Portugal, perdeu dois homens de grande relevância, dois grandes humanistas.
Francisco Pinto Balsemão, tal como Mário Soares, tal como Francisco Sá Carneiro, era um político de dimensão universal.
Era um social democrata genuíno, de uma enorme pureza ideológica, porque as pessoas estavam acima de tudo.
A política, só faz sentido, se for utilizada para as pessoas!
Um homem da liberdade, do direito à livre opinião, e com uma vida dedicada a uma Imprensa de verdade, justa, com justiça, séria na informação, avessa à mentira, mas…livre na opinião
COM ELE,
Desaparece, quase por inteiro, uma estirpe muito especial de homens, e também de mulheres, quase uns senadores vitalícios da Pátria.

Homens e mulheres como Mário Soares, Francisco Sá Carneiro, Magalhães Mota, Almeida Santos, Natália Correia, Maria de Lurdes Pintassilgo, entre muitos outros, que, mesmo antes do 25 de Abril combateram a opressão ao direito dum pensamento livre, e depois…deram-nos o regime democrático, esta democracia que ainda hoje temos, que esteve em risco, perante um Período Revolucionário em Curso, mas que felizmente se salvou com o 25 de Novembro de 1975.
Álvaro Laborinho Lúcio, mais do que um jurista ou magistrado, foi um grande humanista, um exemplo do humanismo.
Jurista brilhante, foi um dos Ministros da Justiça mais proeminentes em Democracia.
Augusto Rodrigues, um homem de Ovar, escreveu ontem o seguinte:
“Um homem muito bom, e o melhor Ministro da Justiça de todos com quem mantive contactos em reuniões pelo sindicato. Um Senhor! “
A Unicef, referindo-se a ele, diz “a sua obra sempre ancorada nos valores de justiça e da cidadania, trouxe uma visão lúcida e generosa sobre a educação, a ética pública e o papel transformador de cada criança na construção de uma sociedade mais justa.”
Recordá-lo, é celebrar o humanismo!
É valorizar o poder da palavra na força da justiça e no valor da cidadania, da participação cívica, como um verdadeiro e imprescindível instrumento de progresso coletivo.

Vergo me, perante a memória de ambos.




