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    Cláudia Afonso lidera candidatura do Bloco à Câmara Municipal de Águeda

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    Cláudia Afonso lidera candidatura do Bloco à Câmara Municipal de Águeda
    Cláudia Afonso lidera candidatura do Bloco à Câmara Municipal de Águeda

    A candidatura do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Águeda vai ser encabeçada por Cláudia Afonso. 

    Aguedense há 45 anos, a pedagoga social e produtora agrícola é licenciada em Educação Social e tem dedicado grande parte da sua vida profissional e cívica à promoção do desenvolvimento local e da sustentabilidade ambiental.

    Depois do percurso enquanto estudante na sua terra natal e no Porto, Cláudia Afonso foi formadora de adultos e de jovens em situação de risco, tendo coordenado várias dinâmicas comunitárias na região. Parte dessa experiência foi até apresentada na Universidade de Aveiro, numa comunicação sobre “O papel das comunidades na inovação regional”, onde defendeu a importância da coesão social no crescimento dos territórios. Passou também por experiências no ramo empresarial das comunicações, trabalhou com a comunidade de Vale Domingos, fez parte da primeira equipa da Biblioteca Municipal Manuel Alegre e tornou-se militante ativa do Bloco de Esquerda em 2017, ano em que se candidatou à Junta de Freguesia de Recardães. Em 2021, liderou a candidatura bloquista à Câmara Municipal de Águeda.
    Nos últimos anos, tem conciliado a produção agrícola com a criação de conteúdos audiovisuais ligados à natureza e à valorização do património natural e cultural do concelho e do Baixo Vouga, tendo sido argumentista e apresentadora de programas transmitidos no projecto Sobrenia do Povo TV. O último intitulou-se Modos de Ver[de] e visitou inúmeras freguesias de Águeda salientando as belezas naturais que as mesmas nos oferecem.

    Voluntária em diversas iniciativas ambientais e sociais no distrito de Aveiro, Cláudia Afonso, mulher e política de ação e de palavra, afirma-se como uma defensora do território e da participação dos cidadãos na vida pública.

    Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro comemora o seu 21.º aniversário

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    Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro comemora o seu 21.º aniversário
    Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro comemora o seu 21.º aniversário

    No dia 4 de julho, as partir das 17h00, a Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro vai abrir as portas a toda a comunidade para comemorar o seu 21.º aniversário. Dentro e fora de portas, a festa e a animação estão garantidas com um programa de atividades para todas as idades. Exposições, experiências e desafios: o difícil vai ser escolher.

    A Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro celebra 21 anos a promover a cultura científica e tecnológica, num percurso grande e marcante para os seus amigos, parceiros, colaboradores, público geral. Como forma de abraçar toda a comunidade, a Fábrica vai abrir em festa na próxima sexta-feira, oferecendo um programa de atividades interessante para todos.

    Das 17h00 às 19h00, decorrerão workshops na “Cozinha é um Laboratório” e na “Oficina dos Robôs”. Os interessados em participar nestes workshops, poderão inscrever-se na bilheteira da Fábrica, durante o próprio evento. Neste mesmo horário estarão abertas para visitas as exposições “Mãos na Massa” e “E se Mendeleev estivesse aqui?”. Os mais pequenos poderão ainda contar com insufláveis, pinturas faciais e modelagem de balões.

    Às 18h00, será inaugurada a exposição “Feito de Ciência: Os Materiais do Nosso Futuro”, do CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro, da Universidade de Aveiro. Esta exposição convida a conhecer a história e as linhas de ação deste que é, atualmente, o maior instituto português em matéria de Engenharia e Ciência dos Materiais.

    De seguida, pelas 18h20, será inaugurado o STEAM LAB, um laboratório inovador com o qual pretende-se promover uma metodologia de aprendizagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), com forte componente prática e baseada no “aprender fazendo”. O espaço está equipado com recursos tecnológicos diversificados, como impressora 3D, plotter de corte, gravadora laser, óculos de realidade virtual, kits de robótica, ferramentas e equipamento eletrónico, favorecendo a exploração de áreas como a robótica, programação, modulação, fotografia, vídeo, eletricidade ou eletrónica.

    Às 19h00, todos estão convidados a assistir à sessão de encerramento dedicada aos 21 anos da Fábrica. Este momento contará com a presença de Artur Silva, Vice-Reitor da Universidade de Aveiro; José Ribau Esteves, Presidente da Câmara Municipal de Aveiro; Pedro Russo, da Direção da Ciência Viva, e Pedro Pombo, Diretor da Fábrica Centro Ciência Viva.

    Em dia de festa, não pode faltar o momento de brindar e cantar os parabéns à Fábrica, previsto para as 19h20.

    A entrada no evento é livre, sem necessidade de inscrição prévia.

    PROGRAMA:

    17h00 > 19h00 – Animação infantil: insufláveis, pinturas faciais e modelagem de balões

      – A Cozinha é um Laboratório*

      – Oficina dos Robôs*

      – Exposição interativa “Mãos na Massa”

      – Exposição “E se Mendeleev estivesse aqui?”

    – Photobooth, Videobooth 360⁰ e Audio Guest Phone

    * Inscrição na bilheteira da Fábrica, durante o próprio evento.

    18h00 – Inauguração da Exposição do CICECO: “Feito de Ciência: Os Materiais do Nosso Futuro”

    18h20 – Inauguração do STEAM LAB

    19h00 – Sessão de Encerramento

    Artur Silva | Vice-Reitor da Universidade de Aveiro

    José Ribau Esteves | Presidente da Câmara Municipal de Aveiro

    Pedro Russo | Direção da Ciência Viva

    Pedro Pombo | Diretor da Fábrica

    19h20 – Brinde e bolo de aniversário

    Isto é gozar com quem pensa

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    Isto é gozar com quem pensa
    Isto é gozar com quem pensa

    O humor é uma expressão nobre da inteligência democrática. Quando bem exercido, revela a hipocrisia do poder, desmonta os absurdos da ideologia e convida à reflexão crítica. Mas quando se converte em arma de escárnio sistemático contra os mesmos alvos, torna-se mero prolongamento de um certo domínio cultural — moralista, previsível, impune. O riso, em vez de libertar, oprime. Em vez de questionar, impõe.

    Hoje, em Portugal, os humoristas de referência tornaram-se fortes com os fracos e fracos com os fortes. Gozam com quem não tem palco, atacam quem não tem rede. Veja-se o caso de Gonçalo da Câmara Pereira, há anos reduzido a caricatura por ser monárquico, por falar de forma pausada, por ser diferente. O debate de ideias foi substituído pela zombaria de classe. O humor é usado para expulsar do espaço público quem não pertence à bolha.

    O padrão repete-se. Cristina Ferreira foi diariamente ridicularizada de forma pouco “católica” por Joana Marques, na Renascença, num formato em que não tem direito de resposta. Não se discutiram as opções televisivas — escarneceu-se da voz, do entusiasmo, da forma como se vestiu ou chorou. O que antes se chamava bullying, agora passou a ser rubrica.

    E o que dizer de Joana Amaral Dias? Foi alvo de gozo público por Ricardo Araújo Pereira pelo seu aspeto físico, como se a idade ou a cirurgia estética fossem motivo legítimo de chacota. E isto vindo de círculos que se afirmam feministas. O paralelo é inevitável: os mesmos que criticam — com razão — os piropos feitos por deputados a mulheres nos corredores da Assembleia da República, parecem não reconhecer que o achincalhamento do corpo feminino também pode vir do microfone com riso em fundo. É a mesma lógica do domínio, da redução da mulher a um objeto, ainda que em registo cool.

    Entretanto, os grandes poderes passam ao lado. Os Gato Fedorento, ícones de uma geração, já vinham com alguns tiques desrespeitosos quando ousaram em tempos fazer um sketch em que um cidadão urinava na cara de Valentim Loureiro, no entanto calaram-se quando assinaram um contrato milionário com a MEO, então empresa pública. A partir desse momento, nunca mais se viu uma crítica direta a José Sócrates, Ricardo Salgado, etc… A rebeldia esvaneceu-se. O silêncio passou a ser sinal de estatuto.

    Pior ainda foi o episódio de 2011, quando milhares de portugueses saíram à rua contra a austeridade. Em vez de escutarem o clamor do povo, os humoristas riram-se dele. Os Gato Fedorento foram aos EUA fizeram um sketch com Steven Seagal, ridicularizando os protestos, os cartazes, os indignados. Não houve empatia. Houve desprezo. Era a elite a rir-se do povo que ousava manifestar-se sem pedir licença ao humor urbano.

    A verdade é que expressões como “Isto é gozar com quem trabalha” poderiam perfeitamente servir de slogan a um partido populista de extrema-direita. São frases curtas, agressivas, fáceis de memorizar, com o tom ressentido e zombeteiro que serve bem para alimentar a desconfiança contra a política, contra a cultura, contra tudo. O que se apresenta como humor progressista começa a resvalar para a linguagem emocional e corrosiva da antipolítica.

    É engraçado ouvir pseudointelectuais espantados com o crescimento da extrema direita quando, humoristas e extremistas usam a mesma pá para escavar a cova da democracia.

    Neste contexto, honra seja feita a figuras como Diogo Freitas do Amaral ou Mário Soares, que sempre recusaram participar nestes formatos de falsa leveza, no entanto foram diversas vezes a programas de Herman José e Nicolau Breyner.

    Nestes novos programas dos humoristas que agora se defendem a propósito do caso dos “Anjos” quase como se uma irmandade esotérica se tratasse, estes senadores  recusaram rir-se de si próprios em público, não por arrogância, mas por respeito à dignidade do cargo, das ideias e da história. Sabiam distinguir o humor da humilhação. Sabiam que nem tudo se resolve com uma gargalhada.

    O país precisa de voltar a ter humor que pense. Humor que confronte o poder, não que o oculte. Humor que não tenha medo de rir dos ricos, dos banqueiros, dos impunes. Humor que não ache que Cristina Ferreira, Joana Amaral Dias, Gonçalo da Câmara Pereira ou um miúdo vulnerável dos Ídolos a quem acrescentaram orelhas gigantes são os grandes inimigos da democracia.

    Porque quando os humoristas passam a vida a gozar com quem é fraco, o país corre o risco de só se rir dos mais fracos…e ainda por cima por alguns humoristas que já não são pobres nem fracos…

    Os Intocáveis

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    Luis de camões
    Luis de camões

    Constituição da República Portuguesa, Parte I, Título II, Capítulo I, Artigo 26.º

    (Outros direitos pessoais)

    1. A todos são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, ao desenvolvimento da personalidade, à capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação, à imagem, à palavra, à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à protecção legal contra quaisquer formas de discriminação.

    Lusíadas, Luís Vaz de camões: CANTO I – ESTROFE 22,

    Estava o Padre[1] ali sublime e dino[2],

    Que vibra os feros[3] raios de Vulcano[4],

    Num assento de estrelas cristalino,

    Com gesto alto severo e soberano.

    Do rosto respirava um ar divino,

    Que divino tornara um corpo humano;

    Com uma coroa e cetro rutilante,

    De outra pedra mais clara que diamante.

    Calem-se, pois, os políticos, calem-se os agentes desportivos, calem-se os alcoviteiros, calhandreiros, e maldizentes, calem-se todos e vejam, que no Olimpo, intocáveis são os que lá estão com o Pai, e cá em baixo[5] os INTOCÁVEIS, são esta gente, os – HUMORISTAS – pináculo da sátira, cavalgando o humor, ácido, como convém, pois os “likes”, os “gostos” enfim a fama, assim o exigem, e as redes sociais, “Óo, sim as redes, podcasts e afins”, esses meios que alimentam a existência de gente de tal calibre, qual seiva regeneradora, do caule, á folha, não importa se da urtiga se da rosa com espinhos.

    Estes, os humoristas, são os intocáveis, mal o sabia o grande vate da língua portuguesa – Luís Vaz de Camões -a achar que eram só os do Olimpo.

    Instalou-se no “status quo” vigente, a ideia, alcandorada a mito, que afinal o lema “somos todos iguais … mas uns mais iguais que outros”, se aplica a uma profissão, a quem se tributa uma espécie de inimputabilidade, naquilo que fazem, dizem, ou verberam, seja em forma de apodo, ou não, até porque isso depende da perspetiva de cada um, neste sentido: para os humoristas determinada verborreia é inofensiva, para os visados é ofensivo, e muitas lesivo do seu bom nome e ou reputação, e vastas vezes o impacto ofensivo cilindra, qual buldózer, a família, os amigos os mais próximos dos visados.

    Vem isto a propósito de uma peça de “humor” protagonizada por Joana Marques, cujas vítimas foram os “Anjos”, numa sátira da “humorista” a um trabalho dos cantores, consubstanciado numa interpretação muito própria do hino nacional, num evento desportivo.

    Para a humorista, que se sente intocável, afinal faz parte dos inimputáveis utilizadores profissionais da “liberdade de expressão”, a coisa não passou de um gozo, para troçar, ridicularizar, ou achincalhar, os irmãos cantores. Provavelmente não é fan dos rapazes, ou não vai á bola com as suas canções, ou até, concedo, não gostou do modo como eles cantaram o hino nacional, ou para considerar todas as opções nem gosta do hino nacional.

    Não interessa. O que interessa é que a “arte” de joana teve um efeito devastador nos irmãos. Pudera, hoje as redes sociais exacerbam qualquer coisa, para o bem e para o mal.

    Coloca-se a questão: deve um humorista preocupar-se com o impacto daquilo que faz?

    O Ricardo Araújo Pereira acha que não. Para ele a Joana pode disparar toda a espécie de dislates, sem ser responsabilizada pelas consequências que daí resultarem, porque, segundo diz, a culpa é das pessoas que interpretam a coisa. Ainda achou ser a oportunidade de troçar dos ofendidos, dizendo que quem se ri deles paga 1 milhão, montante da indemnização que os cantores reclamam da humorista, mas se os ameaçarem de morte, numa alusão ás ameaças que os cantores receberam, não acontece nada, porque, segundo Ricardo, os “anjos” não processaram quem os ameaçou. Para Ricardo, era o que faltava se um humorista agora tivesse de ponderar se uma “piada faz doi, doi”. Conclui, pois, que este julgamento é uma perda de tempo. Que se lixe os prejuízos causados pela piada, é esta a linha de pensamento deste humorista.

    Já para o humorista Alvim, outra testemunha arrolada pela humorista Joana, os cantores estão mais feridos (no orgulho próprio) do que lesados, e este julgamento é uma pura perda de tempo. Que se lixe os prejuízos causados pela piada, é esta a linha de pensamento deste humorista.

    Outros humoristas, e colegas da Joana, na radio onde grava o podcast, alinharam pelo mesmo diapasão, referindo que afinal esta é a profissão dela, e que este julgamento é uma pura perda de tempo. Que se lixe os prejuízos causados pela piada, é esta a linha de pensamento destas personagens.

    Pilatos também lavou as mãos, como que eliminando, com a água, a consequência do seu acto.

    Então, a ser assim, os humoristas e Pilatos são iguais, lavam as mãos, e furtam-se ás consequências dos seus actos.

    Mas repare-se na mensagem subliminar que os humoristas enviam a quem tem como função julgar – o Tribunal – proclamaram que o julgamento era uma perda de tempo. Se isto não é uma pressão ilegítima sobre os juízes, então não sei o que possa ser.

    Os senhores juízes que se cuidem, pois para quem se considera inimputável, e que tudo podem, desde que com humor, ainda podem ser os próximos visados por estes profissionais da liberdade de expressão.

    É curioso, o que diz Ricardo, pois lembro-me bem, do tempo dos “gatos fedorentos” de um sketch que fizeram parodiando com um massacre havido numa escola nos Estados Unidos, perante o riso desabrido de toda uma plateia. Fiquei, então estarrecido. Nada aconteceu, afinal “aquilo” era Humor.

    Ficamos a saber que para o humorista, o humor não deve ter limites de nenhuma espécie, é uma liberdade de expressão apodítica. São, de resto, os únicos a quem tudo é tolerado, mesmo o intolerável, afinal o “seu” palco é o reflexo do Olimpo.

    Outros, no passado, em Portugal, também tiveram os seus embates com a sociedade, desde logo Herman José, um humorista a quem tudo se lhe permitia, e que resolveu gozar com a “última Ceia”. Foi violentamente criticado e, posteriormente, criou a figura do “Diácono Remédios”, este já com graça, sem ser grosseiro. Este tipo de humor é inteligente. Mas, como se vê, atualmente, não está ao alcance de todos.

    Lá fora o exemplo mais doloroso foi a satirização de Maomé, pelo jornal Charlie Hebdou, com consequências mortais. Se tem sangue, então não é humor. Se o humor mata, então deve ser erradicado.

    Veja-se o resultado de se brincar com a religião na Turquia, onde foram presos jornalistas de um jornal satírico por causa de um desenho do profeta Maomé.

    Com a religião não se brinca, não se goza, não se achincalha. Respeita-se e ponto final.

    E aqui chegados tenho para mim, que um limite ao humor, para além do bom nome e dignidade da pessoa, plasmada na Constituição da República Portuguesa, é obviamente, a religião. Quando o humor entra no domínio da religião, o humorista tem de se preparar para encomendar a alma ao criador.

    Não interessa se está certo ou errado, o que interessa é que é assim, goste-se ou não.

    A liberdade de expressão não pode ser um livre trânsito para ridicularizar quem queremos, de forma pública, e muito menos nas redes sociais.

    Todas as classes profissionais, incluindo os humoristas, têm de se sujeitar ás mais elementares regras de urbanidade.

    E não me venham com teorias, que apesar de tudo, até mostra algum grau de cultura, como o exibido pelo Ricardo humorista, quando, em jeito de justificação trouxe á defesa dos humoristas as “Cantigas de escárnio e mal dizer”, forma de poesia trovadoresca, que utilizava a ironia e sarcasmo, para expressar descontentamento, no seio da cultura galaico-portuguesa, como se os humoristas atuais fossem líricos, da poesia moderna.

    Se uma “cantiga de escárnio e mal dizer” tivesse impacto na vida de alguém, ainda por cima figura pública, o “poeta” de então, arriscava-se a ser agrilhoado e lançado numa qualquer masmorra.

    Nos tempos medievos da lírica galaico-portuguesa em causa, os únicos com permissão para troçar, até do próprio Rei, eram os bobos da corte, mas ainda assim, tinham de ter cuidado para não esticar acorda … azares aconteceram.

    Nos tempos hodiernos é fácil percecionar que o humor é vastas vezes utilizado como arma de ataques pessoais, de vendettas disfarçadas de piadas dói-dói, e depois, perante as consequências, rasgar as vestais, quais vestais do templo, fazendo apologia que isto é arte, isto é liberdade de expressão.

    Como dizia um ignoto poeta “a folha é branca, a tinta é preta, e o disparate é livre”, mas esta frase é uma critica e não uma apologia. Percebamos isso. Ou como diz a sabedoria popular “ou há moralidade, ou comem todos”.


    [1] Padre = Pai, numa referência a Zeus, Deus dos deuses, no Olimpo, também designado na grafia grega como Júpiter.

    [2] Divino

    [3] Poderoso

    [4] Deus do fogo romano artesão dos raios usados por Jupiter

    [5] Tal como é em cima, o é cá em baixo, máxima de Hermes Trismegisto, da escola hermenêutica dos mistérios.

    LIFE Águeda dá lugar a novo projeto de gestão e preservação ambiental

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    Agueda ambiente
    Agueda ambiente

    “Vamos continuar com esta ideia de que o mundo precisa de uma atenção mais cuidada da nossa parte”, disse Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, no encerramento do Seminário Final do Projeto LIFE Águeda, que teve lugar durante todo o dia de sexta-feira.

    Depois das atividades desenvolvidas no evento, onde foram abordadas as principais medidas implementadas no âmbito do projeto, os resultados alcançados, as linhas de financiamento para projetos relacionados, bem como onde foram apresentados outros projetos apoiados pelo programa europeu LIFE, o encerramento teve lugar nas margens do rio Águeda, junto ao recém-inaugurado Centro de Interpretação do Rio, um projeto emblemático da preservação ribeirinha e que contou com o LIFE Águeda como um dos programas de apoio.

    Pedro Raposo, responsável pela execução deste projeto, anunciou, nesta ocasião, que o LIFE Águeda termina e vai ter início “um novo projeto, com financiamento garantido para os próximos cinco anos”. Será um novo programa, com o Município de Águeda como beneficiário e com novos parceiros envolvidos.

    “Este é o caminho, precisamos de reunir ainda mais força, mais pessoas à nossa volta e continuarmos com a convicção de que estamos a fazer um trabalho lindo, uma pequena parte para deixar o mundo um pouco melhor para quem vem atrás de nós”, declarou Jorge Almeida, apelando a uma cada vez maior e mais abrangente união de esforços e vontades para “salvar o nosso mundo”.

    Foi precisamente isso o conseguido ao longo de oito anos de LIFE Águeda, onde “derrubámos barreiras, construímos passagens para peixes, renaturalizámos os ecossistemas. É o trabalho de uma vida e, para muitos, uma utopia”, afirmou Pedro Raposo, visivelmente orgulhoso do resultado alcançado e ciente de que “é preciso continuar”.

    O novo projeto vai permitir não só a continuidade como “alavancar, escalar as intervenções e fazer a diferença em todo o caminho de preservação ambiental que estamos a trilhar”, frisou Jorge Almeida.

    Com o encontro final do LIFE Águeda, que reuniu técnicos e as entidades envolvidas no projeto, pretendeu-se também sensibilizar para a importância da conservação dos ecossistemas ribeirinhos.

    O evento contou ainda com um momento de boas-vindas ao Diretor-Geral do Ambiente da Comissão Europeia, Patrick Child, no decorrer de uma visita realizada ao Município de Águeda no âmbito da distinção de Águeda como Capital Verde Europeia – Green Leaf 2026.

    Pedro Teiga, especialista em reabilitação de rios e ribeiras, salientou que “quando a componente política, a universitária e a técnica são parceiros ativos, que trabalham juntos e fazem acontecer”, o resultado é o que foi alcançado no LIFE Águeda e que, antes, parecia uma utopia.

    Refira-se que o LIFE Águeda é um projeto ambiental europeu que tem como principal objetivo a restauração ecológica do rio Águeda e dos seus ecossistemas ribeirinhos, promovendo a conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais. Contribui para a melhoria do habitat de espécie migradoras, como o sável e a lampreia, tendo como principais ações a reabilitação de zonas ripícolas e margens degradadas, a construção de passagens para peixes e remoção de obstáculos, a monitorização científica da biodiversidade aquática, a sensibilização e educação ambiental junto das populações locais e a promoção de boas práticas agrícolas e florestais sustentáveis.

    É coordenado pela Universidade de Évora com o apoio técnico-científico do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente e conta com o Município de Águeda como parceiro beneficiário, bem como o Município de Mora, Fluviário de Mora, a DOCAPESCA – Portos e Lotas S.A. e a AQUALOGUS – Engenharia e Ambiente, Lda, também como parceiros.

    Foi em Águeda onde mais intervenções foram levadas a cabo, em prol da conservação dos ecossistemas ribeirinhos. Nesse sentido, neste dia que marca o encerramento do projeto, foram feitas visitas à passagem para peixes construída no Parque Fluvial da Redonda e ainda ao Centro de Interpretação do Rio, desenvolvidos com o apoio do LIFE Águeda.

    Sara Costa lidera candidatura do BE à Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis

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    Sara Costa bloco esquerda candidata a oliveira de azeméis
    Sara Costa bloco esquerda candidata a oliveira de azeméis

    A professora universitária, escritora e ativista Sara Costa é a candidata do Bloco de Esquerda à edilidade oliveirense. A candidata tem desenvolvido uma intervenção cívica e política focada na justiça social, nos direitos das mulheres e na defesa dos serviços públicos. Nas eleições autárquicas de 2025, Sara Costa pretende ser “uma voz firme contra as desigualdades, o centralismo e a precariedade que afetam o interior e as populações mais vulneráveis”.
    Como candidata à Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, a bloquista assume “uma visão crítica e construtiva, baseada na escuta ativa da população, na transparência democrática e no compromisso com políticas locais sustentáveis, inclusivas e participativas”. A candidatura defende “uma alternativa que devolva às pessoas o poder de decisão sobre o território onde vivem”.

    A candidatura bloquista à Assembleia Municipal de Oliveira de Azeméis é encabeçada por Diogo Barbosa, de 35 anos. É Mestre em História Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e desempenha funções de tutor na Universidade Aberta, nas áreas de História Contemporânea de Portugal e História Económica e Social. É, ainda, Locutor e Coordenador do Curso de Locução e Realização de Rádio, na Rádio Universidade de Coimbra. Foi dirigente do movimento associativo na luta contra as propinas e por maior ação social no Ensino Superior.
    Carolina Amaral, de 23 anos, é a candidata bloquista à União de Freguesias de Oliveira de Azeméis.A estudante frequenta o mestrado em Economia e Gestão Internacional na Universidade do Porto. Dedica a maior parte do seu tempo ao voluntariado e tem com objetivo lutar contra as desigualdades sociais. A jovem que se prepara para iniciar o seu percurso profissional, vê na candidatura à UF “mais uma forma de ser ativa na sociedade”.

    Bloco quer abastecimento de água público e baixar o preço da habitação no concelho
    Em comunicado, o BE reconhece inúmeros desafios no concelho, no país e no mundo. Porém, tal como na primeira vez que os bloquistas se candidataram à gestão autárquica oliveirense, uma das grandes batalhas é pela garantia de uma rede de água pública.  O partido de esquerda classifica o contrato do município com a Indaqua como “ruinoso” e  critica o facto da empresa “repetidamente fazer Oliveira de Azeméis aparecer repetidamente em notícias nacionais como tendo uma das águas mais caras do país, o que torna ainda mais inexplicável o facto da rede de saneamento ainda não abranger todo o território”.
    Também a habitação é uma prioridade do Bloco. “Num país onde os 800€ são o que chega ao bolso da maioria das pessoas,
    sendo que algumas nem esse valor conseguem ganhar, devido à desestruturação brutal do mundo do trabalho, encontrar um T1 para arrendar abaixo dos 500€ é uma raridade”, aponta a candidatura oliveirense do BE.
    O partido denuncia os “aumentos de quase 15% no preço do metro quadrado, o que vale cerca de 1300€”, o que invalidade a hipótese de compra de casa para muitas famílias, pelo que “a luta pela habitação social tem que aumentar, para responder às necessidades das famílias de Oliveira de Azeméis e para combater a especulação imobiliária”.

    Bloco de Esquerda: “Hotel de 12 pisos no Cais do Paraíso é mamarracho ao serviço da especulação imobiliária”

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    Imagem de Hotel de 5 estrelas
    Imagem de Hotel de 5 estrelas

    O Plano de Pormenor do Cais Paraíso aprovado pela direita prevê a construção de um novo hotel de 12 pisos nessa zona. O Bloco de Esquerda considera que as prioridades do executivo municipal estão trocadas quando em plena crise habitacional desperdiçou todas as oportunidades de fundos comunitários para construção de habitação pública e quando agora dá prioridade a um hotel de 12 pisos. O executivo PSD/CDS governou para as oportunidades de negócio de alguns, em detrimento das necessidades da maioria da população. O Bloco continuará a sua oposição a esta aberração urbanística.

    Numa publicação nas suas redes sociais, João Moniz considera que “mais uma vez, os instrumentos de ordenamento do território são vergados aos interesses da especulação imobiliária e da grande hotelaria”. “O projeto de construção de um mamarracho hoteleiro nos antigos terrenos da fábrica Bóia já é antigo e teve sempre a oposição do Bloco de Esquerda”, acrescenta.

    O candidato do Bloco de Esquerda à presidência da autarquia defende que “Aveiro não pode ser mais o bar aberto da especulação. Foi assim com a venda de terrenos públicos para alimentar a voracidade do mercado, quase sempre com amplo apoio dos partidos do centrão PSD e PS, é assim agora. Em 2025 temos uma oportunidade para dar uma volta a Aveiro por políticas que coloquem o acesso à habitação no centro.”

    A OMA apoia a Cáritas na semana aberta com um projeto muito social

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    A OMA iniciou ontem a semana aberta, onde vai contar com um cartaz cheio de atividades, todos os dias, até ao dia 6 de julho. Esta semana aberta pretende comemorar os 28 anos desta entidade, com uma oferta musical muito diversificada.

    No dia 1 de julho as instalações da OMA receberam os utentes da Cáritas de Aveiro, onde atuaram para um público muito especial, diversos temas populares, inserido no projeto “Cáritas – Chave de entrada”.

    Pedro Albuquerque lançou o seu 2º livro na Praça do Peixe no dia 28

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    Pedro Albuquerque lançou, no dia 28 de junho, o seu 2º livro, na Praça do Peixe, bem no centro de Aveiro, intitulado “Contos Manhosos e Outras Histórias”.

    Ao seu lado teve muitos amigos que o ajudaram a explicar aos curiosos e amantes da literatura e do próprio autor, que se aglomeraram para escutar esta apresentação, a essência desta obra.

    Este evento esteve incluído na Feira do Livro de Aveiro, e pretendeu assim dar visibilidade aos autores aveirenses, no sentido de os ajudar a sair do anonimato e a lançarem as suas obras.

    A SUFFA apresentou um sofá modular desenhado por designer internacional

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    A SUFFA, uma marca portuguesa de sofás premium, apresentou no dia 28 de junho, na sua loja de Aveiro, a sua nova e exclusiva peça de mobiliário, criada em parceria com o designer Christopher de Sousa.

    Este sofá tem a particularidade de ser modular, adaptável a vários ambientes e totalmente configurável.

    A marca apresentou ainda Eau de Parfum SUFFA, um perfume próprio para pulverizar nos sofás. Trata-se de uma fragrância aquática com a frescura das notas cítricas de bergamota e limão, o toque especial do cardamomo e pimenta rosa, numa base amadeirada e de musk branco.

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