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    Comércio local de Anadia “Sai à rua”

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    O comércio local de Anadia vai “sair à rua”, nos dias 23, 24 e 25 de maio, para se dar a conhecer, numa iniciativa do Município de Anadia, em parceria com a ACIB – Associação Comercial e Industrial da Bairrada, com o intuito de promover e dinamizar a economia local.

    Um total de 30 espaços comerciais e de serviços locais marcam presença neste evento, com propostas que vão, desde a moda à decoração, do turismo ao bem-estar, passando ainda pela gastronomia, vinhos e produtos artesanais.

    A iniciativa vai decorrer na zona envolvente ao Museu do Vinho Bairrada (parque de estacionamento, jardim anexo) que estará de portas abertas nestes dias, com entradas gratuitas. Uma tenda gigante irá albergar os espaços comerciais, uma zona de restauração e outra dedicada às crianças, com insufláveis, parque infantil com escalada, pinturas faciais, modelagem de balões, entre outras atrações.

    Paralelamente, terão lugar várias atividades, nomeadamente workshops sobre vinhos e espumantes com Paulo Vale Sommelier, desfiles e palestra de moda com Mónica Silva, consultoria de imagem e moda com Cláudia Pereira, entre outras.

    A animação estará a cargo do Dj Pedro Moniz, do pianista Luís Arede, do saxofonista Tiago Taborda, do grupo “Meninos da Sacristia”, Gonçalo Gomes, João Gomes, Carolina Leira, Coral da Bairrada e Vozes do Montado com Cante Alentejano. A magia também estará presente pelas mãos de Ricardo Pimenta.

    O horário de funcionamento do “Sai à Rua” é o seguinte: na sexta-feira, dia 23 maio, das 17h00 às 21h00, no sábado, 24 maio, das 15h00 às 21h00, e no domingo, 25 maio, das 15h00 às 19h00. Os espaços de animação e restauração funcionarão na sexta-feira, das 17h00 às 23h00, no sábado, das 14h00 às 23h00 e no domingo, das 14h00 às 19h00.

    O evento está inserido no “Viver Anadia – da Tradição à Inovação” e enquadra-se na estratégia de dinamização do comércio local, preconizada pelo projeto dos “Bairros Comerciais Digitais” estendendo-se a todos os estabelecimentos do concelho que pretendam aderir.

    PROGRAMA

    Dia 23 maio, sexta-feira | 14h00>23h00

    17h00> Abertura do “Sai à Rua” com Interpretação ao piano de Luis Arede

    19h00 > 20h15 Atuação musical com Meninos da Sacristia

    21h00 Encerramento dos estabelecimentos comerciais

    Dia 24 maio, Sábado |

    14h00 Abertura do “Sai à Rua”

    15h00> 15h30 Espetáculo de Magia com Ricardo Pimenta

    16h30>17h30 Workshop “Descomplicar o Vinho” com Paulo Vale Sommelier

    18h00>18h30 Espetáculo de Magia com Ricardo Pimenta

    19h00 Atuação Musical com Gonçalo Gomes e João Gomes

    21h00 Encerramento dos estabelecimentos comerciais

    21h00 Atuação da Associação O Coral da Bairrada e as Vozes do Montado com Cante Alentejano (Celebração do 12ª aniversário do Coral da Bairrada)

    Dia 25 maio, Domingo

    14h00 Abertura do “Sai à Rua”

    15h00>17h00 Performance de desfile de criança e palestra de moda “de criança à fase adulta – a importância da imagem” by Mónica Silva

    17h30>18h30 Workshop “Os espumantes Bairrada” com Paulo Vale Sommelier

    18h30> Atuação de Carolina Leira ao piano com Luís Arede

    19h00> Encerramento dos estabelecimentos comerciais

    Consulte as lojas participantes

    “O Censor Antifascista”, um romance de Breda Carvalho para avivar a memória da ditadura e da censura

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    A Biblioteca Municipal da Mealhada encheu, para ouvir a apresentação do último romance de António Breda Carvalho, “O Censor Antifascista”. O encontro contou também com o escritor Mário Silva Carvalho, que se transportou aos tempos do Estado Novo, cruzando-se com a vida do personagem principal.

    António Breda Carvalho, professor e escritor mealhadense, apresentou a obra vencedora da “3.ª edição o Prémio Luís Miguel Rocha, da Câmara e da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo com a Porto Editora, que se centra na máquina censória, como sendo uma sequência de um outro romance, “Os filhos de Salazar”, este dedicado à PIDE.

    “Em 48 anos de ditadura há matéria para escrever muitos romances”, afirmou, explicando que procura sempre criar histórias com humor e qualidade literária, com conteúdo que suscite uma reflexão crítica no leitor”.

    O romance “O Censor Antifascista” foi escrito para avivar a memória da ditadura em Portugal e o impacto social da censura, em particular, nesses anos “fechados e claustrofóbicos”, anteriores a Abril de 1974, explicou o autor.

    O tempo narrativo de “O Censor Antifascista” decorre entre inícios da década de 1970 até cerca de dois anos depois do 25 de Abril de 1974. Trata-se de um “romance autodiegético”, isto é, o protagonista narra a sua própria história. O protagonista “é oriundo do campo, da ruralidade, humilde, mas quer se rum homem de cultura, fora daquele ambiente. Já a residir em Lisboa e com o serviço militar cumprido, acaba por exercer o cargo de censor, “porque estava ligado às letras e tinha conhecimentos no meio militar”. Dificuldades económicas levam-no a aceitar o posto de censor na então polícia política, a PIDE-DGS (Polícia Internacional de Defesa do Estado – Direção-Geral de Segurança). Acaba por fazer um “jogo duplo” que leva os superiores a desconfiarem de si. E só escapa porque, entretanto, “’estoira’ o 25 de Abril”.

    Mário Silva Carvalho, também ele vencedor do Prémio Luís Miguel Rocha, na sua primeira edição, recuou à sua juventude para cruzar os seus passos por Lisboa com os do protagonista, também ele um jovem, com dificuldades e angústias, num período conturbado. 

    “Este livro dá uma perspetiva histórica de alguém que usa a sua função e a contorna, uma característica tão portuguesa. Leva-nos a perguntar quem eram os censores? Eram mesmo maus ou era um emprego? É um livro de uma escrita clara, cuidada, limpa e imaginativa, cujo enlaçar de vidas envolve o leitor”, afirmou.

    Também Filomena Pinheiro, vice-presidente da Câmara da Mealhada, salientou o “testemunho histórico de uma obra de qualidade inquestionável”, neste encontro da rubrica “Palavra de Autor”, da Biblioteca Municipal da Mealhada.

    António Breda Carvalho nasceu na Mealhada, em junho de 1960, e é professor de Português no Ensino Secundário. Publicou várias obras de ensaio e ficção. Venceu o prémio António Feliciano de Castilho com “As Portas do Céu”, em 2000, o Prémio João Gaspar Simões com “O fotógrafo da Madeira”, em 2010, e uma menção de honra do mesmo prémio com “Os azares de Valdemar Sorte Grande”, em 2012. Conquistou o Prémio Carlos de Oliveira com a “A Odisseia do Espírito Santo”, em 2018.

    Entre os seus livros publicados encontram-se ainda títulos como “Os Filhos de Salazar” (2016), “O crime de Serrazes” (2017), “Morrer na outra margem” (2018) e “A banda que tocou fora da Graça de Deus” (2019).

    CPCJ promove Caminhada “Azul” em Anadia

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    A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Anadia, em parceria com o Município, promoveu este sábado último, 17 de maio, a “Caminhada Azul” com o slogan “Serei o que me deres… Que seja amor!”. O evento esteve, inicialmente agendado para o passado dia 12 de abril, mas, devido às más condições atmosféricas, foi reagendado.

    A “Caminhada Azul” é realizada em parceria com o Saca Trilhos Anadia. O ponto de partida e de chegada será no Vale Santo, em frente às instalações da CPCJ, com a receção dos participantes pelas 9h00, para entrega de t-shirt e garrafa de água e o início da caminhada pelas 10h00. É um percurso completamente urbano, pela cidade de Anadia, de dificuldade fácil e com cerca de 5 km.

    Esta iniciativa está integrada na campanha “Abril – Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância” que contou com a dinamização de várias atividades, nomeadamente a colocação de faixas e laços azuis alusivos à temática, entre outras. Estas ações tiveram em vista a sensibilização das pessoas para a prevenção dos maus-tratos, práticas muito lesivas para as crianças, que podem deixar marcas profundas no seu desenvolvimento. Acontecem em diferentes contextos e são transversais a todos os estratos da população, revestindo muitas formas: negligencia, abandono, maltrato físico e psicológico, e abuso sexual.

    A Campanha do Laço Azul (Blue Ribbon) iniciou-se, em 1989, na Virgínia, Estados Unidos da América, quando a avó Bonnie W. Finney amarrou uma fita azul à antena do seu carro “para fazer com que as pessoas se questionassem”. O azul da fita refletia a cor das nódoas negras e dos corpos batidos dos seus dois netos, alvos de violência pela mãe e namorado. O azul servia como um lembrete constante na sua luta pela proteção das crianças contra os maus-tratos.

    Festival Pão de Portugal regressa a Albergaria-a-Velha para 12.ª edição

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    O Festival Pão de Portugal está de volta à cidade de Albergaria-a-Velha. A 12.ª edição do evento decorre ao longo de três dias, entre 30 de maio e 1 de junho.

    A Quinta da Boa Vista (Torreão), em Albergaria-a-Velha, é, mais uma vez, o cenário escolhido para o Festival Pão de Portugal, que, este ano, reúne 60 expositores, dos quais 24 são de pão, representando mais de 70 variedades deste alimento tão tradicional.

    Das presenças confirmadas dos expositores, o destaque vai para a “Melhor Padeira do Mundo”, Elisabete Ferreira, da Padaria Gimonde, em Bragança, e para o “Melhor Pão Biológico e Nutricional” do mundo, produzido na Covilhã, por uma equipa que integra a Padaria Dias. Aos premiados juntam-se outros produtores, com pães tradicionais de Avintes, Paraduça, Castro Daire e Mafra, entre outros.

    Além da mostra e venda de pão, o festival oferece uma programação diversificada, pensada para agradar a todos os públicos. Ao longo de três dias, os visitantes podem participar em workshops de fabrico de pão e atividades para crianças e famílias e assistir a espetáculos de animação cultural e showcookings com chefs convidados. Na sexta-feira, as receitas são de Emídio Concha de Almeida. No sábado é a vez de Cristina Manso Preto e no domingo de Fábio Bernardino.

    O recinto do Festival conta ainda com áreas reservadas para a restauração e para a venda de produtos complementares, como queijos artesanais e compotas. Em funcionamento, estarão, também, fornos a lenha, para que os visitantes possam saborear pão quente feito no local.

    Durante os três dias do festival, decorrem, simultaneamente, o “Do Pão Film Festival”, com exibições diárias de filmes, e a exposição “Bombeiros de Albergaria-a-Velha, 100 anos de História”, que pode ser visitada na biblioteca do município.

    Como já é tradição, na manhã de domingo realiza-se o Trail Rota dos Moinhos. O evento integra dois percursos de trail e duas caminhadas, cujos trajetos percorrem o património natural e molinológico de Albergaria-a-Velha e terminam na Quinta da Boa Vista.

    O espírito de valorização do território atravessa todo o programa do festival e os moinhos são ponto de atração em mais duas atividades: a Rota dos Moinhos em Landrover e a Visita aos Moinhos.

    Paralelamente, também acontece a habitual “Festa da Criança”, nos dias 31 de maio e 1 de junho, para assinalar o Dia da Criança, que coincide com as datas do festival. O espaço tem atividades programadas para os visitantes mais novos.

    A entrada no evento, assim como a participação em todas as atividades, é gratuita.

    O Festival Pão de Portugal é organizado pelo município de Albergaria-a-Velha todos os anos, desde 2014. O seu propósito é apresentar o que há de melhor na produção de pão nacional. A realização do evento já valeu à cidade o apelido de “Capital do Pão”.

    Com tantas propostas permito-me falar-vos sobre duas áreas que considero importantes e até urgentes

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    Com tantas propostas, tantas que nus inundam o pensamento, permito me falar vos sobre duas áreas que considero importantes, e até urgentes, não só para a Democracia, mas muito mais para um Estado de Direito, que somos e queremos continuar a ser!

    JUSTIÇA E LUTA CONTRA A CORRUPÇÃO.

    A AD quer prevenir a corrupção com a regulamentação dos lobby, a perda de bens e o reforço de meios;

    O PS pretende rever as regras sobre a conexão de processos de modo a acabar com os chamados megaprocessos,

    O CHEGA, quer reforçar os meios da Investigação, e por aí além;

    Os outros Partidos, propõem desde a criminalização do enriquecimento ilícito, e até uma Estratégia Nacional Anticorrupção, por um período de 5 anos.

    Quase todos, apresentam as mesmas soluções, as mesmas propostas, aliás, que não são inéditas, porque são repetitivas sempre que somos chamados a escolher com o uso do legitimo direito do voto!

    O problema é a credibilidade e a confiança que todos temos, nestas propostas, que cheiram ao mesmo, mas…cuja eficácia, eu duvido.

    Duvido, porque a corrupção está entranhada no nosso Sistema, e o pior de tudo, é que nós próprios protestamos, mas já quase a aceitamos como inevitável, e até, uma consequência da Democracia.

    Não tenho dúvidas, que é no Poder Local, que a Corrupção mais está instalada, com teias que não serão fáceis de desmontar, porque ela já é bem feita, muito refinada e cautelosa.

    EU PERGUNTO-ME,

    De que servem todas estas propostas, que apenas branqueiam, se não tivermos uma Justiça à altura, verdadeiramente independente, livre e até , ela própria, incorruptível?

    Mais de 400 processos de investigação arquivados em 2024!

    Quantos processos não prescrevem, porque…quiçá protegendo amigos e amizades, não estiveram guardados em gavetas de secretárias de Magistrados e de Juízes?

    A luta contra a corrupção, não se faz só com propostas, com boas intenções, se calhar disfarçadas, porque isso, não acredito que seja suficiente.

    Ela faz-se com Juízes e Magistrados do Ministério Público, bem preparados, imunes a amigos e amizades, faz-se com total imparcialidade, e acima de tudo com o verdadeiro sentido de dever e de lealdade aos Portugueses e à Democracia.

    A infância sob ataque: quando a liberdade cultural esquece a dignidade

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    Enquanto debatemos, em cimeiras e conferências, os caminhos da igualdade de género, do respeito pela diferença e da promoção de uma infância saudável, esquecemo-nos de olhar para o mais óbvio: o que ouvem, repetem e interiorizam as crianças nas traseiras dos automóveis, nos corredores das escolas e nas suas redes sociais.

    O que antes passava despercebido pela barreira linguística — com letras em inglês cheias de ambiguidade moral — chega agora de forma crua, explícita e em português do Brasil, através de melodias virais oriundas de subgéneros como o funk carioca ou o trap de favela. Não falo de toda a música brasileira, que é imensa, brilhante e uma das expressões culturais mais ricas do mundo. Falo de um fenómeno particular: a exportação, sem crítica nem mediação, de conteúdos nascidos em realidades profundamente violentas e desigualitárias, que se tornaram banais no imaginário infantil português.

    Frases como “as piranhas gostam assim”, “bate com o popozão no chão”, ou outras de igual teor, são hoje repetidas por crianças de 8 ou 9 anos em vídeos coreografados, partilhados entre colegas, tios e até professores nas plataformas digitais. A normalização deste discurso levanta uma questão que incomoda: que valores estamos, de facto, a transmitir?

    Não se trata de moralismo nem de censura. Trata-se de responsabilidade cívica e ética. Trata-se de perceber que, quando falamos de liberdade de expressão, falamos também da liberdade de escolher o que amplificamos e o que silenciamos como sociedade. A liberdade artística não implica irresponsabilidade social — especialmente quando em jogo está a formação de crianças.

    O mais perturbador é que esta transformação cultural ocorre sem debate público, sem escrutínio político e sem consciência institucional. Temos uma Secretaria de Estado para a Igualdade que, por mais iniciativas meritórias que tenha promovido, ainda não se pronunciou com clareza sobre este fenómeno. As escolas, já assoberbadas com tarefas que extravasam o ensino, tentam resistir como podem. E os media, seduzidos pelo número de “cliques” e pela repetição do refrão, contribuem para a banalização da violência simbólica.

    Entretanto, educadores e famílias tentam, isoladamente, explicar às crianças que a palavra “quenga” não deve ser usada, que bater com o corpo no chão ao som de um comando sexualizado não é dança, que mulher não é sinónimo de objeto. Mas como competir com os milhões de visualizações, com a estética do vídeo e com o carisma do influencer digital?

    O mais inquietante é que muitos destes conteúdos, hoje disponíveis a qualquer criança com acesso a um telemóvel, têm origem em contextos de exclusão radical: zonas onde o Estado falhou, onde a dignidade humana foi negociada em troca de sobrevivência. São, em grande parte, expressões legítimas de denúncia social — mas que, fora do seu contexto, se tornam instruções não-intencionais para a barbárie precoce.

    Portugal precisa urgentemente de uma política cultural e educativa que reconheça este novo território de conflito: o da linguagem, do corpo e da representação simbólica no universo digital infantil. Ignorar este tema é abdicar da soberania educativa. E abdicar da soberania educativa é abrir mão da infância como espaço de crescimento livre, consciente e digno.

    Se a igualdade de género é, como tantas vezes se afirma, um desígnio nacional, então deve começar pela coragem de discutir o que consumimos e permitimos que as nossas crianças repitam — até que essas palavras deixem de ser apenas brincadeiras e passem a ser convicções.

    Num mundo de constante ruído e distração esquecemos o valor do silêncio e da solidão

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    Num mundo de constante ruído e distração, esquecemos o valor do silêncio e da solidão. Somos constantemente bombardeados com informações, desde notícias nas redes sociais até aos últimos mexericos. Essa estimulação constante nos deixa em stress, ansiosos e sobrecarregados.

    Precisamos criar espaço em nossas vidas para o silêncio e a solidão. Isto não significa que tenhamos de viver numa caverna ou abandonar todas as formas de tecnologia. Mas significa que precisamos estar atentos à quantidade de informação que consumimos e quanto tempo gastamos interagindo com outras pessoas.

    Quando reservamos tempo para o silêncio e a solidão, temos a chance de relaxar, recarregar as energias e nos religar com nós mesmos. Podemos começar a ver o mundo sob uma nova luz e ter novas ideias. Também podemos desenvolver um sentimento mais profundo de paz e contentamento.

    Não é fácil criar espaço para o silêncio e a solidão em nossas vidas ocupadas. Mas vale a pena. É a única maneira de realmente encontrarmos paz e felicidade.

    Nesta semana de decisões cruciais para o próximo acto eleitoral, os períodos de reflexão no decorrer da campanha dos partidos políticos e muito especialmente antes do dia do voto eleitoral, é comum em praticamente todos os estados membros da UE. Estas proibições que transversalmente afectam os órgãos de comunicação social, que ficam assim impossibilitados de fornecerem informações ou sobre os candidatos, ou poderem comentar sondagens de opinião.

    Pese o facto de que a maioria dos eleitores sabe já antecipadamente em quem votar, existe uma parcela para além dos indecisos, aqueles mais jovens, sem hábitos de processos eleitorais, mais sensíveis a mudanças de última hora, sendo pois esses, os mais susceptíveis de serem influenciados. É fundamental proporcionar aos eleitores um período de reflexão sem serem inundados e influenciados próximo da decisão, com nocivas perturbações por elementos externos.

    Relatório e Contas 2024 de Ilhavo revela mais investimento e menos dívida e aposta no progresso

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    O Relatório e Contas de 2024, recentemente aprovado pela Câmara e pela Assembleia Municipal de Ílhavo, confirma um ano de forte investimento em áreas essenciais para a vida dos munícipes, aliado a uma gestão financeira responsável e sustentável.

    No Relatório e Contas 2024, o Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, João Campolargo, refere que: “O investimento público totalizou, em 2024, 40 milhões de euros, englobando tanto o financiamento obtido através de fundos externos como o investimento próprio do Município. Este ciclo de investimentos, sem precedentes no Município, reflete a visão estratégica da Câmara Municipal para promover o desenvolvimento sustentável, a modernização das infraestruturas e a melhoria das condições de vida para todos os cidadãos, sem comprometer a preservação do seu património natural”.

    Acrescenta ainda que “Foram concluídos os procedimentos de importantes obras na área da Educação e da Saúde que já se encontram em marcha, nomeadamente a reabilitação da Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes, da Escola Básica José Ferreira Pinto Basto (Ílhavo) e da Escola Básica Professor Fernando Martins (Gafanha da Nazaré). Além disso, foi iniciada a construção de uma nova creche na Gafanha do Carmo, que visa responder à crescente procura por serviços de educação e apoio à primeira infância. Na área da Saúde, destacam-se a reabilitação e ampliação do Centro de Saúde de Ílhavo e a reabilitação da Extensão de Saúde da Gafanha da Nazaré, com o intuito de garantir um atendimento de melhor qualidade e maior conforto para os utentes”.

    Neste período, compreendido entre 2022 e 2024, destacam-se os seguintes montantes por setor:

    • Educação: 7,8 milhões de euros (3,1 milhões em 2024);
    • Ação Social: 2,7 milhões de euros (1,5 milhões em 2024);
    • Habitação: 1,2 milhões de euros (1,1 milhões em 2024);
    • Desporto: 4,4 milhões de euros (1,7 milhões em 2024);
    • Cultura: 4,4 milhões de euros (1,7 milhões em 2024);
    • Saneamento/Águas pluviais: 2,7 milhões de euros (1 milhão em 2024);
    • Resíduos Sólidos: 10,8 milhões de euros (4,2 milhões em 2024).

    Com uma visão estratégica para o desenvolvimento sustentado do concelho, o Município de Ílhavo reforçou, nos últimos anos, os seus investimentos em áreas prioritárias para a qualidade de vida das famílias.

    Entre 2022 e 2024, foram aplicados cerca de 800 mil euros na aquisição de terrenos, dos quais 400 mil euros só no ano de 2024. Estas aquisições permitiram viabilizar a construção de novos arruamentos, com especial destaque nas imediações da Escola Básica José Ferreira Pinto Basto, do Centro Escolar da Coutada e da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana e reforçar a segurança rodoviária junto aos estabelecimentos de ensino.

    A aquisição de terrenos irá ainda possibilitar a construção de novos fogos de habitação, contribuindo para atenuar a escassez no acesso a habitação condigna e a preços acessíveis. Este é um desígnio central das políticas municipais de coesão social, orientadas para a inclusão, o bem-estar e a sustentabilidade.

    O apoio ao tecido associativo também tem merecido especial atenção, refletindo uma aposta firme na valorização do capital social do concelho. Entre 2021 e 2024, o investimento municipal nesta área cresceu cerca de 70%, passando de 1,9 milhões para 3,2 milhões de euros, evidenciando o compromisso da autarquia com a dinamização comunitária, o associativismo e a promoção de uma cidadania ativa e participativa.

    O Município de Ílhavo reforçou o seu compromisso com a proteção e segurança da população, através de uma cooperação sólida com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo. Neste período, foram transferidos cerca de 800 mil euros, destinados ao apoio da atividade operacional da corporação, ao reforço da frota com novas viaturas e ao financiamento das duas Equipas de Intervenção Permanente. De referir, ainda, a assinatura do Protocolo de Cooperação entre a Câmara Municipal de Ílhavo, a APA – Administração do Porto de Aveiro, as empresas instaladas no Terminal de Granéis Líquidos do Porto de Aveiro e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo para a aquisição de um Veículo Especial de Combate a Incêndios, destinada a operar no Porto de Aveiro e que será uma realidade em 2025.

    O Município de Ílhavo tem também vindo a afirmar uma política ativa de promoção do desporto, da atividade física e da qualidade de vida, através de um investimento contínuo na requalificação e criação de infraestruturas desportivas em todo o concelho. Em Ílhavo, destaque para o reforço da zona verde e a construção de duas novas infraestruturas desportivas: um campo de padel e uma pumptrack, alargando significativamente a oferta para a prática informal e recreativa de desporto. Na Praia da Barra, foi requalificado o campo de futebol e construído um novo skatepark, dando resposta à crescente procura por espaços urbanos de lazer e desporto jovem. A pensar na segurança e no bem-estar de todos os utilizadores, foi iniciada a reabilitação da Piscina Municipal de Ílhavo.

    Importa ainda destacar que, desde o início do atual mandato, o Executivo Municipal investiu cerca de 750 mil euros na renovação e reforço da frota automóvel, com a aquisição de dois autocarros, viaturas ligeiras de mercadorias e de passageiros. Duas viaturas foram colocadas ao serviço da Guarda Nacional Republicana e outras duas às unidades de saúde de Ílhavo e da Gafanha da Nazaré, fortalecendo a capacidade de resposta e a eficiência operacional tanto dos serviços municipais como das entidades que servem diretamente a nossa população. Este investimento estratégico traduz-se em mais segurança, melhores cuidados de saúde e um concelho mais bem preparado para os desafios do presente e do futuro.

    A responsabilidade financeira do Município é demonstrada pela redução expressiva da dívida, onde se incluem as dívidas a fornecedores e empréstimo bancário, que passou de 9,2 milhões de euros em 2021 para 3,9 milhões em 2024, ou seja, em quase 60%.

    Entre 2022 e 2024, as despesas com pessoal totalizaram 31,7 milhões de euros, evidenciando o compromisso com a valorização dos seus colaboradores e o fortalecimento da sua capacidade operacional.

    Em 2024, o montante ascendeu a 11,8 milhões de euros, resultado da atualização salarial imposta por lei e do reforço da estrutura de recursos humanos. Estas medidas têm como objetivo não apenas cumprir os normativos legais, mas também garantir melhores condições de trabalho e elevar a qualidade dos serviços prestados à população. Esta aposta estratégica no capital humano representa um passo essencial para a construção de uma administração mais eficiente, moderna e centrada nas pessoas.

    No período de 2022 a 2024, no que respeita às despesas globais do mandato, estas repartem-se em:

    • Despesas correntes: 72 milhões de euros (28 milhões em 2024);
    • Despesas de capital: 29 milhões de euros (12 milhões em 2024).

    Este esforço financeiro tem sido realizado em simultâneo com uma política de alívio fiscal às famílias do concelho, através da redução continuada da taxa de IMI – atualmente no mínimo legal – e da devolução de parte do IRS aos munícipes, com a fixação da taxa de participação municipal em 4% face ao máximo de 5%. No conjunto do atual mandato, estas medidas traduzem-se no abdicar de um incremento de receita municipal de cerca de 2 milhões de euros em IMI e 1,5 milhões de euros em IRS, dos quais 1,2 milhões apenas no ano de 2024.

    Neste triénio, a Câmara Municipal tem vindo a registar um aumento progressivo nas despesas com a gestão de resíduos sólidos urbanos, totalizando 10,8 milhões de euros ao longo do predito período. Só em 2024, o valor investido nesta área essencial atingiu os 4,2 milhões de euros.

    Não obstante o contexto de grande exigência, marcado pelo agravamento da inflação, pela necessidade de reforçar os recursos humanos e pelo investimento em novos equipamentos, mais modernos e ajustados às exigências da atualidade municipal, este Executivo não agravou as taxas municipais, optando por não transferir esse esforço financeiro para os munícipes. Esta decisão, tomada com responsabilidade e sentido de dever, tem sido mantida apesar do constante aumento dos custos necessários à garantia de serviços públicos de qualidade.

    Importa destacar que, no âmbito desta política, o Município de Ílhavo continua a assumir parcialmente este encargo que, noutros contextos, deve ser assumido pelos munícipes. Com esta decisão, a Câmara prescindiu de uma receita estimada em 1,5 milhões de euros, aliviando o esforço financeiro das famílias.

    O Município reafirma, assim, o seu compromisso com uma gestão responsável, orientada para a construção de um concelho mais justo, sustentável e solidário, sem comprometer a qualidade dos serviços prestados.

    No que concerne às receitas totais do atual mandato, estas distribuem-se em:

    • Receitas correntes: 95,5 milhões de euros (34 milhões em 2024);
    • Receitas de capital: 13 milhões de euros (9,5 milhões em 2024).

    As contas do Município de Ílhavo refletem um compromisso firme com a estabilidade orçamental e com uma gestão pública responsável. Conseguiu reduzir de forma significativa o endividamento, enquanto promoveu obras estruturantes e investimentos prioritários para o desenvolvimento do concelho.

    Esta trajetória só foi possível graças a uma gestão rigorosa e eficiente dos recursos públicos, orientada pelo interesse coletivo. Manter as contas em equilíbrio não é apenas uma meta técnica, é um dever político para com os cidadãos.

    “É neste caminho de responsabilidade, progresso e sustentabilidade que queremos continuar a trilhar no nosso território”, conclui João Campolargo.

    Animalife lembra que ignorar os laços com os animais é ignorar a saúde emocional das famílias

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    Neste Dia Internacional da Família, a Animalife sublinha uma realidade cada vez mais presente nos lares portugueses — e ainda assim esquecida pelas políticas públicas: os animais de companhia são parte da família. E, para muitos, são a sua principal fonte de equilíbrio emocional.

    Num país onde 72% dos portugueses têm pelo menos um animal de estimação, sendo que 61% têm cães e 54% gatos, os animais ocupam hoje um papel central na vida afetiva das pessoas. São presença, companhia, segurança e vínculo. Para quem enfrenta solidão, doença, pobreza ou exclusão social, a relação com o seu animal pode ser o único suporte emocional constante. Fonte: TGM Research, 2023

    “Um animal não é um bem acessório. Para muitas pessoas, é a única fonte de afeto, segurança e estrutura emocional. Ignorar esse vínculo é, na prática, agravar o sofrimento de quem já está em risco”, afirma Rodrigo Livreiro, presidente da Animalife.

    Apesar disso, a maioria das respostas públicas continua a desconsiderar as reais condições em que vivem as famílias portuguesas. Em situações de emergência ou catástrofe, os planos de proteção civil não contemplam os animais de companhia, obrigando frequentemente à separação. No acesso à habitação, os desafios são cada vez maiores: senhorios que proíbem animais, despejos que não consideram o agregado familiar como um todo, alojamentos de emergência que os excluem. Tudo isto acontece enquanto as despesas com alimentação, saúde e bem-estar dos animais aumentam e a maioria das famílias em vulnerabilidade económica não tem qualquer apoio para manter o seu companheiro ao seu lado. Estes obstáculos colocam em causa a estabilidade do lar, o bem-estar emocional das pessoas e o vínculo afetivo que, muitas vezes, é o último suporte que lhes resta.

    Desde 2012, a Animalife tem atuado com uma abordagem pioneira: o Programa de Apoio Social-Animal (PASA), que apoia simultaneamente pessoas em situação de vulnerabilidade e os seus animais. O programa possibilita:

    • o acesso a alimentos e bens essenciais para os animais do agregado familiar;
    • apoio na regularização dos atos médico-veterinários obrigatórios, como a vacinação e a identificação eletrónica;
    • apoio à esterilização dos animais, com o objetivo de prevenir ninhadas indesejadas e reduzir o número de abandonos;
    • ações de educação e sensibilização para a detenção responsável de animais;
    • e acompanhamento social especializado, com uma visão integrada da família multiespécie.

    Em 2023, esta resposta inspirou um avanço importante: pela primeira vez, o Orçamento de Estado contemplou verbas para cuidados veterinários de animais pertencentes a famílias carenciadas. É uma conquista simbólica — e um sinal de que o reconhecimento institucional deste novo modelo familiar está a caminho, mas ainda longe de ser norma.

    “É urgente que o Estado reconheça aquilo que a sociedade já sente: os animais são parte integrante das nossas famílias. Sem esse reconhecimento, continuaremos a oferecer respostas sociais incompletas, desumanas e ineficazes,” afirma Francisco Gonçalves, Diretor do Departamento de Desenvolvimento Social-Animal da Animalife.

    A Animalife defende:

    • O reconhecimento legal das famílias multiespécie;
    • A inclusão dos animais nas respostas sociais, habitacionais e de emergência;
    • O investimento público em programas de apoio social-animal;
    • A formação de profissionais das áreas sociais e da saúde para compreenderem o elo humano-animal.

    Neste Dia Internacional da Família, a Animalife deixa um apelo claro:
    proteger as famílias significa também proteger os laços que sustentam a sua saúde emocional, dignidade e estabilidade — incluindo aqueles com quatro patas.

    Pessoas e Animais Agradecem.

    Em Albergaria Expo Animal Solidária mostra cumplicidade com amigos de quatro patas

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    A 2.ª edição da Expo Animal Solidária, em Albergaria-a-Velha, reuniu centenas de visitantes no último sábado, 10 de maio, num evento dedicado à causa animal, que promoveu a adoção, a sensibilização e o bem-estar dos animais de companhia.

    Com um programa diversificado, houve várias atividades ao longo do dia – a cãominhada “Passos com Patas”, organizada pelo Armando4Dogs; o concurso “Estrela de Raça Indefinida”, dedicado a cães sem raça definida, com perto de 40 participantes; e demonstrações de Dog Dancing, Freestyle Dog Disc e de cães de salvamento e patrulha da GNR, Bombeiros e da Força Aérea. Atividades como yoga na presença de cães e workshops práticos também proporcionaram experiências únicas ao público.

    Estiveram presentes os cuidadores de colónias de gatos do Município, Associações de Proteção Animal (Amigos dos Animais de Albergaria-a-Velha e ASSAPA), Clínicas Veterinárias e empresas do setor, promovendo os seus serviços e sensibilizando para a adoção responsável. Os visitantes puderam conhecer os animais para adoção do Centro de Recolha Oficial de Animais de Albergaria-a-Velha e de várias associações, reforçando o compromisso da adoção responsável.

    A vertente solidária do evento resultou na angariação de cerca de 75 kg de alimentos e produtos para animais, incluindo ração, patês, mantas, colchões e camas, que serão distribuídos pelas Associações e colónias de gatos apoiadas pelo Município.

    A Expo Animal Solidária reafirma-se como um evento que promove o bem-estar, o respeito e cuidado pelos animais, juntando a comunidade, instituições e parceiros por uma causa comum.

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