futuro dramático, desequilibrado, cuja saúde mental estará fortemente deteriorada. Se uma mãe ou um pai não forem capazes de estarem preparados, atentos e determinados a evitarem os males vindouros e que a ciência já previu, são pais desqualificados, não merecem nem o título, nem o privilégio.

    Seja o que for que cada um de nós enquanto pais pense sobre os relacionamentos mantidos e iniciados nas redes sociais, na verdade os adolescentes não conseguem facilmente colocarem uma “pausa” nessas conectividades virtuais. E em virtude disso, na maioria das situações se colocam perante a ansiedade de uma introspecção nos relacionamentos reais. Sem tempo para “pausarem”, ficam literalmente esgotados, entram numa espiral de ansiedade e de fadiga progressiva.

    Se em casa são menosprezados muitas das vezes e sendo normal que nas redes sociais o sejam também, aparecem as depressões ao se saberem preteridos e ignorados, especialmente por quem menos esperariam, pelos próprios pais.

    Antigamente, quando alguém rompia um relacionamento, teria que conversar, explicar as razões, justificar e com mais ou menos sofrimento, a vida lá seguia, coexistindo entre expectativas frustradas e perspectivas vindouras. Actualmente, nos telemóveis basta bloquear, desaparecer da nossa interligação, sem o adolescente saber sequer o que deu azo a tal. Ficam imaginando o pior de si mesmas, com os imponderáveis sentimentos de culpa, mesmo que a conexão visual não acabe, o estar em permanente expectativa de um contacto, desencadeia enormes fluxos de ansiedade. O sentimento de estar em segundo plano, seja em casa seja nas redes sociais, contraria a necessidade fundamental e básica do ser humano de nos comunicarmos, dando lugar ao isolamento psicossocial.

    Quando vemos uma adolescente a recorrer à internet em procura de auxílio, ou para processar algum acontecimento do dia, ou um comportamento mais radical, impositivo, desproporcional dos pais, (da mãe), não adianta a esses pais ficarem bravos, fazerem alarido, irem pelo caminho da gritaria, se assim procederem não se admirem depois das consequências. É que a internet está preparada mais do que nunca com o advento da IA, para dar mais respostas, mais informações, mesmo que as não faculte com os mesmos valores, daqueles dados pela mãe, que se preze. Soluções são diversas, mas será sempre em bom ambiente familiar que surgirão as melhores, mesmo que não sejam as mais perfeitas. Ponderação, meditação, diálogo do “cara a cara”, dos “olhos nos olhos”, é das coisas mais fascinantes do processo de existir da natureza humana. Os laços sentimentais, podem vencer as redes sociais, ou pelo menos minimizar a apetência actual dos adolescentes de encontrarem nelas o seu principal refúgio.

    As três mulheres e os onze filhos de D. Afonso Henriques…

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    D. Afonso Henriques reinou durante cinquenta e sete anos, o mais longo reinado da História de Portugal. Foi mais do que um guerreiro ou um diplomata. Foi um construtor. Fundou o reino, afirmou a independência face a Leão e Castela, fortaleceu a ligação ao Papado, estabeleceu alianças com ordens religiosas e reconquistou território aos mouros com coragem, astúcia e persistência. Mas para lá da figura política e militar, existiu o homem: devoto, ambicioso e, como tantos senhores medievais do seu tempo, pai de muitos filhos — onze ao todo — de três mulheres distintas. Entre eles, um filho ilegítimo foi o mais velho, o mais corajoso e talvez o mais injustamente esquecido: D. Pedro Afonso.

    Ao contrário da imagem simplificada que tantas vezes nos chega através dos manuais escolares, D. Afonso Henriques teve três mulheres conhecidas. Apenas uma foi sua esposa legítima: D. Mafalda de Sabóia, filha do Conde de Sabóia e descendente de famílias influentes do norte de Itália. O casamento realizou-se em 1146 e dela nasceram sete filhos legítimos: D. Henrique, que morreu em criança; D. Urraca, que foi rainha de Leão e mãe de Afonso IX; D. Teresa, que casou com Egas Moniz de Ribadouro; D. Mafalda, D. Sancho, D. Sancha e D. Branca — sendo estas últimas três figuras de vida religiosa, ligadas ao Mosteiro de Lorvão. Entre todos, foi D. Sancho I quem herdou o trono, tornando-se o segundo rei de Portugal, conhecido como “o Povoador”, por ter incentivado o repovoamento das terras conquistadas.

    Mas antes de Mafalda, ou durante, Afonso Henriques teve outra mulher: Flâmula Gomes, dama da nobreza galaico-portuguesa. Com ela teve dois filhos: D. Afonso e, sobretudo, D. Pedro Afonso — o mais velho de todos. A sua ilegitimidade afastou-o da sucessão, mas não da História. Pedro Afonso distinguiu-se como guerreiro e administrador. Serviu o reino com bravura, governou terras com justiça e, apesar de ter ambicionado o trono após a morte da rainha D. Mafalda, nunca conspirou contra o pai nem contra o irmão. Foi leal até ao fim. O seu nome é apagado pelos séculos, mas o seu corpo repousa onde poucos têm esse privilégio: ao lado do próprio D. Afonso Henriques, no Mosteiro de Alcobaça. Um símbolo de reconciliação, honra e reconhecimento silencioso.

    A terceira mulher foi Elvira Gualtar, figura mais discreta mas documentada como mãe de duas filhas do rei. Ambas casaram com nobres da corte, o que revela o papel estratégico destas uniões extramatrimoniais na afirmação da dinastia nascente e no equilíbrio de poder entre linhagens. De Elvira nasceram, segundo os estudos mais aceites, D. Urraca Afonso e D. Teresa Afonso — mulheres que, mesmo fora do casamento régio, serviram a política do reino através dos seus casamentos e descendência.

    Ao todo, os onze filhos de D. Afonso Henriques espelham a complexidade e o pragmatismo do tempo medieval. Os sete filhos legítimos de D. Mafalda formaram a base da dinastia e da aliança com a Igreja. Os quatro filhos ilegítimos — Pedro, Afonso, Teresa e Urraca — ajudaram a consolidar o poder régio através da nobreza e da administração. Uns viveram como reis, outros como freiras. Uns morreram no silêncio das celas conventuais, outros tombaram nas campanhas da Reconquista. E houve um que, não tendo sido rei, foi digno de sê-lo: D. Pedro Afonso, o mais velho, o mais fiel e o mais ignorado.

    D. Afonso Henriques foi o pai do reino. Não só pela espada, mas também pelo sangue. A sua descendência mostra-nos que a fundação de Portugal não foi apenas uma questão de batalhas e tratados — foi também uma rede de afetos, de lealdades e de escolhas difíceis. E se a História consagrou o rei fundador, talvez esteja na altura de reconhecer também o valor do seu primeiro filho. Não reinou, mas repousa com ele. E isso, na linguagem dos símbolos, diz tudo.

    O Direito á habitação é milenar?

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    1. O Direito á habitação é milenar?
    1. O Direito á habitação é milenar?

    Nos primórdios da humanidade, os seres humanos, já animais gregários, não tinham habitação fixa, a sua base alimentar assentava numa atividade de recoleção de frutos e outros derivados que a natureza proporcionava, pelo que eram essencialmente povos nómadas, era completamente inexistente o conceito de “habitação” pois o que contava mesmo era o território onde proviam as suas necessidades, levando-os a percorrer grandes distâncias, tendo por teto apenas as cavernas e grutas, também elas, proporcionadas pelos acidentes geográficos.

    Naturalmente o teto proporcionado pela natureza, não despertava o sentimento de posse, pois o seu uso era efémero, na medida em que exaurido os frutos circundantes, impunha-se procurar noutras paragens os meios de sobrevivência adequados.

    Com a descoberta do fogo, criaram-se condições de assentamento numa dada região, bastando apenas existir caça suficiente, para prover a prole, e para tal não era necessário que todos estivessem envolvidos nas actividades de caça, reservada aos homens, as mulheres, a quem competia a recolha de frutos silvestres, não precisavam de se deslocar, razão porque as comunidades de seres humanos começaram a providenciar um teto mais permanente, fixo, fosse aproveitando o que a natureza fornecia (cavernas, grutas, etc), fosse por recurso á construção de estruturas permanentes, utilizando inicialmente madeira  e pedra, permitindo inclusive uma outra evolução muito importante, a criação de gado. Nascia assim o conceito de habitação, mas não só, nascia também o direito á posse de uma habitação.

    Com isto desenvolveram-se povos, civilizações, comunidades, assentes no direito de propriedade composto, pelo teto (habitação) e por território, assim a posse passou a ser estruturante para os seres humanos, cuja evolução histórica conduziu ao nascimento de Reinos, e mais tarde Países.

    A entrada nestes reinos não era livre e dependia do senhor que tinha a sua posse, o Rei, numa espécie de protecionismo nacional, ao ponto de mesmo da saída do reino por parte dos súbditos obedecer á mesma lógica, só com a autorização do Rei. Isto, na idade média, considerando que os pretendentes a sair ou entrar no Reino eram cristãos, pois se de outra religião se tratasse as restrições eram muito maiores. A exceção, em Portugal, era para os não cristãos que já se encontrassem no território, antes da conquista pelos portugueses, a esses era-lhes permitido permanecer na condição de contribuírem para a economia local, sobretudo na lavoura, o que levou D. Afonso Henriques a lavrar no foral de Lisboa “ai dos que apoquentarem os salayos” sendo estes os árabes que se dedicavam á lavoura nos arredores de Lisboa, sobretudo na lezíria de Loures e Odivelas, mas não só, também aqueles conhecedores das ciências, pois os árabes eram tecnologicamente mais evoluídos, nas artes, nas ciências, etc.

    Mas aceitar novos migrantes isso não. Obviamente que, se não se forçavam estes árabes a acolher o cristianismo, sendo-lhes permitido, a eles e outras confissões religiosas, manterem o seu credo, tal só podia acontecer intra muros da respectiva residência. Nem mesquitas, nem sinagogas, nem templos de outra natureza os únicos templos permitidos eram as igrejas católicas. Mesmo outros ramos do cristianismo, como cátaros, sobre quem um Papa convocou uma cruzada para eliminar os cátaros do languedoc, salvando-se muito poucos que se refugiaram no Reino de Portugal, em Castelo Branco, em segredo, e ainda os Priscilianos, coptas e outros.

    Mais tarde as coisas haveriam de evoluir no sentido contrário e a tolerância inicial esfumar-se-ia consequência das tentativas da invasão da europa pelos muçulmanos, e a invasão do oriente pelos cristãos, fomentando um ódio tal que ainda hoje perdura.

    Assim o Direito á habitação tinha como condicionantes o fator religioso.

    1. O Direito á habitação como direito social!

    A evolução das sociedades desde a idade média até hoje, esbateu as restrições ao direito á habitação, eliminando o factor religioso, pouco importando a fé professada por uma pessoa, numa espécie de ecumenismo social do direito á habitação.

    Com o advento das ordens constitucionais o direito á habitação consagrou-se como um direito social por excelência, ao ponto do direito de propriedade ser intocável, na Europa, ficando célebre a expressão inglesa “a casa de um cidadão é o seu castelo”, ou a expressão portuguesa “quem casa, quer casa” glosando a característica polissémica do vocábulo “casa”.

    Ainda hoje a habitação é inviolável e mesmo as autoridades policiais só podem franquear uma habitação sem autorização do proprietário munidos de um mandato judicial, e mesmo assim só após as 7 horas da manhã.

    Acresce que este Direito á habitação se escora num outro direito que é o da posse, ou seja, uma habitação tem necessariamente um (ou mais) proprietário, que dela pode dispor consoante o seu entendimento.

    • Os movimentos internos de ocupação espacial (migrações)

    A habitação, em Portugal, foi sempre um problema, fosse porque durante muito tempo o filho mais velho (o morgado) herdava tudo, em detrimento dos seus irmãos mais novos, que tinham de se desenrascar, quantas vezes através de casamentos com filhos de pais mais abastados, outras vezes, atrevo-me a dizer, sem outra base que não a experiência e conhecimento pessoal, saindo das suas terras de nascimentos e migrando para outras zonas do País mais atraentes, em termos de nível de vida e oportunidades, com especial destaque das grandes cidades, Lisboa e Porto

    Os mais aventureiros, ou empreendedores, optaram por migrar para as colónias, onde as oportunidades de terras generosas, uma grande abastança de matéria primas, proporcionavam condições ímpares para a construção de projetos pessoais, familiares, etc., sem receios.

    O primeiro contato de muitos destes portugueses foi mesmo a guerra colonial, para onde foram enviados em serviço militar, e depois, contagiados com um “não sei quê” de África ou por lá ficaram, ou para lá voltaram findo o seu dever militar. Haveriam de regressar, á metrópole, eram á volta de 700.000 portugueses, as vítimas da descolonização. Ficou-lhes como prémio de honra o terem “inventado” novos países, a partir de territórios tribais.

    Outros ainda optavam pela emigração para outros países, a salto, ou seja, á socapa, não das autoridades de destino que os acolheram, pois, os imigrantes portugueses eram sobretudo trabalhadores, humildes, não iam me busca de subsídios ou ajudas estatais, não exigiam casas, e não vilipendiavam quem os acolheu, mas sim das autoridades portuguesas que dominavam com mão de ferro o povo e as suas consciências, aquela com sucesso, mas esta sem nunca o conseguirem. A diáspora portuguesa conta com pelo menos 5 milhões de portugueses, espalhados por vários países, sendo o seu maior contingente em França, atingindo sensivelmente 10% da população francesa.

    • O advento dos Bairros Clandestinos

    Com esta dinâmica migratória interna assistimos durante o século XX ao nascimento e crescimento acentuado de uma nova realidade conhecida por “Bairros Clandestinos”, não porque as pessoas ocupassem propriedades rústicas de terceiros, pois que eram os seus legítimos proprietários, mas sim porque vendo-se na posse de um terreno onde podia cultivar batatas e couves, olhavam para o mesmo e ainda sobrava muito espaço para construir uma casita.

    Daí até invocarem o Direito Constitucional á Habitação foi um piscar de olhos, e surgiram vivendas, prédios, apartamentos, quer por recurso a autoconstrução, quer contratando empreiteiros especializados, a estas habitações faltavam dois documentos “mágicos” que todos os bairros almejavam:

    1.  Primeiro o Alvará de Loteamento dos respetivos bairros, através do qual se reconverte prédios rústicos (terrenos com apetência agrícola, divididos em avos) em prédios urbanos (terrenos para construção predial, divididos em lotes).
    2. O segundo a Licença de utilização de cada fração, no qual se estabelece se o prédio é para habitação ou comércio.

    O fenómeno dos bairros clandestinos foi de tal monta que o legislador criou diplomas específicos para os mesmos, atendendo ás suas especificidades, e reclassificando estes bairros clandestinos em “AUGI” áreas urbanas de génese ilegal.

    Claramente, o problema da habitação em Portugal foi drasticamente mitigado com os bairros clandestinos (ou augi se preferirem), com as autarquias locais na primeira linha da legalização dos bairros, e a eliminação de barracas, como foi o caso exemplar de Lisboa, que acabou com o Casal ventoso e outras barracas existentes na capital, alojando a população desses agregados populacionais degradados e sem condições, em habitação social construídas a expensas próprias. Chegou a haver injustiças, claro que sim, foram muitos os casos de famílias retiradas de barracas e alojadas em apartamentos em Chelas, e a barraca era de imediato ocupada apor outras famílias, que assim reclamaram igualmente apartamentos, tendo sido a solução derrubar a barraca assim que era desocupada.

    Já para não falar de famílias ocupando barracas, que sendo proprietárias de vivendas nos arredores de Lisboa, lograram obter apartamentos dados pela Câmara da Capital. E casos em que a tipologia de apartamento atribuída era muito superior ao agregado familiar, porque no momento do recenseamento feito pelos serviços camarários as famílias declaravam pessoas em comunhão de teto sem o serem.

    isto durante o século XX, a imigração, as colónias africanas, embora estas com o retorno dos portugueses, viessem a engrossar a demanda de casas. Seja como for, tudo se confinou a problemas internos, num Portugal em rápida transformação sobretudo a partir da sua adesão á CEE. O final do século XX, e principalmente adentrando o século XXI, ao crónico problema habitacional de Portugal, somou-se-lhe um outro, cuja pressão na disponibilização de soluções de casa do estado, passou a ser um “sem fim”.

    • A exportação/importação ativa do Direito á Habitação.

    Os empresários portugueses não se cansam de reclamar contra a falta de mão de obra, sobretudo para as obras públicas em curso, queixando-se que á falta de trabalhadores portugueses têm de se socorrer de mão de obra estrangeira. Até aqui nada a obstar. Porém o que se propõem estes empresários, ou melhor Patrões, oferecer como salário a esta mão de obra? O salário mínimo.

    O efeito desta demanda e da oferta é devastador, porque a consequência é igual á daquele senhor do Bairro do talude em Loures que se queixava a uma das TVs que lá foram ser de São Tomé, ter vindo para Portugal há 3 anos, e auferir o salário mínimo. O Patrão deste cidadão São Tomense, provavelmente é daqueles que grita aos sete ventos que Portugal precisa destes estrangeiros, mas apenas tem para oferecer o mínimo de salário, sem mais, bem sabendo que com esse valor o cidadão São Tomense nunca vai conseguir bastar-se a ele próprio, e que está condenado a uma vida de trabalho escravo e á indigência pessoal e familiar.

    Um Empresário num caso semelhante só é sério se oferecer um salário compatível com a vida digna do seu trabalhador, e isso não é compaginável com o salário mínimo, mas sim com pelo menos o dobro, ou em alternativa, providenciar condições de habitação digna.

    O cidadão São Tomense, assim ludibriado, porque ninguém lhe explicou que com um tão magro salário, em Portugal, não consegue sobreviver, e emigra em busca de um sonho que nunca se realizará. Estou certo de haver casos em que exista um real conhecimento disto, mas a ilusão do Estado Português ser um estado que cuida de todos, conceder benefícios que no seu país de origem não existem, e, milagre dos milagres, até dão casas, nem que para isso se tenha de viver numa barraca até obter uma, obviamente que isso é um poderoso incentivo. Afinal já há casos desses, porque não mais um?

    Na perspetiva de São Tomé e Príncipe, para continuar com este exemplo que é representativo, este País está objetivamente a exportar um problema social para outro País, Portugal no caso. Por outro lado, esta exportação de problemas sociais, tem como resposta uma importação de problemas sociais, pois Portugal não impõe nenhuma barreira a um estrangeiro sem um mínimo de condições de subsistência em Portugal, sendo o corolário natural, convocar a segurança social, operadores de saúde, e as autarquias locais para resolverem esta exportação de problemas sociais de outros países.

    Mas o pior ainda, é que ao resolver os casos já existentes, rapidamente virão outros nas exatas condições destes.

    Ora é aceitável convocar o contribuinte português para solucionar os problemas sociais de outros países? Sim porque no caso deste cidadão São Tomense, não vão ser 3 anos de descontos para a segurança social que vão cobrir as ajudas que necessária e forçosamente o estado português vai ter de prover, pois ao permitir a entrada no País de alguém sem a mínima condição de aqui se estabelecer assumiu um compromisso que agora tem de honrar – resolver-lhe o problema.

    Mas se daqui para a frente isto não se alterar, então estamos perante um crime de lesa pátria. E isto nada tem a ver com direita nem esquerda. Tem a ver com a sobrevivência do país.

    Aliança apresenta Nélson Santos – Candidato à Junta de Freguesia de Cacia

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    Apresentação Nélson Santos - Candidato à Junta de Freguesia de Cacia
    Apresentação Nélson Santos - Candidato à Junta de Freguesia de Cacia

    Um compromisso sério, com Cacia e Aveiro.

    Em Sarrazola, no Parque de São Bartolomeu, uma obra de qualidade inegável, que une gerações. Nélson Santos foi apresentado como recandidato à Junta de Freguesia de Cacia, pela Aliança Mais Aveiro. Uma freguesia que cresceu de forma ímpar nos últimos oito anos sob a liderança do agora recandidato. E sem palavras vãs e com compromissos e contas certas para cumprir, o futuro fez-se ali, numa sessão que contou com a presença de muitas pessoas.

    Compromissos assumidos, para cumprir!

    Por Mais Cacia e Mais Aveiro, Nélson Santos e Luís Souto elencaram vários compromissos, para cumprir, de palavra dada.

    Luís Souto Miranda

    Estaremos na primeira linha da defesa dos interesses da população de Cacia e Aveiro num assunto que ainda permanece sem resolução e que necessita desse entendimento, que é o da abolição das portagens na A25, essenciais para o desenvolvimento regional.

    • O desenvolvimento da Área de Localização Empresarial – Aveiro Norte será uma prioridade no nosso mandato. Proporcionar meios para que Aveiro receba mais empresas, e para que os aveirenses possam ter melhores salários, é este o melhor caminho;
    • Estão a decorrer concursos para as piscinas e para o mercado. E por nós, não são para parar;
    • A ligação da Ponte da Refer à rua Dr. Marques da Costa, em Sarrazola, que está em execução de projeto, é para avançar mesmo;
    • Concretizar a instalação do posto náutico no Rio Novo do Príncipe, que traga as melhores condições aos clubes que ali trabalham, que têm feito muito, com pouco;
    • O Baixo-Vouga lagunar por ser uma grande oportunidade de turismo, vamos valorizar a sua biodiversidade, com percursos de educação ambiental, em parceria com associações e entidades regionais;

    Nélson Santos

    Temos obras anunciadas, projetos planeados, compromissos assumidos — e que, connosco, são para cumprir. Porque Cacia merece. E o nosso povo também. Aprendi que um político sério é aquele que diz a verdade, mesmo que ela custe a ouvir. Agora aparece um jovem candidato a prometer resolver tudo. Mas, muitas vezes, quase sempre, nem sabe do que fala. Se os problemas fossem fáceis de resolver, nós já os teríamos resolvido. A nossa candidatura fala a verdade.

    • Há um tema incontornável: as portagens. Cacia é, provavelmente, a freguesia mais castigada pelos pórticos da A25. Sem portagens, não há o caos da Quintã. Não há filas às 8h nem entre as 17h e as 19h. Este é um problema que temos de enfrentar juntos;
    • Neste Natal, no Cacia vila Natal, teremos um “Bosque Encantado de Natal”, no Parque de São Bartolomeu, em Sarrazola. Mais uma ideia para fazer sonhar, para fazer sorrir, para unir a comunidade;
    • Só com esta equipa é possível fazer mais por Cacia, mais por Aveiro, e continuar este ritmo de progresso e elevação da nossa freguesia. Temos vários projetos já iniciados, que nunca é tarde relembrar: O novo mercado de Cacia; as novas piscinas; Aescola primária de Sarrazola; A requalificação da antiga sede da Junta; Anova rua da Bosch; Onovo acesso a Sarrazola.
    • Estamos ainda a trabalhar com a CIRA, no sentido de garantir acessos ao rio para atletas, pescadores e todos os utilizadores;
    • Queremos expandir o Parque São Bartolomeu e, quem sabe, ligá-lo ao Rio Vouga e à Torre.

    Com rigor, contas da Habitação e as contas que favorecem a especulação

    Luís Souto Miranda:

    Uma palavra sobre habitação. Este é um assunto relevante para Cacia, Aveiro, no país e na Europa. Ninguém tem uma solução mágica. Não podemos, por isso, brincar com o tema e fazer propostas para ficar bem na fotografia e, de forma irresponsável, lançar ideias que só favorecem a especulação e que não resistem ao mais simples exercício de fazer contas, como fez o PS. Como se dizia antigamente, é só fazer a prova dos nove, mas infelizmente o PS não sabe fazer contas, ou melhor, sabe fazer a subtração que resulta no saldo negativo, na dívida sem controlo.

    O elogio a Nélson Santos

    Luís Souto Miranda:

    Nas muitas visitas que fiz à freguesia, confirmei aquilo que já sabia – o Nélson é um autarca próximo das pessoas. Atento às necessidades de todos, mesmo que seja apenas de um dos seus habitantes. Tem uma capacidade de gestão e de realização ímpares e conhece, como ninguém, a freguesia, o que falta fazer.

    Pensando na política vareira

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    PENSANDO NA POLÍTICA VAREIRA
    PENSANDO NA POLÍTICA VAREIRA


    Vêm me à memória um verso do poeta António Aleixo:

    “Tu não vês que aquela gente

    Chega até a fingir que chora,

    Afirmando o que ignora,

    Assim descaradamente?…

    Arranjam voz comovente

    Para iludir os parvinhos,

    E fazem se muito mansinhos,

    Que é o seu modo de mamar,

    Portanto o que lhe hás de dar,

    Dá antes aos pobrezinhos!

    Ainda hoje, muitos dos versos de Aleixo, nos trazem mensagens atuais, e então, no contexto comportamental dos políticos, é verdadeiramente atual!

    Esta foto faz-me recuar a 2013!

    Às Eleições Autárquicas de 2013, em que o Partido Socialista de Ovar, apresentava o, então, Vice-Presidente da Camara Dr. Victor Ferreira, como candidato/cabeça de lista para a Camara Municipal de Ovar.

    Traído pelos socialistas de topo, abandonado…praticamente sozinho, a cumprir o mandato autárquico, porque sozinho ficou.

    Nem campanha eleitoral, pode fazer!!!!

    ESTA FOTO DEIXA-ME SEM PALAVRAS.

    E é por isso que a política está como está!

    Regressando a António Aleixo:

    “ O sacristão…o mariola!

    Diz, quando pede a esmola:

    “Isto é pra ajuda da cera”

    Mas, já poucos caem na asneira!!!

    O PARTIDO SOCIALISTA DE OVAR,

    Conseguiu reunir, os que no passado o traíram!

    Traíram com o Vitor Amaral em 2017, num “abraço do judas “, que eu, que tenho boa memória, não esqueço.

    A POLÍTICA ESTÁ ASSIM,

    Faz se sem memória, sem princípios …e, não gosto dessa forma de fazer política, onde o que vale é apenas o interesse pessoal, e o interesse familiar.

    Estou fora disso!

    E acredito, que a escolha não será difícil em 12 de Outubro.

    O PSD, não tem lá grandes qualidades, em Ovar, também tudo está nas mãos de um grupo, que domina, olha apenas para o interesse eleitoral, escolhe para algumas Juntas pessoas de qualidade duvidosa, cujo interesse é, apenas, manter um lugar remunerado…,mas, há uma diferença entre o caos do Partido Socialista e os vícios dos que dominam o PSD:

    É que o PSD, mesmo sendo o que é, tem algum rigor, e tem princípios.

    Já o PS…para mim, os princípios escasseiam e a “lata” abunda!

    MAIS VALE JOGAR PELO CERTO!!!!!!!

    OMA promoveu mais uma grande noite de música antes de ir para férias

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    A oficina de Música de Aveiro promoveu, no dia 30 de julho, mais uma grande noite de música, com muitas vozes acima da média e muitas surpresas.

    José António Rodrigues, o eterno mentor deste espaço, confessa que agora é tempo de descansar, mas setembro promete muitas e boas novidades.

    Luís Martins é o candidato à Câmara de Sever do Vouga pelo PS

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    Luís Martins - candidato pelo PS a Sever do Vouga
    Luís Martins - candidato pelo PS a Sever do Vouga


    COMUNICADO DA CONCELHIA DO PS DE SEVER DO VOUGA

    A Estrutura Concelhia do Partido Socialista de Sever do Vouga deliberou, por unanimidade, propor o nome do Dr. Luís Martins, com raízes em Silva Escura, como candidato à presidência da Câmara Municipal de Sever do Vouga nas próximas eleições autárquicas.

    Esta decisão surge na sequência de um processo de auscultação interno, no qual foram ouvidos militantes, simpatizantes, autarcas em funções, ex-autarcas e representantes da sociedade civil. O Partido Socialista quis garantir que a escolha do candidato estivesse alinhada com a vontade da estrutura local e com as expectativas dos severenses, valorizando a participação, a experiência e a proximidade.

    O Dr. Luís Martins tem raízes profundas no concelho, é filho de severenses, o pai da Cruz do Peso e a mãe do Vale da Anta, e acompanhou de perto o crescimento desta terra e o esforço das suas gentes. Iniciou a sua carreira profissional como Diretor Financeiro da Sociedade de Construções Severo de Carvalho SA e como professor na Escola Secundária de Sever do Vouga.

    Economista de formação, conta com mais de 40 anos de experiência em Direção Financeira, Administração e Gestão de empresas e grupos empresariais, bem como na assessoria a entidades privadas. Desempenhou ainda funções em instituições ligadas ao desporto, à solidariedade social e aos serviços diocesanos da juventude.

    Reconhecido pela sua liderança, capacidade de escuta ativa e visão estratégica, o Dr. Luís Martins é um homem de causas, apaixonado por resolver problemas complexos com soluções realistas e eficazes. Tem um profundo compromisso com as pessoas e com o futuro do concelho.

    Com Luís Martins, o Partido Socialista apresenta um candidato competente, próximo e determinado, com um projeto coletivo de desenvolvimento sustentável, justiça social e progresso para Sever do Vouga.

    A sua candidatura afirma-se com três compromissos claros:

    • Melhorar a qualidade de vida dos severenses, garantindo segurança e estabilidade às famílias;

    • Defender serviços públicos e de saúde de qualidade, acessíveis a todos;

    • Implementar uma gestão séria, próxima e centrada nas pessoas da nossa terra.

    O Partido Socialista apresenta assim uma candidatura que honra o legado de mais de 20 anos de governação socialista em Sever do Vouga, um percurso de investimento, crescimento e proximidade, e que está preparada para enfrentar os desafios do presente com ambição, verdade e coragem.

    Uma candidatura comprometida com Sever do Vouga e com os severenses.

    A Estrutura Concelhia do Partido Socialista de Sever do Vouga

    Rui Oliveira é o mandatário da candidatura autárquica do Bloco de Esquerda em Aveiro

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    Rui Oliveira - Mandatário do Bloco de Esquerda

    Rui Oliveira Licenciado em Filosofia, é cantor e utilizador diário de bicicleta. Tem se dedicado à agricultura biológica de subsistência.

    A candidatura do Bloco de Esquerda aos órgãos do poder local Aveirense está a ter uma significativa adesão popular em torno dos temas principais, tendo vários independentes a integrar as listas do partido.

    A habitação é uma das principais preocupações da população e o Bloco de Esquerda é o partido que há mais tempo tem feito intervenção no tema e é a candidatura que apresenta propostas para resolver o problema.


    A mobilidade sustentável e a criação de uma empresa pública de mobilidade, com mais autocarros e metro de superfície e um urbanismo amigo de deslocações a pé e de bicicleta são outras das prioridades da candidatura do Bloco de Esquerda.
    Os serviços públicos são outros dos pilares da candidatura, nomeadamente a criação de creches e lares públicos. O Bloco de Esquerda quer construir uma sociedade que se organize para os cuidados e para uma maior qualidade de vida.

    Aliança Mais Aveiro reage às posições de Alberto Souto sobre a casa sede da CERCIAV

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    Aliança Mais Aveiro
    Aliança Mais Aveiro

    A Candidatura Aliança Mais Aveiro, face às notícias públicas e às posições assumidas pelo candidato do Partido Socialista, acerca do projeto de expansão do Conservatório de Aveiro e da demolição da casa antiga sede da CERCIAV, vem comunicar a seguinte posição:

    1. A Aliança Mais Aveiro lamenta que o candidato do Partido Socialista, não tenha elevação e respeito democrático pela legitimidade do atual Executivo Municipal, legitimidade essa conferida pelo voto dos Aveirenses e para um mandato que vigorará até Outubro;
    2. A Aliança Mais Aveiro lamenta que o candidato do Partido Socialista, Alberto Souto, tenha optado por uma conduta de judicialização da discussão política em Aveiro, querendo, sem mandato e sem legitimidade, impedir a gestão do Executivo Municipal em exercício;
    3.  A Aliança Mais Aveiro, lamenta e repudia veementemente que o candidato do Partido Socialista, na tentativa de obter algum ganho político, falte à verdade à população, no que respeita ao projeto de expansão do Conservatório de Música de Aveiro;
    4. Das duas uma, ou o candidato do PS, por incúria e impreparação, desconhece o projeto que foi amplamente discutido e trabalhado entre o Município de Aveiro e o Conservatório, o que é grave, ou então está devidamente informado, conhece o projeto em causa, mas decidiu omitir deliberada e intencionalmente à população com o único objetivo de eventualmente obter algum ganho político, o que é ainda mais grave;
    5. Tem, o candidato do PS repetidamente enganado a população, afirmando na sua página Facebook “A necessidade de uma sala para dança do Conservatório não implica a demolição de um dos últimos exemplares de casa tradicional portuguesa da escola Raul Lino. Com outras opções de arquitetura a casa pode preservar-se e a sala ser construída.”
    • Ora, a bem da verdade, importa esclarecer:
    1. O projeto em causa, foi a solução encontrada em conjunto pelo Executivo liderado pelo Eng.º Ribau Esteves e pelo Conservatório, para dar resposta à manifesta falta de instalações e que permitam ao Conservatório desenvolver e potenciar ainda mais a sua reconhecida e nobre atividade, criando melhores condições de aprendizagem para os seus alunos;
    1. O projeto contempla não uma sala para dança, como irresponsavelmente, o candidato do PS quer fazer passar, mas sim, uma ala composta por três estúdios para a dança, com 120 m2 cada, duas salas para aulas de percussão, sala de apoio, dez estúdios para estudo, balneários, zonas técnica e entrada do Conservatório com condições de acesso para pessoas de mobilidade reduzida;
    1. É uma obra que obteve a concordância plena do Conservatório e que dá resposta as suas necessidades e reivindicações de anos,
    1. É uma infraestrutura capital para potenciar ainda mais o excelente trabalho desenvolvido pelo Conservatório e que permitirá aumentar em mais de 300 o número de alunos; e ainda potenciar o Município de Aveiro com mais espaços culturais de grande polivalência e qualidade;
    • Por outro lado, aquela casa, pela informação prestada pela Câmara Municipal e pelo Conservatório de Aveiro, além de obstar à desejada ampliação do Conservatório, e apesar de ser arquitetonicamente interessante, não reúne condições para ser reabilitada, nem é classificada pelas entidades competentes como património histórico e arquitetónico de reconhecido valor;
    • Além de que o candidato do PS, durante os 8 anos em que foi Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, podia ter classificado aquela casa como um elemento histórico de interesse, o que não fez, tendo ainda demonstrado bem a sua preocupação com o património histórico da cidade, ao demolir várias casas com interesse histórico pelo menos igual ou superior à referida casa;
    • O candidato da Aliança Mais Aveiro, Luís Souto Miranda, como reconhece o candidato do PS, tem obra feita na defesa do património da cidade, enquanto Presidente da ADERAV, da qual ainda faz parte, pois conseguiu salvar o monumento nacional Igrejas de S. Francisco e de Sto. António, numa forte campanha pública e junto de várias entidades com obtenção de fundos europeus para a recuperação;
    • Ao contrário, e nos anteriores mandatos do candidato Alberto Souto, aquele rico património municipal contou apenas com a total indiferença da governação PS, acentuando a sua degradação,
    1. A Aliança Mais Aveiro e em particular o seu candidato Luís Souto Miranda, não recebe lições de defesa e promoção do património municipal do candidato do PS;
    • A Aliança Mais Aveiro estará sempre empenhada na defesa e promoção do património do município de Aveiro;
    • Mas também defendemos a cultura, a educação artística, a história do Conservatório de Aveiro e o reforço da sua potencialização na criação de talento e na qualidade de excelência para os seus alunos, que merecem o nosso empenhamento e apoio efetivo;
    • Aos políticos exige-se respeito democrático e um combate político com sentido de responsabilidade e sempre alicerçado na verdade e não na omissão estratégica de certos factos que só visam desinformar os cidadãos, com o único interesse de obter ganhos políticos;
    • Na política, não pode, nem deve, valer tudo.

    Aveiro, 30.07.202

    A Direção da Candidatura da Aliança Mais Aveiro

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