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    António Cura adere à comissão de honra da candidatura de Alberto Souto à Câmara de Aveiro

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    Licenciado, Mestre e Doutorado em Direito, seguiu a carreira académica e é nela que se tem destacado ao longo dos anos. António Alberto Vieira Cura, é Professor Associado na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e Investigador no Instituto Jurídico da mesma instituição. Antes disto, e também na UC, desempenhou igual cargo no Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX.

    Ao currículo de docente juntam-se as passagens pelo Instituto Superior Bissaya Barreto (Coimbra) e pela Universidade Lusófona do Porto. Nesta última foi também Investigador na Faculdade de Direito e Ciência Política.

    Fora da academia, o Prof. Doutor António Alberto Vieira Cura foi Vogal do Conselho Superior da Magistratura, designado pela Assembleia da República, e é também autor de vários livros, como “Organização Judiciária Portuguesa” e “Direito Romano – Casos Práticos Resolvidos”

    Alberto Souto refere que é uma honra contar com o seu apoio à nossa candidatura. Juntos, vamos construir “Um Futuro com Todos!”.

    CDS-PP anuncia QUIMA como candidato à Junta de Freguesia de Albergaria-a-Velha e Valmaior

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    A Concelhia do CDS-PP de Albergaria-a-Velha anuncia, com enorme satisfação, a candidatura de Joaquim Manuel de Barros Pinto da Silva, mais conhecido por Quima, à Presidência da Junta de Freguesia de Albergaria-a-Velha e Valmaior, nas próximas eleições autárquicas de 2025.

    Natural de Luanda, Angola, residente no Lugar das Frias, Quima tem 51 anos, foi professor na Escola Secundária de Albergaria-a-Velha e exerce funções como designer gráfico e responsável de produção da empresa PROKURA, na zona industrial do concelho.

    Com um percurso de vida fortemente ligado à comunidade, Quima destaca-se pelo envolvimento no movimento associativo local. Foi dirigente e treinador das camadas jovens do SC Alba durante mais de 10 anos, integrou, no passado, a direção da Associação Humanitária Mão Amiga (AHMA) e, atualmente, exerce funções como coordenador técnico de basquetebol no Clube Desportivo de Campinho.

    Esta candidatura reflete um compromisso profundo com a melhoria da qualidade de vida da população, com uma visão centrada nas necessidades reais das pessoas, na eficiência dos serviços de proximidade e na valorização do espaço urbano e rural da freguesia. Quima defende “uma freguesia organizada, cuidada e próxima dos cidadãos, onde se promova o bem-estar, a inclusão e a qualidade de vida.”

    Com um estilo próximo e energia contagiante, Quima representa uma candidatura realista, profundamente enraizada no território e na sua dinâmica associativa. O CDS-PP de Albergaria-a-Velha apresenta esta candidatura com total confiança nas qualidades humanas, profissionais e cívicas do candidato, certo de que saberá liderar este projeto com responsabilidade, determinação e pragmatismo, tendo as pessoas como prioridade.

    PSD e Iniciativa Liberal unem-se para vencer as próximas autárquicas em Albergaria-a-Velha

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    uma nova coligação PSD/IL em Portugal!

    A coligação “Albergaria em Primeiro” junta PSD e Iniciativa Liberal na disputa pela autarquia de Albergaria-a-Velha. Sara Quinta, advogada e atual líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal, é o rosto principal da lista e concorre ao lugar de Presidente da Câmara Municipal do concelho.

    “Precisamos de um projeto de futuro para a Albergaria-a-Velha e esta coligação representa essa vontade. Conhecemos o território, conhecemos as pessoas e está na hora de olhar para a frente, porque não precisamos de continuar presos no passado”, reforça Sara Quinta, que encabeça a coligação PSD/IL.

    Os dois partidos acordaram os termos da coligação e disputam em conjunto uma autarquia que está nas mãos do CDS-PP desde 2013. A coligação “Albergaria em Primeiro” é, aliás, o único caso no país onde PSD e Iniciativa Liberal se unem em alternativa ao CDS-PP, sublinhando a urgência de uma mudança local que rompa com o ciclo de estagnação vivido no concelho.

    Prestes a começar a corrida autárquica o país vai-se definir politicamente para os próximos anos

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    Agora que acabou a corrida eleitoral das legislativas, outra começa, muito mais local e muito mais visceral. As autárquicas mexem muito mais com as nossas tripas, coração e cérebro do que qualquer outra eleição.

    Este ano e pela conjuntura política, vamos todos tentar acertar e talvez falhar, sobre como se vai comportar o mapa autárquico em vigor.  De certeza que vai ser um excelente ano para as empresas de sondagens, apenas por 3 pequenos (grandes) detalhes. O PS está na chamada rua da amargura e tão cedo não se recupera, o CHEGA sendo a segunda maior força política do país, vai pela primeira vez (já foi mais, mas esta é a doer) testar o seu eleitorado local, enquanto que o PSD e o CSD/PP vão tentar andar entre os pingos da chuva, pois a AD foi a força política a crescer mais, diretamente proporcional à queda do PS e aguardam que a esgrima se faça entre o que resta do PS e o irrequieto CHEGA que pretende acabar o que começou, que é tirar mais alguns pontos ao PS, pois a restante esquerda está muito esquelética, e ganhar câmaras, consolidando o seu eleitorado.

    “Mesmo com Marcelo Rebelo de Sousa a protelar a data de irmos a votos, para ver se o PS vai remendando alguns furos na estrutura e ganhar assim algum tempo, o facto é que vão ser precisos pelo menos 2 anos para o PS fazer as pazes com o seu eleitorado…”

    Mas vamos por partes:

    O PS devido ao desaire já anunciado antes das legislativas, fruto do maior erro de Pedro Nuno Santos em querer ir de novo a eleições, está neste momento sem eira nem beira. Carlos César faz o que pode, mas tão cedo o partido não irá afirmar uma liderança consistente e forte. Mesmo que José Luís Carneiro (ou outro candidato) tome posse rapidamente, não tem tempo até às autárquicas de reconstruir este partido. Mesmo com Marcelo Rebelo de Sousa a protelar a data de irmos a votos, para ver se o PS vai remendando alguns furos na estrutura e ganhar assim algum tempo, o facto é que vão ser precisos pelo menos 2 anos para o PS fazer as pazes com o seu eleitorado, que viu fugir, essencialmente para o CHEGA e para a AD. Ora, sabemos perfeitamente que quem é de esquerda, por norma e numa situação normal, não vota à direta, nem tão pouco à extrema-direita. O contrário também é verdade. Mas de facto, isso aconteceu, e só nos informa que estamos perante um ciclo político anormal, e que o povo quer enviar um recado à esquerda. Não foi só o PS que afundou, mas sim quase todos os partidos à esquerda, livre exceção ao LIVRE, que conseguiu manter-se e até mesmo crescer alguma coisa. O PS e desde há 12 anos, tem tido sempre a maioria das câmaras em Portugal (em 2021 ganhou 148). Neste momento, com diversos Presidentes de Câmara do partido a serem impedidos de se recandidatarem, e muitos valores a fugirem para outros partidos, não é fácil fazer futurologia. Cheira-me que o PS vai levar um tombo, ou não. Tudo depende do CHEGA, pois, a direita tradicional deverá manter o que tem. Mas já lá vamos.

    Na segunda parte, falemos do CHEGA.

    Sendo um partido muito recente, não tem ainda tempo de fidelizar o seu eleitorado. Falo das massas, aqueles que lhe deram os 60 deputados. O CHEGA terá, certamente, capacidade para eleger de 12 a 18 deputados, num ciclo político normal, pois os portugueses estão habituados a esta alternância entre partidos, a chamada bipolarização, e não vão arriscar num regime que poderá fazer muito bem, ou muito mal. Ou seja, um regime de incerteza. E depois, quem conhecemos de valor que está no CHEGA? Sim, alguns nomes com algum destaque, mas na maioria dos casos, vemos pessoas que não estão de todo preparadas para assumir cargos de gestão governamental. E os portugueses sabem disto. E alguns votaram CHEGA justamente para dar um cartão amarelo ao PS e à esquerda. Não foi ao sistema, porque senão a AD não teria crescido tanto, e convém registar que foram quem mais cresceram nas últimas eleições. Ressalve-se que o CHEGA venceu a esquerda, não o sistema.

    André Ventura e a sua comissão de gestão das autárquicas devem andar com os nervos à flor da pele. As autárquicas serão as eleições que das duas uma, ou acabam de vez com o PS e remete-o para números impensáveis, e o CHEGA começa a pintar o mapa autárquico com os seus executivos, ou o CHEGA não é relevante no panorama local, tudo se mantém e os que advogam que o voto no CHEGA tem sido e apenas de protesto provam o seu ponto de vista. Por estes motivos, André Ventura não vê com bons olhos estas eleições. Não pode. O CHEGA precisa de tempo para consolidar, pois cresceu muito rápido, e não estou a ver candidatos de peso que se aproximem do CHEGA para assumirem candidaturas às câmaras municipais. As autárquicas são umas eleições muito pessoais e ou unipessoais, sendo preciso haver solidificação eleitoral, ligações muito fortes entre candidatos e eleitores e o CHEGA ainda não chegou lá. Se André Ventura perder as autárquicas, será o começo do fim para o CHEGA e a normalização do sistema político bipolar. Este filme já passou em muitos países e o que chama à atenção é o crescimento do populismo, porque encaixa perfeitamente na revolta das pessoas, mas na altura certa ninguém quer atirar o país para um sistema político e para políticos que pouco se sabe, que poucas provas deram à sociedade e assim arriscar algumas conquistas de abril, que são e nomeadamente a liberdade, o SNS e as pensões, pedras basilares da nossa sobrevivência.

    Por último, o PSD, o CDS e o PSD+CDS

    “Nem mesmo os diversos escândalos do nosso PM parece abalar a coligação. Sem maioria, vamos ter mais do mesmo deste futuro governo, ou seja, políticas ao centro/centro-esquerda…”

    Se analisarmos que a AD foi a coligação que mais cresceu nas últimas eleições legislativas, comparativamente a 2024, pode-se antever alguma estabilidade de votos. Estando a guerra política concentrada entre o CHEGA e a esquerda, o PSD sozinho, ou coligado com o CDS, vai tentar manter ou mesmo crescer o nº de câmaras. Estes dois partidos estão quase a fazer as pazes com um eleitorado que prejudicaram bastante, no tempo de Passos Coelho, e vão assim consolidando as suas bases. Nem mesmo os diversos escândalos do nosso PM parece abalar a coligação. Sem maioria, vamos ter mais do mesmo deste futuro governo, ou seja, políticas ao centro/centro-esquerda, e mais uma vez Montenegro não vai conseguir executar o que deseja, virar o país mais à direta, cortando direitos fundamentais, e dando ao privado o manjar dos deuses. Não. Luís Montenegro não teve maioria, não pode governar como bem lhe apetecer. E não havendo entendimento com o CHEGA, vamos ver muitas vezes a Assembleia Nacional a governar por decreto. O que quer dizer que vamos continuar a desbaratar muito dinheiro mal gasto, e daqui até setembro, a AD vai continuar a crescer, e isso vai-se refletir certamente no resultado das autárquicas. Com esta luta entre a esquerda e o CHEGA, basta à AD e aos seus partidos recolher algum do espólio que vá sobrando dessas batalhas, para irem estabilizando as suas bases e crescendo alguma coisa.

    Em suma, acredito que vão ser umas eleições bem interessantes, politicamente esclarecedoras e decisivas também para o PS e o CHEGA. Ou o PS recupera ou o CHEGA consolida-se. Vai tudo girar à volta disto. Tudo o mais é cenário eleitoral.

    Os restantes partidos, embora merecendo todas as honras na minha escrita, saem fora do âmbito e do objetivo que pretendo para este artigo. Certamente, falarei deles em futuros artigos e analisarei com mais alguma profundidade a sua trajetória.

    Festival dos Canais regressa a Aveiro de 16 a 20 de julho

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    Organizado pela Câmara Municipal de Aveiro (CMA), o Festival dos Canais está de regresso para mais cinco dias de arte e cultura, realizando-se entre os dias 16 e 20 de julho. O evento celebra este ano a sua décima edição e voltará a encher Aveiro de música, teatro, dança, novo circo, instalações artísticas, atividades para crianças e outras propostas que prometem transformar o quotidiano da cidade, sempre com entrada gratuita.

    Entre os destaques desta edição, conte-se novamente com espetáculos sobre a água, entre os quais o marcante The Weight of Water, da companhia Panama Pictures, dos Países Baixos, que junta dança, circo e música ao vivo para promover uma reflexão sobre os tempos atuais e a relação com o meio ambiente. Uma parábola sobre o aquecimento global com seis intérpretes e uma plataforma flutuante para ver no Canal Central, junto às comportas, nos dias 19 e 20 de julho.

    Na música, o primeiro nome revelado é o de Dino D’Santiago, figura central da música portuguesa, que tem trabalhado a tradição cabo-verdiana com a marca contemporâneo da eletrónica global. Uma atuação marcada para o arranque do evento, no dia 16 de julho, no palco maior do Festival dos Canais, instalado no Cais da Fonte Nova.

    No campo das estreias, o espetáculo verde/claro, de Rui Queiroz de Matos, é o primeiro exemplo, sendo também uma encomenda do Festival dos Canais. Trata-se de uma criação com marionetas que celebra a natureza na sua escala mais íntima e questiona os espetadores sobre como seria a vida se os seres humanos tivessem apenas uns milímetros de altura. Para ver todos os dias do Festival, com quatro apresentações diárias.

    O Festival dos Canais voltará a contar com a participação da comunidade em algumas das suas atividades, sendo disso exemplo a Fanfarra dos Canais, um dos ex-libris do evento, formação musical itinerante que todos os anos conta com elementos recrutados através de uma open-call. Este ano não será exceção, estando para breve a abertura de inscrições.

    As crianças e as famílias voltarão a ser brindadas com diversas propostas, tendo para isso o espaço Jardim das Brincadeiras, um recinto acolhedor e divertido, na Baixa de Santo António, com espetáculos e atividades inventivas.

    Como tem acontecido nos últimos anos, o Festival dos Canais irá contar com um pop- up do Chefs On Fire, evento gastronómico que convida chefs de renome a cozinhar em fogo lento, celebrando as origens da cozinha. Quatro chefs irão apresentar as suas criações, entre 18 e 20 de julho, ao almoço e ao jantar, em momentos que irão incluir concertos de vários músicos reconhecidos. Reservas já disponíveis através de chefsonfire.com.

    A programação completa do Festival dos Canais será apresentada em breve e ficará também disponível em https://festivaldoscanais.pt/

    Aveiro celebra a Festa Arte Nova de 7 a 10 de junho com uma programação cultural intensa

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    A Câmara Municipal de Aveiro (CMA) promove, entre os dias 7 e 10 de junho, a Festa Arte Nova, com um programa diversificado que assinala o Dia Mundial da Arte Nova, celebrado a 10 de junho, em paralelo com o Dia de Portugal.

    Integrada na rede europeia Réseau Art Nouveau Network, da qual Aveiro faz parte, esta celebração visa promover o espírito e as manifestações do movimento Arte Nova em todas as suas expressões. A programação insere-se no projeto Nova Arte Nova, com epicentro no Museu Arte Nova, e propõe atividades que destacam a presença deste estilo arquitetónico e decorativo na cidade.

    Espetáculos e Performances

    O programa abre no dia 7 de junho (sexta-feira) com o espetáculo de rua “Pennyfly”, pela Companhia Marimbondo, às 11h00 e 16h00. Um imponente veículo e uma dupla inspirada nos anos 20 animarão o roteiro Arte Nova com música, sapateado e números de equilíbrio.

    Ainda no dia 7, pelas 21h30, o Pátio do Museu Arte Nova acolhe a performance “Jazz Me”, por The Jazz Shakers. O espetáculo recria a energia dos loucos anos 20, com uma troupe de bailarinos em trajes vintage que dançam ao som da Belle Époque.

    No domingo, 8 de junho, às 16h00, o grupo Dixie Gang apresenta um concerto temático no Pátio do Museu Arte Nova, inspirado nos cruzeiros fluviais do Mississípi, evocando o ambiente musical do início do século XX.

    Cinema e Documentários

    A segunda-feira, 9 de junho, será dedicada à imagem e ao cinema. Pelas 18h00, serão exibidos dois documentários no Museu Arte Nova:

    “A Arte Nova em Aveiro”

    Um documentário de Alexandre Humbert sobre o projeto europeu Arte Nova. Nova EUtopia, que acompanhou artistas em residência, incluindo em Aveiro, numa reflexão contemporânea sobre a influência da Arte Nova nas artes e arquitetura atuais.

    Segue-se, às 19h00, a sessão “Da Sombra para a Cor. O Nascimento do Cinema”, com exibição de filmes que retratam o espírito da Belle Époque. Às 21h30, o museu recebe o Recital de Piano “Reflexos Sonoros em Tons de Cor”, por Inês Filipe, que propõe uma viagem sonora por paisagens emotivas, explorando as múltiplas tonalidades expressivas do piano.

    Visitas Guiadas e Ateliers

    Durante os quatro dias da Festa, serão promovidas diariamente duas atividades fixas:

    Visita guiada “As Cores da Arte Nova” – às 10h00, com ponto de partida no Museu Arte Nova. Uma visita dialogada pelos edifícios emblemáticos do movimento em Aveiro, com enfoque especial nas cores utilizadas.

    Atelier “Brincar com a Cor – Apanhador de Sonhos” – às 15h00, também no Museu Arte Nova. A atividade tem limite de 20 participantes por ordem de chegada.

    Informações Adicionais

    O programa completo da Festa Arte Nova está disponível em: https://www.cm- aveiro.pt/visitantes/eventos/festa-arte-nova/festa-arte-nova-2025

    O escândalo dos 400 mil euros: um insulto à confiança dos cidadãos

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    A revelação de que um médico dermatologista recebeu mais de 400 mil euros por dez dias de trabalho adicional no Hospital de Santa Maria é, antes de mais, um abalo grave à confiança que os portugueses depositam nas instituições públicas. Independentemente da legalidade do processo — matéria que caberá às autoridades competentes averiguar — o que está em causa é uma ferida profunda na credibilidade do Serviço Nacional de Saúde e, mais amplamente, na ideia de justiça e responsabilidade na gestão do erário público.

    Vivemos num país onde milhares de cidadãos esperam meses por uma consulta, onde há hospitais a funcionar em regime de contingência por falta de profissionais, e onde se acumulam denúncias de exaustão entre médicos e enfermeiros. Perante este cenário, como pode o mesmo sistema permitir que um único profissional receba, em média, 40 mil euros por dia através de um regime dito “adicional”? A justificação de que se trata de cirurgias fora do horário normal, no âmbito do SIGIC, só agrava a perplexidade: terá o sistema sido desenhado para resolver listas de espera ou para permitir acumulações desta natureza?

    Não se trata de inveja, nem de uma crítica leviana ao mérito de quem trabalha mais. Trata-se, sim, de questionar os critérios, os controlos e a moralidade de um modelo que, sendo financiado com o esforço de todos, permite remunerações que ultrapassam os limites da razoabilidade — sobretudo quando comparadas com o salário médio de um profissional de saúde no SNS. O que foi revelado não representa apenas um caso isolado; é o espelho de um sistema onde a falta de fiscalização e a opacidade de processos criam espaço para abusos legitimados por dentro.

    Pior do que o montante em causa é o silêncio dos responsáveis institucionais. A ministra da Saúde, pressionada pela indignação pública, limitou-se a reconhecer o dano causado à imagem do SNS. Mas não basta constatar o óbvio. É preciso assumir responsabilidades, rever procedimentos e introduzir mecanismos eficazes de controlo. De igual modo, espera-se da Ordem dos Médicos e da administração do hospital uma resposta clara e célere — não apenas para apurar factos, mas para restaurar o sentido ético da profissão e do serviço público.

    Os portugueses não compreendem, nem aceitam, que se invoque a legalidade para justificar o que é, na sua essência, moralmente inaceitável. Numa altura em que se exige contenção, rigor e responsabilidade na administração pública, episódios como este só contribuem para alimentar o cinismo, a descrença e o afastamento dos cidadãos em relação ao Estado.

    Não é só uma questão de números. É, sobretudo, uma questão de valores.

    Irão e Egito são os vencedores do Festival de Cinema do Pão de Albergaria-a-Velha

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    “Gageriv ” é o grande vencedor do “7º Do Pão Festival Internacional de Cinema Documental de Albergaria-a-Velha”, encerrando 5 dias do único festival de cinema sobre pão.
    Realizado no Irão por Mahmoud Kameli, este filme ganhou o Prémio Melhor Longa-metragem.

    Sendo um documentário que parte do pão para revelar, com sensibilidade e rigor visual, a vida de uma comunidade iraniana marcada por pobreza e exclusão. A narrativa poética equilibra observação e representação, destacando o desejo de mudança dos mais jovens face a um quotidiano adverso. Segundo o Júri, “o filme transmite uma realidade local que ecoa preocupações universais”.

    O Prémio Melhor Curta-metragem foi atribuído ao filme “O Produto” do cineasta egípcio Mohamed H. Salama.

    Este documentário comovente retrata uma família egípcia dividida entre um ofício ancestral e o desejo de superação. Com linguagem visual contida, centra-se nos gestos do trabalho e no conflito entre herança e futuro, revelando grande subtileza autoral. Uma obra que o júri considerou “simples forte e que emociona sem ceder à romantização”.

    O júri de cinema foi constituído pela produtora grega Katia Pantazi, pela realizadora ucraniana Ganna Yarovenko, pelos realizadores Rui Nunes, Joaquim Pavão e João Católico, pelas atrizes Alexandra Carvalho e Isilda Mesquita, pelo produtor Nelson Martins, pelo poeta António Souto, pelo músico e cantor Miguel Ramiro, pelo arquiteto Gil Moreira e pelo encenador Vítor Valente.

    O festival de cinema decorreu em paralelo com o Festival do Pão de Portugal, tendo sido marcado por uma excelente afluência de público presente nas sessões do festival e que esgotou os lugares disponíveis para cada um dos workshops que decorreram nestes dias.

    O Do Pão – Festival Internacional de cinema Documental é uma organização conjunta do Município de Albergaria-a-Velha e Cine Clube de Avanca, com o apoio do ICA / Ministério da Cultura, para além do Instituto Politécnico de Bragança, Agrupamento de Escolas de Albergaria-a-Velha e Jobra – Associação de Jovens da Branca.

    Tiago Cação vai passar já na próxima quarta quinta-feira pelo distrito de Aveiro na volta aos 278 municípios

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    O ultramaratonista em ciclismo, Tiago Cação, inicia na próxima segunda-feira, dia 02 de junho, pelas 9h00, o Projecto 278, uma volta a Portugal em bicicleta de 6.000 km que terminará em Lisboa no final do mês, depois de passar por todos os 278 Municípios de Portugal Continental.

    No distrito de Aveiro, Tiago Cação vai passar, já na próxima quarta-feira, dia 4, por Espinho, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Ovar, Murtosa e Estarreja. No dia 5 irá a Aveiro, Ílhavo, Vagos, Mealhada, Anadia, Oliveira do Bairro, Águeda, Albergaria, Sever do Vouga, Vale de Cambra e Arouca. A passagem pelo distrito termina no dia seguinte, em Castelo de Paiva. Em todos estes municípios, Tiago Cação irá entregar uma carta à autarquia a apelar à profunda redefinição da mobilidade urbana.

    Antes, na manhã de dia 02, Tiago Cação irá entregar o primeiro manifesto à Vereadora da Câmara Municipal do Porto, Catarina Araújo, que tem o pelouro da Qualidade de Vida. Nesse momento simbólico, Tiago Cação terá a companhia do Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Cândido Barbosa, da Presidente da MUBI – Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta, Vera Diogo, e do CEO da Greenvolt Comunidades, José Queirós de Almeida.

    Siga o projeto diariamente em projecto278.pt

    Com a meta diária de percorrer cerca de 240 km ao longo do mês de junho, Tiago Cação tentará sensibilizar as Câmaras Municipais, antes das Eleições Autárquicas deste ano, para a necessidade da mudança de paradigma nas políticas urbanísticas e de mobilidade, priorizando a sustentabilidade, a saúde, a segurança e a qualidade de vida das populações.

    Os centros urbanos são atualmente responsáveis por 70% das emissões de gases com efeito de estufa e o transporte rodoviário é identificado como a principal causa da poluição do ar nas cidades. Com o Projecto 278, Tiago Cação visa defender uma mobilidade mais ativa, sugerindo a inclusão da bicicleta no topo da pirâmide da mobilidade, propondo os passos prioritários para alcançar esse objetivo.

    O Projecto 278 tem ainda um forte eixo de promoção turística, pois na sua viagem Tiago Cação procurará demonstrar que Portugal é um destino de referência no cicloturismo e no turismo sustentável.

    Durante toda a duração da iniciativa serão produzidos conteúdos audiovisuais para dar visibilidade à diversidade paisagística, patrimonial e cultural do nosso país, quer nas zonas urbanas como nas zonas rurais, com menos densidade populacional.

    O Projecto 278 será ainda acompanhado pelo multipremiado realizador belga Ryan Le Garrec, conhecido pelas suas obras sobre ciclismo e ultramaratonismo, e que fará um documentário sobre a iniciativa.

    O Projecto 278 conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República e com o apoio institucional da Associação Nacional de Municípios, da Federação Portuguesa de Ciclismo, da MUBI, do IMT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes, do ICFN – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e da ABIMOTA.

    A Greenvolt Comunidades e a Sociedade Ponto Verde são os patrocinadores. A iniciativa conta ainda com parcerias com a Bikezone, Decathlon, Geonatlife, Sponser Sport Foods, Catlike, Biolectra Magnesium e Panvitol da Azevedos e da Topcycling.pt.

    Sobre Tiago Cação

    Nasceu em Montemor-o-Velho em 1983. É formado em Turismo, tendo frequentado o curso de Marketing no I.S.C.A. Trabalha na indústria musical e por paixão é fotógrafo, produtor e escritor de viagens. Produziu e realizou o documentário Horizontes, atualmente disponível na RTP PLAY.

    É atleta ultramaratonista em ciclismo, tendo disputado o campeonato do mundo Biking Man em 2019 e 2021, terminando em 29.º e 12.º lugar, respetivamente. Qualificou-se para a Race Across América, a prova mais difícil do mundo, e é o único português a conseguir fazer as nove ilhas dos Açores em nove dias consecutivos.

    Dedica-se frequentemente a causas sociais. Em abril de 2020, realizou uma volta solidária a Portugal. Percorreu 2.000 km em sete dias e angariou duas toneladas de alimentos para a União Audiovisual. Também em outubro de 2020, com o apoio da Rádio Comercial, fez a estrada Nacional 2 em 27 horas, tendo angariado mais de 8 mil euros através de crowdfunding, valor que foi convertido em ajuda alimentar para profissionais do setor da cultura em dificuldades financeiras devido à pandemia.

    Centro de Responsabilidade de Obesidade da ULS Entre Douro e Vouga Reconhecido como Centro de Excelência

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    O Centro de Responsabilidade Integrado de Tratamento Cirúrgico de Obesidade e Doenças Metabólicas (CRITCODM) da Unidade Local de Saúde de Entre Douro e Vouga (ULSEDV) acaba de conquistar uma distinção inédita em Portugal: o reconhecimento como Centro de Excelência pela International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders (IFSO).

    Foi dado um passo estratégico rumo à afirmação internacional na área da cirurgia bariátrica e metabólica, ao avançar com o processo de candidatura para o reconhecimento como Centro de Excelência pela IFSO.

    A certificação, atribuída pela mais prestigiada organização mundial dedicada à cirurgia da obesidade e doenças metabólicas, atesta o cumprimento rigoroso dos mais elevados padrões internacionais de qualidade, segurança e eficácia no tratamento cirúrgico da obesidade.

    O estatuto de Centro de Excelência implica uma avaliação rigorosa de indicadores como a segurança cirúrgica, a eficácia terapêutica, a formação da equipa multidisciplinar, e a monitorização de resultados clínicos a longo prazo. Permite ainda à unidade integrar redes internacionais de investigação, participar em ensaios clínicos multicêntricos e acolher programas formativos para profissionais de todo o mundo.

    Com esta aposta estratégica, a ULSEDV posiciona-se como um referencial de qualidade e inovação em cirurgia bariátrica, fortalecendo a sua missão de responder eficazmente aos desafios da obesidade — uma das principais ameaças à saúde pública do nosso tempo.

    Primeiro centro em Portugal com esta distinção

    A ULSEDV torna-se assim a primeira Entidade de saúde no país a receber este selo de excelência, e distinguida como referência europeia nesta área altamente especializada.

    Segundo o diretor do CRITCODM, Dr. Mário Nora, “este reconhecimento é fruto de um trabalho contínuo, baseado na dedicação de uma equipa multidisciplinar comprometida com os melhores resultados clínicos e humanos para os nossos doentes”. A equipa integra cirurgiões, endocrinologistas, psiquiatras, anestesiologistas, nutricionistas, psicólogos, entre outros profissionais de saúde.

    Referência para a região e para o país

    O modelo de acompanhamento integrado e centrado no doente, adotado pela ULSEDV, tem permitido resultados clínicos de excelência, com elevado grau de satisfação por parte dos utentes e profissionais, e impacto positivo na saúde pública da região.

    Para os profissionais de saúde e para a comunidade local, esta distinção reforça a confiança na capacidade técnica e humana da ULSEDV e projeta a região no mapa da medicina bariátrica de ponta em Portugal e na Europa.

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