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    Câmara Municipal apoia realização de fase final nacional de Ténis de Mesa em Oliveirinha

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    O Executivo Municipal deliberou aprovar a atribuição de um apoio financeiro no valor de

    1.100 € ao Clube de Ténis de Mesa de Oliveirinha, no âmbito do Programa Municipal de Apoio às Associações, na tipologia de Apoio Pontual. O apoio destina-se ao cofinanciamento da organização da Fase Final da Divisão de Honra e Apuramento do Campeão da 2.ª Divisão Nacional Feminina e Masculina, que decorreu no passado fim de semana.

    Com esta decisão, a Câmara Municipal de Aveiro reforça a sua política de valorização do movimento associativo e de promoção do desporto federado, apoiando a organização de eventos de relevo nacional que trazem visibilidade ao Município.

    A CMA felicita ainda o Clube de Ténis de Mesa de Oliveirinha pela conquista do título nacional da 2.ª Divisão Masculina e consequente subida à 1.ª Divisão Nacional, assinalando o mérito desportivo e o trabalho desenvolvido pelo clube ao longo da época.

    Executivo Municipal de Aveiro aprova Prestação de Contas Consolidadas 2024

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    O Executivo Municipal deliberou aprovar o documento da Prestação de Contas Consolidadas referente ao exercício de 2023, que integra os resultados financeiros da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) e da AveiroExpo, a única empresa municipal no universo da autarquia, cuja atividade cessou no primeiro trimestre de 2025, sendo substituída pela nova empresa municipal AveiroParquExpo.

    Este documento confirma, uma vez mais, a sustentabilidade da gestão financeira da CMA, evidenciando uma situação equilibrada e confortável, que permite à autarquia manter a capacidade de investimento a curto, médio e longo prazo, cumprindo os seus objetivos de natureza económica e social. A solidez das contas é comprovada pelo indicador que mede a capacidade das receitas para cobrir as despesas totais, mantendo valores positivos.

    A Conta Consolidada 2024 reforça o marco histórico atingido em 2021, com a CMA a atingir o rácio de 1,5 entre dívida total e receita corrente, recuperando então a plena autonomia financeira com a cessação do Programa de Ajustamento Municipal, formalizado com o Fundo de Apoio Municipal. Desde esse momento, o rácio tem vindo a diminuir progressivamente, passando de 1,1 em 2022, para 0,95 em 2023 e 0,79 em 2024, o que confirma a qualidade da gestão municipal e permite aceder a financiamento bancário para apoio ao investimento público.

    Este resultado consolida a evolução positiva verificada desde outubro de 2013, traduzindo- se na passagem de uma situação financeira fragilizada para um patamar de elevada saúde financeira e robustez na gestão autárquica.

    O documento segue agora para apreciação pela Assembleia Municipal.

    Câmara Municipal assinala Dia Mundial do Ambiente com novos investimentos e ações sustentáveis

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    Assinalando o Dia Mundial do Ambiente, a Câmara Municipal de Aveiro destaca um conjunto de deliberações que refletem o compromisso contínuo com a sustentabilidade ambiental, o ordenamento do território e a cooperação para a preservação dos recursos naturais. Estas decisões abrangem intervenções de requalificação urbana, planeamento intermunicipal e ações de capacitação internacional, integrando a visão estratégica do Município para a sustentabilidade ambiental.

    Entre os pontos aprovados, destaca-se a abertura de concurso público para a empreitada de alargamento da Ponte do Canal das Pirâmides, com um valor base de 1.619.238,53€ e um prazo de execução de 540 dias. A nova infraestrutura, paralela à ponte existente, permitirá melhorar os fluxos de mobilidade, reforçar a segurança rodoviária e contribuir para a redução das emissões associadas a congestionamentos, promovendo uma circulação mais fluida e eficiente — um contributo direto para a qualidade ambiental urbana.

    No domínio do planeamento de médio prazo, o Executivo Municipal tomou conhecimento do Plano de Atividades e Orçamento 2025 da RiaViva – Litoral da Região de Aveiro, entidade atualmente em fase de revisão e negociação de financiamento. Esta estrutura, sucessora da Polis Litoral, prepara um plano de investimentos com forte incidência ambiental, estando em destaque

    os seguintes projetos com impacto direto no território do Município de Aveiro, por proposta da Câmara Municipal de Aveiro:

    • A Ciclovia entre São Jacinto e Torreira, que promove a mobilidade suave e sustentável;
      • A qualificação do Lago do Paraíso, com intervenções ecológicas nas margens, instalação de comporta e regularização do leito, permitindo a prática de desportos não motorizados e visitas interpretativas — uma revalorização ambiental e turística do ecossistema local;
      • O desassoreamento da Pateira e o controlo da proliferação de jacintos-de-água, medidas cruciais para a gestão de habitats e biodiversidade;
      • A reabilitação de motas no Salgado Norte Aveirense, reforçando a defesa contra intrusões marinhas e a proteção dos sistemas lagunares.

    Ainda na lógica de ação ambiental em rede, o Executivo Municipal tomou conhecimento das Grandes Opções do Plano e Orçamento da CIRA para 2025, com vários projetos em curso no Município de Aveiro com impacto direto nos ecossistemas e na proteção do território:

    • A Ponte Açude do Rio Novo do Príncipe e a reabilitação da sua margem esquerda visam a regulação hidráulica e valorização das margens;
      • O Sistema de Defesa Primário do Baixo Vouga Lagunar, atualmente em contratualização, é uma obra central para a resiliência climática e proteção dos solos agrícolas;
      • O Polo de Aveiro do CIROA (Canil Intermunicipal), cuja implantação será feita em terreno municipal, prevê infraestruturas modernas para a gestão ética e sanitária da população animal;
      • A ampliação da sede da CIRA, com concurso já lançado, permitirá melhores condições para a gestão intermunicipal de políticas públicas, incluindo as de sustentabilidade ambiental.

    No plano da Cooperação Internacional, e promovendo o desenvolvimento sustentável através da capacitação técnica, decorreu entre 26 de abril e 24 de maio uma ação de formação em técnicas de calcetamento com pedra, dirigida a uma equipa da Região Autónoma do Príncipe. Esta iniciativa, no âmbito da geminação entre Aveiro e o Príncipe, foi coordenada pelo Chefe de Gabinete da CMA, Guilherme Carlos, com apoio técnico da Divisão de Serviços Urbanos, e visou dotar os trabalhadores de competências práticas que possam ser aplicadas nos projetos de reabilitação viária da ilha, com materiais e métodos ambientalmente sustentáveis.

    Estas medidas integram uma estratégia clara da CMA de atuar localmente com impacto global, celebrando o Dia Mundial do Ambiente com ações concretas que reforçam o seu papel na transição ecológica, proteção da biodiversidade e promoção da qualidade de vida.

    Livro e Vídeo “Aveiro 2024 – Até ao Infinito” apresentados no Dia de Portugal

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    No próximo dia 10 de junho, data em que se celebra o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a Câmara Municipal de Aveiro promove a apresentação oficial do livro e do vídeo “Aveiro 2024 – Até ao Infinito”.

    A sessão terá lugar no Teatro Aveirense, às 18h00, com entrada gratuita, sendo o evento aberto à participação de todos os cidadãos.

    Os ingressos podem ser levantados a partir de sexta-feira, 06 de junho, na bilheteira do Teatro Aveirense, estando a sua disponibilização limitada à lotação da sala.

    O livro, com mais de 400 páginas, reúne textos e imagens que revisitam os principais momentos e eixos programáticos de Aveiro Capital Portuguesa da Cultura 2024. A publicação inclui reflexões sobre o conceito curatorial, as áreas temáticas desenvolvidas, as parcerias institucionais estabelecidas, os programas de participação pública e os indicadores numéricos de uma operação cultural de dimensão inédita em Portugal.

    O vídeo apresenta registos videográficos das múltiplas ações que integraram a programação de Aveiro Capital Portuguesa da Cultura 2024, complementados pelos testemunhos de protagonistas institucionais e artísticos. A obra audiovisual promove também uma reflexão sobre temas estruturantes como identidade, democracia, sustentabilidade e tecnologia, pilares conceptuais que sustentaram todo o projeto.

    Com o lançamento destas duas obras, a Câmara Municipal de Aveiro encerra simbolicamente o ciclo de Aveiro Capital Portuguesa da Cultura 2024, deixando um legado material, expressivo e simbólico que testemunha a transformação vivida pela Cidade, pelo Município e pela Região de Aveiro ao longo do excecional ano de 2024.

    A pesca é uma das maiores tradições desta Cidade outrora Vila de Ovar

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    Eu próprio, tenho nos meus antepassados da parte materna, tios e tias e a minha avó, que fizeram vida no negócio do peixe. Na salga da sardinha, com lagares próprios e, na venda das barricas de madeira, lá para as mercearias e lojas dos lados da Capital, e não só!

    A minha infância foi vivida no peixe, com a avó que me criou…a receber peixe de Sesimbra e de Peniche, que depois revendia na lota do Mercado de Ovar.

    E VEM ISTO A PROPÓSITO DE QUÊ?

    Não da minha vida passada, não das minhas raízes, mas…do que resta na Praia do Furadouro dessa pesca, hoje restringida à Arte Xávega, e à muito pouca Arte Xávega, que, ainda vai sobrevivendo, sabe-se lá, por quanto tempo!

    Hoje, e temos de ser realistas, já não é possível fazer vida da pesca, porque a rentabilidade é pouca, e, já ninguém vive da pesca!

    Se ela ainda existe, é graças a uma meia dúzia de homens e outra meia dúzia de mulheres, que ainda teimam, ainda resistem, mas…julgo que não será por muito tempo!

    VEM TAMBÉM A PROPÓSITO,

    Da posse que hoje ocorreu, do novo Secretário de Estado do Mar, que é , nada mais nada menos, que Salvador Malheiro, ex. Presidente da Câmara de Ovar.

    Não sei, se com ele a tutelar essa área, podemos ter alguma esperança nos apoios e maiores apoios à Arte Xávega que por aí ainda opera, e, no caso de Ovar, a esses poucos que no nosso Furadouro, ainda resistem!

    O próprio Salvador Malheiro, é um homem com origens ligadas ao mar!

    MAS PARA ALÉM DE TUDO,

    A Xávega poderia tornar-se um produto turístico que permitisse uma maior envolvência de quem nos procura, numa arte, num património cultural que, afinal é a história de Ovar!

    Hoje em dia, o turista não procura apenas ver… quer experiências diferentes e cada vez mais diversificadas, não se importando de pagar para delas usufruir.

    SEJA COMO FOR,

    Se nada for feito, nas gerações de hoje ainda se vai falando de Arte Xávega, mas…daqui a 50 anos, já ninguém saberá o que ela foi e a importância que teve, nas raízes dum povo e na história duma Terra.

    E, pelo menos isso, é preciso preservar!

    Ninguém, aqui nesta nossa Ovar, fala disso, nem os políticos autarcas, nem os querem ser autarcas.

    MAS,

    Um Centro de Interpretação da Arte Xávega, no nosso Furadouro, é algo que defendo!

    Um espaço de cariz cultural, educativo e turístico, que fomente e preserve a compreensão da dimensão histórica, sociocultural e económica duma atividade piscatória que tanto nos diz, e que tanto caracterizou a malha urbana do Furadouro, com os hábitos e costumes e com os velhos palheiros, que a vaidade e o desrespeito dos autarcas, não foram capazes de preservar.

    Nem um sequer!!!

    Que os Assuntos do Mar, agora nas mãos de Salvador Malheiro, nos tragam alguma esperança!

    Seja ela qual for!!!!!

    Portugal na Final da Liga das Nações

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    Sob o céu de Munique, num fim de tarde com granizo, onde outrora se desenharam sombras de conflitos antigos, evocando-se um novo campo de batalha—um retângulo de relvado, tingido de esperança e suor. Ali, não se cruzaram espadas, mas talentos; não se lançaram projetos, mas passes precisos como setas douradas. Foi um duelo de alta estirpe, onde as aspirações de duas nações se entrelaçaram num bailado de força e arte, resolvendo-se não pela obstinada guerra real nem pela violência, mas pelo sublime código do jogo.

    Portugal e Alemanha, duas grandes nações com diferentes destinos históricos encontraram-se, não para dilacerar ou aniquilar, mas para disputar. E que disputa! Cada toque na bola era uma palavra num diálogo universal; cada drible, um verso num poema escrito com os pés. O relvado transformou-se num palco onde os instintos naturais do homem—a competição, a superação, a beleza—floresceram sem a sombra da destruição.

    Ah, se o mundo compreendesse a lição que emana nestes noventa minutos! Enquanto os governantes tecem discursos sobre domínio e poder, erguendo muros e brandindo ameaças, o Campeonato surge como um farol de outra possibilidade: uma sociedade onde os conflitos se resolvem não com tanques, mas com técnica; não com ódio, mas com génio. As aspirações legítimas dos povos poderiam ser decididas em jogos, onde o vencedor leva a glória, e o derrotado, ainda de cabeça erguida, aprende e recomeça na consciência de que a maior parte da vida é jogo.

    E o espectador, esse juiz imparcial sentado nas bancadas ou diante da tela, não recebe a verdade mastigada pelos arautos do poder. Não—ele vê, com os próprios olhos, avalia com o próprio sorteio, e celebra ou lamenta com o coração livre. Nada de opiniões pós-fácticas, formatadas em segunda mão por quem quer moldar a narrativa. Aqui, a verdade revela-se em tempo real, crua e bela, como um golo que rasga as redes e a alma.

    Assim foi em Munique. Portugal venceu, a Alemanha cedeu, mas ambos brilharam. E no fim, quando o apito ecoou, não houve vencidos — apenas homens que lutaram, e homens que, por um dia, lembraram ao mundo que a verdadeira grandeza não está em destruir, mas em jogar.

    “O jogo foi marcado por condições adversas adversárias e escolhas táticas surpreendentes de Roberto Martínez, incluindo a estreia de João Neves como lateral direito. A Seleção Nacional venceu esta quarta-feira 04.06.2023 a Alemanha, por 2-1, em Munique, e garantiu a passagem à final da Liga das Nações”. Ronaldo mostrou que a idade não constitui motivo para discriminação.

    NIT PRAVDA – Os cidadãos podem combater a desinformação

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    No passado dia 22 de maio de 2025, o Conselho Económico e Social de Portugal, organizou uma conferência internacional subordinada ao tema “os cidadãos podem combater a desinformação”, contando com um painel de oradores de congéneres internacionais, académicos e jornalistas, perorando sobre o fenómeno das “fake news”.

    Ideias muitas, o diagnóstico é partilhado numa pouco habitual unanimidade, roçando o unanimismo (o que é que isto me faz lembrar …), sendo a apologia da regulamentação da comunicação e ou difusão da notícia, a mais consensual das soluções, não esquecendo os “polígrafos”, e lá esteve o jornalista da SIC que deu a cara ao Poligrafo, a verberar de sua justiça.

    O evento aconteceu no Teatro Thalia, ali ao jardim zoológico, que conhecia pela participação que já tive em programas do programa “fronteiras XXI” da RTP3, ali emitido em directo, possuindo um cenário a fazer lembrar a época medieval, em termos construtivos, com paredes e decoração características dos vetustos castelos e mosteiros.

    Imbuído pelo cenário alguém da plateia, no período do debate, afirmando-se conquistado pelo ambiente, começa a sua intervenção dizendo “olhando para estas paredes, recheadas de história, elas parecem perguntar “waths new?””, vincando que não há nada de novo neste fenómeno das “fake news” (noticias falsas), ou até da “Nit Pravda” (mentira), por contraponto á verdade (Pravda).

    Dei, então, por mim a pensar sobre como era a comunicação, a notícia, e como ficava registada para os vindouros, nos tempos medievos.

    O registo para memória futura esse era assegurado pelos cronistas, e todos sabemos que eram completamente parciais, desviando-se, quando convinha, da verdade.

    Cronistas houve que sem grande esforço os podemos comparar, ainda que grosseiramente, com os actuais jornalistas, na medida em que relatavam o que o seu olhar enxergava, dando conta de novidades, tal é o caso de Pero Vaz de Caminha, que acompanhando a armada de Pedro Álvares Cabral, deu o seu contributo na carta dirigida ao Rei D. Manuel I, sobre o “achamento do Brasil”, alertando, sabiamente, “nesta armada outros melhor que eu o farão, mas este é o meu testemunho”, isto porque não foi o único que deu noticia ao Rei do achamento.

    Outro foi Fernão Mendes Pinto, que tendo viajado imenso, pela Ásia, Europa e África, deu notícia de tantas maravilhas e coisas incríveis, estranhas na europa, vivenciadas por ele, que a desconfiança caseira tão peculiar aos portugueses de ontem e de hoje) levou os seus detratores a glosarem o seu nome desta forma “Fernão Mentes? Minto.”

    As notícias, então conhecidas por “novas” asseguradas por pregões, pessoas que iam de povoado em povoado, gritando “novas, novas” e perante o ajuntamento de vilões (povo) anunciavam então a “nova” ou a notícia.

    O controlo das notícias, da história, era total. Por isso, “o que há de novo?” é um chamado á realidade, com o qual concordo em toda a linha.

    Atualmente, neste mundo novo da comunicação confunde-se muito as notícias falsas, com desinformação noticiosa, manipulação noticiosa, verdade noticiosa.

    Veicular uma notícia, não é apenas dar nota de um evento, de algo que aconteceu, na medida em que a notícia, é um complexo trabalhado, que pega num acontecimento, num evento, sujeita-o a um crivo de filtros, destinado a separar o trigo do joio, para que o seu resultado final seja, então, a sua transmissão ao público, expurgado de “ruído”.

    Simplificando, a notícia para ser notícia, tem de sujeitar o evento o acontecimento ao contraditório das partes, e o resultado final tem de ser colocado na disponibilidade pública sem omitir nada, e sobretudo, sem concluir seja o que for, sob pena de matar o cariz noticioso.

    Ora o profissional a cargo de quem está esta responsabilidade é o jornalista, sendo que esta profissão não é compatível com a de opinador amador ou profissional.

    Assim, um dos principais problemas da notícia, hoje, é que os órgãos de comunicação social publicam acontecimentos, eventos, sem se darem ao trabalho de os sujeitarem a contraditório, ou seja, se o jornal “A” publica que “B” fez isto ou aquilo, tendo sido denunciado por “C”, o mínimo é confrontar o denunciado com a denúncia. Se porventura “A” percebe que “C” está a mentir, então deve abster-se de dar pública nota disso, caso contrário está a premiar o mentiroso, e a fomentar a desinformação pública.

    Ora nada de mais, pois o próprio código deontológico dos jornalistas já o prescreve como condição “sine-qua-non” o recurso ao contraditório.

    Outra pecha é a insistente mania dos jornalistas darem a sua opinião sobre o que acabam de noticiar, exercendo, de forma consciente o poder de influência que têm e sabem que o têm.

    Este poder maniqueísta que o jornalista, sobretudo de televisão tem, foi bem ilustrado por Rodrigues dos Santos, na curta entrevista que fez ao secretario geral do PCP, na RTP, no período pré-eleitoral, ignorando olimpicamente o objetivo da entrevista, para cilindrar o politico, cuja posição relativamente a uma matéria internacional é a oposta da que professa o referido jornalista, preenchendo, propositadamente os 10 minutos reservados á entrevista com insistente repetição da pergunta, sobre um assunto que era absolutamente marginal.

    A classe política foi capturada pelo tribunal de opinião das televisões, descobrindo um filão para preencher a grelha da antena – os debates políticos e as entrevistas aos políticos.

    Para as televisões pouco ou nada importa o que os políticos dizem nos debates ou nas entrevistas, importante mesmo, para as televisões, é o debate que um qualquer painel de opiniáticos, eufemisticamente classificados de comentadores políticos, que entram em cena, imediatamente após a intervenção dos políticos, verberando, adjetivando, apodando mesmo, o desgraçado do político ou políticos, a quem é recusado o contraditório, a sua defesa, perante os dislates dos opiniáticos. Isto é como bater num animal acorrentado e amordaçado. A palavra em português, que resume tudo isso é cobardia.

    Esta catequese dos opiniáticos sobrepõe-se ao discurso político e influencia os mais incautos, que são a generalidade dos telespectadores.

    Pior ainda é verificar que certos opinadores assumem um ar professoral, e arrogam-se dar “conselho” aos políticos, sobre o que fazer, quando e como, e muitas vezes, senão mesmo quase sempre, estes opinadores nunca fizeram nada que os habilite a dar conselhos. No fundo estes opinadores/jornalistas, utilizam a força das Tv’s para sublimar as suas frustrações.

    Mesmo os “polígrafos” cuja base para a sua existência é genuinamente importante, não raras vezes, assumem conclusões enviesadas, ou até mesmo simplistas relativamente a temas complexos.

    Por fim, a grande questão da liberdade de imprensa. Este é outro eufemismo, desde quando existe liberdade num contexto empresarial, em que “A” tem de vender mais que “B” para pagar as contas?

    Se “C” dá uma notícia que atinja a reputação de “D”, como se pode esperar que este lhe compre publicidade?

    Nulos, outra vez? Está na hora do voto eletrónico

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    Nas recentes eleições legislativas, cerca de 32% dos votos da emigração foram considerados nulos. Um número vergonhoso — e que nem é novo. Em 2024, esse número foi ainda mais escandaloso: cerca de 40% dos votos dos portugueses no estrangeiro acabaram no lixo. Estamos a falar de dezenas de milhares de cidadãos que acreditaram estar a exercer o seu direito democrático e acabaram por ver a sua vontade excluída por erros de envelope, assinatura ou interpretação administrativa. Quantos votos têm de ser ignorados até que o Estado português compreenda que falhou?

    A resposta a esta disfunção democrática não exige uma revolução tecnológica nem desafia a Constituição: chama-se voto eletrónico. Países como a Estónia, o Canadá, ou mesmo a Suíça já testaram — e, nalguns casos, implementaram com sucesso — sistemas seguros de voto online para os seus emigrantes. Portugal tem todas as condições técnicas para o fazer, mas continua amarrado à inércia institucional e a um medo injustificado.

    Falo com conhecimento de causa. Durante o período em que estive ligado à Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, coordenei o Grupo de Informatização Consular (GIC), responsável por modernizar os sistemas digitais dos nossos consulados. Essa experiência ensinou-me que, com vontade política e planeamento, é possível dotar os nossos serviços externos de ferramentas seguras, auditáveis e eficazes para servir melhor os portugueses espalhados pelo mundo.

    A verdade é que já informatizámos a marcação de atos consulares, o registo civil e até a legalização de documentos. Mas, por algum motivo, o voto continua no século XX. O resultado é o que se vê: milhares de votos anulados por burocracia, frustrando os eleitores e descredibilizando o processo democrático.

    Chegou a hora de parar de fingir que nada se passa. O voto eletrónico não é um luxo: é uma urgência democrática. Cada voto anulado por falhas de sistema é um alerta. Cada eleição em que a emigração participa com esperança e sai desiludida é uma oportunidade perdida de reconciliação entre Portugal e os seus filhos espalhados pelo mundo.

    Não há democracia plena sem confiança. E não há confiança onde há ineficácia repetida. O Estado deve isso aos seus emigrantes. E deve-o à própria democracia.

    Câmara de Águeda desafia modelos e comunidade para projeto criativo de bodypainting

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    A Câmara Municipal de Águeda, através do AgitLab (programa de residências artísticas promovido pelo Município), desafia quem quiser para integrar um projeto criativo internacional de pintura corporal, que será apresentado no AgitÁgueda – Art Festival 2025. O convite assume duas formas: comunidade para partilhar histórias das suas vivências em Águeda; e participação como modelos e bailarinos.

    O projeto, concebido pela artista Vilija Vitkute (bicampeã mundial de bodypainting) em colaboração com a coreógrafa Małgorzata Suś, parte de histórias reais da população de Águeda para criar uma performance única onde o corpo se transforma em tela e expressão artística viva.

    “Através desta convocatória, procuramos modelos com interesse ou experiência em bodypainting, dispostos a participar numa criação colaborativa, onde o corpo é tratado como tela viva”, disse Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Águeda, sublinhando que simultaneamente o Município convida a comunidade a participar relatando “as suas memórias sobre Águeda e as suas gentes”.

    Esta é uma proposta irreverente, integrada “na dinâmica estratégica e criativa do AgitÁgueda”, que valoriza, por um lado, “as muitas e ricas histórias, pessoais e afetivas, da nossa população”, e, por outro, o bodypainting como “linguagem artística contemporânea, onde a pele, a cor e o gesto se unem num processo criativo profundamente expressivo”.

    O Município desafia, assim, a comunidade aguedense a relatar e partilhar as suas histórias, relacionadas com lugares especiais, tradições locais, experiências vividas ou pessoas que marcaram o percurso do concelho e região. Histórias e memórias que podem ser relatadas, até dia 15 de junho, por escrito, em formato áudio ou vídeo para [email protected].

    É com base nestas histórias, pessoais e únicas, que as artistas vão criar um espetáculo visual que promete surpreender. Intitulado “Onde os mundos se encontram”, este é um projeto em formato de residência artística, onde a cidade se torna um palco vivo e espaço de diálogo entre a arte e a sociedade.

    Neste sentido, surge a segunda parte desta convocatória, com o Município a desafiar o público a participar ainda como modelo e bailarino desta performance, que irá acontecer nos dias 5 e 6 de julho. As artistas procuram entre 10 a 12 pessoas (com mais de 18 anos), de qualquer género, residentes em Águeda ou arredores, com alguma experiência em movimento e conforto com a exposição do seu corpo, uma vez que vai ser usado como tela.

    Os interessados em participar deverão enviar a sua candidatura, até dia 15 de junho, para [email protected]. Os ensaios decorrerão entre os dias 27 de junho e 6 de julho, no Parque Municipal de Alta Vila, com horários ajustados à disponibilidade dos participantes.

    Aveiro acolhe edição especial da Summer Medical School

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    A cidade de Aveiro vai receber, nos dias 7 e 8 de junho, a Summer Medical School: Lifestyle – Aveiro Short Edition, uma edição especial e descentralizada do projeto educativo da NOVA Medical School (NMS), em parceria com a Fundação Casa Hermes.

    Após o sucesso das anteriores edições em Lisboa, esta iniciativa chega agora a novos territórios, reforçando o compromisso da NMS com a promoção de estilos de vida saudáveis junto das camadas mais jovens da população. A edição em Aveiro terá lugar nas instalações da Fundação Casa Hermes | Skope – Museu da Saúde.

    O programa é dirigido a 20 crianças entre os 6 e os 12 anos da Escola Básica do Bom Sucesso, do Agrupamento de Escolas Dr. Mário Sacramento, referenciadas e convidadas pela Junta de Freguesia de Aradas, oferecendo-lhes uma experiência imersiva de dois dias em áreas fundamentais para o seu desenvolvimento: nutrição, atividade física, saúde mental e ciência.

    Através de atividades práticas, workshops interativos, dinâmicas de autocuidado e sessões de ciência, a Summer Medical School: Lifestyle visa inspirar comportamentos saudáveis desde a infância, com impacto duradouro na saúde e bem-estar das crianças e das suas famílias.

    Esta edição é inteiramente gratuita para os participantes, graças à Bolsa do Itau (Instituto Técnico de Alimentação Humana), que assegura as inscrições das crianças referenciadas. A realização do evento conta ainda com o apoio de parceiros estratégicos, entre os quais se destacam: SMEG, SVR, Meliã Ria, Junta de Freguesia de Aradas, Unidade de Saúde Familiar de Aradas e a Escola de Formação Profissional em Turismo de Aveiro.

    Para Conceição Calhau, subdiretora para a Extensão à Comunidade da NMS,

    “Levar este projeto a diferentes pontos do país reforça o nosso compromisso com a inclusão e com a promoção da saúde desde a infância. Esta imersão tem um impacto real nas crianças e nas suas famílias, como ficou demonstrado pela experiência dos anos anteriores. É um enorme gosto replicarmos, numa versão short, este projeto em Aveiro, na Fundação Casa Hermes.”

    Rita Gíria, Diretora Geral da Fundação Casa Hermes, acrescenta:

    “É com grande satisfação que acolhemos esta iniciativa na Fundação Casa Hermes. Agradecemos a confiança da NOVA Medical School e o apoio de todos os parceiros que tornaram possível a realização de um evento tão relevante para a promoção da saúde e do bem-estar junto da nossa comunidade.”

    Com esta iniciativa, a NOVA Medical School e a Fundação Casa Hermes reafirmam o seu papel enquanto agentes ativos de mudança na sociedade, aproximando a ciência da comunidade e criando oportunidades de transformação sustentada e inclusiva.

    📣 Convite à Imprensa:


    A Fundação Casa Hermes convida os órgãos de comunicação social a acompanharem um dos momentos mais simbólicos do programa – o lanche saudável preparado pelas próprias crianças participantes, que terá lugar no sábado, 8 de junho, às 16h. A visita está sujeita a agendamento prévio.


    Para marcações, por favor contactar: [email protected]

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