Mais
    Início Site Página 13

    Câmara de Oliveira do Bairro atribui mais 70 mil euros às Freguesias

    0

    A Câmara Municipal de Oliveira do Bairro vai distribuir 70 mil euros pelas quatro Juntas de Freguesia do Concelho, para investimento e concretização de atividades culturais.

    A União das Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa vai receber 21.700 euros (13.950 para investimento + 7.750 para atividades culturais), a freguesia de Oiã 21.000 euros (13.500 + 7.500), a de Oliveira do Bairro 16.800 euros (10.800 + 6.000) e a da Palhaça 10.500 euros (6.750 + 3.750).

    Estes valores, que foram previamente acordados entre o Executivo Municipal e os presidentes de junta, tiveram por base os projetos de investimento e atividades culturais apresentados por cada freguesia, de acordo com critérios definidos em conjunto, e que passam, entre outros, pelo número de habitantes e dimensão da área geográfica. Estes apoios corresponderão a 75% da despesa efetiva de cada Junta de Freguesia, no que diz respeito a Investimento, e a 50% da despesa efetiva de cada Junta, para as Atividades Culturais. Apesar da atribuição do valor disponível para o apoio, a Junta de Freguesia de Oliveira do Bairro ainda não concretizou o seu pedido de financiamento do investimento respetivo.

    Recorde-se que a autarquia bairradina já tinha aprovado, no passado mês de janeiro, o valor de 100 mil euros de apoio a disponibilizar às Juntas de Freguesia, durante este ano de 2025, em materiais de construção, excluindo areão, para obras de conservação e manutenção, assim como para a utilização dos seus autocarros.

    De referir ainda que, para além destes apoios, o Regulamento Municipal Sobre as Formas de Apoio às Freguesias, prevê também a produção de material publicitário, cedência de espaços municipais, máquinas e outros equipamentos e o apoio à participação em atividades organizadas pela Câmara Municipal.

    Outros dos apoios regulamentados é atribuído no âmbito das atividades de ocupação de tempos livres e ensino não formal, destacando-se o valor de 25.800 euros atribuído à Junta de Freguesia de Oliveira do Bairro, para a sua Universidade Sénior, mais 2.465 euros à União das Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa.

    Em termos globais, a Câmara Municipal de Oliveira do Bairro tem disponibilizado anualmente mais de meio milhão de euros para as quatro Juntas de Freguesia do concelho.

    Município de Anadia apoia tecido associativo concelhio

    0

    O Município de Anadia aprovou, na sua última reunião de executivo, a atribuição de uma verba, no valor global de 57.500,00€, destinada a apoiar sete associações do concelho de Anadia.

    Associação Desportiva e Cultural Palavrancestral (Pedralva), Centro Cultural e Recreativo do Outeiro de Baixo, Associação de Voluntários de Ferreiros, Centro Social de Anadia, Agrupamento de Escuteiros 836 de Avelãs de Cima, Associação Religiosa Cultural e Recreativa da Mata (Avelãs de Cima) e a Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Avelãs de Cima, foram as associações contempladas com os apoios financeiros. Os valores atribuídos visam, nomeadamente, comparticipar as várias intervenções que as associações pretendem levar a efeito.

    A Associação Desportiva e Cultural Palavrancestral pretende melhorar os espaços exteriores do edifício da antiga Escola do 1º Ciclo da Pedralva, enquanto que o Centro Cultural e Recreativo do Outeiro de Baixo vai requalificar a cobertura do edifício sede e proceder à implementação de um projeto de eficiência energética.

    Já o apoio dado à Associação de Voluntários de Ferreiros tem como objetivo comparticipar as obras de substituição da cobertura do edifício da Pré-Escola de Ferreiros, enquanto que o Centro Social de Anadia vai avançar com a requalificação do parque infantil da Creche. Por sua vez, o Agrupamento de Escuteiros 836 de Avelãs de Cima pretende construir no edifício sede, sito na Pré-Escola de Avelãs de Cima, uns balneários de apoio.

    A Associação Religiosa Cultural e Recreativa da Mata vai adquirir materiais para a execução dos arranjos exteriores no espaço contíguo à Capela da Mata, enquanto que o valor atribuído à Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Avelãs de Cima destina-se a colaborar na intervenção a realizar pela Comissão de obras da Capela de Avelãs de Cima, nomeadamente a pintura exterior do edifício.

    231 Fest com balanço positivo: chuva não afastou milhares de jovens

    0

    O 231 Fest – Festival da Juventude da Mealhada, que decorreu nos dias 2 e 3 de maio, na Quinta do Murtal, atraiu milhares de jovens para assistirem aos concertos de artistas nacionais, como Lon3r Johny e Dillaz, e de jovens talentos como VSP AST, 

    Apesar da chuva incessante, a Quinta do Murtal voltou a ser o “spot” dos jovens da região.

    Apesar da chuva que marcou o fim de semana, o balanço do 231 Fest – Festival da Juventude da Mealhada é positivo e mostra como o projeto de quatro anos dedicado aos jovens se consolidou, nas suas diversas vertentes, nomeadamente, no que diz respeito à participação cívica e de voluntariado dos jovens.

    “O projeto Zona 231 nasceu há quatro anos e dentro desse projeto nasceu um festival que foi pedido pelos jovens. Conseguimos um festival de juventude, destinado aos jovens, seguro, com ambiente familiar, em que não houve incidentes de maior, sem gravidade, com o voluntariado dos jovens” afirma Hugo Silva, vereador com o pelouro da Juventude.

    “Os jovens responsabilizaram-se, ao longo de 4 edições, por fazerem acontecer o festival. É um festival para eles, alimentado por eles, desde a criação do cartaz, dos artistas nacionais à escolha dos jovens talentos, afirmou, salientado “a criação de oportunidades no território, pela cultura e arte, e esta visão de cogestão do evento”.

    Nesta quarta edição, o 231 Fest contou com as atuações de Lon3r Johny e Dillaz, de VSP AST, um jovem emergente de Coimbra e de DJ Shannon Booth, bem como de jovens talentos também eles escolhidos pelos jovens para integrarem o cartaz, nomeadamente, Sinker, P7, CLXRO, DJ Rupture & DWH, DJ Nunna, Synapse The Band, Sapage, MOURA, Henriquee e DJ Gonçalo Vaz.

    A chuva constante que se fez sentir nos dias 2 e 3 de maio condicionou o festival, mas ainda assim, o balanço é positivo, com milhares de jovens a assistirem aos concertos.

    “Este seria o ano de consolidação do festival, mas tivemos esta dificuldade acrescida. Ainda assim, o festival, mais uma vez, deu um palco profissional aos jovens talentos e cumpriu o propósito de festival, um espaço, inteiramente dedicado aos jovens”, sublinha Hugo Silva.

    Workshop “Organização de fotografias antigas” em Anadia

    0

    A Biblioteca Municipal de Anadia promove, no próximo dia 10 de maio, pelas 14h30, o workshop “Organização de fotografias antigas”, dinamizado por Ana Pratas, da Oficina das Fotografias.

    A realidade de muitas pessoas é terem em casa caixas de fotografias antigas, álbuns de infância, repletos de histórias que querem preservar. O objetivo deste workshop é que os participantes saiam com uma ideia clara de como querem organizar as suas fotografias, como as preservar e que tenham um plano concreto para avançar.

    Atualmente, o formato digital evidencia-se pelo seu acesso rápido e difusão imediata. No entanto, importa relevar a importância do formato físico e das suas vantagens no que toca à efetiva preservação da informação. São estas as premissas a abordar, com base num conjunto de livros, que servem de referência à abordagem da temática, e que podem ser requisitados pelos participantes do workshop.

    Ana Pratas, é fotógrafa de famílias e criadora da Oficina das Fotografias, um projeto dedicado a ajudar famílias a organizar e preservar as suas fotografias, tanto digitais como analógicas.

    O workshop terá uma duração de cerca de duas horas e limitado a 20 participantes. A participação é gratuita, mas de inscrição obrigatória. Pode ser efetuada através do email: [email protected], pelo telefone 231 519 090 ou pessoalmente na Biblioteca Municipal de Anadia.

    Bolsa Luís Patrão com candidaturas abertas até 31 de maio 

    0

    O Turismo de Portugal deu início ao período de candidaturas da Bolsa Luís Patrão, que decorre até ao próximo dia 31 de maio de 2025. Com uma dotação global de 500 mil euros, vão ser atribuídas dez bolsas de estudo: cinco destinadas a cursos de especialização técnico-profissional e cinco para programas de pós-graduação, como mestrados e MBAs.

    Os apoios para cada bolsa são de 50 mil euros e destinam-se a jovens até aos 35 anos, residentes em Portugal, com formação técnica ou superior e uma média igual ou superior a 14 valores no último grau académico concluído. Esta iniciativa visa apoiar jovens do setor do turismo e assume-se como um instrumento estratégico de valorização do capital humano.

    Carlos Abade, Presidente do Turismo de Portugal, destaca que “a Bolsa promove a criação de uma rede de jovens profissionais altamente qualificados, contribuindo para a formação de gestores de topo com competências em áreas estratégicas para o turismo nacional.”

    Criada em 2023, a Bolsa Luís Patrão permite a jovens com elevado potencial uma formação de excelência, capacitando-os para liderar o futuro do setor.

    As candidaturas devem ser submetidas exclusivamente online, através da plataforma disponibilizada no portal do Turismo de Portugal. O processo de seleção será conduzido por um júri externo e independente, que avaliará as candidaturas com base em critérios como o desempenho académico, a experiência profissional, o perfil de liderança, o contributo potencial para o setor e a valorização da inovação e da sustentabilidade.

    Na sua edição inaugural, a Bolsa Luís Patrão apoiou dez jovens em percursos formativos que fizeram parte de instituições de renome, entre as quais o Les Roches Marbella, o Culinary Institute of Barcelona, a Alain Ducasse Paris, a Universidade Católica Lisbon e o ISEG. Três dos bolseiros selecionados foram alunos da rede de Escolas do Turismo de Portugal, sublinhando o papel fundamental desta rede de escolas na identificação e promoção do talento nacional.

    Mais informações, regulamento completo e formulário de candidatura estão disponíveis em: https://www.turismodeportugal.pt/pt/bolsa-luis-patrao/Paginas/candidaturas-blp.aspx

    Município de Ílhavo reforça apoio ao Illiabum Clube em cerca de 32.000 euros

    0

    Na passada terça-feira, dia 29 de abril, o Município de Ílhavo e o Illiabum Clube assinaram uma adenda ao Contrato-Programa de Desenvolvimento Desportivo para 2024/2025, reforçando o compromisso com o apoio ao desporto e à promoção da qualidade de vida no concelho.

    A adenda, de 32.000 euros, assinada pelo Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, João Campolargo, e pelo Presidente da Comissão Administrativa do Illiabum Clube, Bruno Bizarro, destina-se à melhoria das condições do pavilhão, nomeadamente, do ginásio, com aquisição de equipamento de treino e substituição da porta de entrada norte e da porta do ginásio por portas automáticas, que garantem uma maior segurança para pessoas e equipamentos.

    Este investimento é um reforço do apoio que o Município de Ílhavo tem prestado, com obras de beneficiação na cobertura do pavilhão, na substituição da iluminação, na pintura interior, na instalação de novo marcador eletrónico e na aplicação de novo piso, em posse do Município, que aguarda disponibilidade para aplicação. Estas intervenções, realizadas nos últimos nove meses, representam um investimento de, aproximadamente, 370.000 euros.

    No total, o clube ilhavense recebe do Município de Ílhavo um apoio financeiro total de 130.300 euros, destinado ao fomento da atividade desportiva, melhoria das condições de treino e de competição, reforço da segurança e infraestrutura e promoção da ética e certificação no desporto.

    Além do apoio financeiro, a Câmara Municipal presta, como habitual, apoio logístico, material e de transporte de atletas (sempre que haja disponibilidade), tanto no apoio à competição como na realização de eventos promovidos em colaboração com o Illiabum Clube.

    O crescente número de atletas do Illiabum Clube — que passou de 144 na época 2021/2022 para 229 no final de março de 2025 — evidencia o dinamismo e a importância do clube no panorama desportivo municipal, regional e nacional.

    Com esta adenda, o Município de Ílhavo reforça o seu papel enquanto parceiro ativo no desenvolvimento do desporto, da saúde e da coesão social no território.

    Pingo Doce doou mais de 458 toneladas de alimentos a instituições de Aveiro

    0

    O Pingo Doce doou, em 2024, mais de 458 toneladas de excedentes alimentares a 57 instituições do distrito de Aveiro, que apoia numa base regular. A nível nacional a insígnia doou 7,1 mil toneladas aumentando em mais de 35% os donativos, face a 2023, devido à implementação do novo programa de donativos “Alimenta o Bairro”.

    O apoio a situações de carência alimentar é uma das prioridades das lojas Pingo Doce do distrito de Aveiro, que apoiam regularmente instituições de solidariedade das comunidades locais como, por exemplo, a Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Aveiro, a Associação Partilha Constante ou a Santa Casa da Misericórdia de Anadia.

    Em 2024, o Pingo Doce doou a nível nacional, 7,1 mil toneladas de excedentes alimentares que já não podem ser vendidos, por exemplo, por terem as suas embalagens danificadas ou por se aproximarem do fim da validade, mas que estão conformes com os padrões de segurança.

    O aumento dos apoios em mais 35% relativamente ao ano passado resultou da implementação do programa “Alimenta o Bairro”, que tem como objetivo alargar as categorias de artigos que são doados, bem como tornar o processo de recolha e a relação entre as lojas e as instituições mais eficiente. Este programa reforçou o papel ativo no combate à fome nos bairros em que o Pingo Doce está presente.

    Ainda no âmbito do programa “Alimenta o Bairro”, o Pingo Doce implementou também um programa de capacitação das instituições focado na segurança alimentar e na gestão de organizações sociais, com dicas práticas para gestão de recursos humanos e de voluntários, gestão de stocks, gestão de orçamento e otimização de donativos.

    “Orgulhamo-nos de termos conseguido aumentar o apoio às nossas comunidades e assim sermos, cada vez mais, um supermercado de proximidade. A cada ano, procuramos sempre novas formas de poder contribuir com um bem tão essencial como a alimentação, ajudando a minimizar a carência de tantas pessoas e famílias.” Filipa Pimentel, Diretora de Desenvolvimento Sustentável e Impacto Local do Pingo Doce.

    Em 2024, o Pingo Doce respondeu ao apelo de cerca de 1.350 instituições de cariz social nas zonas de influência das suas lojas. Os apoios em géneros alimentares e em valor monetário (que incluem apoios fixos, cartões-presente e apoio a projetos de conservação ambiental) ultrapassaram os 19,3 milhões de euros, mais 6,6% do que em 2023.

    Concurso nacional de Mirtilo regressa a Sever do Vouga

    0

    O concurso “Mirtilo de Portugal” pretende distinguir o produtor com fruta que obtenha o maior consenso na avaliação do júri, composto por representantes de diversas entidades ligadas ao setor agrícola, num contexto de prova cega.

    Este evento, que irá eleger o melhor mirtilo de Portugal em 2025, decorrerá na Biblioteca Municipal de Sever do Vouga, no próximo dia 27 de junho.

    Na prova cega, o júri irá classificar as amostras segundo a sua experiência de consumo, tendo em consideração a avaliação visual, aspeto (e.g. calibre, presença de defeitos), cor (presença de pruína, maturação), homogeneidade, sensações gustativas, sabor, textura, sensações táteis, firmeza e satisfação global.

    Numa organização da ANPM – Associação Nacional de Produtores de Mirtilo, esta segunda edição do concurso volta a contar com o apoio do município de Sever do Vouga e é integrado no programa de atividades da Feira Nacional do Mirtilo, que decorre nos dias 27 a 29 de junho.

    O presidente da ANPM, Carlos Adão, considera que “esta é uma oportunidade para reconhecer o mérito na produção e valorizar o mirtilo produzido em Portugal, contribuindo também para a divulgação do fruto e da sua importância na dieta dos portugueses, estimulando o consumo e a opção por fruta produzida em Portugal”.

    Referiu ainda que “as novas variedades de mirtilo têm uma grande influência na qualidade e na experiência de consumo, mas as práticas agrícolas, o cuidado e uma abordagem profissional à cultura, são determinantes para que o mirtilo tenha as características mais apreciadas pelos consumidores”.

    Serão atribuídos prémios aos três primeiros classificados, respetivamente os troféus Mirtilo de Ouro, Mirtilo de Prata e Mirtilo de Bronze. Para além dos troféus, os vencedores receberão também produtos de nutrição para a cultura, ingressos no Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo e o destaque na brochura “Mirtilo de Portugal”, orientada para a divulgação internacional de produtores.

    A inscrição é gratuita e deverá ser feita online, no website da ANPM.

    O mapa político não vai mudar a 18 de maio

    0

    Entramos nos últimos 15 dias de campanha, que antecedem o dia 18 de maio, dia de irmos, de novo, escolher o que pensamos ser o melhor governo para Portugal. Já vimos este filme há pouco mais de 1 ano e desconfio que veremos de novo dentro de pouco tempo. A política em Portugal mudou. E mudou muito. Já não se faz com os 2 partidos do arco do governo, que iam mudando ao sabor dos ventos, ora ganhas tu, ora ganho eu. Com o amadurecimento da democracia, o nosso ADN, enquanto portugueses habituados às amarras dos grilhões intelectuais foi mudando, e permitindo que evoluíssemos em áreas tão dispares, como por exemplo, a arte, a arquitetura, o pensamento crítico e também a forma como vemos a política e os políticos. De repente, e sem pré-aviso, em menos de uma década, a sociedade portuguesa transformou-se, alterando, de uma forma radical, o mapa político. Essa transformação foi rápida e tem vindo a intensificar-se ao longo dos anos (poucos) em que vivemos esta nova conjuntura política. O país, pós 25 de abril de 1974, apresentava os sinais caraterísticos de um país que saía de uma ditadura, com enormes dificuldades em todos os setores, tudo faltava, e todos queríamos tudo muito rapidamente, e não fosse a nossa entrada na EU, de certeza que estávamos neste momento muito mais atrasados, do ponto de vista estrutural e como sociedade evoluída, do ponto de vista social e intelectual. Se fizemos as reformas necessárias, também tivemos de vender a alma ao diabo.  Não podemos ter o melhor dos dois mundos. Investimento externo e autonomia.

    Escolhemos o investimento e pagamos com a perca de autonomia. Essa perca de autonomia levou-nos a ter de implementar políticas comuns aos estados da EU, o que vem despoletar esta mudança no mapa político. Se na década de 90 tínhamos e ainda temos o Mário Machado, com as suas ideias hitlerianas, mas sem nunca ter granjeado grandes apoios da população, agora temos o André Ventura, com o seu partido “Chega”, que é uma espécie de Mário Machado, mais refinado e com certeza muito mais inteligente. Somando-se uma democracia mais madura, à paragem do grande investimento externo no nosso país, à troika, e também aos escândalos políticos que temos assistido nos últimos 15 anos, temos a receita perfeita para proliferar vozes e ideias que não passam de populismos desenquadrados da realidade. Quando a direita tenta uma política de ajustes, de cortes nos apoios sociais, da reforma da economia, de restruturação, de alguma contenção e austeridade, visa em muitas das medidas o apoio às grandes empresas, em detrimento de quem ganha menos, e a esquerda, quando o poder muda e é governo, exagera na fórmula da correção, e faz uma inversão de 180 graus, procurando equilibrar o jogo, e amenizando a população mais debilitada e que necessita de rapidamente soluções que se traduzam em dinheiro no bolso. Portugal não pode, pelo menos para já, e na minha opinião, governar nem muito à esquerda, nem muito à direita. Para tudo é necessário equilíbrio e desde 1974, tivemos de tudo, menos equilíbrio político, salvaguardando-se obviamente algumas raras exceções, infelizmente muito breves.

    A extrema-direita conseguiu um crescimento extraordinário em 2024, como o conseguiu a extrema-esquerda, com o Bloco a ter no hemiciclo 19 deputados, em 2015, ano em que estávamos mesmo muito fartos da política de Passos Coelho, que mais uma vez não procurou o equilíbrio, e foi além da troika na austeridade.

    Nesse ano, a esquerda toda tem uma vitória esmagadora, subindo todos os partidos, deixando a direita com uma mísera percentagem, facto que levou à geringonça. António Costa, empolgou-se com a sua autoavaliação de uma mente superior, e congeminou, com Pedro Nuno Santos (dizem que foi o pai da geringonça), uma forma de governar. Afinal, a esquerda ganhou o país, teria todo o direito de governar. E assim fez. E assim de novo, não aprendendo nada, exagerou na receita. Passamos de um sistema demasiado austero para um sistema demasiado permissivo e esbanjador. Passados 9 anos, nova mudança (2024). O povo, aguçado pelos discursos populistas de André Ventura, deu à direita a vitória. O mapa acabara de mudar. E possivelmente não mudará em 2025. Apenas porque ainda é cedo. Não demos à direita a oportunidade de estragar as coisas, de novo, de exagerar nas medidas, e levar-nos para a austeridade ou coisas piores (sim, porque há coisas piores). Luís Montenegro não está a ser ele próprio no papel de primeiro-ministro. Ele foi um bom aluno de Passos Coelho e deseja enviar Portugal no caminho de uma economia mais centralizada nos grandes grupos, e deixar cair os pequenos empresários, entre outras políticas antissociais. Mas como não teve maioria na Assembleia, sabia que teria de ir de novo a votos e então vestiu a pele de cordeiro, na sua essência de lobo. E conseguiu esse efeito junto ao eleitorado. Vai ganhar, talvez vá aumentar a sua base de apoio, e depois teremos um déjà-vu, de volta ao passado, mais propriamente aos anos de Passo Coelho. Concordo que Passos Coelho herdou um país na banca rota, mas não devia ter ido tão longe nas medidas que implementou e outras que queria implementar, mas o povo sabiamente conseguiu parar, como foi o acaso da tentativa de baixar a TSU para as e empresas e aumentar ao trabalhador, em 2012. O país uniu-se e mandou a mensagem que ou ele invertia o caminho ou ficava logo ali no caminho.

    Que políticas de direita Montenegro passou nestes 11 meses em que governa? Nenhumas. Reforçou sim as políticas sociais do PS e, entretanto, criou mais algumas, visando as eleições que sabia que teria de enfrentar. Nem o caso pessoal que enfrenta, com as suspeitas de favorecimento a algumas empresas, parecem parar os apoios que tem. Isto tudo porque ainda é cedo. O povo, preocupado com as novelas e com o Big Brother, ainda não interiorizou a possibilidade de termos mais um primeiro-ministro metido em jogadas sujas e vai dar-lhe o benefício da dúvida. E aqui se identifica o erro da esquerda. A esquerda não deu tempo suficiente para ele se revelar e devia sim ter apoiado a moção de confiança, ou pelo menos abster-se, para que Montenegro se mantivesse no poder mais algum tempo. Não se compreende como é que Pedro Nuno Santos deixou levar-se por mergulhar o país em novas eleições, sabendo que e olhando-se o passado, o futuro não augurava um bom desfecho para o PS. Com Cavaco em 1987 e costa em 2022, o povo reforçava-os assim, castigando os causadores de novas eleições. Será que a memória é curta ou os conselheiros de Pedro Nuno Santos nem para engraxadores de sapatos servem? Agora, vamos assistir a mais uma vitória da AD, e talvez daqui a algum tempo se possa mudar de novo o mapa político, já com grande desgaste de Luís Montenegro, que auguro que seja o coveiro do PSD. O Chega obviamente vai subir á conta do PSD, mas espero que uma parte dos votos siga para a esquerda. E aí o ciclo recomeça, trazendo mais do mesmo. A alternativa a isto, infelizmente, não se recomenda.

    Um dia igual a tantos outros se não fosse o apagão

    0

    1. Os alertas ignorados.

    Era um dia como os outros, a rotina habitual passava por levar uma das filhas ao metro, que a levaria ao trabalho em Lisboa, assim que terminasse uma peça documental profissional que tinha em mãos, e repentinamente tudo se apagou, devido a falha de energia, que viria descobrir ser, pelo menos geral no bairro;

    Com isso saímos um pedaço mais cedo, eu e minha filha, e no percurso, a surpresa de passar por uma estação de serviço, habitualmente concorrida por viaturas para atestar combustível, encontrava-se encerrada, a fazer lembrar os tenebrosos tempos do covid;

    A circunstância de encontrar um trânsito caótico, numa zona habitualmente sem histórico de aglomerações de viaturas, em Odivelas, adensou a estranheza do dia;

    Deixada a filha no metro, no regresso a Famões, onde iria almoçar no “companheiro” um restaurante de um sportinguista peculiar, a TSF radio “apagou”, irritado, julgando ser avaria procurei freneticamente outros canais, só a TSF se silenciara, bom pelo menos não era avaria do rádio do carro;

    O espanto de reparar que todos os semáforos estavam desligados, foi grande. Ficava assim explicada a inabitual confusão no trânsito.

    Finalmente chego ao restaurante onde sou informado que não havia grelhados (ali utiliza-se um grelhador industrial elétrico) só comida de forno, pronta desde as 11.30. Pensei, que a falha de energia, afinal ia bem além do bairro do Trigache, enfim venha de lá o peixinho;

    Sentei-me, e enquanto o robalo não caia na mesa, olhei para o telefone, para verificar mensagens e lá tinha uma da minha filha informando que não havia Metro, devido a um apagão. Neste momento dei atenção aos comentários no restaurante, porque dada a sua reduzida dimensão todas as conversas são bem percetíveis, e todos falavam no apagão nacional e até ibérico do momento. Pedi á minha filha que regressasse a casa imediatamente, de táxi ou de uber, mas ela preferiu esperar por autocarro. Anuí, prevendo que esse autocarro não vira tão depressa. Almocei rapidamente e fui busca-la. Cheguei primeiro que o autocarro.

    2. A corrida ás compras

    O ser humano é assim, lida mal com emergências, e assim que se soube de forma generalizada do sucedido, o medo, o receio, e até o pânico, levou a uma corrida aos supermercados e o açambarcamento de bens básicos, onde o papel higiénico não faltou, começou. Longas filas nos mercados, pessoas apressadas no regresso a casa. Nestas alturas todos querem a sua prole em casa. Eu também. Tive notícias que em determinada superfície, ainda tentaram ficar abertos, mas as pessoas começaram a levar as coisas sem pagar, de forma intencional. Adivinhava-se a barbárie, e por isso encerraram as portas. Mas a verdade é que com as máquinas registadoras fora de serviço por falta de eletricidade para funcionarem, dificilmente seria possível realizar vendas. Reparei que só os negócios (mercearias e pequenos mercados) explorados por imigrantes permaneceram abertos.

    3. Regresso ao passado

    A ausência de energia elétrica, no Bairro Novo do Trigache, transportou-me, quase de imediato, 46 anos para trás, para o tempo em que tendo a minha família mudado para o bairro, Famões era á época um reduzido núcleo populacional, aqui e ali bairros clandestinos, com vivendas acabadas de construir, inexistia saneamento básico (esgotos), sem estradas alcatroadas, sem energia elétrica, sem telefones, sem recolha de lixo (nem caixotes havia), só havia mesmo água canalizada.

    A luz obtinha-se de várias formas, um ou outro vizinho com gerador lá conseguia um par de horas com energia para umas lâmpadas e frigorifico, mas a generalidade recorria a candeeiros com pavio embebido em petróleo, velas e mais tarde petromax, uns candeeiros a gaz, e … claro a luz natural.

    Está bem de ver que a “animação”, para além das conversas em família, era o rádio, e para nós, a televisão a bateria, alimentada por uma bateria de empilhador, que o meu pai trazia do trabalho, onde as havia em abundância e lá as carregava também. Aos fins de semana, em minha casa, havia sessões de cinema, ou séries, que passava na TV. Bons tempos.

    Tudo isto porque a energia elétrica ainda não tinha chegado ao Trigache. Durante uns anos foi assim. Sempre que falta a luz acontece-me este “teletransporte” ao passado.

    Nessa altura a dependência da eletricidade era menor, em cada casa havia alfaias e ferramentas para acorrer a todas as necessidades caseiras (bricolage como se chama agora), a geração dos meus pais, sabiam fazer de tudo um pouco.

    4. Fake News

    Absolutamente assustador, é o boato, cuja propagação é mais rápida que a velocidade da luz (299.792 km/hora). Por exemplo na escola Secundária de Odivelas instalou-se o pânico entre os jovens, porque circulava a informação que o País estava sob ataque cibernético Russo, chegando mesmo a existir focos de animosidade para com alunos ucranianos, como se os portugueses estivessem a ser alvo de retaliações por acolher ucranianos. Claro que são coisas de miúdos, mas a crença de estarmos sob ataque russo era sólida, entre os alunos.

    No restaurante onde almocei, como referi, TODOS os clientes, conheciam “alguém” que ouvira “algures” a informação de que estava anunciado este ataque cibernético ou informático oriundo da Rússia, não só á península ibérica, mas a toda a europa. Sim porque os russos, são, segundo eles, o demónio.

    Os meus vizinhos admitiam como muito provável a responsabilidade russa no que estava a acontecer, até porque, vaticinavam, os russos são o demónio.

    A comunicação social que se conseguia apanhar falava em movimentações de navios de guerra russos e a reposta de navios de guerra ocidentais. Cheguei a ouvir que estávamos a um passo da terceira guerra mundial. Outros ainda que o apagão era o resultado de sabotagem, ordenada por Putin. A população ficou em alvoroço.

    5. Tecnologia Obsoleta? (vídeo kill a radionstars)

    Quando jovem lembro-me bem de um “hit” musical, do grupo “The bugles”, cujo título era “Video killed a radio star” (o vídeo matou uma estrela de radio), como que vaticinando a extinção da Radio, substituída pela nova tecnologia, de então, do Vídeo.

    A Rádio, que usa as ondas hertzianas, em ondas curtas, onda média e FM, foi considerada, sobretudo já no século XXI, uma tecnologia condenada por obsolescência, tendo cada menos público, tirando estratos bem definidos de leais ouvintes de uma ou outra rádio, de um ou outro radialista.

    Este apagão, veio demonstrar á saciedade e á sociedade o quanto estava enganado quem assim pensava, e, qual fénix, renascida das cinzas, voltou em todo o seu esplendor. E como. Ele era ver as pessoas dentro dos carros ouvindo radio noticiando informação sobre o apagão, e não só, na corrida ás compras um dos artigos mais procurados eram rádios portáteis, a pilhas, e em casa quem os tinha, a pilhas claro está.

    Este meio de comunicação é único que em situações de catástrofe chega a todo o lado porque o recetor é um simples radio portátil, com pilhas, e o emissor basta ter alimentação de gerador, dito de outra forma basta um único gerador e é para quem emite.

    Os grandes canais de televisão todos eles tinham geradores e conseguiram manter as respetivas emissões, ainda que com alguns constrangimentos, o problema é que os recetores, os aparelhos de TV que temos em casa, não têm suporte de gerador em caso de falha da energia elétrica. Logo bem podiam a RTP, SIC; TVI e por ai fora transmitir que ninguém os conseguia ver e ouvir.

    Comunicações celulares (MEO; NOS; VODAFONE) todas foram soçobrando, tendo sido a primeira a Vodafone (vão ter um problema comercial), e a última a MEO (que logo aproveitou para fazer marketing sobre o facto de estar mais preparada), ma no fim do dia a verdade é que sucumbira, quando era suposto não sucumbir.

    Que saudades dos antigos telefones analógicos, conhecidos pela cor preta, outra tecnologia considerada obsoleta, e que rapidamente foi desmantelada, mas que se existissem hoje, não seriam afetados pelo apagão, porque não dependentes da energia elétrica.

    O Óscar vai mesmo para a Radio e o telefone preto analógico.

    6, Comunicação assertiva precisa-se

    Qual é o primeiro dever de um governo em situações deste calibre? Comunicar e ser assertivo. Comunicar porque a população, mesmo que o governo nada tenha para dizer, quer ouvir a voz de comando, porque só isso confere um certo nível de descanso, e ser assertivo é vital, ou seja, como diz o povo, o governo tem que calçar os sapatos do povo, para entender as ansiedades e as necessidades do povo.

    O que fez o governo? Remeteu-se ao silêncio dos seus gabinetes, seja em São Bento, seja na nova sede da João XXI, de resto como é já sua marca, raramente comunica, e quando o faz é quase sempre tarde, os danos estão feitos.

    Em sua defesa, o governo, respaldado em alguns comentadores de serviço, escudam-se no facto da falta de energia não permitir ir ás televisões, ressalvando que não houve acidentes graves, motins, pânico generalizado, hospitais e serviços fechados, etc, e que no final tudo foi resolvido rapidamente. A infantilidade deste argumento estilhaça-se com a evidência da alternativa, a única, que houve, há e haverá sempre. a RADIO. O Governo tinha de se sentar aos microfones das rádios e comunicar ao País. Não o fez. E felizmente não houve tumultos, mas a ausência disso não apaga o erro comunicacional.

    Durante a segunda guerra mundial Winston Churchil dirigia-se aos seus concidadãos pela rádio, pois sabia que todos o ouviam em qualquer ponto do País.

    “Daqui posto de comando do movimento das forças armadas” frase dita aos microfones da Radio, em 1974, anunciando a TODO o País a revolução dos cravos.

    Só Montenegro não conseguiu usar o mesmo meio que Churchil ou os militares de abril, e surge por volta das oito da noite.

    O Presidente da República, eclipsou-se, esse que noutros tempos “disparava” bitaites mais rápido que a sombra de Lucky Luke, ficou “apagado” no seu palácio de Belém … se calhar a comer pasteis sobrantes da produção matutina.

    7. Aprendizagens

    Em matéria de mitigação de efeitos de um incidente desta magnitude, existem técnicos e especialistas em Portugal á altura da exigência e das soluções que se impõem, e não meto a minha enxada em seara alheia.

    Agora o que nos entra pelos olhos dentro é, ao nível da comunicação, conceber e implementar planos de contingência comunicacionais nacionais, que passem por garantir, na medida do possível, que os órgãos de soberania consigam chegar aos cidadãos, em especial, o governo e os serviços de protecção civil, a fim de comunicar com a população de tempo a tempo (hora a hora) ainda que nada de novo tenham para dizer. As estações de Radio devem estar providas de geradores de apoio, para serem utilizadas para o governo e a proteção civil comunicar com o povo.

    O povo, tudo tem a ganhar se providenciar que lá em casa todos têm um Rádio portátil, de bolso ou de outras dimensões, e que funcione a pilhas, e já agora é da maior utilidade ter algum stock de pilhas.

    As autoridades e as forças armadas, deverão pensar, se não o fizeram já, em possuir sistemas de radio-amadorismo, e geradores nas quantidades e potencias adequadas, para os manter em funcionamento durante vários dias.

    Subscrição anual

    [variable_1] de [variable_2] subscreveu o Aveiro TV.  Clique para subscrever também!