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    Os Filmes do “Aveiro 2024” em exibição no 29º Festival de Avanca 2025

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    Festival Cinema Avanca
    Festival Cinema Avanca

    No âmbito do festival de cinema AVANCA 2025, este sábado dia 19, pelas 21h30, no Cine-Teatro de Estarreja, serão exibidas as 4 curtas-metragens que a Plano Obrigatório produziu no âmbito do AVEIRO 2024 – Capital Portuguesa da Cultura.

    Nesta sessão será possível assistir à exibição das quatro curtas-metragens produzidas no âmbito do projeto. São estas “Noites de Cinema”, de Luís Diogo, “Para Lá da Porta”, de Ana Carolina d’Antas, “Experimenta Música” de Costa Valente e “Aqui, em Aveiro”, de Joaquim Pavão.

    “Noites de Cinema” foi escrito por Danilo Nascimento com base numa ideia de Martina Madejova, tendo sido protagonizado pelos atores aveirenses Susie Filipe, Ivo Prata e Anabela Branco de Oliveira. O filme integrou o tema “Identidade” que marcou o primeiro trimestre de AVEIRO Capital da Cultura.

    “Para Lá da Porta”, tem argumento de Ana Carolina d’Antas e foi protagonizado pelos atores Eloy Monteiro e Marina Leonardo. Este filme integrou a temática “Cultura e Sustentabilidade” do AVEIRO 2024.

    “Experimenta Música” foi igualmente escrito por Danilo Nascimento com base numa ideia original da cineasta suíça Elena Petitpierre. O filme conta com a participação da atriz Isabel Fernandes Pinto e integrou a lemática “Cultura e Democracia”.

    “Aqui, em Aveiro”, teve argumento de Joaquim Pavão e contou com a participação dos atores Ana Mafalda, Liliana Caetano, Rui Pedro Tendinha e Vítor Pardal. Esta obra participou no eixo “Ciência e Tecnologia”.

    Todos os filmes foram rodados em Aveiro, maioritariamente no centro e nos bairros tradicionais da cidade, mas também na praia de São Jacinto, em Esgueira, Azurva, Cacia e diversas localidades do concelho.

    O 29º AVANCA 2025 é uma organização do Cine-Clube de Avanca e Município de Estarreja com o apoio do ICA / Ministério da Cultura, Juventude e Desporto, IPDJ, Turismo Centro, Junta de Avanca, Agrupamento de Escolas e Paróquia de Avanca, para além de várias entidades locais, nacionais e estrangeiras.

    Entre o Som e o Silêncio: “CLOUDS” traz o Conservatório Superior de Paris à JOBRA

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    A Jobra Educação acolhe, pelo segundo ano consecutivo, o prestigiado Conservatoire National Supérieur de Musique et de Danse de Paris (CNSMDP) num projeto pedagógico de caraterísticas verdadeiramenteinovadoras.  De 8 a 25 de julho, 21 estudantes das áreas do Jazz, Música Clássica e Produção e Tecnologias da Música, vão participar numa residência artística intensiva, profundamente orientada para a criação, a escuta e a improvisação.

    Entre a fluidez expressiva do jazz modal e a estrutura hipnótica da música minimalista, o CLOUDS convida os alunos a explorar novas linguagens musicais, a assumir múltiplos papéis artísticos – intérprete, compositor, improvisador, líder de ensemble – e a trabalhar em diálogo com outros músicos e abordagens estéticas.

    A orientação pedagógica está a cargo de uma equipa de excelência, composta por três elementos do CNSMDP:

    • Prof. Gilles Burgos, flautista e mentor do projeto, docente do CNSMDP, reconhecido pela sua vasta experiência como intérprete, educador e criador de projetos pedagógicos inovadores;
    • Giulio Ottanelli, saxofonista de jazz, compositor e pedagogo, responsável pelas sessões de jazz modal, improvisação, ritmo e treino auditivo;
    • Clément Caillier, pianista clássico e professor, orientará as sessões de escuta, preparação de repertório e ensaios de obras minimalistas.

    Durante três semanas os alunos participantes irão desenvolver competências práticas e criativas através de:

    • Workshops de escuta e análise (com foco em compositores como Steve Reich, Philip Glass, Terry Riley, Miles Davis ou Wayne Shorter);
    • Exercícios de improvisação e composição em grupo;
    • Treino auditivo, leitura à primeira vista e direção de pequenos ensembles;
    • Ao longo do processo, os estudantes irão preparar uma performance final que integrará obras minimalistas já existentes, recriações de temas jazzísticos e composições originais da sua autoria. Esta apresentação terá lugar na quinta-feira, 24 de julho, às 19h00, em sessão aberta ao público, no Auditório do Centro Cultural da Branca.

    O CLOUDS assume-se como plataforma de experimentação artística e pedagógica onde se desenvolvem competências técnicas, criativas e humanas – promovendo a escuta ativa, o trabalho em equipa e a liberdade de expressão musical. Este projeto representa um exemplo concreto da consolidação internacional da Jobra Educação, oferecendo aos seus jovens músicos a oportunidade única de colaborar com uma das instituições de ensino superior mais prestigiadas do mundo e de participar num processo criativo exigente, desafiante e profundamente transformador.

    Câmara atribuí Medalha de Mérito Municipal Ouro ao Pão-de-Ló de Ovar

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    A Câmara municipal de Ovar decidiu atribuir, na última reunião ordinária da câmara, no dia 17 de julho, no salão nobre da autarquia, a Medalha de Mérito Municipal Grau Ouro ao Pão de Ló de Ovar.

    Alda Almeida, atual Presidente da APPO, contatada pelo Aveiro TV, começa por dizer que é uma enorme alegria o reconhecimento da câmara municipal por todo um trabalho que tem sido desenvolvido nos últimos anos, pelas diversas direções da associação.

    Refere que “…têm sido 18 anos de muito esforço e de muito trabalho promover o pão de ló de ovar, mas que lentamente vai-se conseguindo fazer este percurso.” Diz ainda que alertar o consumidor para a compra do pão de ló certificado tem sido uma das batalhas da associação, mas que sente que as coisas estão a correr bem e com calma a associação conseguirá alcançar os seus intentos.

    A 3ª edição do Festival do Pão de Ló de Ovar começa já no dia 25 de julho, e Alda Almeida espera que seja mais um sucesso, pois o certame conta com muito boa gastronomia, doces de muitos sítios do país, muita música e bandas convidadas. O orçamento está fechado, contando com o apoio da autarquia e de 3 juntas de freguesia, referindo que estes apoios são o reconhecimento de um trabalho bem feito nos dois últimos festivais, e que contribui assim para o engrandecimento de Ovar, projetando o nome do concelho além portas.

    Luís Souto reage sobre o troço Aveiro–Viseu–Guarda–Salamanca

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    Luis Souto
    Luis Souto

    O candidato à Câmara Municipal de Aveiro, pela Aliança Mais Aveiro, Luís Souto Miranda, valoriza e aplaude as declarações do Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, sobre a importância estratégica da construção da ligação de alto desempenho ferroviário no troço Aveiro–Viseu–Guarda–Salamanca e a intenção clara, do governo da AD, liderado por Luís Montenegro, em transformar, de “forma urgente a Região Centro num verdadeiro eixo logístico, económico e turístico na Península Ibérica”.

    No encontro realizado em Aveiro, que contou com a presença de muitos autarcas espanhóis e portugueses, entre eles Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Manuel Pinto Luz recebeu ainda, a Declaração Regional Conjunta subscrita por 77 municípios da Região Centro e da província de Salamanca, aprovada em maio na Guarda.

    Para Luís Souto Miranda, o evento foi de “importância extrema para Aveiro”. “Não duvidem, estarei sempre do lado dos interesses de Aveiro. Para quem andou por aí a espalhar a descrença e o desânimo, para quem tenta sistematicamente iludir os aveirenses, aqui está a clarificação necessária. O atual presidente da Câmara Municipal de Aveiro tem tido um total empenho neste tema estratégico para o futuro de Aveiro, da região e do país. Quando for eleito em outubro, a concertação com o governo será permanente e muito vantajosa para Aveiro, neste como em vários dossiês relevantes para o nosso município”.

    Celme Tavares é a candidata do BE à presidência da Junta de Freguesia de Santa Joana

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    Celme Tavares, 51 anos, é licenciada em Ciências da Comunicação e mestre em Comunicação e Multimédia, desempenha há mais de duas décadas funções de Técnica Superior nas áreas de gestão académica e comunicação na Universidade de Aveiro. É ainda membro suplente das Comissões Paritária e de Trabalhadores da Universidade de Aveiro. Integra a Comissão Coordenadora Concelhia de Aveiro do Bloco de Esquerda e tem representado o Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Aveiro.

    É eleita na Assembleia de Freguesia de Santa Joana, estando a cumprir o seu segundo mandato e tem como principais prioridades para esta campanha autárquica a habitação, mobilidade e acessibilidade, transportes e qualidade de vida dos cidadãos.

    A candidata defende ainda uma governação de proximidade, transparência e envolvimento da população nas decisões da autarquia e soluções para os problemas mais imediatos que afetam a população: acesso à habitação, melhoria e limpeza do espaço público, reforço da mobilidade sustentável e do compromisso da autarquia com o ambiente e proteção dos recursos naturais, bem como o reforço de respostas sociais dirigidas aos mais idosos e pessoas vulneráveis.

    A candidatura do Bloco de Esquerda a Santa Joana defende respostas sociais, económicas e culturais que vão ao encontro da diversidade das necessidades dos seus habitantes e conta com uma equipa empenhada na transformação para uma Santa Joana aprazível e atrativa para viver e trabalhar.

    A bloquista tem participado ativamente nas principais lutas sociais em Aveiro e luta por políticas de justiça, sustentabilidade e igualdade.

    A candidata considera que a Câmara Municipal continua a falhar em construir uma política de mobilidade coerente, sustentável e centrada nas necessidades dos munícipes, e defende uma Junta de Freguesia com capacidade de reivindicar essas e outras intervenções. Defende travessia pedonal e ciclável no Eixo Rodoviário Aveiro – Águeda, que terá perfil de autoestrada e vai dividir a freguesia. Falha na capacidade de reivindicar o bom planeamento do território, habitação social, a boa gestão de transportes públicos e segurança rodoviárias; defende a redução do limite de velocidade e implementação de medidas de acalmia da velocidade nas zonas residenciais. Falha na recolha de resíduos urbanos e limpeza das ruas, e defende práticas alternativas na gestão dos espaços públicos, a não utilização de glifosato e herbicidas nocivos às pessoas, animais e ambiente.

    Celme Tavares considera fundamental, a necessidade de aproximar a freguesia ao centro da cidade e a dinâmica das relações entre o espaço e as pessoas.

    O projeto Aveiro Cult realiza nodia 19 de julho no Mestre Cervejeiro a última edição de 2025 do Open Mic

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    O projeto Aveiro Cult realiza no próximo dia 19 de julho, sábado, a partir das 21h, no Mestre Cervejeiro Aveiro, a última edição de 2025 do Open Mic, num formato especial para assinalar o aniversário da sua fundadora, a cantora e comunicadora Mari Boop.

    Criado com o objetivo de oferecer espaço a novos talentos da música, o Open Mic do Aveiro Cult é uma iniciativa que integra a campanha #AveiroMereceMaisMúsica, que visa dar visibilidade à produção musical local e promover o acesso a palcos e espaços culturais informais. A proposta é clara: valorizar quem ainda não tem palco, mas tem muito a partilhar.

    Dedicado exclusivamente à música, o evento abre portas a intérpretes, duos, bandas e músicos independentes de todas as vertentes, promovendo a diversidade e a partilha num ambiente descontraído e acolhedor. A programação será marcada por atuações ao vivo, momentos de celebração e surpresas, com entrada livre para o público.

    Artistas interessados em participar devem inscrever-se previamente através do Instagram @aveirocult ou por e-mail para [email protected].

    O evento encerra o ciclo de Open Mics promovidos este ano pela associação, reforçando o compromisso de tornar a cidade de Aveiro mais vibrante, inclusiva e musical.

    Serviço:
    📍 Mestre Cervejeiro Aveiro – Rua do Tenente Rezende, 32, Aveiro
    📅 Sábado, 19 de julho de 2025
    🕘 A partir das 21h
    🎟 Entrada livre

    Sobre Mari Boop

    Mari Boop é cantora, comunicadora e produtora cultural. Brasileira radicada em Aveiro desde 2018, atua na cena musical local com projetos que vão do jazz ao rock alternativo, além de iniciativas de valorização da arte e da cultura independente. É fundadora do projeto Aveiro Cult, onde desenvolve eventos como o Open Mic e outras ações voltadas à dinamização da vida cultural da cidade.

    Sobre o Aveiro Cult

    O Aveiro Cult é um projeto independente de promoção da cultura local e criação de comunidades criativas em Aveiro. Atua principalmente nas áreas da música, arte e programação cultural, através de eventos, encontros, formações e conteúdos digitais. Acredita que Aveiro merece mais arte, mais palco e mais cultura acessível.

    BE lança slogan da candidatura autárquica de Aveiro: “A política pode ser diferente”

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    O Bloco de Esquerda colocou nas ruas e nas redes sociais o seu slogan que é a ideia central da campanha e da candidatura: “A política pode ser diferente”.

    O atual sistema económico desiludiu as esperanças das pessoas. Ter uma casa hoje é uma miragem. Mesmo quem trabalha e aufere um salário médio tem na habitação o principal factor de empobrecimento e quem tem casa vê os seus filhos impossibilitados de saírem e iniciarem a sua vida independente

    Em Aveiro, uma família da elite domina as candidaturas dos partidos do centrão (PS e PSD/CDS) e a extrema-direita esconde o seu candidato, apesar da sua estrutura local ser liderada pelo refugo do centrão. O Bloco de Esquerda faz o contraponto, apresentando-se como a verdadeira candidatura de alternativa, popular, participada e independente dos interesses instalados no imobiliário e na grande hotelaria.

    O Bloco de Esquerda é alternativa ao atual sistema económico que trouxe o agravamento das condições de vida, a desigualdade gritante, e a degradação dos serviços públicos. Esta realidade impossibilita uma vida desafogada, mesmo a quem tem salários médios. Neste contexto, a candidatura do Bloco é a criadora de comunidade, garantindo políticas para uma vida melhor e uma sociedade mais justa.

    Para o Bloco de Esquerda, o centrão e o seu apêndice liberal apenas têm para oferecer o aprofundamento do sistema económico da desigualdade social. A extrema-direita tem como objetivo deslocar o descontentamento contra os mais frágeis da sociedade, para proteger o sistema das desigualdades.

    Esta política que desiludiu as esperanças das pessoas tem também expressão local quando se entrega serviços públicos essenciais a operadores movidos pelo lucro ou quando se deixa a habitação à mercê da ganância da especulação imobiliária. 

    O Bloco de Esquerda não baixa os braços e vem mostrar que a política pode ser diferente, com humanismo e mudanças que façam subir a maré: a vida pode ser melhor para a maioria, não só para os poucos no topo da pirâmide da desigualdade.

    A candidatura do Bloco de Esquerda aos órgãos do poder local em Aveiro quer dar prioridade às políticas de habitação a custos controlados que façam embaratecer a casa, à criação de uma rede pública de creches que crie condições para uma vida melhor e que permita conciliar vida familiar e profissional, e à devolução dos transportes públicos à esfera pública para que possam mais adequados e pensados para as necessidades de quem vive e trabalha em Aveiro.

    Aveiro recebeu três estudantes internacionais e procura novas famílias de acolhimento

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    No âmbito do programa de intercâmbio AFS, a região de Aveiro acolheu no ano letivo que agora terminou três estudantes internacionais provenientes de países tão diversos como Alemanha, Argentina e Itália. Esta experiência representa uma oportunidade única de enriquecimento cultural e humano, tanto para os jovens como para as famílias de acolhimento.

    «Ao promover o contacto dos meus filhos com outras culturas, procuro estimular a sua curiosidade e promover o seu desenvolvimento através do exercício de compreensão e tolerância. Como família, crescemos, reorganizamo-nos, e redescobrimos o valor da nossa cidade, da nossa cultura e de quem somos», refere Ana Neves, mãe de acolhimento de um estudante alemão. «Desmistificamos mitos, quebramos barreiras e percebemos que o mundo é muito maior do que o nosso quotidiano. É uma aprendizagem para todos — e uma janela aberta para as oportunidades que daí nos podem chegar» finaliza.
     
    A AFS (American Field Service) é uma organização global, sem fins lucrativos, com mais de 75 anos de experiência em programas de intercâmbio educativo e voluntariado. Os estudantes vivem com famílias locais, frequentam escolas portuguesas e partilham o seu quotidiano, promovendo uma convivência baseada no respeito, diversidade e cidadania global.

    Presente em Portugal desde 1957, a AFS está neste momento à procura de novas famílias portuguesas dispostas a acolher estudantes no próximo ano letivo. Os períodos de acolhimento são flexíveis e podem variar entre 3, 6 ou 10 meses.

    As famílias interessadas podem obter mais informações em intercultura-afs.pt ou contactar o núcleo local da AFS.

    Sobre a da Intercultura AFS

    Com sede em Nova Iorque e presença em mais de 60 países, a AFS promove programas de mobilidade e formação intercultural que desenvolvem competências como empatia, adaptabilidade e comunicação intercultural — valorizadas no percurso pessoal, académico e profissional.

    Em Portugal desde 1952, a AFS conta hoje com 12 núcleos regionais e uma rede de mais de 300 voluntários, que acolhem, acompanham e preparam estudantes e famílias.

    Em 2024, 42 jovens portugueses participaram em programas no estrangeiro, enquanto 50 estudantes de 20 países vieram viver esta experiência em Portugal. A nível global, a AFS envolve anualmente cerca de 12 mil estudantes e mais de 50 mil voluntários.

    Candidato do BE à CM de Aveiro manifesta preocupação com situação no Hospital de Aveiro

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    João Moniz do Bloco de Esquerda
    João Moniz do Bloco de Esquerda

    Numa publicação nas suas redes sociais, o candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Aveiro, João Moniz, manifestou preocupação com a situação crítica no serviço de ginecologia e obstetrícia do Hospital de Aveiro.

    “O que está a acontecer no serviço de ginecologia e obstetrícia do Hospital de Aveiro é grave e preocupante mas infelizmente esta situação tem sido reiterada ao longo dos últimos anos”, afirmou João Moniz, apontando responsabilidades diretas aos sucessivos governos do PS e do PSD: “Os sucessivos governos do centrão PS&PSD destruíram SNS através do subfinanciamento e da subcontratação para garantir quota de mercado aos operadores privados”.

    João Moniz sublinha que esta estratégia tem vindo a esvaziar os serviços públicos de saúde e a transferir recursos para os privados, acrescentando que “parte substancial do valor dedicado à saúde no OE vai para os operadores privados”.

    Face à ausência de soluções estruturais, a situação agravou-se: “O passar do tempo só tem agravado ainda mais esta situação e agora as escalas previstas no serviço de ginecologia e obstetrícia para julho e agosto estão seriamente comprometidas”, alertou.

    Para o Bloco de Esquerda, é inadmissível que se comprometa o acesso a cuidados de saúde fundamentais para mulheres grávidas, não apenas no concelho de Aveiro, mas em toda a região. “Não é aceitável que a assistência a mulheres grávidas, não só em Aveiro mas também em toda a região do Baixo Vouga, seja colocada em causa.”

    João Moniz termina com um apelo às autarquias: “No que toca ao poder local aveirense, e de toda a região, é preciso mais firmeza e exigência junto da tutela. Esta situação de ruptura assim o exige.”

    O Bloco de Esquerda exige respostas urgentes por parte do Governo e defende uma inversão da política de esvaziamento do Serviço Nacional de Saúde, com investimento público robusto, valorização dos profissionais de saúde e garantia de cuidados universais e de proximidade.

    Programa cujo nome estamos legalmente impedidos de dizer

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    Pedro Mexia
    Pedro Mexia

    Pedro Mexia está há mais de 10 anos a desempenhar uma proeza digna de aplauso: ser comentador regular do programa Governo Sombra (Programa cujo nome fomos legalmente impedidos de dizer) e consultor para a área cultural da Casa Civil do Presidente da República, tudo ao mesmo tempo. Afinal, para quê escolher entre microfone da atualidade política e gabinete quando se pode ter os dois? Esta conjugação sem qualquer período de afastamento é a verdadeira arte do equilíbrio político-mediático, que revela uma proximidade encantadora entre comentário público e exercício do poder.

    Não estamos a falar daqueles comentadores que, por acaso, deram um saltinho para ser governantes — como Artur Santos Silva no Eixo do Mal — mas da passagem tão natural quanto inevitável de comentadores para funções públicas, sem o incómodo de um “período de nojo”. Em Portugal, parece que o comentário e o poder andam sempre de mãos dadas, quase como bons amigos que não querem dar tempo para saudades.

    Quando chegou a renovação do mandato presidencial, Mexia decidiu que era hora de explicar o seu título — não era “assessor”, não era “conselheiro” mas sim “consultor”. Uma mudança que foi vendida com pompa e circunstância, mas que, na prática, é tão significativa quanto trocar um chapéu por outro no mesmo guarda-roupa. Afinal, se é para continuar com a mesma função, por que não lhe dar um nome novo que soe mais elegante? A crítica é óbvia: mudar o rótulo não muda o conteúdo — é a velha história do “novo vinho em odres velhos”.

    Num dos últimos programas, o de 28 de junho de 2025, Mexia disse uma daquelas frases que ficam para a posteridade: “se tivesse ideias para o país, não estaria aqui a comentar”. Esta declaração, longe de esclarecedora, revela bem o truque do faz-de-conta: não se trata de influenciar diretamente, mas de garantir o melhor dos dois mundos — visibilidade e poder — numa conjugação que só os verdadeiros equilibristas conseguem manter sem tropeçar.

    Esta proximidade entre palco e bastidores, entre crítica e decisão, não é um acidente, é um fenómeno que Portugal já domina com mestria. A verdadeira questão não é o cargo em si, mas a ilusão da independência que nos querem vender. O título pomposo de “consultor” é o verniz que cobre a perfeita coincidência entre poder e microfone. Aliás, Mexia até em jeito de confissão, afirmou não ter votado em Marcelo… uma afirmação de mestre … Cavaco Silva só se lembrou de uma desculpa parecida para invocar a sua independência ao fim de quase 15 anos de poder quando disse que não era político profissional…

    Talvez o nome mais adequado para o programa que já se chamou “Governo Sombra” fosse “Presidência Sombra”, para combinar com o espetáculo principal. Ou também não estivesse estado o seu colega de painel, outrora, encarregado pelo Presidente de escrever uma discurso para o dia 10 de junho…

    E para terminar, fico a pensar como será possível o Presidente contribuir para a não separação das águas e dos poderes e ficar o exemplo para outros protagonistas da política poderem fazerem o mesmo…

    Que os colegas de painel aceitem tão serenamente esta conjugação não me admira, o desconforto de ter um parceiro comentador do mesmo programa de TV entre “amigos” que também é consultor, conselheiro ou assessor, da presidência para todos parece ser a nova definição de “independência”.

    No entanto, pelo que conheço de outros comentadores de programas do mesmo canal de TV, não conviveriam bem com tal facto…

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